Sono

Foto de Felipe Ricardo

Orfeu

Senhor da noite pedido
Faço-te não cubra-me
Com manto negro dos sonhos,
Pois de sonhos minha vida

Nessecita mais de palavras
Do que de sono e sonhos
Que em versos precisos
Coloco em minha historia.
Oh senhor dono de mundos
Onde caminho em busca
Daquela ue gosto, conceda-me
Umanoite livre de sonhos.

"De mão dadas caminho
Em caminhos onde familiares
Encontram outros e finalmente
Deparo-me que estou a sonhar"

Foto de LuizFalcao

"Temos Fome"

Luiz Antônio de Lemos Falcão 20 de julho de 2009

Quanta dor! Quanto lamento!
“Temos fome!... Temos fome!...”

Assentada às calçadas descalça e quase nuas
Gemem encolhidas com as mãos às barrigas
Crianças que não sorriem, não brincam!
“Temos fome!... Temos fome!...”

Chuva fina e constante sobre elas desce,
Deixando as poucas roupas rotas que vestem
Grudadas em frágeis corpos desnutridos,
Voz fraca e tremulante de frio!
“Temos fome!... Temos fome!...”

Olhos grandes, feixe de ossos, cobertos de pele fria e enrugada!
E a mesma voz arrepiada em continuo gemido insiste...
Não cessa o suplício:
“Temos fome!... Temos fome!...”

Nos quintais vizinhos, cães comem filé!
Crianças nas ruas, comem vento e bebem chuva!
Quanta dor! Quanto lamento!
“Temos fome!... Temos fome!...”

Quadro grotesco de infortúnio!
Quem te pintou? Quem teu autor?
Não retratas um só sorriso
Nesta tua tela tão grande e cruel!

Nas mãos das tuas crianças,
Nem carrinho, nem boneca...
...Uma lata de cola!
Solvente das dores dos modelos de tua arte!

Onde estão as faces rosadas?
As dobras das perninhas?
Os pequenos pés que correm,
Divertidos no brincar?

Onde os escondidos,
Que contam até dez antes de procurar?
Onde está a farta mesa do almoço e a do jantar?
E os pais carinhosos ávidos nos afagos?
Onde está o canto de ninar, o angélico sono?

Quadro grotesco de infortúnio!
Quem te pintou?
Quem teu autor que me faz chorar?

Lágrimas de um sentimento incontinente
Deslizam na face, não dá para controlar!
Tanta dor e tanto lamento,
Nesta “Tela” que a vida faz questão de pintar!
“Tenho fome...Tenho fome”...

Foto de lua sem mar

Onde me perco

“Onde me perco”
05 de Julho de 2009

A lua esconde-se,
Nas nuvens do céu,
O brilho que afasta,
Na nudez que não tem.
Segundos apressados,
Das nuvens escuras corriam,
Como uma luta,
O vento que as move.
Estranha solidão,
Que me aqueces,
Nas horas que não voam,
No sono que te aquece.
Cama quente, sereia bonita,
Mar de tempos,
De frutos,
De estrelas-do-mar,
A contemplar a vida do oceano,
Como se o chão,
Numa lisa camada de areia,
Que me assombra,
Que te seduz.
Um fio de cabelo,
Que vagueia no mar,
Para aproveitar,
As ondas que,
Vêm deslizar.
jnh
lua sem mar

Foto de Felipe Ricardo

Ametista

"Leve ela e me entregue na segunda"
Foi o que a ti deixei dito, pois
Aqui te respondo que este cristal
Tão apreciado por nos mortais

Tem importancia tão gigantesca
Como o util prazer de ver teus
Olhos depois deuma tarde feita
De deveres e prazeres não tão bem
Apreciado como antes, mas quero
Que saibas que de voce que tanto
amo vem estes pensares tão incessantes
Que me fazem perde o sono e aqui

Os escrevo, já que da ametista
Tiro a calma e as sabias palavras
De voce tiro o amor que sublimimente
Modela em versos este amor que por voce sinto [...]

Foto de Joaninhavoa

ECLIPSE DO CORAÇÃO...

*
ECLIPSE DO CORAÇÃO.
*

E ao beijá-la quebrar-se-à o feitiço! Acordará
p`ra vida
Agora vestida de branco está só numa redoma de vidro
na floresta do tempo perdido
Agora sua melodia dorme em ecos um sono
profundo

E quem cria coxas d`aço e peitos de botão
envolta em algodão
Nuvens no firmamento com naves de luz verde
a eriçar os cabelos longos
E ainda falta o invisível para os olhos
O eclipse do coração em acção

Só nós dois é que sabemos o quanto
nos queremos
O sangue mexe e remexe resvalando
Pl`os caminhos que se tem vindo a percorrer

Mas vem cantando desde a aurora
ao sol pôr
Tropeçando em tudo quanto é daninho
de morrer
E nós só queremos viver aquele abraço! Bem
profundo sem sofrer

Joaninhavoa
(helenafarias)
08/07/2009

Foto de priinc3ss cawiine

amo-te

Amo-te marcelo:
Porque és o meu tudo,
Aos poucos fui começando a amar-te...
as nossas conversas...
as nossas brincadeiras ...
os nossos sonhos...
tudo contribuiu para que o meu amor por ti crescesse...
já passámos por momentos bons e maus...
ficámos sempre ao lado um do outro:)
Gosto de te olhar nos olhos...
Consigo falar contigo sem ter de dizer uma única palavra...
Sabemos o que o outro quer só de nos olharmos nos olhos...
Sinto a tua alegria ou a tua tristeza...
Os teus olhos deixam-me fascinada...
Apaixono-me ainda mais quando os olho...
Preciso do teu toque, das tuas carícias, da tua presença
Quero continuar a amar contigo ,passear contigo, dançar contigo...
Gosto quando sorris, quando me fazes coisas ..q ng imagina..palavras queridas, quando me olhas nos olhos...
Gosto de me sentir amada por ti:)
Dou por mim a pensar em ti a maior parte do meu tempo...
Gostava de ver os teus braços a abraçarem-me...
De encostar a cabeça ao teu peito...De ouvir o teu coração bater:)
Gostava de ficar abraçada a ti toda noite, por mim seria toda a vida..
Acordar para mim, é abrir os olhos e pensar que te amo, pensar em ti e naquilo que significas pa mim:)
Ès tudo pa mim, um grande Beijo pa tu.
Custa dormir sem ti aqui ao pé de mim, sem ti sinto-me só não por falta de companhia mas sim por que sem ti a minha alma fica vazia, porque penso em ti todos os dias antes de me deitar, porque te recordo, de um modo doce para poder fechar os olhinhos, e mesmo nao sentido nem sabendo o que é sonhar, tenho a certeza que durante o meu sono, a tua imagem fartasse de passear na minha mente:)
Porque quando estás comigo, tudo em volta desaparece, só tenho olhos para ti, não fazes ideia de como adoro o teu sorriso, de como adoro o teu olhar e o teu jeito de falar:)
Porque te amo, e não te quero perder por nada, já não tenho medo de te perder por saber a pessoa especial que és e saber que somos feitos um para o outro, que encaixamos na perfeição e nos ama-mos lealmente.
Adoro-te mor, tenho saudades tuas fico tao em baixo sem ti aqui pa falar e mimar...
Desculpa ser pequeno mor, mas doi-me imenso os dentes e vou tentar nanar.
Beijo grande de bom dia:) eu escrevo de noite tu chegas de manhã tem de ser beijo de bom dia:)
Adoro-te muito mesmo, és tudo para mim, por ti largava o que fosse necessario e iria onde fosse preciso para te ver feliz:)
Amo-te anjo. :)Adoro-te:)
Com tão poucas letras consigo dizer o que sinto por ti, e as vezes pergunto-me, para que te escrevo tanto...mas parece que nunca estou satisfeita estou sempre a pensar que mereces um pouco e mais um pouco e mais um bocado, e a bola de palavras carinhosas para ti cresce:)
Já é uma da manha, ja me tinha deitado mas nao ficava bem sem te escrever algo, parece que depois de te escrever algo durmo muito melhor, é como se tivesse um bocadinho contigo no momento que te escrevo.
Adoro-te mor, nao te quero perder por nada deste mundo, quero conseguir ser perfeita contigo, tratar te de maneira a que nao tenhas que me apontar, de modo a fazer te feliz, quero que sintas que alem de uma pessoa q te ama tens uma mulher a teu lado, tens uma amiga, uma irmã, tens um ombro amigo no qual podes contar com ele. De mim so nao tens a minha vida, porque até essa és tu, sem ti ja nao vivo, ja nao me vejo um ser humano normal sem ti, passaria de um alguem para uma reles mortal sem ti.
ès tudinho, completas-me em todos os sentidos, a caminhada ate te conhecer foi dura, e agora agradeço a Deus por ter a melhor recompensa que me poderia ter dado, tu MARCELO RODRIGUES LIMA Ès o meu anjo, aquele que eu estou sozinha prestes a chorar e mesmo longe consegue me travar as lagrimas e pôr um sorriso no meu rosto, aquele que eu penso a todo o momento e toda a hora.
Ès tudo pa mim:) Amo-te muito

Amo-te… por mais simples que hoje as palavras sejam.acredita que são escritas com muito carinho mor,porque eu te adoro mais que tudo nesta vida:----------> direitos de autor: carina costa ,viana do castelo

Foto de LuizFalcao

"Fica em Paz"

De Luiz Antônio de Lemos Falcão

Ao recolher-me, ainda forte o vazio,
Herança da ausência tua!...
Deitado, as memórias não me permitem um repouso.
E como dói essa presença que tais memórias me trazem!...Esse vazio tão cheio de saudades!...
E nos teus lugares preferidos, e em cada canto da casa, sinto-te ainda tão presente!...
Vejo passares de um cômodo ao outro nos teus afazeres diários e rotineiros,
E o cansaço que nos últimos dias, te afligia o corpo enfermo.
Vejo no rosto estampada a tua tristeza e no olhar as tuas alegrias que são os teus amores, os teus rebentos.
O Olhar teu, desvendando os segredos dos olhares nossos, decifrando-nos os sentimentos.
Das mãos tuas, o calor intenso do amor que nos aquece o coração.
Sobre as nossas cabeças, as mesmas mãos nos ungem de bênçãos,
E com orações protege-nos o teu amor, movendo o céu, o dedo de Deus ao nosso favor.
Longe, em nossa infância, vão buscar-te mais lembranças trazendo-te pelas mãos.
Novamente aos nossos ouvidos a doce voz do passado que embala o sono,
Ao mesmo tempo em que corrige os nossos erros com severas advertências.
Sinto no rosto, os peitos que naqueles dias mataram a minha fome,
Teu cheiro me faz descansar seguro.

Memórias!...
Levam-me de um lado para o outro e em segundos, tantas lembranças!
De tantos sorrisos, de muitas lágrimas, de esperanças e de força, muita força...
Quanta força em tão frágil ser!...Quanto ser em tão frágil corpo!...
O corpo... Cárcere, sofrido, doido!...Cansado de viver!...
Exausta, minha alma não descansa, e novamente vêem as lembranças.
Tão tristes... doídas...recentes! Novamente me põem diante da pedra fria.
Pedra... Aonde o teu cárcere envolto em mortalha, me fez chorar.
No desatar das amarras, descobria o corpo nú, ao qual novamente cobri com teus melhores vestidos.
Debrucei-me sobre o peito, ainda quente, do corpo pálido e inerte.
O coração em silêncio não fazia mais fluir em tuas veias a minha vida rubra.
Enquanto te olhavam os olhos meus, meu coração perguntava por ti:
Onde estavas minha vida? Para onde foras minha querida?
Onde estava o consolo de tua presença vívida?
Confuso, incrédulo da ausência tua, desesperava-me a saudade.
Saudade!... Salgada, molhada, brotada da lamina dos olhos, dói no peito, rasga a alma!
Quanta saudade se pode sentir, sem sufocar, sem morrer?
Quando enfim, com voz embargada e tremulante pronunciei a palavra adeus, ouvi em meu íntimo tua voz de criança dizendo-me:

“Não sofras...Fica feliz! Estou transpondo os portões da cidade dourada! Minha cidade amada...Meu lar! Vejo todos. Os que amo, me aguardam. Entre eles, o mais Amado! Nos braços Dele, do meu Senhor, de toda luta e dor, de toda lágrima, enfim... Descansar! Sei que sofres, pois também já senti essa dor, mas creia em mim...Tudo passa! O tempo é como a água que escorre entre os dedos e logo se vai. Há de chegar o dia em que estarás transpondo os mesmos portões e eu...Eu também estarei lá aguardando para te abraçar e tu estarás feliz assim como estou agora. Então, viva o tempo que tens da melhor maneira. Viva com intensidade cada segundo, cada momento até que chegue o nosso dia de estarmos juntos outra vez. Fica feliz! Fica em paz!”

E nesse consolo que não consola, novamente me vi chorando num misto de dor e de raiva...Tanta raiva!
E tanto amor! O amor que vinha do fundo das entranhas e que socava as vísceras até explodir na garganta um canto.
Melodias vibravam as cordas vocais e jorraram como um rio não represado, posto que os olhos secaram como a terra sem chuva.
Meu lamento era sonoro. E sonora foi toda aquela noite!
Enquanto outros velavam seus mortos, as notas sofridas fluíram alto... Muito alto na madrugada!
Meu corpo tremia levitando o meu lamento! Elevei as alturas minha dor em cânticos de amor e de saudades.
E nesse instante viajei pelo tempo. No passado distante e no recente.
E lembrei de tudo o que foi e não seria mais.
Pensei nos cantos vazios da casa. Nos olhares que estariam ausentes.
Nos sons dos sorrisos. Nas brincadeiras. Nos beijos molhados em minha face.
E na voz que sempre ouvia abençoar minhas partidas: “Deus te abençoe e te traga em paz”
Enquanto contemplava teu rosto em profundo sono, ouvi em meu espírito novamente ecoar as palavras:
“Fica em paz!”... “Fica em paz!” “Paz!...”

Estas últimas, porem marcantes lembranças, gostaria de esquecer e guardar apenas aquelas que sempre me farão sorrir, mais a vida não é toda feita de momentos felizes apenas, nem de presenças perpetuas, mais com certeza, alegres ou tristes, sempre presentes estarão as lembranças, e nelas mamãe querida, comigo sempre estarás, por onde quer que eu vá. “Te amo”

Em memória de minha mãe Maria de Lourdes Lemos Falcão.
De Luiz Antônio de Lemos Falcão. Rio 19/11/1998.

Foto de LuizFalcao

"A VIDA"

De: Luiz Antônio de Lemos Falcão - 20/06/1998

Dormi um sono como poucos não durmo.
Adormeci de uma realidade cansada, exausta e sonhei.
Seria mesmo um sonho?...
Na verdade não sei!...
Se dormindo ou acordado não importa, apenas sei que não estava em mim.
Por onde estive, sei, não era aqui.
Um lugar de pradarias!
Ao longe uma floresta.
Andei por estradas de barro e achei um lago.
Tudo era bonito, lindo mesmo!...
Eu vi um menino brincando.
Eu vi o verde.
O verde corria por baixo dos pés do menino!...
Ouvi o vento.
E uma brisa brincava com os cabelos daquela criança.
Ela sorria!
As faces, rosadas.
A alegria era sua hospede, ou quem sabe? Senhoria!...
Eu vi a vida!...
A vida corria livre nas pradarias.
Eu vi o lago, e vi suas águas abraçarem a vida.
A vida que havia naquela criança, naquele menino de tanta alegria.
E olhei, e procurei.
E a vida? ...E a vida?... E a vida?...
A vida que havia, não era mais!...
A vida que foi, se foi em paz!..
E o lago?...
O lago!..
Ele sorria!...Sorria!...E sorria!...
E olhei, e vi no fundo do lago a vida brincando.
Ela se movia entre as pedras, entre as algas.
Nas mais variadas formas, era a vida, que um dia criança, não era mais.
Havia crescido, se espalhara na superfície do lago!
Sobre a terra firme!
No vôo das aves!
Numa revoada de andorinhas!
No amor entre os casais!
No choro das crianças!
Na serena paz!

Foto de Carmen Vervloet

Liberdade

Liberdade

Além da linha do horizonte
plainando num vôo orbital
fugindo de mordaças, correntes,
numa opção luminal.

Bato asas livre de amarras
respiro ar puro em liberdade
ouço o cantar da cigarra
celebro audaz felicidade!

Meu eu livre de preconceitos
nem sabe em que esquina se encontra
mas pode sentir o efeito
da intuição que se levanta!

Meus sonhos vão juntos comigo
neste céu azul anil
ao bom Deus eu só bendigo
livrou-me de basto ardil!

Meu corpo deixa minha alma passar
penetro no útero do mundo
meus olhos sorriem ao vislumbrar
o sol em seu sono profundo!

Sigo um rastro de brilho e paz
contemplo a lua prazerosa
acaricia-me porque fui capaz,
ousei e fui talentosa!

Sigo meu caminhar errante
sou ainda uma aprendiz
estrelas iluminam meu semblante
estou alforriada e feliz!

Carmen Vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de poetaromasi

Em sonho me dependurei no luar

EM SONHO ME DEPENDUREI NO LUAR
Rogério Martins Simões

Em sonho me dependurei no luar.
O luar quis acordar os nossos cios.
Ali estavas, desnudada no meu olhar,
Encandeando meus olhos luzidios.

Os sonhos soçobram ao acordar…
O luar distende o sonho em atavios.
Ai!, sereia espraiada no meu mar,
Esperando as águas dos meus rios…

Luar!, tapa-me os olhos e os dias:
Antes cego, que acordar e não ter,
Do que ver, e não ter o que vias….

Prendo, no sono, o sonho para te ver,
Fico cego se em mim não te sentir,
Fios de seda - não te deixem partir!

Lisboa, 05-01-2009 20:49:30

(Registado no Ministério da Cultura
- Inspecção-Geral das Actividades Culturais I.G.A.C. –
Processo n.º 2079/09)

Páginas

Subscrever Sono

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma