Teatro

Foto de Joel Fonseca Reis

Desligo o cabo

Desligo o cabo que te liga
À vida dormente
Deste palco de intriga
Qu’ está cheio de gente.

Mendigos não viram,
Deitados no chão
Suplicando a esmola
E um pedaço de pão.

Desligo os cabos que vos ligam
Ao teatro dos interesseiros.
O que querem só me fatigam
Por serem tão carniceiros.

Crianças que gritam
No fundo, inocentes.
Em canos se abrigam
Com frio, rangem os dentes.

Joel Fonseca Reis (16.Junho.2011)

Foto de Carmen Lúcia

Abrindo cortinas

Abrem-se as cortinas...
As mesmas máscaras da mesma rotina.
O teatro recomeça:
os mesmos atos, as mesmas vestes, a mesma peça.
Refletores colorindo atores,
espalhando cores sobre o palco.
Falso impacto!
Personagens interpretando fatos,
textos recitados, decorados, semitonados, bradados.
Manifestos indigestos, repetitivos, enjoativos...

Convincentes?
Para alguns...
Incoerentes...
para todos.

Experimentados, vivenciados, não surpreendentes.
Artistas já desgastados, mal preparados, destoados,
frente a uma platéia incrédula, inerte
ao espetáculo que não se reveste,
que se repete à expectativa geral
refletindo indignação total.

Nada muda...
As mesmas cortinas de ano a ano,
as mesmas farsas do cotidiano,
gesticulações, expressões faciais, corporais.
A mesma encenação.

E a platéia se submete
a mais uma
Ilusão...

_Carmen Lúcia_

Foto de Nailde Barreto

"Teatro Invisível"

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Teatro Invisível.
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Prende e passa – fumaça!
Branco e preto – fantasia!
Seduz o frágil, ironia!
Enfraquece o forte, ousadia!
Alimenta o desespero,
Deixa sem norte, atroz!
Escandaliza o normal,
Faz trilha para a morte...
E, a direção das cenas,
Experiência de amor,
Fica a mercê da sorte;
Esquecidas na fumaça,
Que prende e passa.
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Nailde Barreto.
26/05/2011

Foto de betimartins

Cai o pano no silêncio da noite

Cai o pano no silêncio da noite

Agora neste momento é exatamente vinte e três horas e vinte minutos, distraidamente, eu, olho o para a TV, escuto as vozes alegres, ali corre vida, ação e muita vida do faz de conta.
Faz de conta que eu sou tudo o que os outros são e não é assim, claro que a maior parte de nós, vivemos a vida do outro e nos desleixamos com a nossa própria vida, ou a deixamos correr para que os outros a possam viver por nós.
Estranhamente, senti bastante desconfortável, senti o silêncio mórbido entrar em mim, sacudi minha mente, abri-me para outros lugares, lugares onde ninguém acessa apenas eu e Deus.
Olhei meu monitor, teclado, as formas do meu quarto, paredes apenas e um quadro, que não parecia estar sozinho, mas olhando para mim, ali naquele momento, arrepiei pelo olhar que refletia dele, entrou na minha alma, deixou-me confortável e alegre.
Para muitos era apenas um quadro, um simples quadro, simbólico e decorativo, mas para mim representava algo imenso e sagrado, representava meu irmão Jesus.
Desligo a TV, abro uma janela do meu computador, olho apenas pensando que fazer naquele momento, respiro por momentos, bem fundo, mesmo bem fundo, inicia uma busca e apenas esta, deságua num site de meditação.
Eu adoro musica calma, que relaxa a minha mente e deixa em união com o Cosmo e com o Grande Arquiteto do Universo que é Deus de todas as coisas visíveis ou invisíveis. Seja até independente de religiões, mas sim do amor que deveremos ter por nós mesmos, pelos outros e por nosso amado Deus, se ele é exatamente uma parte de nós e nós a parte que completa a Deus.
Nós somos amor, sendo nós amor, não entendo a dor, a crueldade, aquele que mata, o que comete a violação sobre outro, o que engana e o que até cobiça o alheio. Não entendo a guerra, os políticos, o desrespeito contra a natureza e a falta de entendimento e começar por mim mesma.
Exatamente a minha falta de entendimento, talvez se deva a não procurar mais, as respostas, claro que dão muito trabalho, são pilhas de livros, dias, meses e anos de pesquisa, assim por diante e penso que já seremos bem velhinhos e estaremos a entender um pouco melhor, mas claro que com muita duvida normal do ser humano.
Nesta caminhada o que mais me doeu dentro de meu peito, foi à falta de fé, falta de entendimento pela vida, se eu neste momento morresse que medo teria que sentir? A dor que poderia o meu corpo sentir?
Aqueles, em que nada acreditam, apenas nasceram, viveram e morreram e estão certos da lei natural da vida terrena, mas devem ter um pânico terrível. Aqueles bichinhos afinal vão devorar o corpo ali sem vida e inerte, apenas mais um composto da natureza para adubar a mesma, mas não será mais um pesadelo?
Uns pesadelos da vida real, a vida terrena, aqui fazem, aqui recebes ou como disse Jesus daí a “Cesar o que é de Cesar”, claro que isto é para todas as nossas atitudes, julgamentos, condutas e até porque Deus é justo e não deixa para os outros colherem o que não é deles.
Podem não acreditar eu gostava ser Ateu, apenas acreditar que nasci, vivi e morri, era melhor que estar pensando em meus atos e atitudes. Diria que estaria livre para aprontar e fazer tudo o que desse na minha vontade, até fazer frente aqueles que me fizessem frente, transformar-los em escadas e subir.
Lá em cima, olharia com o meu nariz empinado e os sacuda ria, nos meus pensamentos, diria, eu cheguei aqui pelos meus próprios méritos. Engano meu, eu para chegar ali, humilhei, subjuguei e maltratei, ou seja, causei dor e lágrimas.
Refletindo na dor, que possa ter causado nas lágrimas que posso ter feito chorar, apenas fico pensando na vida e no que ela, tanto danos nos causa, por escolhas, por mágoas, procuras no nosso preenchimento da alma.
Assim fico a pensar que esta vida aqui é um teatro a três tempos, o primeiro tempo, apresenta-se a peça e seus atores e o que ela vai representar, segundo tempo a verdadeira historia da peça, enredos e protagonistas, terceiro tempo apenas é o tão esperado fim, o desejado final da peça e logo o pano se fecha.
Luzes se acendem, os espectadores eufóricos ou não, se levantam, ou talvez não, conforme a qualidade da mesma peça e batem palmas, elogiando-ª. Os que não conseguem representar bem a sua peça, apenas ficam sozinhos no palco e nem as luzes se acendem no final. Apenas o vazio, vazio e solidão, nada mais.
A vida é feita de momentos, apenas são esses belos momentos que levamos gravados na nossa alma, saibamos escrever nossa peça em amor. Só assim o nosso teatro, eleva e deixa-nos levantar e aplaudir a nós mesmos pelo belo desempenho vivido.
E agora vou dormir mais aliviada, embora saiba que ainda tenho muito a fazer, mas antes de dormir e como acredito em Meu Pai, Deus, não me vou deitar sem agradecer o fato de estar aqui escrevendo e vivendo este nosso momento “eu e ele”.
Boa noite e obrigado por estar aqui comigo.
A você também...

Foto de Nailde Barreto

"Diário de um estranho".

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Diário de um estranho.

Debruçado na instabilidade dos sentimentos, sinto a constância equivocada das lágrimas, quentes, expelidas do seu olhar. Enquanto, na verdade aparente do que chamo de também amor, vejo teatro e óscar... Então, paro e penso:
_ O que realmente sinto? Já que, entre o vazio e a inundação, tudo que tenho é o timbre rouco da sua voz e a lembrança de momentos marcantes naquele quarto do hotel fulano de tal. E, no fim das contas, quem é você, diante do exagero dos frívolos da paixão por um estranho?
Diante das não-respostas, arranho minha vontade, não consigo aceitar que isso pode ser verdade. Eu não te amo, mas, o que tanto há em você que me atrai e me chama, provocando em mim um imenso desejo de tê-la por perto? Confusão plausível diante de um coração dividido.
A sua criatividade me seduz, me causa impacto, e, em tempo, registro que ficaria com a ligeira sensação de perda, caso ficasse sabendo que existe outro em sua vida.
Com você, a quebra de regras me conduz à loucura. Confesso, tenho medo!
Isso me conduz à particular dúvida:
_ Te esquecer e entediar-me com uma vida fugaz, rotineira, com a incerteza do que poderia ter sido, sabendo que, ao longe, choras! Ou, doar-me para ti e deixar que me ensines a amá-la, e, não deixar que chores, e, se chorar, que eu esteja por perto para enxugá-las e, em tempo, te amar.

Nailde Barreto
20/03/11

Foto de Diario de uma bruxa

A face do mal

Vejo estampada na sua face a arrogância e o desrespeito.
Você uma pessoa inescrupulosa não merecia nem sequer compaixão. Mas tudo nesta vida se perdoa, não sou maldosa o suficiente para fazer o mesmo. Apenas prefiro me retirar de cena e deixar todo o teatro só com você,...
Vou sentar na primeira fila e ver a sua decadência por decorrência dos seus próprios erros (atos).
Amar a um amigo como um irmão é sofrer as desilusões dele, junto com ele. É sorrir e ficar feliz com a felicidade dele. Aconselhar e tentar corrigi-lo, acompanhando-o até o fim.
Mas tudo isso eu já fiz, e o que eu ganhei... Indiferença arrogância e sem contar que tudo se virou contra mim. “A errada sou eu.”
Pode ter certeza que não, isso eu sei minha consciência esta limpa e leve.
Errado é aquele que não se olha no espelho, que não admite os próprios erros e coloca a culpa nos outro se faz de inocente e muitos acreditam, pois ele é tão convincente que convence a si próprio.
Não quero ser preconceituoso, mas acho que neste caso não estou sendo. Só quero ser digna de mim mesma com a consciência limpa sabendo que eu tentei, e olha que tentei por muito tempo, quem não quis se corrigir, quem não quis me ouvir foi você.
Agora agüente as conseqüências, a face do mal esta estampada em você e um dia todos vão ver.
Perdoe-me ser cruel, mas é o ultimo aviso que dou a você. Amigos são sempre amigos.

Poema as Bruxas

Foto de jessebarbosadeoliveira27

PAISAGEM EXANGUE

Tudo é breu:
O cotidiano
Transmuda-se na chuva ácida
Que pulveriza por completo
Sonhos forjados por aço, diamantes e ferro.

Tudo é bruma que cega:
A esperança fica estéril
Ao perder a sua centelha eterna
Para o alucinógeno e deletério
Oxigênio da guerra.

O caminho
São zilhões de labirintos prenhes de maledicência:
Neles, o imensurável deserto
Nos espreita: sedento por nossa alma,
Verve e consciência.

Queria ser um parlapatão ou um espantalho
Para que me mantivesse indiferente ao teatro.
No entanto a redoma de mim se despoja,
Deixando a minha retina ser ferida
Pela tétrica realidade belicosa.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

Foto de Rita Freitas

SOLIDÃO

Dos teus olhos profundos e enigmáticos
Brotam reflexos de uma solidão
Disfarçada de amor e paixão
Guardada por anos de existência
De uma vivência de solidão acompanhada.
Nos teus olhos negros de paixão
Manifesta-se a solidão das multidões
A solidão dos encontros fortuitos
A solidão das horas de falso amor
Do prazer da pele e do êxtase orgástico
Dos teus olhos de solidão profunda
Brotam ânsias de uma paixão vazia
Enevoados pelo teatro da vida
Equivocados pelas ilusões manifestas
E na tua solidão acompanhada
Procuras a solidão do amor humano
Na tua solidão disfarçada
Escondes a essência da tua vida
Onde na bruma dos teus olhos
Vives a solidão da vida…

Foto de ushihaxandre

POEMA

"poema é desejo
é emoção
poema é amor
é paixão
poema é ser
é poder
poema sou eu
é você
poema é palavra
é canção
poema é fantasia
é alegria
poema é tristeza
é saudade
poema é teatro
é verdade
poema é ficção
não falsidade"

ALEXANDRE FERNANDES

Foto de Carliinha

Teatro

As vezes nem mesmo todo o teatro que por muito tempo eu tentei manter faz sentido
Me sinto perdida em um mar de emoções que eu não posso controlar
São tantas emoções que nem consigo descrever o que sinto
As coisas aconteceram muito rápido...não consegui controlar a situação
Perdi o controle sobre mim mesma
Parece que a loucura bateu em minha porta
Dentro de mim, no meu intimo me sinto mal
Não sei exatamente porque
Isso dói, me deixa agoniada
Da minha alma partem lagrimas que fogem dos meus olhos e passeiam por meu rosto cansado de tanta dor
Quando o sofrimento vai me deixar?
Isso todo parece que me suga todas as forças
Eu tento ser forte
Mais as vezes forçar um sorriso dói mais do que simplesmente se jogar na cama e chorar por algo que nem mesmo eu sei o que é
É tão fácil se entregar as lagrimas e ao mesmo tempo tão difícil demonstrar que nessa situação vc esta sendo fraca
Me sinto desesperada
Não sei o que faço, estou tão confusa que nem sei se quero fazer alguma coisa
Não consigo pensar
Sabe quando vc sente tanta dor que vc não consegue pensar?
To bem assim
Quando nada faz sentido
E a solidão de um quarto escuro parece a melhor companhia
Só que ao mesmo tempo, o desejo de um ombro amigo, de um abraço que me conforte, é grande
Quando até o coração parece realmente doer
O que fazer?

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