A vida é frágil.
Os homens são frágeis,
os sonhos são delicados,
podem evanescer...
A vida é hostil,
Um lapso e eis...
Os planos traçados
podem se perder.
Do que tanto vale
perder-se em receio,
se o fim é tão débil,
efêmero e vago.
Pelo orgulho que cale,
ou vergonha do feio,
retira-se do que não se viu
o valor do que não é pago...
A vida é frágil.
Amores são frágeis,
quando estiver sozinho,
o que irá perdurar?
Lembre-se que o rio,
corre com águas, ágeis,
segue seu caminho
esquecendo-se, torna-se mar...
Se a água turvou,
logo é limpa na que torna.
O que era já passou,
enquanto estiver corrente.
A quem do correr privou,
a fluidez não retorna.
O rio assim secou:
Morto lago; mar ausente.