Sofrimento

Foto de pttuii

Reformados

não somos tão poucos assim
que nem nos reste discernimento,
sôfrega batelada de nada é o que é,
depreendo que nos reste o
arrastamento pelos bicos
das mesas de esplanada,
a mirar tetas,
a mirar cus,
seremos poucos
quando fecharem as
ruas do sofrimento neoplásico,
meninos de ranho fácil
ganharão nesse dia,
as esquinas melancólicas
serão balizas dos vossos berlindes,
lençóis brancos amarelecidos,
sim, irá de assoar nesses trapos
pois as velhas desleixadas merecem,
até lá,
seremos cada vez menos,
os senhores de clemência
misturada com fortuna,
as almas centrípetas que se
portam pior que gatos em lutas jónicas...
com os próprios rabos,
em suma,
os controlos remotos de fugida,
(epitáfio de punheteiros, na minha linguagem)
para o fim ficam os sonhos,
nunca feliz soma de nadas,
é como os chamo,
odeio-os.....

Foto de Joaninhavoa

O PORQUÊ... DO ACONTECER!...

*
O PORQUÊ...
*
DO ACONTECER!...

Cada grito, cada gemido, cada silêncio, penetraram, embrenhando-se subitamente em todos os poros da minha pele e senti a sua dor, a sua luta para evitar o inevitável acontecer...
Interiorizei e analizei a origem do suplício, de tal martírio que provocava o sofrimento mais doloroso que alguém pode ter e que sentira em toda a minha vida.
Eu consegui discernir, da dor e do acontecer... No entanto não consegui saber do porquê...
E ainda hoje não sei...
De que é feita a tal mistura de sons...

Joaninhavoa,
(helenafarias)
05 de Outubro de 2008

Foto de LUCAS OLIVEIRA PASSOS

AS ESTRELAS

As estrelas Lucas Oliveira Passos

As estrelas estavam lá, no pedaço de céu que me cabia apreciar pela janela, naquele leito de hospital em que eu me encontrava, arrasado e sem entender nada...mais uma vez minha vida mudava completamente, numa guinada imprevizível...a necessidade da cirurgia, a gravidade da doença, e por fim a notícia que tentaram me passar e que me recusava a entender, sabia que era algo terrível, algo que teria que me lembrar e aceitar para o resto da vida, mas naquele momento o bloqueio não permitia, eu não conseguia pensar, apenas aquela imensa tristeza, e um gigantesco desejo de morte que nunca havia sentido antes em toda minha vida.

A enfermeira se aproximou sem fazer qualquer barulho, e cuidadosamente fechou a pequena janela, próxima ao meu leito, minha única referência para o mundo exterior, minha única fuga para os pensamentos terríveis que invadiam minha mente.

- Tenho que fechar a janela, os outros pacientes estão reclamando do frio, me desculpe, sei que é a única coisa que parece lhe interessar...

Assim, todas noites, meu céu quadrado e pequeno, contido nas dimensões daquela janela, se apagava irremediavelmente, as estrelas, que eu tanto estudara e pesquisara, por puro deleite, em certa etapa da vida, eram agora meu único consolo, me faziam pensar no tão pequeno que eu era, naquela imensidão tamanha do universo.

Não sabia quanto tempo já se passara desde o dia em que me internei com câncer e uma hérnia abandonada por muito tempo, calculava algo em torno de uns seis meses, tudo fora um sucesso segundo os médicos, mas meu corpo não era mais o mesmo, meus 75 anos pesavam bastante no processo, o restabelecimento era lento, a angústia era grande, havia algo medonho a ser encarado, assimilado e entendido...um amargo na garganta, um peso imenso no peito...por que meu cérebro se recusava a processar a notícia que foram me dar? Minha filha Aninha, por que não aparecia mais no hospital para me visitar?

As lágrimas brotavam abundantemente nos meus olhos, não devia ser assim...tão acostumados com o sofrimento devido aos anos de trabalho voluntário na ajuda desvalidos...comecei a lembrar palavras que foram ditas...concluí que havia acontecido com Aninha algo terrível, agora ela era apenas uma pequena estrela no céu e ao mesmo tempo uma chaga aberta para sempre no meu peito, para o resto do resto de minha vida, pois minha vida agora só seria um resto, que talvez nem merecesse ser vivido...chorei a noite inteira...nunca fora de chorar, nunca chorava, mas era impossível evitar...comecei a recordar o passado e parei exatamente quando Aninha havia entrado em minha vida...antes de nascer...ainda quando era nada mais que uma promessa de vida no corpo de uma mulher, quinze anos atrás...em um ponto de ônibus em Copacabana...

- Tu podes me ajudar? Estou com fome, estou grávida, meu namorado me abandonou, minha família não quer me ver, cheguei de Curitiba ontem e não como nada a dois dias, preciso que alguém me ajude...

Olhei a mulher nos olhos atentamente, estimei não mais que 30 anos para sua idade, observei todo seu corpo, era bonita, estava maltratada, entretanto vestia roupas de qualidade...seus olhos mostravam que estava em situação de carência e mêdo, o corpo, uma gravidez de no mínimo dois meses, senti muita pena dela, eu nunca abandonaria uma mulher à própria sorte, mesmo sendo desconhecida, e assim me senti envolvido e pronto para ajudar...

- Qual é o seu nome, moça?

- Sonia, mas tu podes me chamar como tu quizeres, se puder me ajudar te agradeço muito...Tu és casado, posso ajudar no serviço da tua casa?

Aquela pergunta me fez lembrar que já fora dezenas de vezes, não no papel, mas a muito tempo este conceito de ser ou estar havia perdido o significado em minha vida, deixava o amor fluir da forma que viesse, amava as mulheres incondicionalmente, deixando-as livres para entrar e sair de minha vida como bem entendessem, aprendi a recomeçar sempre que fosse possível, sem olhar para trás e sem me importar com nada, estivera diversas vezes no topo e na base, e sabia que após tempestades a terra se torna fértil e pronta para a fecundação, e que o importante eram os dias de sol que viriam, trazendo lampejos de felicidade...pequenos momentos que tinham que ser aproveitados antes que se acabassem...não fechava nunca qualquer porta que pudesse permanecer aberta em minha vida, essa era minha filosofia de vida, era como eu me sentia...

- No momento estou morando sozinho, se você quizer, eu te levo para minha casa, lá você pode se alimentar, tomar um banho, trocar de roupa e ficar quanto tempo quizer...até ter um lugar melhor para ir...quando quizer ir...

E assim, desde o primeiro dia morando em minha casa, Sonia se posicionava como minha mulher, sem reservas, na cama inclusive, sem nada perguntar, sem nada pedir, com seu olhar meio ausente e distante, por vezes inquieto.

Comecei a perceber que Sonia seria um pássaro passageiro em minha vida e não demoraria a se lançar em novo vôo, e isto me incomodava, havia me apaixonado mais uma vez e agora amava Sonia e a pequena semente que crescia no seu útero, fecundada por outro homem, mas já adotada totalmente por mim. Passei a visitar minhas tias levando Sonia e a promessa de Aninha, cada vez maior em sua barriga, apresentando-a como minha nova companheira, na extrema tentativa de faze-la gostar daquela opção de vida, mas sentia que o olhar de Sonia estava cada dia mais longe.

Tinha percebido desde o início que Sonia, assim como meu falecido filho Lalo, apresentava sintomas típicos de viciados em drogas, a abstinência estava lhe pesando cada vez mais e chegaria a um ponto em que ela não suportaria ultrapassar...isso me aterrorizava e me fazia passar noites em claro procurando uma alternativa, abri o jogo com ela, mas ela negou tudo e inverteu a situação, dizendo que se eu queria um motivo para me livrar dela e de Aninha. Talvez Sonia nunca tenha sabido o quanto me feriam essas afirmações...o quanto era grande o meu amor por ela.

O tempo foi passando, dias, semanas, meses e finalmente Aninha nasceu, pequenininha, indefesa, totalmente dependente de tudo e de todos, sem saber em que mundo fora lançada e por quanto tempo...eu tentava esconder as lágrimas que brotavam de meus olhos quando observava a total indiferença de Sonia em relação a Aninha, e comecei quase por adivinhação do que viria, a ler tudo sobre crianças.

Quando Aninha completou duas semanas de vida, cheguei de uma entrevista para um novo emprego e não encontrei mais Sonia, ela havia partido, deixando apenas um pequeno bilhete junto ao berço. Sonia levou quase todo dinheiro de nossas reservas, Aninha passou nesse momento a ser responsabilidade e problema apenas meu. Eu me recusei a acreditar, andava pelas ruas olhando em todas as direções, procurando por Sonia, levando fotos, falando com drogados, mas nenhum sinal de Sonia, devia estar longe...talvez em Curitiba...talvez em qualquer lugar do mundo, bem longe dos meus olhos mas ainda dentro do meu coração, ocupando um espaço imenso e significando talvez a maior derrota de toda minha vida.

Sentia uma imensa agonia e abraçava Aninha toda vez que precisava sair para conseguir algum trabalho, agora eram apenas eu e ela, apenas nos dois para enfrentar o mundo e lutar pela vida. Como conseguiria trabalhar e ao mesmo tempo cuidar do bebe, teria que conseguir uma atividade que pudesse ser feita em casa, que não tomasse todo meu dia...tinha que conseguir voltar ao topo, com bastante dinheiro seria mais fácil resolver as coisas... nunca me importava com o dinheiro, mas agora ele era a coisa mais importante para que eu pudesse cumprir meu juramento, daria o máximo do resto de minha vida para que o futuro de Aninha fosse o melhor possívcel...eu sempre recomeçava...já não me assustava com isso... e assim fui vivendo aqueles dias de angústia e amargura, tendo como único prazer observar a vida e o tempo fazendo de Aninha uma menininha cada vez mais linda.

O tempo foi passando e meu trabalho em casa, com desenho, arte final e fotografia, conseguia manter Aninha na escola, ela estava cada dia mais linda, com seus dois aninhos completos, me chamava sempre de paizinho, o que me deixava orgulhoso, eu já aceitava que iria viver apenas para que aquela criança pudesse ser alguém neste mundo hostíl, e assim evitava agora me envolver com outras mulheres, vivia só para Aninha.

Quando Aninha completou quatro anos, escrevi para minha tia que morava em Porto Alegre, que não via já a uns vinte anos. Informei sobre minha vida e minhas preocupações em relação a minha filha, a incerteza das coisas e a necessidade de ter alguém que pudesse ajudar caso eu ficasse doente ou morresse. A resposta de minha tia veio rápida, “venha para Porto Alegre, só aqui poderemos te ajudar, precisamos de alguém de confiança para a fábrica de tecidos, minha filha Tânia separou do marido e já não consegue tocar tudo sozinha, ele participa do conselho de administração, mas não do dia a dia da fábrica, entre em contato, poderemos nos ajudar, sei que você é competente quando está motivado, te esperamos aqui ”.

O convite me deixou orgulhoso e me fez sonhar com a possibilidade de estar perto de Curitiba e conseguir encontrar Sonia, ainda moradora em meu coração apesar de tudo o que acontecera, e assim, em poucos dias eu e Aninha já estávamos reduzidos a apenas duas grandes malas, que continham tudo que tinhamos na vida, também cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas.

Quando os momentos são felizes, passam muito rápido, e assim, Aninha já estava fazendo dez anos de vida. A ida para Porto Alegre fora muito boa para mim, Tânia estava muito abatida com a separação e se dedicou totalmente a mim e a filha, embora tivesse suas duas filhas adolescentes para cuidar. Aninha vez por outra me abraçava e lamentava por mais uma vez não poder ter a oportunidade de conhecer sua mãe. Eu procurava a todo custo esconder as lágrimas que teimavam em rolar de meus olhos cerrados enquanto a apertava fortemente contra o peito, dizendo que um dia isso seria possível, que ela voltaria e seríamos felizes. Estava muito bem posicionado na empresa, como diretor de produção, mantinha dois detetives mobilizados na busca por Sonia que parecia ter se transformado em pó. Não sei até hoje, se foi por me observar sofrendo e sem ninguém para compartilhar, ou se foi para causar ciúmes em Silvio, que a largara para viver com outra mulher, que Tânia começou uma aproximação maior, me fazendo seu acompanhante a festas e jantares e fatalmente acabamos nos gostando e começando um relacionamento amoroso escondido.

Era um sábado de manhã, acordei bem cedo pois havia combinado com Tânia um passeio nas regiões serranas, recebi um recado de Tia Albertina, me chamando no seu escritório, não imaginava o que poderia ser, lembro que eu estava muito orgulhoso com as novas máquinas que haviam dobrado a produção, embora a contragosto dela, que achava que as empresas tinham que operar sem dívidas, e que votara contra a compra do novo maquinário financiado. Tânia ficara pela primeira vez em posição contrária a dela e a de Silvio, durante a votação do conselho de administração. Silvio visitara tia Albertina na véspera e falara em reparar um erro e voltar a viver com Tânia. Até hoje não sei se eu estava certo ou não, mas nunca imaginei ouvir de minha própria tia o que ouví alí;

- Canalha, acabou para você, eu confiei em você e você me traiu, não adimito, não posso acreditar que você se envolveu com Tânia, ela é muito mais nova que você, isso é um desrespeito, quero que você volte para o Rio de Janeiro, não quero você mais aqui, já fiz as contas e este cheque é tudo que você tem direito, pegue sua filha e suma daqui, hoje mesmo...

Rasguei o cheque na frente de minha tia e fui buscar Aninha, preparamos as malas, apenas duas grandes malas, largando todo o resto para trás, novamente cheias de esperanças e sonhos de melhores dias em nossas vidas...

Hoje, um ano após sair do hospital, começo a procurar pelos parentes que me restam e pelos vizinhos, só agora consigo falar em Aninha sem que a voz me escape e um pranto enorme me sufoque, foi muito duro tentar recomeçar a vida e tentar entender como tudo se passou, eu e ela fomos vivendo nosso amor fraternal, que aumentava a cada dia, e nos bastávamos, o mundo não tinha mais sentido, até que a necessidade da cirurgia nos separou pela primeira vez na vida, aquela profunda tristeza e o medo da minha morte foi capaz de matar Aninha, de uma forma tão violenta que o coraçãozinho dela, de apenas quinze aninhos, não aguentou a solidão, se recusou a bater e parou para sempre. Eu e meu velho coração, ficamos em coma várias semanas, porém já tantas vezes vacinado pelas angústias da vida, aguentei firme até hoje, embora não consiga aceitar o que se passou e sinto, cada vez que olho as estrelas, que Aninha está lá, linda como sempre foi em sua curta vida, sempre ao alcance dos meus velhos e cansados olhos, minha amada estrelinha...Minha filha Aninha!

Sigo a jornada da vida, cumprindo minha missão, voltei ao trabalho voluntário com os desvalidos, tentando dar um pouco de utilidade a este resto de vida, sei que é questão de pouco tempo, breve estarei com ela para sempre...junto as estrelas...

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

QUEM SABE

QUEM SABE
(Luiz Islo Nantes Teixeira)

Quem sabe se importar
Dividir ,entender e amar
Com a amargura da dor
E a ternura que o amor traz
Quando uma pequena mudanda de ventos
Altera os bons tempos
E tira toda a paz

Guarda a chave da felicidade
Nas maos
E sabe achar a saida
No meio de tanta aflicao
E sabe tambem que nem e hora de sentir saudade
Nem e hora da partida
Nem e hora de ferir o coracao

Porque tambem sabe lembrar
Que a calmaria e a tempestade
Sao inimigos mortais
Mas a calmaria sempre prevalece
Sobre os vendavais
E e nesta hora que o amor se fortalece
E te ensina a paz

E assim todo o sofrimento
E absorvido como uma mera luz divina
Que ilumina a escuridao de nossas almas
Nos piores momentos
Que nos cegam e nos dominam

E entao que aprendemos que hora de entender
Dividir e se importar com quem se ama
E revitalizar a chama
Que volta mais forte e resoluta
Pronta pra uma nova luta
Ate a proxima tempestade
E seu vendavais
Que entao a sabedoria do amor e felicidade
Vencerao uma vez mais

© 2008 Islo Nantes Music/Globrazil(ASCAP)
Globrazil@verizon.net or Globrazil@hotmail.com
Brazil - (021) 2463-7999 - Claudio
USA (1) 914-699-0186 - Luiz

Foto de DeusaII

Deixo-te ir...

*
*
*
*
Meu coração já rasgado de dor
Percorre em câmara lenta,
Todos os momentos que vivemos.
Nossos sentimentos,
Nossos desejos,
Nossos planos,
Perderam-se pelo caminho...
Perderam-se na mágoa, na ignorância,
Perderam-se na ilusão do que nunca foi.
Por isso meu amor,
Deixo-te ir...
Apesar da tristeza que abala minha alma,
Apesar do sofrimento que destrói minha vida,
Apesar do desespero que vai me matar.
Deixo-te ir...
Segue teu destino, que não vai de encontro ao meu,
Tenta levar contigo a felicidade,
Dos dias que nunca tivemos.
Deixo-te ir....
Porque teu amor era apenas uma máscara
Para esconder tudo o que não sentias,
Teu olhar, foi a minha traição,
Que enganou-me, por engano.
Deixo-te te ir....
Nas asas de um anjo,
Para que percorras outros mundos,
Outras vidas, sem mim.
Minha face já transfigurada pela dor,
Começa a perder a sua tonalidade,
Meus membros, perderam a sua vitalidade,
E meu sorriso, morreu junto contigo.
Mas deixo-te ir....
Apesar da atrocidade deste encontro,
Apesar da minha morte interior,
E da magia que se criou e se perdeu.
Apesar disso tudo, meu amor....
Deixo-te ir....
Voa em liberdade,
Mas ensina-me primeiro a viver sem ti,
Ensina-me o que é a vida, depois de ti,
Ensina-me como recuperar de novo minha alma.
Vai, meu amor....
Que o vento seja o teu guia,
E a lua tua companheira.
Que as estrelas brilhem sempre na tua direcção.
Vai, meu amor....
E deixa-me aqui desfalecer sozinha.
Vai, meu amor
Antes que a noite chegue,
E que os meus fantasmas me persigam,
Antes que o dia morra,
E o sol deixe de brilhar.
Vai agora,
Mas não voltes mais!

Foto de fernando gromiko

Amor e Sofrimento

Sei que estou errado
Sei que não conheço a verdade
Mas sei que sou um louco apaixonado
Que quer ficar com você por toda eternidade

Essa loucura que me invade
É um sofrimento impaciente
Pouco tempo é a eternidade
Sua ausência me faz doente

Ao seu lado posso ver
Que sem carinho e sem amor
Não sou capaz de viver

Já não estou vivendo
Meu coração pode bater
Mas minha alma estou perdendo
(autores: Fernando G. e Enzo B.)

Foto de carlos alberto soares

ADEUS

ADEUS,
SOL, LUA, ESTRELA E MAR,
EU NÃO VOU MAIS VOLTAR.
É O ÚLTIMO ADEUS...
NEM É PRECISO DIZER PORQUE,
TALVEZ NEM EU SAIBA DIZER.

ADEUS, SOFRIMENTO, ALEGRIA E PAIXÃO,
ADEUS AMOR, EU JÁ VOU.

ADEUS, É O FIM.
O ÚLTIMO BEIJO ESTÁ QUENTE EM SEUS LÁBIOS,
MAS EU JÁ VOU.

NÃO SEI PARA ONDE,
NEM SEI SE VOU CHEGAR ATÉ LÁ, MAS VOU.

NÃO SEI SE É NORTE, SUL, LESTE OU OESTE,
TALVEZ EU ME PERCA, TENTANDO ME ENCONTRAR
NESTE NOVO LUGAR, MAS EU VOU.

ADEUS CANTINGAS AO LUAR,
PAQUERAS ESCONDIDAS
E TENTAÇÕES QUE ESTÃO À ME AVANÇAR.

ADEUS, INIMIGOS, AMIGOS,
QUE ME SEGUEM OU PERSEGUEM,
ESTOU INDO EMBORA, VOU AGORA,
PARA NÃO MAIS VOLTAR.

ADEUS, PÁSSAROS QUE CANTAM,
MULHERES QUE ME ENCANTAM
E ÁRVORES DESTE LUGAR.

ADEUS, PECADO, ANGÚSTIA E SOLIDÃO.
NÃO VOU MAIS SENTIR VOCÊS.

ADEUS A TUDO ENFIM,
A MINHA PARTICIPAÇÃO NESTE LUGAR ACABOU,
VOU PROCURAR OUTRO CANTO,
OUTROS BEIJOS E DESEJOS.

VOU PORQUE CHEGOU A HORA,
SEM PRESSA OU DEMORA,
MAS COM A CERTEZA DE NÃO MAIS VOLTAR.

Foto de EDU O ESPIÃO.

PARE DE LAMENTAR VÁ A LUTA!

Não fique lamentando, alimentando um sofrimento
A vida esta ai para ser vivida.
O que é certo ou errado já se aprende de berço.
O resto à vida nos ensina aos trancos e barrancos,
Não fiquem invejando as vitórias e conquistas de ninguém.
Não fique querendo dos outro o que você não tem.
Não almeje o que não é de domínio seu.
Que seja de outros.
Almeje pra você suas vitórias e conquistas, sem nunca
Querer tirar dos outros o que a você não pertence.
Lute pela vida, lute pela paz, lute pelos seus objetivos.
Mas não lute contra seus princípios.
Não questione porque o vizinho tem e você, não!
O tempo que perdes tomando conta da vida alheia.
Vá a luta lute para alcançar suas metas.
O problema que muitos só sabem reclamar,
Tem preguiça de lutar, de se informar, se atualizar
Para se conquistar algo que nos fortaleça, precisamos ter garra.
Nada cai do céu, não se preocupe se o vizinho tem carro do ano.
Se o vizinho tem carro do ano, ele lutou trabalhou pra isso.
É um direito dele. Não reclame com Deus porque ele se esqueceu de
Você, Deus não esquece você, é você quem esquece dele,
Achando que o mundo pode te dar tudo e que Deus tem que estar
Ao seu dispor a hora que você quer. Nosso tempo não é mesmo de Deus.
Não podemos querer questionar o que Deus faz ou não faz, ele sabe o que faz.
Mas ai você se engana. Se não há luta não a vitória.
Você também pode ter um carro bonito do ano como do vizinho.
Já pensou nas possibilidades de trabalhar e ter as mesmas responsabilidades que o seu vizinho. Garanto que isso você não pensou. Só esta questionando
Porque o vizinho tem e você não.
Pois a reposta esta dentro de si, olhe-se para dentro de você.
Acha que reclamações vão dar as coisas, vai fazer de você um merecedor?
Se pensas assim, a vida ainda vai ser muito cruel consigo.
Mas não a culpe, ela apenas ensina.
Deixe de chorumelas e pare de ver o que o vizinho tem. E corra atrás para você ter. Cuida de seu tempo de seus pensamentos, não se preocupe com o vizinho, pois o vizinho não esta nem ai pra você, pode ter certeza disso. Então seja inteligente, lute vença cresça tenha fé força de vontade, assim você chega la. Mas só depende de você. Um outro detalhe, não se consegue nada de um dia para outro, não se iluda, lute, corra atrás. Pare de lamentos, pare de bancar o coitado.
Deus não gosta de te ver assim,Deus gosta de ver atitudes, virtudes.
Vamos a luta....

===ESSE TEXTO É UM DIALOGO ENTRE EU E( ANA FLOR DE LIS), SOBRE A INVEJA, OS LAMENTOS .==AS PESSOAS TEM QUE PARAR DE RECLAMAR E IR A LUTA===(NÃO É DUETO, E SIM UM DIALOGO).

Edu& Aninha

Foto de Sonia Delsin

TORMENTO D’AMOR

TORMENTO D’AMOR

Ela o buscava pela noite adentro.
Ia como uma louca.
Em busca do que lhe fugia.
Era uma verdadeira agonia.
Ela ia, ia...
Pra lugar nenhum.
Até que um dia se deu conta do vazio que se tornara o seu viver.
Quis morrer.
Foi tanto sofrimento.
Mas a salvou um certo alvorecer.

Foto de Rose Felliciano

Fora da sua vida, distante....

.
.
.
.
.
“Vejo teu sofrimento
Ouço as lágrimas
Cortando como navalha, teu peito...
Lamento...

Olhe para o céu,
aceita...
Aprender com a colheita
É o que tem a fazer...

Fora da sua vida,
distante...
Assim estou...

Sonhos abortados
História inacabada...
Uma nova estrada, restou...”(Rose Felliciano)

.
.*Mantenha a autoria do Poema*

.

Inspirado na belíssima música: She's out of my life. Ouça, no link abaixo:

http://www.rosefelliciano.com/visualizar.php?idt=1202397

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