Som

Foto de Nailde Barreto

"O Despir da Noite"

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És seleto, majestoso encantado,
Precioso sonhador, meu amado!
Em suaves toques no teclado,
Tocou-me!
Éramos felizes;
Durante as madrugadas sem fim...
Tudo era tão real;
Em som e imagem, virtual!
Ultrapassamos o teclado,
E, novamente, tocou-me!
Como nos contos de fadas;
Onde o amor aquece, adormece!
Amamo-nos pela madrugada,
Cujo desejo nos atraiu...
Debruçados com tanta paixão entre os lençóis,
Marcando meu eu em ti, e, seu eu em mim,
Enquanto à noite, despia-se para nós...
Tudo isso foi sonho?
Perfeito!
E agora, o que somos?
Lembrança arquivada e nada mais?
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Nailde Barreto.
25/02/2011

Foto de Fernando Vieira

Canção da hora

Canção da hora
(Fernando Vieira)

Toda hora é hora
Quando não se perde a hora
O momento é esse
Que te vem agora

Rabiscos ligeiros
Precisos sem demora
No rádio a tocar
Uma canção da hora

Poesias de homem
Que há muito vigora
Recitando ou cantando
Com sua viola

Esse som que escuto
Vindo lá de fora
E que pode se estender
Por mais de meia hora

Ah, deixe-me me ouvir
Mais um pouco ora bolas
O som do violão
Que quebrou uma corda

Nos versos da canção
Que eu criei agora
Nos versos da canção
Que eu criei agora...

Foto de Marilene Anacleto

Alegria das Fogueiras Ciganas

Alegria das fogueiras
Nas noites de lua cheia.
Adultos, jovens senhoras,
Crianças em brincadeiras.

Depois a Dança da Luz,
De todas as almas faceiras.
Nossos corações se abraçam
Em torno da incandescência.

Todos fazem seu melhor,
Manifestam seu Divino,
De cada alma, a Essência,
No som mais que cristalino.

Guitarra em solo vai às nuvens,
Cada corpo em seu pulsar,
Não há quem contenha a emoção.
E os pés, em frenesi, a acompanhar.

O fogo dança em coloridas chamas,
O corpo esparge seu prazer e cor,
Recebe a alegria, e o viver com vontade,
Libera possíveis tristezas e alguma dor.

Se há corações partidos, lá se vão,
Num misto de nuvens e flores.
Almas abraçam esperanças,
Unem-se ao compartir sentimentos
E a dispensar o que pesa nas lembranças.

Em volta da fogueira, muita luz,
Muita leveza, muita paz,
Acende o pulsar de corações
Das Almas Gêmeas que estão a bailar.

Marilene Anacleto
5 de janeiro de 2008

Foto de Carmen Vervloet

SANTA TERESA

Santa Teresa... que paz tão imensa
nas tuas matas preservadas de onde surgem
em nuances do verde claro ao escuro
árvores centenárias exalando esse ar tão puro.

Na castidade que a terra urge,
em teu seio mostrou-se intensa
a selva virgem onde o silêncio surge,
entre montanhas, colibris e crenças.

Que lindas cores nas tuas alvoradas,
onde a minha alma italiana descendente
passeia feliz sobre a cidade colonizada
sob a forma de uma rosa amanhecente.

O meu coração feliz saltitante
entrega-se ao teu bucolismo, cidade amada!
Sempre vestida por cores impressionantes,
ao som do coral da sua multíplice passarada.

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

Desenhei-te amor.

Desenhei-te amor.

No meu leito de lençóis brancos
Onde o calor do amor e da paixão
Eu desenhei-te com as cores do amor
Entre beijos e palavras sussurradas
Entre o silêncio da noite, observei-te
Vi cada pedacinho teu, teu peito inquieto
Teu olhar, que quer arrancar de mim
Todo que o tenho e toda a minha alma
Senti cada demonstração do teu amor
Levou-me ao mais belo mundo, um mundo
Que é só nosso, numa cama perfumada
Deixas-te sem rumo, perdida em ti
E perdida eu quis desenhar-te a ti
Desenhar o amor que eu senti
Foi buscar as cores do arco-íris
Trouxe comigo a natureza em bruto
Foi buscar os perfumes do mar
E trouxe o som dos rios a correm
E na minha tela eu, te desenhei feliz!
Pintei estrelas que brilham em mim
No mais belo rasto de luz. Vivo e nosso.
Entre explosões de amor eu descrevi
Aquele que só tu eu podemos sentir
No nosso quadro pintado e único
Bem guardado no nosso coração
Que cada dia continua mais apaixonado...

Foto de Carmen Vervloet

MATIZES DO AMOR

Se o sentir jamais será eterno
e as emoções são sempre perigosas,
por que insistimos em viver nesse inferno
pintando o amor em nuances cor de rosa?

Amar é navegar em mar desconhecido,
surfar com riscos nas ondas incertas,
é buscar no coração alheio o abrigo
aportando em praias áridas e desertas.

É embrenhar-se por diversos sentimentos...
Navegar por marés calmas ou em grande agitação!
É viver intensamente cada momento
deixando à deriva o pobre coração!

É deixar o riso se fazer pranto,
silencioso e branco como a espuma,
é ouvir a tristeza no som de um canto,
é perder o caminho coberto por brumas.

Ah! Mas o amor está plantado em meu peito
sua semente é fecunda, profundas são as raízes!
Necessito dele como o rio do seu leito
meus sonhos se pintam em seus infindos matizes.

Carmen Vervloet

Foto de Lemour

Tenho uma árvore

TENHO UMA ÁRVORE

No meu jardim, há uma árvore que fala.
- Ah! Estou a sentir um ventinho fresco, o cheiro da terra está a ficar diferente.
Os seus ramos cheios de folhas abanam, uns da direita para a esquerda, outros de cima para baixo.
A minha árvore não sabe bem o que se passa, olhando para a frente e para trás escuta os sons vindos do céu.
- Ah, as andorinhas estão a passear no céu e… desaparecem. As formigas estão a recolher às suas casas. Esta noite não ouvi os grilos e as cigarras hoje não cantam.
Pensando no que via e ouvia, os ramos pareciam dançar ao som do vento que corria no ar.
- Oh! Tenho umas folhas amarelas, sinto-as leves, será que estão doentes?
Uma aragem mais forte fez soltar umas folhas. Rodopiando no ar cairam na janela do meu quarto.
E… as folhas da minha árvore iam-se soltando, rodopiavam e caiam no jardim
- Já sei o que está a acontecer, gritou a árvore, é o Outono que chegou. Pensava que estava a ficar doente.
Encostada à janela eu observava e ouvia a minha árvore, mas estava sem perceber , não sabia bem o que era o Outono.
- Pois é, daqui a dias vou ficar sem folhas, vou começar a adormecer, sem folhas vou ficar mais forte para aguentar os ventos, as chuvas, os frios, quando os dias voltarem a ficar mais quentinhos eu vou ficar maior, vão nascer mais folhas verdinhas e os meus ramos fortes vão fazer sombra.
A minha árvore virou os ramos na direcção da janela do meu quarto.
- Debaixo da minha sombra aquela menina vai brincar ouvindo ao longe as cigarras.

Lena Mourinho

Foto de ivaneti

Amigo,

Amigo,

Se tu queres ser meu amigo, então seja bem vindo
Sinto muito se meu ser quer de outra forma
Nada posso fazer, fico feliz de te-lo comigo...
É triste por não ser meu companheiro...
Enquanto que meu coração
Por ti nutri uma grande paixão...
Meus olhos choram sem solução
Vou remando levando a vida
Quem sabe um dia um passarinho
Veja minhas lagrimas e as enxugue
Levando com ele toda minha tristeza
Toda essa dor que minha alma sente...
Arrancando de dentro essa cicatriz
Que cravada no peito deixa esse vazio insuportável
Que só lembra a tua imagem
Essa ferida aberta não há remédio que faça efeito.
Ando assim perdida no tempo sem saber qual o dia da semana
Por você sofro, choro e grito quase sem vida
Tenho os meus pés calejados na procura pelas ruas de tua alma
Tentando acordar esse sentimento adormecido
Que eu sei!
Em algum lugar estas
Ah! se ouvisse o som da minha voz a te chamar
No pôr do sol ou no frescor da luz do luar
Se por um instante tivesse em minhas mãos o teu despertar
Nada mais nem o tempo nem a distancia poderia nos separar
Seriamos o único casal a habitar o céu de tua alma
Onde nem a morte teria coragem para nos separar
Que pena que teu amor chegou ao fim assim amigo.

Ivaneti Nogueira

Foto de Carol Carolina

Tempo dos Lampiões...

Tempo dos Lampiões...

Queria ter vivido no tempo dos lampiões
Para ganhar belas serenatas ao luar
Dos bailes naqueles grandes salões
Com meu amor , rodopiar, rodopiar.

Dos vestidos longos de arremate com lacinho
De cor azul que é a cor que mais adoro
Na mão um perfumado lencinho
Em cambraia com monograma cor de ouro.

Das sombrinhas que levavam a passear
A sombra de uma árvore esperar
Um poeta que não tardava a chegar
Muito gentil estendia a mão para ajudar
A sua amada na grama a se sentar.

Ao som dos passarinhos a cantar
Admirar o poeta a recitar
Lindos versos sempre a encantar
E depois um doce beijo seu ganhar.

♫Carol Carolina

Foto de Marilene Anacleto

Minha Mensagem

Escrevo para aqueles que saibam ler com a alma
Sou a ponte que transcende e vai em busca da alegria
Do amor, da esperança e da calma.

Por isso somente escrevo aos que, nas noites escuras
Vêem a lua na madrugada. Os que compreendem versos
Terão, então, sua alma lavada.

Anjos de iluminadas asas e suas harpas de cristal,
Os sonhos em melodias feitos notas de cascatas
Deslizam em chispas claras.

Escrevo também para aquele, cujo tato sinta a emoção do abraço
E o compartilham, embora em retalhos de vida,
Mesmo em dia cansado.

E para os que têm paladar de saborear ricos pratos,
Com apenas simples olhar sinta o gosto dos versos
Como quem saboreia um manjar.

Para os que olfato têm, e aromas pressintam à distância,
Viajam em pensamentos e sentem o perfume das matas,
Traduzido nestas palavras.

Aos treinadores de escuta que possuem boa audição,
percebem o som do vento, transformam em canto um lamento
E o sussurrar do coração.

Também para quem tenha visão e pureza de criança,
E faça de uma nuvem, um anjo e de um borrado, um coração,
E veja o mundo desenhado em canção.

Construo, portanto, versos para os que vivem de sua alma,
Permeiam seu corpo de esperança, preenchem de amor seu coração.
Porém, necessitam ter, sobretudo, espírito vivo e boa carga de emoção.

Marilene Anacleto

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