Sorte

Foto de Carmen Lúcia

Bem-vindo ao mundo!

Sem passaporte, confiando na sorte,
meio que se atropelando
entre atropelos vagando,
junte o que pode juntar
e se embrenhe pelo mundo
vasculhando o vazio e o fundo,
indo aquém e além
do que se possa imaginar...
Caminhadas desacertadas;
um ir e vir sem definição,
sem mudanças, mesma direção...
“Mens (in) sana in corpore (in) sano;”
pisando o sagrado, driblando o profano,
finitos e infinitos superando;
sempre viajando,
perdendo-se em labirintos,
achando-se em círculos...
Movimentos cíclicos
que levam ao mesmo lugar
da chegada...ou da partida?
Quem há de saber?Tanto faz!

E nessa roleta-russa
denominada “Vida”,
há o certo e o incerto
e também a sobrevida...
Um jogo de azar,
a bala não vencida,
cartada pré-estabelecida,
vitória favorecida...
Sorte?
Única certeza:
Morte!

(Carmen Lúcia)

Foto de cafezambeze

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA (POR GRAZIELA VIEIRA)

ESTE É UM CONTO DA MINHA DILETA AMIGA GRAZIELA VIEIRA, QUE RECEBI COM PEDIDO DE DIVULGAÇÃO. NÃO CONCORRE A NADA. MAS SE QUISEREM DAR UM VOTO NELA, ELA VAI FICAR MUITO CONTENTE.

JOÃO PIRISCA E A BONECA LOIRA

Numa pequena cidade nortenha, o João Pirisca contemplava embevecido uma montra profusamente iluminada, onde estavam expostos muitos dos presentes e brinquedos alusivos à quadra festiva que por todo o Portugal se vivia. Com as mãos enfiadas nos bolsos das calças gastas e rotas, parecia alheio ao frio cortante que se fazia sentir.
Os pequenos flocos de neve, quais borboletas brancas que se amontoavam nas ruas, iam engrossando o gigantesco manto branco que tudo cobria. De vez em quando, tirava rapidamente a mão arroxeada do bolso, sacudindo alguns flocos dos cabelos negros, e com a mesma rapidez, tornava a enfiar a mão no bolso, onde tinha uma pontas de cigarros embrulhadas num pedaço de jornal velho, que tinha apanhado no chão do café da esquina.
Os seus olhitos negros e brilhantes, contemplavam uma pequena boneca de cabelos loiros, olhos azuis e um lindo vestido de princesa. Era a coisa mais linda, que os seus dez anos tinham visto.
Do outro bolso, tirou pela milésima vez as parcas moedas que o Ti‑Xico lhe ia dando, de cada vez que ele o ajudava na distribuição dos jornais. Não precisou de o contar... Demais sabia ele que, ainda faltavam 250$00, para chegar ao preço da almejada boneca: ‑ Rai‑de‑Sorte, balbuciava; quase dois meses a calcorrear as ruas da cidade a distribuir jornais nos intervalos da 'scola, ajuntar todos os tostões, e não consegui dinheiro que chegue p'ra comprar aquela maravilha. Tamén, estes gajos dos brinquedos, julgam q'um home não tem mais que fazer ao dinheiro p'ra dar 750 paus por uma boneca que nem vale 300: Rais‑os‑parta. Aproveitam esta altura p'ra incher os bolsos. 'stá decidido; não compro e pronto.
Contudo não arredava pé, como se a boneca lhe implorasse para a tirar dali, pois que a sua linhagem aristocrática, não se sentia bem, no meio de ursos, lobos e cães de peluxe, bem como comboios, tambores, pistolas e tudo o mais que enchia aquela montra, qual paraíso de sonhos infantis.
Pareceu‑lhe que a boneca estava muito triste: Ao pensar nisso, o João fazia um enorme esforço para reter duas lágrimas que teimavam em desprender‑se dos seus olhitos meigos, para dar lugar a outras.
‑ C'um raio, (disse em voz alta), os homes num choram; quero lá saber da tristeza da boneca. Num assomo de coragem, voltou costas à montra com tal rapidez, que esbarrou num senhor já de idade, que sem ele dar por isso, o observava há algum tempo, indo estatelar‑se no chão. Com a mesma rapidez, levantou‑se e desfazendo‑se em desculpas, ia sacudindo a neve que se introduzia nos buracos da camisola velha, enregelando‑lhe mais ainda o magro corpito.
‑ Olha lá ó miúdo, como te chamas?
‑ João Pirisca, senhor André, porquê?
‑ João Pirisca?... Que nome tão esquisito, mas não interessa, chega‑te aqui para debaixo do meu guarda‑chuva, senão molhas ainda mais a camisola.
‑ Não faz mal senhor André, ela já está habituada ao tempo.
‑ Diz‑me cá: o que é que fazias há tanto tempo parado em frente da montra, querias assaltá‑la?
‑ Eu? Cruzes credo senhor André, se a minha mãe soubesse que uma coisa dessas me passava pela cabeça sequer, punha‑me três dias a pão e água, embora em minha casa, pouco mais haja para comer.
‑ Então!, gostavas de ter algum daqueles brinquedos, é isso?
‑ Bem... lá isso era, mas ainda faltam 250$00 p'ra comprar.
‑ Bom, bom; estás com sorte, tenho aqui uns trocos, que devem chegar para o que queres. E deu‑lhe uma nota novinha de 500$00.
‑ 0 João arregalou muito os olhos agora brilhantes de alegria, e fazendo uma vénia de agradecimento, entrou a correr na loja dos brinquedos. Chegou junto do balcão, pôs‑se em bicos de pés para parecer mais alto, e gritou: ‑ quero aquela boneca que está na montra, e faça um bonito embrulho com um laço cor‑de‑rosa.
‑ ó rapaz!, tanto faz ser dessa cor como de outra qualquer, disse o empregado que o atendia.
‑ ómessa, diz o João indignado; um home paga, é p'ra ser bem atendido.
‑ Não querem lá ve ro fedelho, resmungava o empregado, enquanto procurava a fita da cor exigida.
0 senhor André que espiava de longe ficou bastante admirado com a escolha do João, mas não disse nada.
Depois de pagara boneca, meteu‑a debaixo da camisola de encontro ao peito, que arfava de alegria. Depois, encaminhou‑se para o café.
‑ Quero um maço de cigarros daqueles ali. No fim de ele sair, o dono do café disse entre‑dentes: ‑ Estes miúdos d'agora; no meu tempo não era assim. Este, quase não tem que vestir nem que comer, mas ao apanhar dinheiro, veio logo comprar cigarros. Um freguês replicou:
‑ Também no meu tempo, não se vendiam cigarros a crianças, e você vendeu-lhos sem querer saber de onde vinha o dinheiro.
Indiferente ao diálogo que se travava nas suas costas, o João ia a meter os cigarros no bolso, quando notou o pacote das piriscas que lá tinha posto. Hesitou um pouco, abriu o pedaço do jornal velho, e uma a uma, foi deitando as pontas no caixote do lixo. Quando se voltou, deu novamente de caras com o senhor André que lhe perguntou.
‑ Onde moras João?
‑ Eu moro perto da sua casa senhor. A minha, é uma casa muito pequenina, com duas janelas sem vidros que fica ao fundo da rua.
‑ Então é por isso que sabes o meu nome, já que somos vizinhos, vamos andando que se está a fazer noite.
‑ É verdade senhor e a minha mãe ralha‑me se não chego a horas de rezar o Terço.
Enquanto caminhavam juntos, o senhor André perguntou:
- ó João, satisfazes‑me uma curiosidade?
- Tudo o que quiser senhor.
- Porque te chamas João Pirisca?
- Ah... Isso foi alcunha que os miúdos me puseram, por causa de eu andar sempre a apanhar pontas de cigarros.
‑ A tua mãe sabe que tu fumas?
‑ Mas .... mas .... balbuciava o João corando até a raiz dos cabelos; Os cigarros são para o meu avôzinho que não pode trabalhar e vive com a gente, e como o dinheiro é pouco...
‑ Então quer dizer que a boneca!...
‑ É para a minha irmã que tem cinco anos e nunca teve nenhuma. Aqui há tempos a Ritinha, aquela menina que mora na casa grande perto da sua, que tem muitas luzes e parece um palácio com aquelas 'státuas no jardim grande q'até parece gente a sério, q'eu até tinha medo de me perder lá dentro, sabe?
‑ Mas conta lá João, o que é que se passou com a Ritinha?
‑ Ah, pois; ela andava a passear com a criada elevava uma boneca muito linda ao colo; a minha irmã, pediu‑lhe que a deixasse pegar na boneca só um bocadinho, e quando a Ritinha lha estava a passar p'ras mãos, a criada empurrou a minha irmãzinha na pressa de a afastar, como se ela tivesse peste. Eu fiquei com tanta pena dela, que jurei comprar‑lhe uma igual logo que tivesse dinheiro, nem que andasse dois anos a juntá‑lo, mas graças à sua ajuda, ainda lha dou no Natal.
‑ Mas ó João, o Natal já passou. Estamos em véspera de Ano Novo.
‑ Eu sei; mas o Natal em minha casa, festeja‑se no Ano Novo, porque dia de Natal, a minha mãe e o meu avô paterno, fartam‑se de chorar.
‑ Mas porquê?
‑ Porque foi precisamente nesse dia, há quatro anos, que o meu pai nos abandonou fugindo com outra mulher e a minha pobre mãe, farta‑se de trabalhar a dias, para que possamos ter que comer.
Despedíram‑se, pois estavam perto das respectivas moradas.
Depois de agradecer mais uma vez ao seu novo amigo, o João entrou em casa como um furacão chamando alto pela mãe, a fim de lhe contar a boa nova. Esta, levou um dedo aos lábios como que a pedir silêncio. Era a hora de rezar o Terço antes da parca refeição. Naquele humilde lar, rezava‑se agradecendo a Deus a saúde, os poucos alimentos, e rogava‑se pelos doentes e por todos os que não tinham pão nem um tecto para se abrigar., sem esquecer de pedir a paz para todo o mundo.
Parecia ao João, que as orações eram mais demoradas que o costume, tal era a pressa de contar as novidades alegres que trazia, e enquanto o avô se deleitava com um cigarro inteirinho e a irmã embalava nos seus bracitos roliços a sua primeira boneca, de pronto trocada pelo carolo de milho que fazia as mesmas vezes, ouviram‑se duas pancadas na porta. A mãe foi abrir, e dos seus olhos cansados, rolaram duas grossas e escaldantes lágrimas de alegria, ao deparar com um grande cesto cheinho de coisas boas, incluindo uma camisola novinha para o João.
Não foi preciso muito para adivinhar quem era esse estranho Pai Natal que se afastava a passos largos, esquivando‑se a agradecimentos.
A partir daí, acrescentou‑se ao número das orações em família, mais uma pelo senhor André.
GRAZIELA VIEIRA
JUNHO 1995

Foto de Evandro Machado Luciano

Ressureição

A vida não é uma eterna adolescência
E diante de tal incumbência
Que o tempo nos força a admitir
Aprendo diariamente a chorar
Aprendo diariamente a sorrir
Rabiscar em velhos papiros
Ou em cadernos carcomidos
Os dias que restam de minha existência
(essa que não é uma eterna adolescência)
Tem sido minha principal razão de viver
Alertar àqueles que virão, sobre as chances de sofrer.
Não é uma simples questão de ver o mundo
Com olhos de um pessimista, derrotista imundo
Ah, não! Não é a volta do dito mal -do- século
É apenas a visão de olhos incrédulos
Vendo seu tempo acabar
Tempo que mal acabou de começar
Mas não um “acabar” por completo
Tal indefectível tempo
Age como se escrevesse um decreto:
-Não sofreis até sua meia vivência,
Após isso, descubra por si mesmo
Que a vida não é uma eterna adolescência

Um ciclo agora termina
Todo ser passa por isso, é uma espécie de sina
Eu encaro como a morte
Agora nascerei em uma nova vida
A mercê da própria sorte
Nos dias que estão por vir
Não haverá espaço pra sorrir
Não haverá espaço para velhos papiros
Ou cadernos carcomidos
Rabiscados de tolices, como em outrora
Sei que é difícil sobreviver à selva
Com tão pouca experiência
Mas é a lei natural da sobrevivência
Aprender desde tenra idade
Que a vida... ah!
A vida não é uma eterna adolescência...

Foto de Soélis

PLANTADOR DE VIDAS.

PLANTADOR DE VIDAS.
Autor : Soélis Sanches

De família humilde, trabalhadora e lutadora, a vida não me proporcionou condições favoráveis para que pudesse estudar.
Logo, desde criança, tive que ir à luta com meus pais para garantirmos o sustento dos irmãos mais novos.
Mãos que plantam sementes e colhem vidas!
Decorridos muitos anos, minhas mãos calejadas, sofridas e nessa terra esquecida por Deus, ao sabor do suor que escorre da face, busco com o olhar no infinito procurando abrigo, uma brisa para esconder-me do sol escaldante que teima em queimar-me a pele.
Procuro entender os motivos porque Deus não me presenteou com um melhor destino, sempre fui um homem forte e de coração cristalino.
Prostrado de joelhos à beira da cama, no silêncio da noite, com Ele eu falei:

“Pai, meu grandioso Deus, porque não me deste uma vida mais farta, mais abundante e de melhor sorte?”
Para minha surpresa, praticamente em sussurros eu ouvi uma voz calma, doce e carregada de muito amor que me respondeu:
“Eu te amo, meu filho, você é muito precioso para mim.
Antes que a semente da vida fosse por mim plantada no ventre materno eu já havia planejado seu destino.
Eu dei para a humanidade o meu amado Filho, JESUS, que foi pregado na Cruz para que você jamais sofresse.
Siga confiante e jamais negue a fazer o bem.
Meu filho voltará a você como disse que voltaria, Eu nunca poderia esquecê-lo.
Eu dei para a humanidade o meu amado Filho, JESUS, que foi pregado na Cruz para que você jamais sofresse.
Siga confiante e jamais negue a fazer o bem.
Meu filho voltará a você como disse que voltaria, Eu nunca poderia esquecê-lo.
Meu adorado filho, jamais te abandonei em quaisquer instantes da vida.

As pessoas mais felizes não são as que mais têm, na verdade são as que menos necessitam.
Quando lhe dei o direito à vida foi para que as pessoas nunca esqueçam do que passaram com alegria, agradeçam com o que estão vivendo e enfrentem as adversidades futuras sem temor algum.
Não olhe para suas mãos calejadas, meu Filho em suas mãos tiveram “cravos” para que você tivesse vida, e vida em abundância. “
Assim que terminei de ouvi-lo, levantei-me de onde me encontrava, todo feliz e sorridente, finalmente havia entendido porque Deus agia dessa forma em minha vida.
Compreendi que a felicidade que buscamos muito das vezes é apenas materialidade, apenas aparência, apenas vaidade.
Mas a verdadeira felicidade nós só a encontramos quando realmente nos encontramos com nossa própria alma, afinal, felicidade é a morada de Deus em nosso coração, felicidade é enxergar Deus nas coisas simples da vida e, finalmente, acreditar Nele que é a razão de tudo.

Foto de António Ferro

A Mulher é...

A mulher tem uma raíz mais forte
para o homem é o seu norte
o seu guia, a sua sorte (?)

A mulher tem muita força contida,
às vezes mais ressentida,
procura ser a mais vivida.

A mulher ama mais o verdadeiro,
ama o amor primeiro,
ama o amor por inteiro.

A mulher é uma força imensa
e quando ela pensa,
viver tem outra cadência.

A mulher não foge à paixão
e mesmo sem razão,
abre sempre o coração.

A mulher, às vezes, mesmo distante...
É uma mãe marcante
de longe, a melhor amante.

A mulher sonha acordada,
dorme pouco, ou quase nada,
vive sempre emancipada.

A mulher beija-me e eu adoro,
vai-se embora e eu choro,
muda de casa e eu já não moro...

A mulher está sempre presente,
raramente (?) mente...
Embora pareça... mas não está ausente.

A mulher, no supérfulo, é inigualável.
Sabe ser sempre amável,
mesmo não estando estável.

A mulher que eu quero tanto apertar
por longas noites amar,
por longas noites sofrer...
A mulher que eu quero saciar,
abrir o seu coração de par a par,
mesmo sem a entender...
A mulher é minha razão na vida.
Ela ensinou-me a saída
mesmo assim...a posso perder!!!

Foto de Renatoo

Um dia

Nasci para amar,
Como uma criança nasce a chorar.
E aprendi a sorrir
Porque tu me ensinaste o caminho a seguir.

Nao te pedi nada
E tu deste me tudo
Mas permaneceste calada
Até eu dizer: Eu estudo

Começamos a estudar o tema como sorrir,
Seguindo depois para a felicidade,
Finalizando com o tema: Divertir,
Amava-te essa era a verdade.

Quando embarquei na escola da vida,
Tu embarcaste na da morte,
Num acidente.... que diabo de sorte,
Enquanto as lagrimas escorrem na despedida.

Mas tu ensinaste me a viver
E agora posso dizer,
Aprendi a amar
E no palco da vida todos temos de lutar.

Embora pense em ti a toda a hora.
Fui dominado pela saudade
E o mundo chora,
Como eu choro pela felicidade.

E de cada palavra tua
Faço delas a minha escada
Para ir a lua,
Ou até aquela esplanada.

Esplanada onde me deste a maior liçao.
Amor e felicidade sao o sangue que bombeia o nosso coraçao.

Foto de Daniel Paiva

Amor

Amor é o sorriso triste que lábios secos transparecem,
É o sofrimento cego e invisível de quem não é amado,
É a lágrima no canto do olho, que desejosa de escorrer aguenta...
Amor é a alegria de querer, é a mágoa de não ter, é o achado,
É o gritar desesperado por aqueles que o merecem.

Amor é não duvidar do que se sente,
É acreditar naquilo que jamais irá acontecer,
É sentir a dor, enorme dor, mas não desistir...
Amor é não ter nada e ser rico, isso saber,
É pensar com o coração, esquecer a mente.

Amor é o calvário eterno, infindável,
É desejar todo o sentimento mostrar e não o fazer,
É conter em si algo que não dá para controlar...
Amor é dar tudo sem reflectir, é nada perder,
É ter a sorte de possuir algo inimaginável.

Quem ama sabe o que é o amor,
Tem a sua definição do indefinível,
Sente aquilo que é impossível descrever,
Amar é tudo, é algo de incrível,
Felizmente nem sempre amor é dor...

Foto de killas

TRISTEZA PROFUNDA

Momentos de profunda tristeza,
em que me sento para pensar,
já não tenho mais a certeza,
que queira voltar a respirar.

Vida cruel que só nos faz sofrer,
amarga e fria no seu sentir,
já não aguento mais perder,
só espero a grande sorte do porvir.

A alma já está despedaçada,
perdida para não mais se encontrar,
já à muito que não é amada,
só já também ao fim quer chegar.

Ânsias minhas de continuar a lutar,
pelo mais puro e alegre vislumbramento,
ver por fim o sofrimento a acabar,
num rápido e já muito esperado momento.

Ó anjo da minha alma vem soprar,
palavras doces para meu ouvido,
deixa-me ao menos poder sonhar,
e nesse mundo não andar perdido.

Ninfas da minha inspiração,
dai-me um novo e puro versejar,
levai convosco esta tensão,
que já não me deixa mais amar.

Tristezas cruas do meu coração,
venham poetas doces para as levar,
livrem-me para sempre da tentação,
de para todo o sempre eu vos deixar.

Foto de Diario de uma bruxa

Diario de uma bruxa adolescente

Diario de uma bruxa adolescente

Vivo a vida com intencidade
despertando paixões por toda cidade
na minha idade sou bem querida
sou uma bruxa bem crescida

Não sou oferecida
mas sou muito bonita
meu fascinio é a liberdade
Grito e pulo a toda parte
sempre chamo muita atenção
sou uma bruxa com amor no coração

Na escuridão eu sou a luz
com um brilho incandecente
vejo vida sobre a morte
sou a luz da propria sorte

meu desejo é a paixão
sem muita ilusão
sonhar é meu destino
com um amor correspondido

sou querida e sempre amiga
amizade em uma corrente
sobre a luz incadecente
de uma bruxa adolescente.

Poema as Bruxas

Foto de Sonia Delsin

EU ME VI EM CACOS

EU ME VI EM CACOS

Eu me vi de asa quebrada.
Borboleta espatifada.
A amplidão me chamando.
E eu ali no chão largada.

Eu me vi em cacos.
Sem sonhos, sem ilusão.
Com uma ferida enorme no meu pobre coração.

Eu me vi acabada.
Derrotada.
Achando a vida uma maçada.

Eu me vi no fim da linha.
Vi a morte se aproximando e quis reagir.
Precisava encontrar novamente encanto no meu existir.

Como meus dias eu enfeitaria?
Por sorte tinha n’alma a poesia.
E algo me dizia...que outro amor encontraria.

Eu me vi em cacos...
E com eles um mosaico eu montei.
Uma figura de mulher sorridente eu criei.

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