Sono

Foto de Felipe Ricardo

Sono

Há tempos não durmo
Tentando achar um jeito
De te fazer alegre mesmo
Deixando-me triste e sem voce

Vozes me dizem que tempos dificeis
Virão e que tu seras necessaria
em minhas vitorias, mesmo em distancia
De sere e corações, mas me lembro de

Teu sorriso que sempre tirou meu sono
Mesmo quando por sonhos tentava te
Achar e conversa e te pedir desculpas por

Algo ruim que chegeui a ti fazer em
vida, gesto, palavra e ações e como um
Apaixonado te digo desculpa por não te amar como antes

Foto de diny

Morremdo de Saudade

Morrendo de Saudade

Lágrimas enrugadas
rios que correm torrentes
de soluços
a encher esse silêncio
como um tonel
no deserto dessa distância.

Coração cansado
sem luz, sem céu
sem felicidade, sem doçura
que uiva saudade,
desamparo, abandono,desesperânça
e só quer a inocência-criança
do teu colo! e no teu colo;
aconchego, alívio, e sono!

Pra depois, a loucura;
me abraça... sob ternura tua
põe a minha alma ávida por prazeres
no ardor e fogo desse amor
deixa a minha vida nua e tão tua
que... me abraça... meu coração flutua
tão profundamente emocionado
perdido e agitado
nesse sentimento de retribuição
tão rico de sentido!

Ah por fogo no paraíso!
na alma das carícias
suspirar de enlevos mil
com as delícias dos teus sorrisos
a doçura de teu sorriso.

Ah essa saudade se levanta ardente
e novamente morrendo de saudade;
teu rosto lindo, puro
teu ser tão penetrado de luz
tão luminoso!
tua voz...
boa e clara
como manhãs deliciosas,
e essa ansia de cair em teus braços,
meu amor!

Beijo suave e gostoso.

Diny Souto

Foto de Paulo Gondim

Devaneio

DEVANEIO
Paulo Gondim
06/02/2010

Imagino como seriam teus beijos...
E o pulsar de teu peito arfante
Imagino como seriam teus abraços
Se tivesse sido teu amante

Imagino teu corpo pequeno
Embebido em puro veneno
De tanta volúpia a me envolver
No calor de teus abraços, como laços
Me deixando inerte de tanto prazer

Imagino como seria leve teu sono
Depois de todo o abandono
Da entrega sem igual,
Do permissivo momento
De todo o encantamento
Da fusão dos corpos
No êxtase total.

Imagino como seria o tempo
Uns anos a frente, bem mais além
No espaço da vida, os cabelos brancos
Apesar do cansaço, teria em teus braços
A felicidade de chamar-te meu bem

Foto de Lucíola

Reencontro

Era uma linda manhã de verão. O sol iluminava a paisagem, enquanto Celina caminhava lentamente pelas ruas da cidade em busca do seu destino.
A vida lhe reservara sempre grandes surpresas, pois Celina acostumara-se a esperar o oposto do que queria. Isto facilitava nas decepções e propiciava alegrias inesperadas. Resolveu então pensar que aquele era um dia comum, com pessoas comuns ao seu redor e que seus passos comumente lentos a levariam tão somente na direção do mar.
Chegou, finalmente. Seu destino estava ali traçado naquele calçadão. Em seu peito, a ânsia da incerteza atravessada no coração feito faca afiada que corta a carne ainda viva. Não podia mais recuar. Não tinha forças. Restava apenas esperar até que tudo terminasse. Queria apenas encontrar uma última chance de poder falar o que realmente sentia.
Pensou então em buscar as palavras que usaria para dizer tudo o que desejava tanto. Mas as palavras sumiram instantaneamente de sua cabeça. Como num passe de mágica, tudo ficou branco, por um momento, tudo parou.
Celina, então, simplesmente ouviu:
- Oi, bom dia!
Foi difícil acreditar naquela voz ao seu ouvido. Desejou por um momento o fracasso de uma longa espera sem esperança. Seria então esta uma grande surpresa, ou uma decepção? Não sabia explicar.
Seu coração bateu tão forte que teve medo que todos pudessem ouvir. Não conseguia se mover. Não sabia como. Como conseguiu chegar então até ali? Precisava criar coragem. E após uma longa pausa, enfim, respondeu:
- Bom dia.
Seus olhos de repente alcançaram a plenitude nos olhos dele. Naquele momento, as palavras já não eram mais necessárias. Tudo estava tão profundamente explicado que o mundo parou um instante para ver aquelas almas se tocarem silenciosamente, imaterialmente, irracionalmente, num momento pleno de amor.
- Pensei que você não viesse. - Disse ela com a voz trêmula, rompendo o grande silêncio e trazendo o mundo ao seu devido lugar.
- Eu disse que vinha. – Respondeu ele com certa impaciência.
Era estranho imaginar que aquele ser tão próximo, tão conhecido seu, de certa forma, em algum momento, denunciava-se tão estranho. Mas se o peso dos anos tinha a força de mudar tudo de lugar, como então poderia explicar aquela sensação de estar revivendo um passado tão distante? A circunstância permitia mesmo sensações ambíguas. O momento era tenso. O sentimento, intenso. O tempo seguramente não pudera remover ou mudar o amor contidamente existente nas almas daquelas duas pessoas.
Como nos tempos idos, os olhos dos dois falavam mais do que as palavras. Não se importaram sequer em identificar as marcas do tempo em seus rostos. Parecia que nada havia mudado - nada. Até mesmo as dúvidas e receios eram os mesmos de antes. Apenas a ansiedade dera lugar à serenidade daqueles que verdadeiramente se amam para além dos tempos e da própria existência terrestre.
- Eu não acredito que estamos aqui, agora. – Disse Celina, com um largo sorriso no rosto e um brilho nos olhos inconfundível.
- Por quê? – Perguntou ele, mesmo sentindo no peito a mesma emoção de quem racionalmente não consegue mensurar a plenitude de um momento tão raro, onde o sentimento é quem comanda cada palavra, cada gesto, cada pensamento.
- Porque imaginei que a nossa história havia terminado, mesmo que ainda inacabada, assim como uma criança que morre em tenra idade, de qualquer mal súbito, ou por qualquer fatalidade. Então, dessa criança, restam apenas as doces recordações e a lembrança do seu sofrimento, de sua dor e de seu triste fim.
Em seu coração, Celina temia ouvir duas palavras: sinto muito. Estas palavras quando ditas em certas ocasiões produziam conseqüências quase que letais para quem as ouvia. Ouvira uma só vez em sua vida, o suficiente para lhe trazer noites intermináveis de angústia, pelo peso de um amor fracassado.
O momento de êxtase agora dera lugar a uma inquietação, daquelas que trazem ardor à alma e a insatisfação antecipada de quem imagina agora tudo perdido, sem conserto mesmo.
- Você disse que me esperaria... E eu acreditei. Você não só não me esperou, mas também me esqueceu. Seu amor por mim foi tão sincero e tão verdadeiro como um feriado que cai no domingo. – Respondeu ele, visivelmente perturbado. Naquele momento, por um instante, arrependeu-se de estar ali entregando tudo o que de mais profundo carregara durante todos aqueles anos. Arrependeu-se. Aborrecido, achava-se um tolo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Celina sentiu o mundo sobre suas costas, temia profundamente aquela reação. Desejava que tudo fosse mais fácil. Mas a inocência dos velhos tempos de juventude havia perecido. Agora não havia mais tempo. Tudo deveria ser esclarecido. Tudo. Não poderia hesitar nem um só minuto. Precisava sinceramente falar para ser compreendida e desejava mais do que tudo que ele soubesse que o seu amor, um feriado num dia de domingo, foi, era e sempre seria um domingo sem fim.
Então, ela retrucou:
- O domingo, o sétimo dia ou o primeiro dia da semana, é o dia do descanso. A semana vai passando e ele lá, inerte, parado. Ou ele espera por você ou você espera por ele. Feriado ou não feriado, de uma forma ou de outra, inevitavelmente ele está lá. Seja você feliz ou triste. Durante um passeio, ou uma viagem, numa festa ou no sofá da sua sala, é domingo. Eu sei, você sabe, todos sabem. É domingo. Às vezes temos sono, às vezes não. Às vezes queremos que a segunda-feira venha nos salvar, ou que o domingo seja o único dia da semana, se estamos cansados. Mas se eu estiver feliz é porque você não só está em mim, mas eu também estou com você verdadeiramente. É por isso que eu quero que você saiba, independentemente de tudo e de todos, eu te amo. E nada nesse mundo poderá mudar essa triste realidade que me corrói a alma e me faz viver sempre esperando a realização desse amor, que eu sei, não tem mais futuro, apenas passado. Não pense em como tudo aconteceu, pois não há racionalidade para as coisas do amor. Eu apenas amo e nem sei como. Eu amo tão simplesmente que até parece complicado. Meu amor por você está além de onde se pode ir. Vive e revive a cada dia que se passa, com maior intensidade. Eu sei disso porque quando encontro você é tudo tão inexplicavelmente mágico! O tempo parece não ter passado. O dia não parece dia, as pessoas parecem não estarem lá, a vida parece ganhar outra dimensão. A partir daqui, eu sei, tudo vai mudar. A magia será enfim explicada e então perderá o encantamento. Mas o amor, esse sentimento que carrego dentro de mim e que só eu sei o quanto é puro e verdadeiro, esse não mudará. Eu sim, não serei mais a mesma. Imagino que deixarei de sonhar com você, meu grande e eterno amor. Mas saiba, eu te amo, te amo, sinceramente...
Depois dessas palavras, não havia mais o que ser dito. Todas as dúvidas não podiam ali ser esclarecidas. O amor e sua verdadeira face envolveram de tal sorte aquele homem e aquela mulher, que eles, do magnetismo do momento, não puderam mais fugir. Arrebatadoramente, abraçaram-se, em corpo e alma. Beijaram-se e, na mais completa plenitude, enfim, compreenderam que não há explicação para o amor. Ama-se e fim.

Foto de Thiago dos Santos

Assim que eu vivo

As vezes eu me pego olhando para a lua
E nela comparo ao seu olhar
Que de tão lindo me faz perder o sono
e os mais belos sonhos sonhar.
Como eu fico feliz ao pensar em você
Pena que estas tão longe de mim
Mas ao mesmo tempo tão perto
Pois você vivo dentro do meu peito
Seu nome está grifado em meu coração
Você é meu amor, minha eterna paixão!

Eu vivo pensando o dia todo em você
Não importa a distância e nem as circunstâncias
Eu só quero estar com você.
Nos meus olhos eu sinto a sua presença
Nos meus sonhos eu tenho a sua imagem
Eu não fico um minuto sem pensar em você
Só pensando na hora que vou poder te ver
Eu já não sei mais o que fazer
Esperando você
Eu vivo, eu morro, faço tudo por você!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"QUADRO NO CENTRO DA SALA"

“QUADRO NO CENTRO DA SALA”
A noite já ocupava o seu lugar...
Quando meu sono foi interrompido...
Um mensageiro cruel veio anunciar...
Que uma triste tragédia havia acontecido!!!

Se foi o nosso melhor...
Junto também nosso mais precioso projeto...
O que será menos ruim...
Desistir, ou continuar será o certo!!!

Ela acelerou suas conquistas...
Mas não deu tempo de deixar sua mais rica herança...
Partiu para sempre deixando-nos tristes...
Saudosos e sem esperanças!!!

Carregou em seu ventre nossa alegria...
Deixando-nos órfãos e vazios de amor...
Aqui ninguém mais ri ou sente euforia...
Apenas vivemos com o peso da dor!!!

Ela era a graça em pessoa...
O orgulho de nossos pais...
Fazia a família sorrir a toa...
Coisa que não fizemos nunca mais!!!

Era uma rainha entre todos...
Uma jóia muita rara...
Tal e qual um lírio que nasce no lodo...
Hoje um quadro no centro da sala!!!

Mas sua historia não vai se apagar...
E por certo viverei para isso...
Toda sua memória vou resgatar...
Com certeza esse é o meu compromisso!!!

Mana, hoje entendo o ocorrido...
Os bons partem muito cedo...
Fizestes tudo no pouco tempo vivido...
E até da morte não teve medo!!!

Homenagem a minha irmã Elisabeth Ribeiro Paes.

10/01/49 -26/12/71

Foto de Graciele Gessner

In Memoriam Marli Gessner.

A madrugada está lenta, a morte é um aviso de que a vida é de fato passageira. Não levamos nada, e tudo que nos resta é lembranças do que realmente fomos perante as pessoas que estiveram em nossa longa ou curta caminhada.

Lembro-me da minha tia que poucos anos tive contato da luta constante do seu câncer. Ela deixou sua mãe, seu filho, seu marido e seus familiares. Não conheceu o(a) seu(sua) neto(a) no qual falou com tanta alegria no Natal passado.

Sinto-me como se tivesse perdido uma parte da minha história. Era a tia que mais tinha afinidade, que conhecia a minha vida, e que sempre batalhou pela igualdade entre as suas irmãs. Deixou entre nós a lição de uma vida cumprida, que até ano passado salvou a vida da sua própria mãe (minha avó materna).

Não encontro palavras para aliviar a dor que sinto. Escrevo tentando diminuir a intensidade das lágrimas que não dão trégua. Escrever é ainda a minha melhor companheira. A vida é essa mesma, e não tem volta.

Agora já são 03h10min do dia 30/01/2010, uma hora que a notícia foi dada. O sono se evaporou. Dormir já não faz mais sentido. Dormir pode ser um abraço para a morte. Minha tia foi levada por um ataque cardíaco nesta noite.

Minha tia não será sepultada em sua cidade natal, mas se eu não conseguir ir à cidade de Guaramirim/SC, em pensamentos estarei com ela por onde ela estiver...

Oh Deus! Aceite de braços abertos essa humilde alma que nos deixou através da sua própria vontade. Amém!

Graciele Gessner.

30.01.2010

Foto de Thiago dos Santos

Ser alguém

Eu já tentei de todas as formas
Fiz o que pude e até o que não devia
Entrei em cada uma por você
Falei as coisa que não deveria dizer
O que eu ganhei em trocar?
Ganhei nada de você!

O tempo continuou passando
E eu ainda me importando
Eu esperando você vim até mim
E eu via você cada vez mais longe

Não faço mais idéia do que fazer pra te agradar
O melhor a fazer é ter que se afastar
Me dói de mais ter que partir
Mas o amor que eu sentia por você, você fez sumir

As vezes eu tento lembrar como que era bom sorrir
Lembrar de quanto eu era feliz
Faz tempo
Como desejo dizer que amo novamente
Dar um beijo não de prazer
Mais sim aquele que quem conduz é o coração.

Como eu queria ser alguém um dia
Ser aquele que tira o sono de alguém
Fazer alguém pensar em mim o dia todo
Que seja por um dia, uma mês ou até um ano
Pelo menos dizer pra alguém, Eu também te amo.

Foto de Carlos Henrique Costa

Cantador

Manhã, luz do sol marejando a brilhar,
Sobre o olhar penetrante de um cantador,
Que escreve um canto, de acalanto e amor,
A flor, que dorme em seu cobertor a sonhar.

Brisas serenas, fazem as serenatas, com soar:
Nas folhas, no moinho, no mar! Com esplendor,
Fazendo suaves e belas cantatas, com louvor,
Para a acordar do sono calmo e gostoso do lar.

Canta também um belo e veloz passarinho,
Que faz num vou e revoou, seu singelo ninho,
Perto da janela, onde dorme a minha Cinderela.

Aragem brisa, música sonífera no vento,
Por todo momento, pinta o céu de aquarela,
Para o nosso amor reviver esse sentimento.

Foto de luis eduardo ribeiro de sousa

SEMPRE APAIXONADO

Dormi nua nos meus braços
Quero te para sonhar falar de amor
Ver te nas ondas dos meus sonhos menino.
Voar a favor do teu sentimento,
Acordar te ao meu lado.
Sono manso sussurrando no meu peito.
Venero-te assim.

Dizem que é uma loucura viver com você
A ter que concordei com essa pessoa que disse isso.
É mesmo uma loucura viver com você,
Porque você é demais, é tanto que você não pode imaginar.

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