Sonhos

Foto de Carmen Lúcia

Poema da Felicidade

Perseguir a felicidade é ato inócuo, mas insensato.
De nada adiantaria pressioná-la, assediá-la...
Por mais que a persiga, ela sabe o momento exato
de agir, de se achegar , de ser sentida.

Vem meio de soslaio, se adentra repentina,
não manda recado, dona da alegria,
muda o cenário, refaz a melodia,
calada ela diz tudo, fascina e contagia.

Os sonhos realiza num passo de magia,
a vida ela colore, desperta a fantasia,
palavras formam versos compondo poesias.

Assim como ela vem, de súbito vai embora
e o despertar dos sonhos é a realidade do agora
refletida no desejo incólume da felicidade de toda hora.

_Carmen Lúcia_

Foto de Anderson Maciel

DE AMOR POR VOCÊ

Porque falar algo tão alto
as vezes você vem e constrange-me
com palavras doces e cativantes
introduzindo vida nos meus poemas...

Gostaria te ver mais que em sonhos
venha comigo, sinta o pulsar, me ame
toque meus lábios com os seus, beije-me
construa nosso triunfo com glória.

Segure a minha mão sem medo
vamos lá, podemos ir mais além
sinta meu coração bantendo
de amor por você, enlouquecendo. Anderson Poeta

Foto de Marilene Anacleto

Moço Solitário

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Moço solitário
No barco pensativo
O que será que faz
Deste modo inativo?

Será fome de comida
Ou de mostrar valentia?
Será fome de solidão
Para pensar no dia-a-dia?

Será que procura repouso
No estranho balanço das ondas?
Ou prefere viver com peixes
Em vez de viver com homens?

Ninguém é capaz de saber
Por certo os motivos seus
Quiçá afastou-se do povo
Para encontrar o seu Deus,
Que acredita, encontrará
Na mulher dos sonhos seus.

Marilene Anacleto
05/01/2000

Foto de Marilene Anacleto

Sonhos Dourados

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Quando estou muito saudosa
Invadem meu quarto, as rosas
Trazem-me inebriante perfume
De Maria e Seu lume.

Então cubro-o com Seu manto,
Embora a grande distância,
Azul de estrelas salpicado
Trazem-lhe sonhos dourados.

Música inaudível dispara
No coração, peça rara
Quando sua alma lhe toca
Terno manto feito ponte.

Chega a mente racional
‘Não vês que não és normal?
Ele não saberá deveras
As horas que lhe devotas.’

Invade-me a dúvida assassina
De mensagens tão divinas
Retorno a mim com as rosas
Que ainda pairam no ar.

Se ele sentirá, não sei
É certo que lhe enviei.
Com o manto feito ponte
Cubro-me durante a noite.

Abençoam-me sonhos dourados
No coração extasiado
Creio que do outro lado
Sonha também meu amado.

Marilene Anacleto
02/07/00 – 23:35

Foto de betimartins

O jovem lenhador e o ancião

O jovem lenhador e o ancião

Durante meses e farto de maus tratos um filho de um lenhador ainda novo, resolveu sair de casa e caminhar pelo mundo fora. Era um rapaz robusto, forte, sempre gentil e educado, apenas com uma muda de roupa, um velho cobertor, um prato de barro, dois talheres, uma panela pequena, e um copo de lata já tão torto que nem se reconhecia.
Tudo isso eram as suas posses, dinheiro ele não tinha, mas pensava que seus dois braços eram fortes e sua vontade de trabalhar era grande também.
Logo ele caminhou por caminhos nunca antes vistos por ele, tudo era completamente novo e até a saudade dos irmãos ficava para trás, apenas lembrava-se de sua mãe cansada e desgastada e sentia compaixão de ter a deixado, respirando fundo desviou os seus pensamentos e seguiu em frente. Sorrindo sempre, ele ia lembrando-se dos bons momentos passados e parecia que estava também se despedindo deles também. Por momentos a dor dos maus tratos do seu pai veio à mente e apertou seu coração, era melhor ter vindo embora que lhe faltar ao respeito.
Tudo que sua vista visualizava era algo que ele nem podia descrever, a paisagem estava mudando, logo estaria perto de uma cidade coisa que ele nunca viu na sua vida apenas numa folha de um jornal velho que achou pelo bosque e que teve que esconder, pois seu pai proibia tudo que fosse livros ou algo ligado a eles, dizia que era coisa do diabo e das tentações.
Passados dias de caminhar, dormir em locais variados, comer o que dava a natureza ele sentia um homem feliz e liberto da escravidão, tudo valia a pena por novos horizontes afinal ele tinha sonhos e o seu maior sonho era aprender a ler. Aquele bocado de jornal sempre o deixava ansioso, que queria dizer todas aquelas letras se ele nem o seu próprio nome saberiam escrever.
Apenas sabia que se chamava João Rodrigues, era o nome do seu avô que morreu muito novo era ele ainda um menino com tuberculose apenas lembrasse-se da tosse compulsiva nada mais.
Ele sabia o que queria e logo chegou à cidade, cheio de esperança, ele procurou trabalho e logo achou numa estalagem que veio mesmo a cair bem, os donos o deixavam dormir nos estábulos dos cavalos. Não era muito pior que sua casa, ele aprendeu a trabalhar com ferro, o velho da estalagem ensinou a tratar dos cavalos, ver e reparar as ferraduras e fazer novas também.
Como ele era educado e gentil depressa aprendeu o novo oficio logo todos gostaram dele até a filha mais nova dos donos da estalagem, logo ele descobriu os encantos do amor, entregando-se aos desejos da luxuria e depois conheceu o ciúme e afagou suas dores em copos de vinho retardado e azedo. Deixou-se afundar por mais de cinco anos, entre bebedeiras, brigas, até seu trato com as pessoas piorou ao ponto de ser despedido.
De novo ele pegou nas suas coisas que eram ainda mais leves, pois perdeu tudo e até a sua dignidade e voltou a caminhar pelo mundo fora.
O ar frio, do inverno gelava suas veias, as poucas vestes pareciam colar em seu corpo magro e maltratado pelo álcool e má nutrição. A sede secava sua boca e a fome era pouca, apenas queria um copo que aquecesse a alma e fizesse esquecer a vida sofrida.
Caminhou por montanhas, pensando na sua vida, nunca parava, aprendeu a comer o que a natureza dava, seja o pouco que para ele, era muito.
Cansado de mais um dia a caminhar, a tarde estava indo embora e ele tinha que arranjar lenha e um lugar abrigado para ficar. Estava no alto de uma grande montanha, não resistiu e sentou-se bem no pico ela, olhando para o horizonte.
Por instantes ele pareceu ver sua família, por instantes ele parecia ter saudades dos maus tratos do seu pai, era tudo tão estranho, parecia que estava sonhando, caiu uma lágrima pelo rosto e chorando ele sabia que tinha perdido tantos anos sem alcançar seu sonho.
Adormeceu ali, quase que poderia cair, bastava ele desequilibrar, sentiu uma mão quente em seu ombro abanando-o suavemente, uma voz doce e segura seria que estava a sonhar.
Depressa abre seus olhos inchados, assustado, olhando-o o homem que ali estava, era estranho, tinha umas vestes estranhas um pano enrolado no seu corpo e que deixando entrar frio. Lentamente saiu do lugar com muita calma para não cair, escuta a voz do homem estranho:
- Vamos para minha caverna que lá estará quentinho e mais confortável.
Acenando com a cabeça se deixa conduzir, mas seu corpo estava cansado, muito cansado e sua alma doente e triste.
Calado apenas observava o velho que estava a sua frente, magro de cabeça rapada, seus olhos grandes e um sorriso amplo. Observou a caverna, ampla, cheia de pedra, tinha uns desenhos estranhos tipo sinais, ele não compreendia era tudo estranho.
O velho ancião leva-lhe um pouco de sopa quente, era uma magra sopa, mas quente confortava a alma e suas energias. Tudo estava no mais repleto silencio apenas se escutava o crepitar da lenha e olhava para suas chamas, logo o sono fazia suas pálpebras fecharem contra a sua vontade.
Entendendo tudo isso o velho ancião ajuda-o a levantar e leva-o para um canto que estava repleto de folhas secas e dá ordem que se deite ali. Já há muito que não se sentia tão bem tratado e adormeceu.
A noite foi estranha, sonhos e sonhos, sonhava com seus pais e irmão sonhava com a vida que teve na estalagem, parecia que tudo estava a flor da pele, assustado ele voltou a sonhar, mas ai viu a sua mãe morta num caixão, acordou a gritar.
O velho ancião tranqüilizou dizendo que era só um pesadelo que estava com muita febre, dando de beber e colocando compressas frias da única camisa que ele tinha ganhado com o seu suor.
Ali ele travou a sua luta entre a vida e morte, sabia-o, ele sentia que era tudo estranho muito estranho, apenas pedia desculpa pelos seus erros, o velho ancião sorria e dizia, teremos tempo para falar de tudo isso com calma, agora vês se dormes e sossegas.
Logo se recuperou, agradecendo ao ancião a sua ajuda, pensando voltar a colocar a caminho para novo rumo.
O velho ancião o chamou e pelo seu nome João, pedindo-lhe que o escutasse por momentos:
- João na vida não existe acasos, não te encontrei por acaso, tu foste enviado por Deus para que fosses preparado, educado e aprendesses o que eu sei. Sei que teu sonho é aprender a ler e vais aprender a ler e escrever, deixar que tu aprendas tudo o que eu aprendi e assim estarei pronto a partir daqui em breve.
João por momentos ficou quieto, pasmo, sem saber que falar que pensar, ele tanto queria aprender, mas que seria que aquele velho poderia ensinar. Olha para o céu furtivamente afinal ele queria saber mais da vida e porque não arriscar afinal ele se importou com ele ali quase morrendo. Pensou será a minha forma de agradecer o que ele fez por mim.
O velho ancião leu seu pensamento e olhando em seus olhos e em voz forma exclama:
- João se for assim por agradecimento parte e vai embora. Apenas te quero aqui por vontade própria, para que possas receber os meus ensinamentos.
De repente algo acontece, parecia um sonho o João teve uma visão, clara como água cristalina, viu a sua mãe, orando ajoelhada nos pés de sua antiga cama, pedindo pelo seu filho, com as lagrimas caindo de seu rosto. Ele viu que era ali que deviria ficar Deus a ouviu e o conduziu até ali o salvando dos pecados mundanos.
Agradeceu ao seu ancião ajoelhando-se e beijando suas mãos com sinal de respeito e amor.
Assim João aprendeu a escrever e rapidamente assimilou todos os conhecimentos do seu amigo ancião. Tornando-se um conhecedor da natureza e aprendendo a ligar-se com seu maior mestre Deus.Aprendendo que agradecer é a maior maravilha do homem terreno.

Foto de Arnault L. D.

Frágil

A vida é frágil.
Os homens são frágeis,
os sonhos são delicados,
podem evanescer...
A vida é hostil,
Um lapso e eis...
Os planos traçados
podem se perder.

Do que tanto vale
perder-se em receio,
se o fim é tão débil,
efêmero e vago.
Pelo orgulho que cale,
ou vergonha do feio,
retira-se do que não se viu
o valor do que não é pago...

A vida é frágil.
Amores são frágeis,
quando estiver sozinho,
o que irá perdurar?
Lembre-se que o rio,
corre com águas, ágeis,
segue seu caminho
esquecendo-se, torna-se mar...

Se a água turvou,
logo é limpa na que torna.
O que era já passou,
enquanto estiver corrente.
A quem do correr privou,
a fluidez não retorna.
O rio assim secou:
Morto lago; mar ausente.

Foto de Lefurias

Iludido apaixonado

Ermo eu estava,
Quando lá passava,
Na rua de casa,
A minha amada.

Rainha dos sonhos,
Meus devaneios de amor perfeito,
Não demonstravam todo o meu jeito,
Como pude acreditar
Que essa afeição iria rolar?

Eu era tão feliz no meu canto,
A solitude tinha seu encanto,
Mais fui confiar tanto em meu instinto,
Se é só paixão o que eu sinto.

Vou deixar passar,
Essa veneração,
Não quero mais te amar,
Foi tudo ilusão.

Minha preciosa, pessoa amorosa,
Ativa a cobiça, esforça o coração.
Não quero me enganar no entusiasmo,
Estou ficando pasmo com essa paixão.

Foto de Carmen Lúcia

Saudade...

Saudade que vem e me toca,
me arrebata e sufoca,
me faz entristecer...
Saudade do amor verdadeiro
que o destino embusteiro
fez questão de romper.

Saudade do beijo ensaiado
de olhos fechados que nunca roubei,
saudade dos rubores na face,
das valsas rodadas que nunca valsei.
Saudade dos corpos colados e apaixonados
que nunca ousei.

Saudade dos sonhos dourados,
ter você ao meu lado
que não realizei...
Saudade de olhares atrelados
falando empolgados
o que nunca falei.

_Carmen Lúcia _

Foto de Edigar Da Cruz

A FELICIDADE

A busca da felicidade é uma

constante...
Embora o poder da gente se

esbarre no medo.
O medo de arriscar nos torna

vulneráveis.
Nos priva da felicidade,

de nossos sonhos.
Dê razão a sua existência,

tenha desejo...
Tenha sonhos e tente

realizá-los...
Viva, e seja você sempre, afinal,

você existe

Nunca, mas nunca tenha medo....

Foto de Ayslan

A Primeira Vista

Hoje sentado esperando o tempo passar meu pensamento me leva ate você criam-se poemas que eu gostaria de saber como escrevê-los... Desta vez voltei para o inicio, lá estava você linda, fiquei paralisado senti leve ausente daquele lugar... Senti como se meu coração quisesse falar comigo, senti que já não me pertencia mais que já te amava naquele instante queria gritar “Eu te amo”.
Hoje todos os dias quando te vejo é sempre como a primeira vista me aquece o peito me torna poeta, me deixa paralisado longe deste lugar me faz querer gritar “Eu te amo.”
Sim o teu olhar e meus sonhos... Meus sonhos no teu olhar estavam sempre lá, assim de repente como te amar...
Assim como a primeira vista quero te pedir para te beijar, quero segurar tua mão, colocá-la sobre meu peito para que escute meu coração acelerado depois de todos os meus sonhos em um único beijo serem criados ele diz fica comigo me deixa sonhar para sempre a seu lado...
No silencio do desejo de beijo em beijo novos sonhos se criam e como se fosse à primeira vista eu te digo logo em seguida
“Eu te amo Priscila”

Para: Priscila

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