Tarde

As pessoas nao sentem mais alegria com minha presença.
Gostam que eu seja sempre uma palhaça que os façam rir.
Cansei,cansei,cansei...
Nao me fazem rir,so me resta chorar.Com ninguem mais quero estar.
Amo todo mundo,mas todo mundo nao me ama.
Venero todos que ama,mas os que me amam nao me veneram.
Cansei,cansei,cansei...
Minha vida vou transformar,com uma simples gota de veneno.
Oh,quao triste é o fim!
Entao podem chorar.
Quero que chorem,chorem,chorem...
Porem ja sera muito tarde e no inferno vou estar.
Espero que todos que me fizeram sofrer,ao lindo céu possam alcançar.
Assim com voces nao poderei nunca mais encontrar!

Amarante, 04 de Maio de 2010

Sei que não me queres mas eu vou insistido com as minhas doces palavras.
Por quantas palavras escrever é impossível te descrever.
Tu és o sol deste mundo, és a água da minha vida, és o meu pensamento, tu és tudo para mim.
Teu coração puro faz o meu arder, teu olhar faz meu corpo se perder.
A tua voz no meu coração ficou gravada, o teu rosto na minha cabeça não consigo apagar.
Mas eu tenho tanto amor por ti
Mas porque?
Eu sou o ser que odeias. Mas sou a palavra amiga que gostas de ouvir.
Por ti eu sei que não sou capaz de enfrentar tuas duras palavras.
Meu coração me diz para te dizer que te amo.
Mas eu não sou capaz, porque o meu maior medo é que te afastes de mim.
Eu por ti enfrentei os meus medos, mas este medo é impossível de enfrentar.
Por ti mudei a minha maneira de ser e nem assim te consegui conquistar.
Eu sei que não sou um príncipe, só sou um menino crescido.
Posso não ser o teu príncipe mas tenho a certeza que te amo mais que ele e que te trataria como uma princesa.
Um dia mais tarde vais dar valor a quem te amava, mas nessa altura já será tarde de mais, ou não, …
Ao inicio pensei que o teu amor podia comprar, mas agora sei que não se compra, conquista-se.
O amor não e uma arma é um sentimento mais puro.

A vista se perde pela largura do mar.
Ao longe vislumbro uma cidade apagada
As ondas de Unamar cobrem meus olhos nublados
E faz-me lembrar os abraços bambos e apertados
Dos braços sobrados e dos sorrisos disfarçados, esforçados.

Uma vida sem brilho, um olhar sem interesse
As ondas quebrarem-se na areia, sem importância.
Talvez seja assim, o final da vida...
Como uma onda qualquer, que desmancha na praia
Sem valor algum, que outrora pensava possuir.

A vista fixa em um ponto no mar de Unamar
Agora é um surfista isolado olhando as inquietas vegas
Que formam-se ao acaso para trazê-lo de volta
Para a praia que rodeia os meu pés enterrados na areia.

A solidão parece descansar ao som do mar
Dá tempo para pensar e lamentar os desfechos infortúnios.
Os pés enfiam-se na areia querendo como raízes firmarem-se
Talvez o inconsciente ainda tente revigorar-me
Enterrando os meus pés como raizes profundas na areia do mar.

Quisera eu estar ali plantado como um coqueiro
E balançar meus cachos para vez outra lançar ao mar
Um punhado de frutos que pudesse, talvez a alguém alimentar.
Seria mais útil, quem sabe, que um desolado qualquer
Plantado no mar de Unamar.

O barulho da onda acorda-me do triste pensar
Percebo o jovem surfista que de novo ao mar quer se lançar
Após o breve sabor de em sua prancha equilibar-se.
Será a vida assim, penso, tanto esforço
Para gerar somente um breve momento de gozo?

No Mar de Unamar ao olhar o infinito nesta tarde triste
Uma lição parece querer me ensinar
Que a vida, enfim, é assim, triste, esquisita e breve
Como são breves os meus momentos no mar.

BALANÇO
Paulo Gondim
01/05/2010 (1h07)

Não que eu me dê por vencido
Embora o cansaço já se faça à vista
O tempo já não corre tanto, parece mais lento
A pressa de viver, agora, nem reclama
Até posso acordar mais tarde!

Um ganho. Acordar mais tarde.
Uma conquista que desperta o sono de muita gente
Tão simples, tão insignificante, mas perseguida.

Aos poucos, inicio uma prestação de contas
Uso meus conhecimentos de contabilidade
E entre lucros e perdas, o balanço não bate
Há apenas um lucro presumido
Pouco guardado e muito a ser esquecido

Um por cento, talvez, seja meu ganho.
Na conversão de valores, pouco me sobrou
Uns sorrisos amarelos, algumas desculpas
E, lá longe, um pedido de perdão...

Mas guardo comigo, da parte que soneguei,
Um momento de paixão, intenso, embora breve
Que me vale como aposentadoria
Foram os beijos com sabor de cigarro
Apesar de minha aversão pelo fumo
Mas esse gosto não sai de minha boca