Ternura

Foto de Hanilto josé Da Silva

VERSOS COLHIDOS

Beijo da solidão
aflorando outonos
e vendavais,
meu coração desabotoando
a ventania desses temporais.

Trazendo o manto
bordado,da saudade
costurado cristalizado,
na lembrança real do bem
e do mal.

Mastigando palavras
na ternura que teus olhos
sentiu,
nos lábios do meu sentimento
em detalhes curioso,que ficou
no pensamento.

A face do teu riso
é tão bela são versos
colhidos,nos gemidos
de um poema no cio de uma
fera.

Destila frases da flor,
desfolhada na janela,em
instinto aquebrantado de uma
exposta aquarela.

E para que eu não me
atropele,
eu me imagino abraçado
laçado,a cor suave e morena
da tua pele.

Hanilto 15 06 2011

Foto de CarmenCecilia

EU QUERIA...( MULTIMÉDIA )

POESIA: CARMEM CECILIA

EDIÇÃO: CARMEM CECILIA

Eu queria...

Eu queria...
Uma manhã de sol
Dourando os dias
Trazendo alegrias

Eu queria...
A suavidade da brisa
Que cantarolasse
Quando no rosto roçasse
E com novidades encantasse

Eu queria...
Os pássaros e seu trinado
Acordes em sinfonia
E um elegante bailado

Eu queria...
O perfume da flor
Inebriando com seu aroma
Tudo e a todos ao redor

Eu queria...
O manto da noite
Pontilhada de estrelas, magia
Mistérios e fantasia...

Eu queria...
A saudade da espera
A contagem dos minutos
O desabrochar da primavera

Eu queria...
A expectativa
De malas prontas...
Num mundo de faz de conta

Eu queria....
A ternura de um sorriso
O calor de abraços e beijos
E a chama flamejante do desejo

Eu queria...
As cores do amor
Em todos os tons...
Espantando qualquer dissabor
Vestindo-se de vida...

Ah! Tantas coisas eu queria
Ah! Como eu queria...

Carmem Cecília

09/06/11

Foto de Ayslan

Hoje

Acordei cedo e logo comecei a escreve são tantas coisas para te dizer, mas essas poesias e prosas e palavras não é o bastante
Você esta além das palavras uma verdadeira melodia a mais bela pintura uma beleza indescritível, impronunciável... Meu amor hoje quando acordei só queria te ver sorrir com os olhos, sentir meu coração ser tocado e todo esse sentimento apertado dentro do peito abrigado sem conforto me inspiram e me permite viver, me permite escrever juntar palavras e desenhar sentimentos... Meu amor o seu amor em me emprestado reflete no meu viver no dia-a-dia ando cantando, sorrindo nada me preocupa, posso respirar profundo cada brisa que me toca acompanha uma lembrança, seu sorriso, sua ternura, sua doçura e rostinho frágil à sensibilidade seu charme pessoal... Hoje nesta manhã tão distante ainda me faltam palavras para te dizer que é esse amor que me faz tão especial, é você quem me faz tão feliz e procurar uma nova forma e diferente de te dizer que te amo feito um poeta.

Para: Priscila

Foto de Eddy Firmino

AMOR E AMIZADE

Ai de mim, minha doce menina
Vou morrer de amor...esta é minha sina

Não diga bobagens, meu caro amigo
Quem dera retribuir o sentimento sentido

Um dia acordei e senti tua ausência
Algo estranho doendo em minha inocência

Queria sentir a mesma ternura
Só para não ver-te em tamanha amargura

È algo tão forte...tão incontrolável
Leva-me as alturas como águia indomável

Então voe comigo meu bem...meu querido
Para então aplacar teu peito doído

Teu carinho não basta;não mais
Ficar sempre ao teu lado,isso sim me apraz

Então só nos resta a despedida
Para estancar o sangrar de tua alma contida

Um último pedido te faz meu desejo
Tocar levemente teus lábios no primeiro e último beijo

Foto de Carmen Vervloet

Um Lindo Exemplo

Na alegria, na tristeza,
na saúde, na doença,
este casal com certeza
cumpriu do matrimônio a sentença.

No meio das hortênsias,
no canto das aves,
na rica existência,
na instabilidade da nave!

No espaço circundado todos
contemplam o milagre da união
e se perguntam:
- Quanto já sofreu cada coração?

Em cada par de olhos
vê-se rios antigos
por onde o outro viajou
deixando rastros de ternura e carinho.

O quanto cada um suportou?
Bobagem, não importa!
O que importa é que o amor floresceu
e perfumou tudo ao redor!

Foto de betimartins

Disfarce!

Disfarce!

Quis-te mostrar o que já não via
Calar a boca da minha, real, existência
Despir-me de todos os preconceitos
Ignorar todos os meus, sentidos sentimentos
Apenas por ti e para ti, por causa de ti...
Quando eu me vi em ti, só em ti
Descobri que era a tua alma, parte de ti
Apenas, parte de tua luz que encandeia
Momentos de ternura, amor e partilha
Sonhos vividos e deveras tão sonhados
Neste meu corpo por si, já tão cansado
Neste meu véu, estilhaçado e purificado!
Olho-me e me vejo através do tempo
Espelhos que não enganam e não perdoam
Deixo as minhas rugas, sobressair e sorrirem
Minhas mãos que até não são calejadas
Apenas! São suaves, delicadas e enrugadas
Pelas palavras, que por ela foram transportadas
Meus olhos, espelhos de alma aflita
Que já não brilham com estrelas no infinito
Apenas é memória, pedacinhos de minha alma
Do que eles já te olharam, sentiram e tocaram
Mas! Eu coloco permanente a minha mascara
Disfarço-me de uma jovem e linda fada
Dando verdadeiro uso à varinha mágica
Para que ainda as minhas forças não falhem
Apenas por ti Aqui e agora sejam renovadas...
Neste meu disfarce! Apenas o meu disfarce...

Foto de Anderson Maciel

UM SONHO DE AMOR

És a ternura que encanta
a beleza que me fassina
a cultura que me quebranta
a doçura que me alucina

O par da solidão, tu és
amiga da minha dor
colega da minha alma
aconchego, meu calor

Carinho apartado, sentido
de um beijo dado, ardido
pelo encanto de um sonhador
vivendo um sonho de amor. Anderson Poeta

Foto de Arnault L. D.

Estatua Branca

Na beira de um estrada, aonde a grama se perdeu entre ervas daninhas, existe uma estatua branca. Agora nem tanto... Porque a Lua e o Sol seguindo a cruzar o céu, muitas, e muitas vezes, datas, anos, décadas, a tingiram de tempo.

Ela retrata um lindo rosto... com o olhar cheio de amor. E uma história, triste, que ninguém mais sabe, ou quase.

Figura alguem que fora muito e muito amada, e por estocadas, cuidadosas, de cinzel, este amor foi eternizado, talhado ao mármore frio. Uma ternura tanta, que não deixa espaço à duvida, e fala em voz alta, ser obra de quem lhe dedicou este amor.

E esta entrega foi tão linda e sincera... Que até mesmo os ateus veriam nela algo de divino.
Mas, infelizmente, acontece que o divino e o humano, são coisas distintas.... E ela se foi.

Além do amor, existem outras riquezas, riquezas estas que o homem do cinzel não possuía.
Mas, que um outro, sim.
E ela escolheu, e se foi.

Para ele, restaram aqueles olhos na pedra fria... talhada e branca, para mesmo assim teimar em pedir:
_ “...Volta, volta amor... !”
Mas, apenas a loucura respondia....
E repetiu por tanto tempo, que o tempo passou..., que o tempo acabou.

Quanto a ela, longe dali, muito longe... descobriu que o preço das “coisas” é sempre em metal, mas, o valor... não. Certos valores são incalculáveis. São pagos por primícia, presentes de Deus, coisas de divindade...

E muito rica, constatou esta verdade, e que sempre, não é para sempre. E envelheceu.
Para ela o tempo passou, na certeza gélida das coisas incompletas... Seus olhos nunca mais foram como na branca estatua.... Aquele olhar, aquele amor; preterido, diminuído...

E o tempo passou, e o tempo acabou...

Lá na beira de uma estrada, onde a grama se perdeu. Existe uma estatua branca.
Dizem que as vezes, quando o luar compete com as gotas de chuva, quem passa por ali, se prestar bem atenção, pode ver quando a agua a banhar o pálido rosto, empresta-lhe um pouco de vida, na forma de lagrimas...

Por seus olhos a chuva chora...
Na espera de um antigo amor, a pedir: Volta, volta...

Foto de Carmen Vervloet

CONFISSÃO DE AMOR

Amo-te tanto, amor... jamais suspeite
deste amor, tão belo, nem um segundo.
Simplesmente abra teu coração e aceite,
se em seiva me proponho neste seco mundo.

Amo-te com um amor sem mistério e sem virtude,
com uma força que não cabe na poesia,
nem mesmo em canções choradas no alaúde,
amo-te enfim no sofrimento e na alegria.

Amo-te com doçura e desejo permanente...
De um amor que encante teu pensamento,
amo-te tanto que no verso sou insistente,
amo-te com desejo, ternura e sentimento.

E se no verso me declaro simplesmente,
é que minha vida sem ti é um sofrimento.
Sem ti, murcho... morro de amor, doente!

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

Mão da Vida

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A mão que cura o irmão
Ou que acarinha o amigo
Tem sobre ela outra mão
Que é a grande Mão da Vida

Às vezes não se compreende
O que se fez na hora certa
É a Mão da Vida a guiar
O que tem a mão aberta

Aberta para doar
Ser um ser de maneira pura
Cuidado ao outro cultivar
Alimentar a ternura

E a Mão acompanha aquele
Que divide sua luz
Tal brisa serena e breve
À paz, ao outro conduz.

E sua paz é gigante
Capta, repassa e é gerador.
Surpreende-se algumas vezes
Que de sua dor esquece
Quando a do outro curou.

Marilene Anacleto

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