Torpor

Foto de Salome

Noite Venesiana

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Cantos cativantes entre os muros da cidade,
Tochas ardentes iluminando as ruas escuras
Nos seus encantos que me dilaceram a alma
Nesta noite de sonhos e calor avassalador

Musica, alegria e amor juntos nesta multidão,
Uma mistura exuberante de insistente torpor
Entre as sedas, cetim, laços e véus sem fim,
Faces escondidas trás enigmas e mascaras

Leques abertos, mistérios detrás do disfarce,
Velando labios fugosos em santa alucinação,
Fascinação no olhar... um convite ao enlace
No antro de sedução desta noite venesiana

Meus olhos perdidos, respirando, fascinados
Sob o feitiço da musica desta surda ousadia
Envolvendo-me em sua atordoante magia e,
A tua subíta presença se insinuando em mim

"Anima mia"... um sussuro leve, arrebatador,
Boca atrevida movendo-se em sutil lentidão,
Me alucinando e liberando esse louco ardor
Causado por tuas mãos sob o fogo da seda

Tua enigma desmedida... perdida em mim e
tua voz sussurando-me mil delírios sem fim,
Mãos e bocas implorando por beijos, desejos
Unindo nossos corpos nos laços da sedução

Noites destemidas, madrugadas clandestinas
Disfarçando paixões... amarrando corações,
Tua mão presa na minha, correndo nas ruas,
Sem qualquer sentido, saciando nosso amor

Eu e Tu, perdidos na madrugada Venesiana,
Unidos neste louco torpor de almas saciadas
Ao som de uma suave melodia napolitana...

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Copyrighted Sept. 2008 - "Encanto do Poeta" Salomé MK
http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdeamor/1163153
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Venesia, uma cidade de encantos... com seu carnaval e "Bal de Venise" donde sonhos do passado renascem entre cetims, cedas, rendas e cores vivídas, no pleno desejo prestes a ser vivido e vivenciado...

Foto de Salome

Prelúdio à Inspiração...

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Poeta distraído... nesta noite quente,
Ouvi o teu clamor, um grito de torpor,
Sensações tecidas a querer me domar,
O convite atrevido a querer desvendar

A noite saíndo do seu infinito confim...
Me ancôrando nessa tua louca melodia,
Composições vertendo paixão sem fim,
Na aflição de mãos em plena sintonia...

Poeta vem... que te ajudarei a cômpor
Esse teu lindo prelúdio que em ti nasceu,
Em meios dessa tua tempestade de amor,
Vem a desvendar esse rosto detrás do eu

Toma minha mão carente contra teu peito
E deixa-me ouvir a batida do teu coração,
Pulsando por mim em sua plena insinuação,
Falando no prelúdio do amor em nua paixão

Vem e toma meu corpo contra o teu corpo,
Sedentos na suave melodia desta inspiração
Perfeita sincronização dessa pluma correndo
Sob o papel vertendo loucamente sua tinta...

Ousadia de versos escarlates vertendo a sina
Num ritmo louco, vertendo sua lenta seduçaõ
Baixo ritmos ardentes clamando, despertando,
Mais que fomenta febre na inspiração sem pár

Ah! Poeta vem e afoga-me em síngelos versos,
Vem saber me encantar e, meu coração domar
Nas aguas do mar desvendando teus segredos
E tua sintonia encontrada na mais doce melodia

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Copyrights to MK. 2008

Foto de Manu Hawk

At The End Of Day (Conto)

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At The End Of Day

O que uma imagem combinada com uma música pode criar em nossa mente? Na minha, felizmente ou em muitos casos infelizmente, pode criar cenas, passo a passo, ter movimento, cheiro, gosto, e às vezes causar dor.

Agora, por exemplo, vejo sua foto, lindo, másculo, corpo perfeito, desejado. Imagem estática, mas começo a ouvir sua respiração, lenta, me aproximo, paro de frente pra você, minhas mãos se apóiam no seu peito, deslizam para suas costas subindo até a nuca, meus dedos entram pelos seus cabelos, seguram com vontade e te puxam. Um abraço perfeito, sinto seu coração disparar junto com o meu, nossas bocas se procuram, nuca, rosto, olhos, enfim juntas. Sinto o gosto de sua boca, línguas se exploram levemente, saliva deliciosa, aumentando o ritmo junto com a música, agora um beijo frenético, furioso, desesperado!
Solo seguido de mãos quentes, ansiosas, mexendo em minhas costas, trabalhando em sincronia, penetrando por todos os lados. Corpos suados se desejando, roçando, pulsando, implorando a exploração, invasão e exaustão do outro.
Acoplamento enfim, rasgado, suado, doce, agitado, incansável, exatamente como dois circuitos transferindo energia, olhos nos olhos, queimando chorando, depravadamente corroendo nossos corpos e almas.
Dueto musical, torpor, aninhamento de nossos corpos, sono enfim...

(por Manu Hawk - 16/08/2004)
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O título desse pequeno Conto é também o título da música que disse estar ouvindo ao criá-lo.
Música: At The End Of Day
Artist: Gary Hughes
Album: Once and Future King - Part 1 (2003)
Postado no You Tube por: Kalabazookah

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Respeitem os Direitos Autorais. Incentivemos a divulgação com autoria. É um direito do criador que se dedicou a compor, e um dever do leitor que apreciou a obra. [MH]

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Foto de Salome

Cartas de Sade - Lettres de Sade "Le Marquis" (Duo Salomé/Hilde)

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Cartas voando... Viravoltando...
Passado esvoaçando e cobrando

Respingado de desejos escondidos...
Pelas injustiças sofridas de uma vida

Transbordando em seu pleno ardor...
Subtraída a não poder doar o amor

Ah!... Cartas de lacerante ousadia...
Onde se escondem todas as lascívias

Em teu lume penetrante, assediador...
Lubrificando a luxúria e o doce torpor

Cartas alucinadas de plena agonia...
Inspiradas no cárcere, com sintonia

Palavras sussurradas no nosso ouvido...
Que nos invadem... Assediam e seviciam

Deslizando de atrevimento libertino...
Como água benta dentro do labirinto

Mais intensas que teu desejo carnal...
A nos possuir... Libertando-nos do mal

Embriagando o nosso corpo de mortal...
Com seu prazer selvagem e animal

Cartas proibidas... Fervente caricia...
A nos fazer sentir pulsar... Mil delicias

Enfeitiçando cada fibra do nosso corpo...
Que entorpecidos requerem o teu serviço

Teu atrevimento, desejos de ousadia...
Levam-nos à loucura ardente da poesia

Nessa tinta que corre de tua pluma...
Escrevendo toda a ardência da chama

Tinta carmim de tua angústia latente...
A deslumbrar seduções no horizonte

Cartas de Sade, carnalmente libertinas...
Produziste o início da revolução soberana

Polêmica que te levou à prisão perpétua...
De onde nos mostraste a força eterna

Visão e gozo insaciável, poder prazeroso...
Que emanaram de tuas mãos ardorosas

Cortando nossa roupa, nos deixando nus...
Para viver esse momento belo, puro e cru

Possuíndo-nos com teu desejo insaciável...
Para deixar ao mundo o teu toque genial

Duo: Salomé & Hilde

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(Dedicado a Donatien Alphonse-François de Sade)
Àquele que foi denominado o escritor mais absoluto de todos os tempos... Com suas obras belíssimas sendo ignoradas por mais de um século... A maior parte delas escrita na prisão e num sanatório para loucos... De onde ficou injustamente por quase 30 anos. Marquês de Sade pode ser considerado o mais típico e o mais incomum representante do outro lado do Iluminismo. A psicopatologia da volúpia desenfreada violenta teve um notável papel simbólico, no pensamento de autores como Foucault, o teórico francês Gilles Deleuze (1925-95), e outras pessoas envolvidas com o desejo sexual e sua relação ao poder político.

Foto de DeusaII

bom dia amor!

A noite já foi embora e o dia começa a raiar. Passei a noite, por entre sonhos mal sonhados, por entre as sombras de uma memória já esquecida e relembrada por dias que não passam.
A manhã começa a sorrir no horizonte, com a sua cor purpura, o sol já quer aparecer e eu aqui, olhando para o horizonte que se estende à minha frente, penso em ti, como sempre fiz, como sempre faço. Bom dia amor! Quero que saibas que estou presa neste sentimento, neste estado de alma, que não me acalma. Que não me deixa parar de pensar. Estou presa amor! Presa nesta vida que não escolhi, mas que por força das circunstâncias, tenho que vivê-la. Estou presa a este sentimento que me dá força para começar um novo dia, longe de ti. Como gostaria de estar contigo amor, agora... sempre! Gostava que fosses o meu amor eterno, daqueles amores que nascem da alma, que já não se consegue sentir com o coração. Gostava que fosses daqueles amores, que nunca mais acabam, que teimam em permanecer agarrados a nós, como se de um espinho se tratasse.
O dia já nasce no horizonte amor, e eu aqui neste estado de torpor, imagino tua face, como se nunca tivesse existido mais ninguém, na vida. Esqueço-me de mim, perco-me em ti.
Da janela do meu quarto, olho o dia que se avizinha, o sol já está alto no céu, e eu te amo.
Não te amo com o coração, amo-te com a minha alma. Como se não existisse mais ninguém para amar.
Bom dia amor! Isto é apenas uma pequena missiva, para te dar bom dia e para te lembrar que eu sem ti, nada sou. Sem ti, eu morro em mim. Gostava tanto querido, que pudéssemos ficar assim, neste estado de entorpecimento para sempre. Sermos um só. Vivermos este sonho, até ao seu final e nunca mais acordarmos para a realidade. Sim, amor, quero ficar contigo para sempre. E esta simples carta apenas para te dar bom dia, e lembrar-te o quanto fazes parte dos meus sonhos e de mim!

Foto de Andre Luiz M Brum

Solitária

SOLITÁRIA

Nas roscas da luxúria geme a virgem
Lasciva se abandona à vertigem
Impudente, tremeluz à luz da vela;

Sua forma revelada entre as cobertas,
As pernas arqueadas, entreabertas,
Estertora entre soluços a donzela.

Tola, se entregou a tal amante
Hirta e resoluta, jaz arfante,
Num doudo e ensandecido gozo;

Um rubro refulgir cobriu-lhe a face
No lânguido torpor do desenlace,
Sob o manto da penumbra foge o esposo.

Feéricas visões no teto dançam,
Luzes mornas no leito solitário lançam
Soturnas sombras, enleadas de langor;

Ele célere voltou p’ra outros braços,
Tredo, se aninhou noutro regaço,
E deletério, se entregou a outro amor.

Efêmera, translúcida alma,
Só agora te sobreveio a calma,
Só agora a solidão te basta;

Só agora aplacou seus medos
Só agora repousou seus dedos
Qu`agora brincam na cabeleira vasta.

Mas súbito a noite cai feito mortalha,
Nas árvores um vento lúgubre, farfalha,
Espalhando folhas secas pelo chão;

A ausência do amado tange o leito,
A ausência de amor lhe cinge o peito,
Qual adaga lhe trespassa e fere então. . .

Preada aos grilhões do sofrimento,
na falta do amado ,um tal tormento,
Que até mesmo dessa vida el`abriu mão;

Tens por sarcófago o corpo frio, por cripta o leito,
E por túmulo vazio, tens no peito,
uma lápide em lugar do coração.

Alva, transparente pousas nua,
Pálida, nitente à luz da lua,
Seu nítido contorno me seduz,

Debalde luta co`a tristeza, jaz cativa,
encerrada em seu sepulcro, morta- viva
qual vampira, refugia-se da luz.

Mas não! . . . basta! . . . um chamado,
Da vida, nas vertentes, ouço um brado,
Ë o sol qu`inda te clama, estais VIIIIIVAAA!!!

E te vejo ressurgir com passos tortos
Como Lázaro, rediviva, vens dos mortos,
Do étereo despertada, vens altiva.

Vem p`ra vida que é certo. . . Ah quem me dera!
Que um novo amor aqui `inda te espera,
Ademais, também, ainda sois tão bela.

Enterra os mortos e o passado lega à lama,
E sai desse torpor, formosa dama,
E vai viver a vida minha donzela.

BRUNO

Foto de Lu Lena

A ENTREGA

Tu és meu mistério solto no ar
sou púdica libidinosa e fêmea
como uma serpente a se enroscar
em teu corpo em chamas que queima

Tu és meu prazer e a loucura sem nexo
que me ofusca entre gemidos e suspiros
na dança voluptuosa ritmada do sexo
teu gozo jorra em meu corpo em respingos

antevendo a entrega desse momento
tua língua atrevida brinca em meu seio
num torpor de êxtase e encantamento

tuas mãos percorrem meu corpo sem freio
em descargas elétricas de pura magia
o mundo vai parar pra nós dois nesse dia

Foto de Rosita

B E I J O S

Beijos há de todas as espécies
De amigo, amor ou de irmão
Calorosos, frios ou indiferentes
Saborosos, quentes ou no coração.

Beijo que um dia foi traição
Que deixou um Homem morrer
Sem que Lhe dessem permissão
De mostrar por que veio nascer.

Beijos de uma mãe que sofrendo
Sorri ao ver o filho nascer
E o pega por sobre o peito
Oferecendo o leite que o fará viver.

Beijos roubados que causam calor
Deixando casais embriagados
Que se deixam levar pelo torpor
Por estarem muito enamorados.

Beijos que rapidamente levam à paixão
Causando arrepios e sensações
Despertando o alucinado coração
Para carinhos e muitas intenções.

Rosinha Barroso
14/04/2008

Foto de Lu Lena

ENTREGA

Tu és meu mistério solto no ar
sou púdica libidinosa e fêmea
como uma serpente a se enroscar

em teu corpo em chamas que queima
Tu és meu prazer e a loucura sem nexo
que me ofusca entre gemidos e suspiros

na dança voluptuosa ritmada do sexo
teu gozo jorra em meu corpo em respingos
antevendo a entrega desse momento

tua língua atrevida brinca em meu seio
num torpor de êxtase e encantamento
tuas mãos percorrem meu corpo sem freio

em descargas elétricas de pura magia
o mundo vai parar
pra nós dois nesse dia

Foto de psicomelissa

viver não é fácil

VIVER NÃO É FÁCIL

Muitas vezes conquistamos nossos ideais e objetivos antes do esperado, e além de deixar o dono do sonho surpreso e muito encantado por suas conquistas. Mas tolice do homem que acredita que a vida não pode ser plena, ora o individuo se realiza profissionalmente, ora emocionalmente e assim por diante.
Sr. Café está chocado pois isso mostra uma falta gigantesca de esperança, como a pessoa pode realizar–se plenamente senão acredita que possa alcançar seus sonhos por mais ousados e difíceis que possam ser.
Essa foi uma brecha que o Sr. Café teve para poder chamar a atenção de Maria Eduarda, com o intuito de que ela saia deste torpor anestésico, onde parece que sua vida afetiva ficou estagnada desde que rompeu drasticamente com seu último namorado.
Mas agora é só aguardar pra ver quais serão as próximas reações e atitudes de Duda frente a dificuldade de encontrar o companheiro ideal.

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