Sinos

Foto de Carmen Vervloet

RITMO DA VIDA

Na cidade cinza, um pálido corpo desfolha
No mistério, da morte, que se aproxima lento
A lágrima orvalhada o rosto molha
A tristeza se arrasta pelo frio calçamento...

Ao longe no horizonte o sol se recolhe
Para recompor a energia derramada no dia.
O vento gelado debruça-se sobre a prole
Que cerra com sete chaves a alegria...

Nas ruas as luzes se acendem normalmente
Logo que as primeiras sombras se estendem
Os pirilampos tímidos cintilam no escuro
Sobre eras que tingem de verde os muros

Os céus parecem telhados iluminados
Inspirando, ardentes, os namorados
Envolvidos no manto doce do começo
Nas veredas que desconhecem o endereço

Os sonhos caminham por jardins orvalhados
Os pássaros fazem ninhos no beiral do telhado
O vento frio move as folhas em seu bailado
Enquanto os botões se abrem sossegados...

O poeta colhe na natureza a poesia
Pincela versos tingidos em estesia
Nos céus de luas prateadas
Que caem como raios nas calçadas.

Da janela ouve-se o gemido de um realejo
Tangem, na capelinha distante, os sinos
Enquanto a alegria dá um bocejo
A vida, isenta, entoa com ritmo seu hino.

Carmen Vervloet

Foto de Marilene Anacleto

É Amor

*
*
*
*

É amor
Essa dor que consome e afoga o peito,
Que a respiração ofega e prende,
Ao pensar nos olhos nevoentos,
Do menino que se tornou tormento.

E agrediu sua Santa Alma,
Mais do que a alma de outrem,
E levou tragédias e mágoas
Para muito mais além do Além.

É amor
A dor que em nós sonambula
Em meio a desesperos e ais,
E em incensos levam o olhar santo
Das crianças que não veremos mais.

As nuvens, em véus de viúvas,
Transformam em luto o céu de outono.
Perplexos, sem podermos fazer nada,
Só a oração nos acalma e dá consolo.

É amor
As pombas brancas que levam a paz
E os perfumes que despejam os lírios brancos
Que enviamos à família e aos pais
Para que desfaçam a dor em suave pranto.

Ave Maria, cheia de graça...
Proteja todos esses nossos filhos
E Teu Amor de Mãe, nossas almas abraça,
Ao ajoelharmo-nos ao som dos teus sinos.

É amor
Que, de mãos postas recebemos
O conforto da prece de todos os irmãos,
Que não cessam de rezar socorros
Numa coroa de luz feito um só corpo.

Que o sonho do céu seja a anestesia,
E, em constante sopro, o Amor Divino,
Acompanhe-nos sempre, no abraço eterno,
Na árdua tarefa de viver a vida.

É amor
Cada flor que cruzar nosso caminho,
Cada pássaro que surgir em nosso céu,
Que nos recorde Deus, o Senhor da Vida,
Que, com Seus Sagrados Olhos, os recebeu.

Marilene Anacleto
08/04/2011

Foto de Carmen Lúcia

Carta ao Papai Noel

Sei que vou pedir-lhe muito
mas sonhar nunca é demais,
preciso me agarrar ao sonho
e sem você não sou capaz!
Quero de novo a infância
que me fugiu, não volta mais...
E de novo ser criança,
ainda crer no que você faz.
Quero a rua de pedrinhas
bem redondinhas e brilhantes
e brincar de Amarelinha,
correr, gargalhar, como antes.
Me faz deixar de ser grande!
Quero toda aquela magia
contagiante quando era Natal,
e o ressoar dos sinos
tocando ao Jesus Menino...Tudo igual!
Abraçar os amigos distantes
que a vida afastou e não vejo mais...
Nem todo o tempo do mundo
fará que os esqueça...Isso jamais!
Desembrulhar presentinhos,
olhar pro céu e ainda enxergar
aquela mesma estrelinha
que no Natal vinha me piscar...
Quero a alegria sã de minha mãe
sempre ao meu lado...Não só no retrato!
Se não for possível me traga,
somente essa noite, o seu afago.

_Carmen Lúcia_

Foto de Carmen Lúcia

A minha mestra (in memoriam)

Ainda pisas com graça
nas ruas de minhas lembranças
calçando teu salto alto,
símbolo de tua elegância.

O teu perfume ainda invade
o ar que aqui permeia...
Vives, apesar da ausência
num entrelaço de sabedoria e saudade.

A tua imagem altiva
cativa pela humildade,
faz a data ser festiva
mesmo depois da partida.

Entre versos, estrofes, poesias,
passeias na “Rua das Rimas”,
nos devaneios dos contos,
romances e narrativas...

Vejo-te “Iracema”,”Crisálidas”,” Iaiá Garcia”
embarcando pra “Pasárgada” no trem da fantasia.
Vejo-te “Senhora”, como via antes e agora,
em “Bons Dias”ouço tua voz macia.

“Antes da Missa” em direção à Matriz,
“Últimas rimas” badalam os sinos,
reverenciando tua memória,
perpetuando tua história.

_Carmen Lúcia_

Foto de Diario de uma bruxa

Até o raiar do dia

Ouço os sinos tocar
Já passam das seis da tarde
Logo a noite chegara

Ao longe te vejo chegar
Anda devagarzinho como
Quem não tem hora para ir embora

Caminha levemente
Até me avistar

E agora com um leve sorriso
Que se abre com um brilho
O mesmo do sol ao raiar
Encontra-me e abraça-me
E com um beijo apaixonado
Põem-me em seus braços
Sem desejar me largar

Vamos ficar até o raiar do dia
E mesmo que na covardia
Eu vá querer me esquivar
Mas como o doce contagia
E nas simples palavras ditas
Entrego-me sem questionar

E quando raiar o dia
Com uma leve malicia
Conto um mentirinha
Mas sei que não vão acreditar

Todos já sabem
Da nossa quedinha
Não tem o porquê tentar enganar

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Vervloet

RITMO DA VIDA

Na cidade cinza, um pálido corpo desfolha
No mistério, da morte, que se aproxima lento
A lágrima orvalhada o rosto molha
A tristeza se arrasta pelo frio calçamento...

Ao longe no horizonte o sol se recolhe
Para recompor a energia derramada no dia.
O vento gelado debruça-se sobre a prole
Que cerra com sete chaves a alegria...

Nas ruas as luzes se acendem normalmente
Logo que as primeiras sombras se estendem
Os pirilampos tímidos cintilam no escuro
Sobre eras que tingem de verde os muros

Os céus parecem telhados iluminados
Inspirando, ardentes, os namorados
Envolvidos no manto doce do começo
Nas veredas que desconhecem o endereço

Os sonhos caminham por jardins orvalhados
Os pássaros fazem ninhos no beiral do telhado
O vento frio move as folhas em seu bailado
Enquanto os botões se abrem sossegados...

O poeta colhe na natureza a poesia
Pincela versos tingidos em estesia
Nos céus de luas prateadas
Que caem como raios nas calçadas.

Da janela ouve-se o gemido de um realejo
Tangem, na capelinha distante, os sinos
Enquanto a alegria dá um bocejo
A vida, isenta, entoa com ritmo seu hino.

Carmen Vervloet

Foto de BIENVENUTI

O tempo passou...

Ao te ver,
ao te ouvir,
posso sentir,
sinos e seu rufar,
uma orquestra a melodiar...
certamente posso afirmar,
a vida tem muito valor...
até lhe chamar de Amor,
é possivel assim afirmar,
ja lhe tratar de "meu amor",
o destino, veio de mim retirar...

Foto de Carmen Vervloet

FRENTE A FRENTE COM O DESTINO

Sonhadora, fiz-me guerreira, um dia,
A garota mais intrépida da cidade
Parti nos ventos frescos da ousadia
Cavalgando nos sonhos da mocidade.

As liras tangiam misteriosas melodias
Enquanto eu embarcava na escuridão
Navegando nas águas revoltas da valentia
Num barquinho carregado de ilusão!

Andei por caminhos desconhecidos
Arei, semeei, cultivei, colhi...
Velhos canteiros por mim rejuvenescidos
Onde eu ouvia cantar os bem te vis.

Os sinos tocavam as matinas
E nosso amor surgiu alvorecido
Mas logo o destino escondido nas neblinas
Surpreendeu-nos, em insensatez, acometido

Naufraguei em mares negros e profundos
Levando junto o brasão do nosso amor
Mas voltei à tona em apenas alguns segundos
Decidida a sentir da vida seu mais íntimo sabor!

E assim enfrentando o destino
Que a cada dia me apronta nova cilada
Vou entoando da alegria o meu hino
Semeando flores pelas margens das estradas...

Buscando a essência do amor em cada nova alvorada!

Carmen Vervloet

Foto de Osmar Fernandes

A linguagem do momento

Tem gente sorrindo adoidado...
Criança feliz na escola.
Jovem acadêmico formado.
Planeta envolvido no mundo da bola.

Ainda bem que a felicidade reina também.
As manchetes deram pausa, deixaram de sangrar.
Os sinos tocam... O voo do pássaro vai além...
O ser-humano voltou a se abraçar.

O mundo podia ser sempre assim.
Todo mundo tem tempo de ter tempo...
A paz fez morada dentro de mim.

As pessoas voltaram a se cumprimentar.
A linguagem do cosmo no momento
É a de conjugar o verbo amar.

Osmar Soares Fernandes

Foto de Diario de uma bruxa

Fadas Bailarinas

Como anjas delicadas
Fadas bailarinas
É magia no ar

Com suas sapatilhas
Dão brilho radiante
Em passos leves a flutuar

Suas asas são o toque
De leveza ao voar
Sobre as flores no jardim
Lindas bailarinas
A bailar

Bailarinas ouçam o som
São os sinos a tocar
Junto com os passarinhos
Que linda melodia
Vamos bailar

Baila bailarina
Doce fada de magia
Sapatilhas encantadas
Doce criança menina

Pureza delicada do ar
Fada bailarina
Nasceu para encantar
E iluminar o olhos de vida
Daqueles que podem enchergar

Basta acreditar.

Poema as Bruxas

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