E depois de uma noite de amor enlouquecida
Ela está de pé, na janela do quarto,
Sentindo a brisa da manhã
E o sol morno do alvorecer.
Ele caminha em direção a ela e, sem pressa,
Afasta o cabelo sedoso do pescoço da guria
E inspira o suave perfume dela, que exala longe,
E abraça a moça com carinho.
O simples inalar dele despertou nela o desejo,
O toque das mãos dele sobre seu rosto induziu
Ao tocar dos lábios dos amantes,
O beijo, de sensação estonteante.
No calor da troca de sentimentos através da boca,
Ela segurou firme os cabelos dele,
Numa tentativa de prendê-lo,
E fazer com que o momento sublime se prolongasse.
E quando faltou o fôlego, o beijo cessou.
Ambos sorriem, satisfeitos.
Num silêncio bobo, a troca de olhares confessa:
Quando os lábios se atraem, se esquece do mundo.