Tarde

Foto de joaobala

apaixonados

então decentimente colocamos nossas roupas e nos beijamos
sentimos mais uma ves nosso calor e o cheiro de amor no ar
despedimos pois ja eh tarde e ñ queremos que ninguem nos açoite
com maus pensamento a nosso respeito,afinal samos apenas amantes
discretos e apaixonados...

joaobala

Foto de Jonas Melo

AO POR DO SOL

Ao por do sol

Ao por do sol posso te dizer mil coisas
Daquelas que o vento leva para além do infinito
Onde tudo se torna azul e é muito mais bonito

Ao por do sol posso te dizer que es linda
Que tens o encanto da tarde morena
Que trás em teu sorriso o cheiro da açucena

Ao por do sol podemos namorar
Sem ter medo da tarde que finda
A final depois da tarde vem à noite, muito mais linda

Vem com o brilho das estrelas
Vem com seu manto negro e brilhante
Vem iluminando o teu sorriso alucinante

De tão belo, do belo do teu sorriso
Alucinada fica a noite ao te ver

Como a um diamante lapidado – mulher ... ao por do sol...

Jonas Melo !

Foto de Sonia Delsin

TARDE

esta tarde que não morre
esta tarde que precisa desaparecer nas brumas do tempo
esta tarde que se fez inesquecível
um quarto na penumbra
umas mãos correndo no meu corpo despido
dependurado o vestido
o vestido azul...
cortinas esvoaçantes
nunca mais será como antes
a luz da tarde que morria
a luz que se infiltrava pelos vitrais
nunca mais
nós dois nunca mais
tarde no tempo para nós dois
e eu que esperava tolamente o depois

Foto de Sactra

Minha Amada

Era meia noite,sai para contemplar a lua,que linda ela estava!.
Percebo que ninguém mais a olha,e muito menos sente seu vigor como eu,vejo
Faces desfalcadas,olhares tristes e um brilho inexplicável!,sinto como se ela conversasse comigo,como se meu desejo de ir ao seu encontro estivesse mais perto a cada dia! .
Solto meus demônios em um grito desesperado,grito em silêncio para não assustar os momentos de admiração que por ela cativei.
Sei que já é tarde,as luzes da cidade se apagam,os olhares se fecham em sonhos,a madrugada se aproxima e pela rua minha companhia é o vento gelado que me arrepia, o som dos sussurros que me atormentam e a lua...doce Luna que me apaixonei.Hoje ao me declarar a ela meus medos se foram e já posso dormir em paz,confuso com a dor e o sentimento adormece meu corpo,
Acalma minha alma algo e por fim meus sonhos mais obscuros,meus desejos mais secretos se transformaram em realidade...Luna amada e cativante luz que me
confunde,doce mistério por quem me apaixonei.

Sactra

Foto de MISS DAISY

IN LOVE

Muito de mim em linhas descansa.
Muito de mim ... quase tudo.
Na busca incessante do sentimento não mensurável, me perco nas linhas de um caminho sem fim.

Se me perco, logo me encontro.
Mas ... se perder também é caminho.

Pra você e com você.
Todo dia, todo fim de tarde.
A tarde inteira então.

Ali me acho, me entendo.
Ali sou eu de verdade... in love.

A sutileza das palavras escritas... nunca ditas, algumas interjeições e reticências que agrupam o impronunciável.

Não agora, não assim.
Tudo precisa ser dito, nada comentado ou discutido.
Apenas curtir o frescor da frase bem colocada, do texto bem escrito, das subliminaridades encontradas em cada som, captado pelo íntimo.
E o desejo de ser entendido e atendido.
Assim é o estar IN LOVE... com o mundo, com os seres e com o ser.

Foto de onil

TERRA NATAL

O SONHO DE QUEM PARTIU
É VOLTAR A ESTAR PRESENTE
NA TERRA QUE UM DIA O VIU
PARTIR COMO IMIGRANTE

SOU IMIGRANTE EM PORTUGAL
MAS SOU BEM PORTUGUÊS
EMBORA Á TERRA NATAL
SONHE VOLTAR OUTRA VÊZ

E SARAR ENTÃO A FERIDA
DE QUANDO EU DISSE ADEUS
VOLTAR Á ALDEIA QUERIDA
E ABRAÇAR TODOS OS MEUS

ESSA ALDEIA PEQUENINA
Á TARDE TÃO SOALHEIRA
DOS MEUS OLHOS É A MENINA
O SEU NOME É NOGUEIRA

MATAR TODAS AS SAUDADES
OLHAR O CAMPO VERDINHO
SACIAR TODAS AS SEDES
COM A CÔR DO NOSSO VINHO

NÃO DEIXAR MAIS OS ENCANTOS
DA ALDEIA E REDONDEZA
GOZAR ENTÃO NOS SEUS CAMPOS
TODO O BEM DA NATUREZA

E SONHO DESDE RAPAZ
EM TERRRAS DE PORTUGAL
MORRER VELHINHO E EM PAZ
NA MINHA TERRA NATAL

16.5.93
ONIL

Foto de Lou Poulit

UM INCENTIVO À REFLEXÃO DE TODOS OS PROSADORES TÍMIDOS

Continuando uma conversa, esquecida noutro lugar...

Dei-me conta de um outro conceito integrante do curso, que também tem tudo a ver com essa reflexão sobre os nossos personagens na vida. E avança sobre fazer arte, sobre percorrer um trajeto evolutivo, lucidamente. O que inclui escrever prosa (a arte da palavra fluída) de modo mais artisticamente pretensioso, e não exatamente presunçoso...

Depois de entrar no ateliê, com a coragem e a desenvoltura de quem entrasse no castelo de Drácula, e tentar compreender alguma coisa da parafernália que havia ali, que equivalia a uma avalanche de informações visuais e olfativas nem sempre esperada, pinturas e esculturas por toda a parte, rascunhos espalhados como que por alguma ventania, uma infinidade de miudezas, coisas difíceis de imaginar e fáceis de fazer perguntar "pra que serve isso?"... O aluno iniciante dizia, como se ainda procurasse reencaixar a própria língua: eu não sei desenhar nada, sou uma negação, um zero à esquerda, nem sei direito o que estou fazendo aqui...

Eu tentava ser simpático, e sorria sem caninos, para provar que não era o Drácula. Depois pedia ao rapaz espinhento (convenhamos que o fosse neste momento) que desenhasse aquilo que melhor soubesse desenhar, entregando-lhe uma prancha em formato A2 e um lápis. A velha senhora (agora convenhamos assim) procurava uma mesa como se houvesse esquecido a sua bússula, e a muito custo conseguia fazer a maior flor que já fizera, de uns 15 cm numa prancha daquele tamanhão, e muito distante do centro da prancha. Claro, eu não conseguia evitar de interromper, se deixasse ela passaria a tarde toda ali improdutivamente. Aquele desenho já era o bastante para que eu pudesse explicar o que pretendia.

O executivo que arrancara o paletó e a gravata para a primeira aula, depois do expediente, com a gana de quem subiria num ringue para enfrentar um Mike Tison no maior barato e cheio de sangue no álcool, olhava pra mim, a interrompê-lo, como quem implorasse deixá-lo continuar! Queria mostrar talvez que eu deveria investir nele, que estava disposto a tudo, e que ele estava ali para que eu fizesse com ele o que bem quisesse. E eu finalmente explicava: não é necessário, já vi que você pode fazer. Me diga, quantas vezes você estima que já tenha desenhado esse mesmo Homem-Aranha que acabou de rascunhar?... Ah, não contei, mestre... Claro que não, mas talvez possa fazer uma estimativa, em ordem de grandeza. Uma vez? Uma dezena? Uma centena? Mil vezes?...

O velhote, com jeitão de militar reformado, pôs a mão no queixo. Mas em vez de estar fazendo alguma conta para responder, na verdade tentava avaliar (com a astúcia que custa tantos cabelos brancos) que imagem a sua resposta produziria, na cabeça do jovem mestre. Afastou as pernas uma da outra e naquele momento eu pensei que ele pretendia bater continência para mim, mas não, aquilo era um código comportamental. Sempre fui antimilitarista, mas procurei entender o seu personagem íntimo. Afinal, ele resolveu arriscar: Mais para mil vezes... Alguém poderia acreditar nisso – perguntei a mim mesmo? Se o velhote houvesse desenhado Marilyn Monroe, vá lá que fosse. Ou a bandeira do Brasil, um obuz, uma bomba atômica, ao menos um pequeno porém honroso canivete suíço!... Mas não. Um militar que estimava ter desenhado quase mil vezes o Papa-Léguas – antigo personagem de quadrinhos e desenhos de televisão – ou tinha algum grave desvio (talvez culpa do canivete) ou estava construindo naquele momento um personagem específico para a sua insegurança, o que mais convinha deduzir. Antes que ele dissesse “Bip-bip” e tentasse correr pelo ateliê, eu tratei de prosseguir com a minha aula.

Mas qualquer que fosse o aluno, eu pedia então que sentasse nas almofadas que ficavam pelos cantos do espaço, e em seguida me sentava no chão, sem almofada. E perguntava: você já ouviu falar no Maurício de Souza, o “pai” da Mônica?... Sim, das revistas... Isso mesmo. Sabe que ele é capaz de desenhar a Mônica (mas talvez não outro dos vários personagens que assina) de olhos vendados?... O aluno tentava refletir, mas eu não esperava pela resposta. Garanto a você que ele faz isso. Sabe por que?... Acho que não, assim de surpres... Por um motivo muito simples e óbvio: ele já fez tantos desenhos semelhantes, que não precisa mais se preocupar em construir nenhuma imagem do desenhista que ele é. Muito menos com o desenho que vai fazer.

Eu não estou pretendendo estabelecer nenhuma comparação com a sua pessoa, mas somente adiantando para você uma espécie de chave para quase todas as perguntas inerentes a aprendizados. Você pode achar até que é um zero à esquerda, quer diga isso ou não. Não é. Mas a sua memória técnica é. E essa seria a principal razão de você achar que não sabe desenhar, ou não ser capaz de ver-se como artista. Todo mundo nasce com alguma sensibilidade, percepção para o belo, capacidade de fazer associações psíquicas, afetivas, emocionais e tal. Isso tudo é inato, intrínseco à natureza humana. Contudo para transpor o que está dentro de você (imaterial) para fora, de modo que outros, além de você próprio, possam compreender através de alguma sensorialidade, é preciso usar um meio físico, também chamado de veículo. Para fazer essa materialização você terá que lançar mão de uma técnica, e a técnica não é inata (salvo em raros casos).

Essa é razão mais elementar pela qual está me pagando. Mas eu não fabrico desenhistas. Apenas, com base na minha própria experiência e na minha memória técnica, vou traçar um atalho para você chegar ao que definiu como suas preferências, na nossa conversa inicial. Bastará que você faça apenas algumas coisas simples, mas que podem exigir alguma disciplina: que não faça os exercícios como faria um robô, que preste atenção com intuito de memorizar o que vou lhe dizer (como se fôsse um robô!) e que não jogue fora nem mesmo o pior dos seus resultados, pelo menos até que termine o curso. Os seus resultados de exercício, em ordem cronológica ou pelo menos lógica, por mais que pareça entulhar a sua vida, serão como os frames de um filme que só existe na sua memória, e que serve para estruturar a sua memória sensorial. Será a mais eficiente forma de avaliar o processo de aprendizado, e poderá estar sempre disponível para reavaliações.

Sua verdadeira obra, será construir um arcabouço de informações técnicas. Muito naturalmente e sem começar pelo fim ou pelo meio, você irá armazenando o conjunto da sua sensorialidade ao exercitar. Não irá memorizar tão somente o desenho em si, mas a interação entre os materiais, os sons, o cheiro, a impressão tátil de manusear e pressionar, enfim, tudo será memorizado, e a partir de certo ponto, além de saber, você estará compreendendo o que faz. Contudo, não tem que esperar o fim do curso para estabelecer uma relação mais madura consigo próprio, enquanto artista. Poderá começar a amadurecer (e reorientar) desde logo o seu foco preferencial, a sua linguagem e estilo próprios, seus conceitos e o seu próprio personagem de artista...

Isso mesmo, o artista, seja pintor, músico ou escritor, tem um personagem próprio. Para as pessoas que só podem conhecer a sua arte a partir do veículo e não a sua pessoa, será inevitável eleger atributos para agregar referencialmente ao seu nome, ou para humanizar o seu nome, e torná-lo mais compreensível. As pessoas “tocam” o produto artístico como se tocassem a pessoa do artista subconscientemente. Por isso, se você não quiser criar lucidamente o seu personagem e torná-lo compreensível para eles, os admiradores da sua arte o farão instintivamente e você só saberá depois, ou talvez passe pela vida sem saber como é visto, ou pior ainda, imaginando o que não corresponda nem de longe à realidade.

Não importa muito a linguagem artística que se escolhe. O processo evolutivo é muito semelhante. E todo aquele que reluta em mostrar seu trabalho e predispor-se a um julgamento que não se submete ao seu próprio, apenas retarda a sua própria evolução.

Foto de onil

DESENCONTRO

TIVEMOS NOSSO AMOR DESENCONTRADO
POR ESCONDERMOS UM DO OUTRO O SENTIMENTO
QUE NO FUNDO DO PEITO ESTÁ IMPLANTADO
SEM O SABERMOS SÓ RESTOU O SOFRIMENTO

MAS NUNCA É TARDE E O CORAÇÃO NÃO ESQUECE
A ANGUSTIA CRUEL DE VIVER SEPARADO
E O PRAZER DO AMOR QUE NA VIDA ACONTECE
NO PEITO DE QUEM AMA ESTÁ SEMPRE GRAVADO

EMBORA ÁS ESCONDIDAS CONTINUOU A SONHAR
ILUSÕES PROIBIDAS NO PEITO FECHADAS
ESPERANDO A VEZ E A HORA DE SE LIBERTAR
DE DUVIDAS CRUÉIS E MÁGOAS PASSADAS

O MEU CORAÇÃO NÃO CALOU UM INSTANTE
A VONTADE DE TODO O AMOR PODER DECLARAR
MAS SEMPRE MINHA VOZ FICOU DISTANTE
E NUNCA MEU SENTIMENTO TE FIZ ESCUTAR

PASSARAM ANOS E TODO O DESGOSTO
MEU PEITO CONTINUOU A DILACERAR
PORQUE SEMPRE LEMBRANDO O TEU ROSTO
SONHAVA OS TEUS LÁBIOS SOMENTE BEIJAR

PORQUE NOS MEUS LÁBIOS ESTÁ GRAVADO
AQUELE BEIJO QUE DESTA PENA É CAUSADOR
PORQUE TODO ESSE AMOR DESENCONTRADO
NÃO SABENDO UM DO OUTRO É SEM VALOR

AGORA DEIXEI MEU PENSAMENTO VAGUEAR
E O CONTACTO QUE TIVEMOS AQUI FOI LEMBRADO
OS TEUS LÁBIOS EU ANSEIO SABOREAR
PORQUE O DESEJO NOS MEUS ESTÁ PREGADO

PASSAM POR MIM LEMBRANÇAS QUE NÃO CONSIGO PARAR
PARA FICAREM NO MEU CORAÇÃO SÓ MAIS UM MOMENTO
PORQUE CERTA ALTURA EU SONHEI TANTO TE AMAR
E ADMIRAVA TUA EXISTÊNCIA COMO MEU ENCANTO

TEU CORPO PERFEITO ONDE HABITA O PRAZER
DE MIL DESEJOS E SONHOS SEM NUNCA FINDAR
DE AMOR CONTIGO ME QUERO PERDER
E O PRAZER PROIBIDO PODERMOS ENTÃO DESFRUTAR

TANTOS ANOS PASSADOS EM TRISTE IGNORÂNCIA
PORQUE DO AMOR GUARDAMOS SEGREDO
HOJE LEMBRO A AMIZADE QUE VEIO DA INFÂNCIA
E SEI QUE O AMOR ENTRE NÓS COMEÇOU BEM CEDO

MAS A DUVIDA NUNCA FALAR NOS DEIXOU
PARA CONFESSAR O SENTIMENTO QUE TANTO NOS UNIA
POR ISSO NO SEGREDO ELE SEMPRE MOROU
ESPERANDO QUE A VERDADE EXPLODISSE UM DIA

SEMPRE ESPERANDO MAS COM FÉ E ESPERANÇA
NO DESEJO PROIBIDO QUE NO PEITO GUARDAVA
NÃO SABIA SEQUER SE O AMOR DE CRIANÇA
QUE TINHAS NO PEITO MEU AMOR ACEITAVA

SEI HOJE E É UMA VERDADE CRUEL
QUE O TEU CORAÇÃO MEU AMOR ACEITAVA
E QUE NO FUNDO FOSTE SEMPRE FIEL
Á TERNURA DO AMOR QUE NOUTRO PEITO HABITAVA

SONHANDO SEMPRE O AMOR ALCANÇAR
VIVE A VIDA COMO O BEM MAIS SAGRADO
DEIXA OS TEUS SONHOS GANHAR ASAS VOAR
AO ENCONTRO DO AMOR QUE JÁ FOI ENCONTRADO.

12.9.00
ONIL

Foto de eda

"Desejos"

"Desejos"
"Você é meu desejo proibido,mais escondido.
"É tão proibido que é imposível realizar....
"O meu desejo está oculto.
"Por não poder amar você.
"Eu complicada?
"Não o destino!!!
"É imposível não querer você, está longe mas em pensamento vive comigo!!!
"No café da manhã;
"No almoço;
"No lanche da tarde;
"na janta;
"Na cama, aiii te encontro, realiso todos meus desejos;
"nos meus sonhos você é real, me perco nos seus braços...
"É imposível não sonhar com você....
"Amo você"
"E nem sei;
"O sabor dos seus beijos;
"O toque de suas mãos;
"O cheiro de sua pele;
"Más vejo você;
"sabe onde?
"Em meus sonhos.....
"Você é real...
"autora: Eda Soares Leite M. S.

Foto de Marcelle leite amorim

Dificil nao te amar

Naquelas terras existe um vilarejo,
Toda tarde eu o vejo.
Meu coração dispara e o mundo para.
Não consigo evitar, nem desvio o olhar.
Amor igual ao meu vai ser dificil de encontrar.
Mais eu não conheço outra maneira de amar.
Como se diz eu te amo para uma pessoa que não
posso conhecer?
Preciso fazer isso.
Meu vocabulário não existe te esquecer.
Só existe te querer.

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