Sinos

Foto de Carmen Lúcia

Enfim, é Natal!!!

Há uma luz diferente no céu!
Tão intensa que transpassa todo véu
Que de azul-marinho se faz prata a brilhar
Entremeado com o prata-lunar
Deixando o planeta mais bonito e feliz!
Anjos parecem surfar...
Na mansidão daquela imensidão
Preparam-se para encantar a Terra
Com suas harpas e cânticos de amor...
Fazem das nuvens, tobogã...
E escorregando vêm ao mundo
Em doce missão de alegria e paz...
Expectativas de novos tempos,
Embaladas por sinos a tocar...
Esperanças que renascem
Em cada coração, a cada oração...
Parece que o Amor se espalha
Como fragrância que exala
Em cada canto o seu encanto...
Pensamentos se unem:-Paz!!!
Afastando o desencanto do mal...
A luz se intensifica mais e mais...
Enfim, é Natal!!!

Foto de Claudia Nunes Ribeiro

CARTINHA PARA O PAPAI NOEL

Cartinha pra Papai Noel
“Prezado Papai Noel,

Há muito tempo que eu não acredito em você, mas se você puder me conceder um pedido ficarei muito grata e satisfeita.
Hoje quando acordei, fiquei na cama lembrando o que fiz até hoje.
Sei que não fui uma boa menina. Menti, fui gulosa, preguiçosa e outras coisas mais, mas na balança da vida também fiz coisas boas. Afinal, ninguém é de todo mal nem de todo bom
Pensando nisso...
Queria muito te pedir um presentinho:
Que na noite de Natal, entrando pela janela, porque não tenho chaminé, o senhor possa trazer pra mim o presente que tanto sonho:
O meu amor, bem embrulhadinho com papel glacê e um lindo laço vermelho.
Não sei se estou pedindo demais, mas espero que o senhor possa me conceder esse favor. Afinal... Até hoje estou esperando a bicicleta que o senhor esqueceu no trenó, quando eu tinha 5 anos, portanto esta em dívida comigo a 33 anos.
Ah! Se não for pedir demais, dá pra ter uma paradinha com as guerras para que as crianças possam brincar em paz, pelo menos por um dia?
Valeu meu Bom Velhinho!
Se eu receber meu presentinho, fico te devendo uma!!!
Beijinhos”

Natal sem você

Natal sem você
É rabanada sem perfume
É família sem algazarra
É criança sem Papai Noel

Natal sem você
É não ver a esperança que nasceu em Cristo
É não ter o coração cheio de fé
É não saber perdoar

Natal sem você
É uma dor doída de se ter
É não querer ouvir os sinos
É não querer abraços

Natal sem você
É a maior solidão do mundo
Por isso, vou escrever uma cartinha ao Bom Velhinho
Pedindo um presente: Você!

Foto de Sirlei Passolongo

A A Estrelinha e o Natal: Por Sidney Pires

A Estrelinha e o Natal

É Natal! Me diz...
Quem essa estrelinha?
No céu brilhando tão feliz
Natalinando e alegrando
A tua vida e a minha...

É Natal! Porquê...
Por que tocam os sinos?
E essa brisa que vai passando
Alegre e altaneira
Grave e ligeira levando
Os sons do metal divino...

É Natal! E a alma...
Por que ficou tão em festa?
Tão igual a essa lua toda inchada
Bonançosa, prateada,
Fazendo uma tola seresta
Em meio às poças da calçada...

É Natal! E o céu
Coquete me responde...
Que aquela estrelinha
Brilhando ao longo da noite
Tão distante que nem sei...
Aquela estrelinha é Sirlei

Aconchegando-nos os olhos
Feito um nobre cais
E onde a gente aporta
Entra, deixa os sapatos na porta,
E a vida brilha muito mais...

De Sidney
Para Sirley

Não pude deixar de dividir esse lindo presente
do meu amigo Sidney.
Obrigada querido!

Foto de Sirlei Passolongo

Natal Sem Papai Noel

O natal
Que ilumina festas nos lares
Mundo afora
Mas há dor em muitos
Lugares...
nos olhos da criança
que inda chora
ao ouvir os sinos
Do natal
Uma lágrima em seu
Coração rola.

Chora a falta de um lar
De uma mãe para lhe abraçar
Chora a fome e a miséria
Por não poder se alimentar
Chora o brinquedo sonhado
O tênis para calçar
Chora o carrinho de plástico
A boneca para ninar.

Quanta contradição nesse dia
Brindam o nascer do Menino
E elas esquecidas ao relento
Nas mesas,
Lindos banquetes enfeitam.
Nas casas,
as luzes de natal brilham
Elas nas praças e ruas
Só possuem
A luz do sol e a lua
E apenas o lixo
Sobra-lhes como sustento
E num sofrido lamento
Choram o mundo cruel
Jamais ganharam em
Suas vidas...
Um presente de Papai Noel!

(Sirlei L. Passolongo)

.

Foto de Carmen Lúcia

Bilhete ao Papai Noel

Sei que vou pedir-lhe muito
Mas para mim não será demais...
Preciso me agarrar ao sonho,
E sem você não serei capaz!
Quero de novo a minha infância
Que me fugiu, não volta mais...
E de novo ser criança
Ainda crer no que você faz.
Quero a rua de pedrinhas
Bem redondinhas e brilhantes
E brincar de Amarelinha,
Quero deixar de ser grande.
Quero toda a magia
Que contagia quando é Natal,
Quero o ressoar dos sinos
Tocando hinos...Tudo igual!
Abraçar os meus amigos
Que estão distantes, não vejo mais...
Nem todo o tempo fará
Que os esqueça...isso jamais!
Desembrulhar os presentinhos
Olhar pro céu e enxergar
Aquela mesma estrelinha
Que no Natal vinha me piscar!
Quero a alegria sã de minha mãe
Sempre ao meu lado...
E se não puder me traga
Só nessa noite, o seu afago!

Foto de Carmen Lúcia

Reminiscências do Natal

Infância...tempo feliz...cerro os olhos...reminiscências!
Menina franzina, franjinha, crédula...inocência!
Dezembro...Piuí!Piuí!Viagem de trem...Alegria!
Família embarcando pra casa da tia Maria!

Malas, maletas, pacotes, embrulhos...felicidade...Saudade!
Sorrisos, risadas, gritinhos, barulhos, gargalhadas...Chegada!
Abraços e beijos, rodopios, correrias, vozerios...Algazarra!
Um ano se passara...custou mas chegara...o sonho se realizara.

A casa, um primor...em todo canto, o calor
De quem espera com amor, a vinda bem- vinda
Da família e de Nosso Senhor, a quem atribuía-se louvor,
Missa do Galo, sinos badalando, todos festejando, o amor se espalhando.

Depois da ceia, os cumprimentos...e a menina ia pro seu canto
Com seu olhar de espanto, queria o presente...e ficaria mais contente
Se o mesmo viesse embrulhado num papel,
Sem ter que se deparar com Papai Noel.

Uma boneca de pano...Um bercinho, colchãozinho, acortinado...
Não lhe saem da lembrança, talvez, os que mais tenha gostado,
Com os que mais tenha brincado...que permanecem em seus guardados.
Porque o resto já se foi...Viagem de trem, algazarra,
Aquela doce euforia, casa da tia Maria...e ela também.
Da menina, a inocência, os sonhos, a fantasia, que a fizeram, um dia
Ser feliz, muito feliz...restando as reminiscências, sem nenhuma reticência,
Da alegria que sentia nos natais na casa da tia Maria.

Foto de Maria Goreti

INEVITÁVEL

Luzem em tua pele gotas de suor.
Exalas aroma de flores silvestres.
Descubro em ti um autêntico frasco de perfume...
Teu aroma é fresco, suave, inebriante!
Tua cor e transparência, sedutores!

Há um quê de castidade em teu olhar
E eu te desejo muito!
Sinto-me sucumbir diante de tanta beleza!
Atrai-me o teu jeito inocente de seduzir!
Tomo tuas mãos e conduzo-te.

Divino momento!

É meia noite...
Os sinos dobram.
Cinderela, a carruagem está pronta.
Hora de voltarmos à realidade.
Um abraço apertado, um beijo molhado,
Um adeus.

Não, um até breve!

Passam-se dias até nos encontrarmos novamente.
Corações pulsantes, olhares enternecidos,
Pernas cambaleantes, desejos incontidos.
Tu te mostras doce e ao mesmo tempo ardente.
Enquanto despes as vestes provocantemente,
Deixas cair o véu da inocência.

Abraço-te com furor,
Cravas as unhas em meu dorso,
Mordo tua orelha... Arrancas meus pelos,
Mostrando-te a mais felina de todas as mulheres.
Entre gritos e sussurros cantas a melodia da noite.
Embeveço-me a cada mistério desvendado!

Mergulho no mais profundo dos mares,
Tu me acompanhas nos movimentos oscilantes
Das ondas que espumam ao lamber a areia.
Transpiro patchuli.
Gotas sabor chocolate escorrem dos teus lábios.
Recebo-as na língua.

Um momento de loucura,
A pressa de chegar...
O desejo de que jamais acabe.
Suspiramos,
Aí morremos.
No gozo...

Mas só por alguns instantes.

Ressuscitamos...
E começamos tudo de novo!

©Maria Goreti Rocha
Vila Velha/ES – 18/05/07

Foto de Naja

biografia de Ernest Hemingway

ERNEST HEMINGWAY

Ernest Hemingway nascido nos Estados Unidos da América em 21 de julho de 1899 foi parte da comunidade de escritores expatriados de Paris conhecidos como " a Geração Perdida"
Teve uma vida totalmente tumultuada, vários casamentos , divórcios e doenças.
Quase todos seus romances foram experiências vividas e na sua grande maioria foram feitos filmes em Hollywood.
Trabalhou como correspondente de guerra em Madrid durante a Guerra Civil Espanhola. Nessa ocasião escreveu "For whom the bell tolls" (Por Quem os Sinos Dobram)
- do romance:" Por quem os sinos dobram? " " Ele chora por todos nós". e nessa resposta colocada pelo autor no seu romance, ele pretende significar a unidade do
mundo, somos um todo e tudo que afeta uma das partes, afeta de um modo ou de outro , todos os demais. É um drama de guerra, encenado no cinema pela fantástica Ingrid Bergman e Gary Cooper nos papeis principais.
Durante a Segunda Guerra Mundial transferiu-se para Cuba, porém sua vida estava íntimamente ligada à Espanha. Foi toureiro amador e na Primeira Grande Guerra foi motorista de ambulância da Cruz Vermelha. Na Itália apaixonuou-se pela enfermeira
Agnes Kurowsky e daí surgiu seu romance, também de guerra e amor, " A Farwell to Arms" (Adeus às Armas) também filmado em Hollywood,
Hemingway foi contemporâneo de Ezra Pound, Scott Fitzgerald e Gertrude Stein.
No decorrer de sua vida tumultuada, turbulenta, foi se tornando uma pessoa emocionalmente instável.
Aos 62 anos já muito doente de hipertensão, diabetes, arteriosclerose, depressão e perda de memória, suicidou-se com a mesma arma que seu pai o havia feito, um fuzil de caça com um tiro na boca. em 2 de julho de 1961.
Todos os personagens de Hemingway defrontam-se com tragédias, como foi sua vida. A maioria de seus romances foram filmados com atores mais famosos da época - década de 50 a 60.

Principais obras:
- E Agora Brilha o Sol - Adeus As Armas - Por Quem Os Sinos Dobram - O Velho e o Mar e O Jardim de Eden.

Contos e Pequenas Histórias- (alguns também filmados.)
- A História de Três Poemas - Nosso Tempo - As Neves de Kilimanjaro (filme) entre muitos outros.

Bibliografia: Adventures in American Literature de John Gehlmann e Mary Rives Bowman

naja
Publicado no Recanto das Letras em

Foto de Boemio

O Profeta

Diga-me que não vai acontecer,
Não deixe o céu escurecer
A vida agora passa longe
Vejo os mortos se levantando no horizonte,
São distantes de mim os sinos
Que tocam tristonhos
Lembrando longínquos sonhos
Que tínhamos quando dormíamos tranqüilos.
As estrelas já não estão mais brilhando,
Os pássaros não estão mais voando,
As crianças não estão mais brincando
Meu Deus
Diz-me o que aconteceu?
Tínhamos o futuro nas mãos
Que nos escorregou por entre os dedos,
Os brilhantismos se tornaram vãos
Escondidos na escuridão do medo,
Todo este desejo
Está sendo sufocado
Nos corações desalmados,
Onde fica a alma nessa podridão?
Alma perfeita num mundo imperfeito
Responde-me Deus
Por que criaste Adão?
Já sabia que tinha o defeito
De não querer ser um dos seus,
Por que o deixou cumprir sua ambição?
Agora estamos perdidos,
Há salvação mas é como um cálice perfeito:
Só bebe quem quer,
Eles mataram teu filho
O mundo é o que é.

Foto de Mauro Veras

O poema que nasceu em silêncio

... é aquele que se fez no início das manhãs
quando o mundo estava em suspenso.
E denso, imprimiu sua trajetória na alma insana,
na febre tamanha que ocupa os desejos.

Febre de ti, que aos ritos de amor louco me compelia,
Febre de mim, que aos poucos e sem saída me perdia,
Febre de amor, que era a loucura daquele encanto,
Febre da dor, que era a ternura, ao avesso e tanta.

O poema que nasceu em silêncio
e tem a robustez de uma estória em apenso
tem a altura do grito desesperado,
que o mundo consolida nas memórias e nos lenços,
perde-se num sopro cansado
como a voz que vira acorde sussurrado e lento.

E eu gritava por ti, para dentro de todos os silêncios;
e eu gritava por mim, habitado por teus mistérios;
gritava o amor, num sonho acordado e intenso;
gritava a dor, entre soluços e esperas.

E meu grito é tropeço do coração
no tênue ponto entre a sagração e a insensatez,
entre a paixão e a lucidez de a ela não ceder,
entre a busca das palavras e do encontro
entre uma lua inquieta e a voz do poeta.

O poema que nasceu em silêncio
tem a magia das manhãs e é fonte de luz,
reflexo da alma em agonia. É língua em sintonia
com o fogo da existência
ecoando por mil vozes arrancadas de suspiros
que gritam, em todos os meus medos, por ti.

Nada faço, porém, que não faças antes por mim,
e o silêncio que pensas ouvir
é em verdade o clamor dos instantes em rodopio,
é a claridade de uma salva de assobios
que o peito amante verte, qual clarim.

O silêncio que pensamos ouvir
são parecenças do vazio repleto de nossas presenças,
são vontades que escapam das palavras, arredias...
são olhares arrancados da fotografia
do porvir, e instalados pelo oráculo da cumplicidade
na beleza límpida dos lírios brotados em nosso jardim.

Prelúdio da revelação mais pura,
o silêncio que trocamos tem a simetria do universo,
suas estrelas e luas, que amamos!
Tem a vibração primordial dos sinos
e soltam as amarras e viram este grito mudo
que só nossa amante alma reconhece, enfim.

Obs.: este poema foi feito em parceria com a poetisa Carol Marisco.

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