Quando a tua vida tocou a minha
Senti um desejo quase incontrolável
De me fundir em ti.
Meus sentimentos adormeceram
Para despertarem no teu corpo
Que ilumina a minha alma.
Quando tua pele tocou a minha, ao de leve
Senti um arrepio que gelou meu sangue
Fazendo-me perder todos os meus sentidos.
Procurei entrar em tua alma, mas ela fugiu de mim.
Então em alerta,
Tentei ir mais fundo,
Com muito cuidado para não ferir o teu coração
Já atordoado pelas dores da vida,
E então aos poucos, tua alma
Deixou-me percorrer cada centímetro seu,
Deixou-me desvendar tuas mágoas,
Sarar tuas dores.
Tua alma, já quase liberta
Deixou-me ir mais fundo,
E então tentei encantá-la
Com as mais belas palavras de amor.
Foi então que vi o fogo nos teus olhos,
O desejo de me possuíres,
Para que te pudesses fundir em mim
Para que nosso toque
Produzisse magia e sentimentos perfeitos.
Senti então uma necessidade quase louca de
Reclamar-te para mim,
De controlar tudo o que existia de belo em nós.
Senti meu mundo morrer,
Meus olhos a desfalecer,
Senti minha vida presa à tua.
Então quase num acto de desespero,
Olhei o céu, azul e brilhante
E pedi com todas as minhas forças
Para que fosses eternamente meu.
De repente tudo escureceu,
O céu escuro e nebuloso, aos poucos, começou a mudar
Para uma tonalidade clara clara brilhante
Que quase ofuscou meus olhos.
E algures dentro de mim,
Sei que meu desejo foi atendido.
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Perdi meus sentidos pelos teus.
Desorientei do que seria correto.
Deixei me levar pelo momento.
Entrei de cabeça nessa fantasia
Meu corpo, já não se conteve.
Minha mão com a sua se atrevia.
Seu perfume me embriagava.
Meu desejo por ti aumentava.
Seu corpo suava de encontro ao meu.
Ateando fogo em minhas entranhas.
Seu jeito sedutor me provocava calor.
Aguçando meu desejo por ti.
Aos poucos fui perdendo a razão.
E me envolvendo nessa forte sedução.
Não houve espaço para tanto desejo.
Não me contive e te dei um forte beijo.
E nos lançamos a uma noite inteira de prazer.
Onde pessoas que se amam, fazem acontecer!
Sou a sua menina;
Seu sonho em deleite;
Seus delírios de prazer;
As suas fantasias de querer.
Sou a linda princesa adormecida,
Em seus desejos enlouquecidos.
Sou a sua paixão desenfreada.
Sou as suas loucuras delirantes;
As suas fascinações sem limites.
Sou aquela que você conquistou e não cuidou.
Fui a sua menina apaixonada que virou mulher.
Sou a sua distração, sua alienação;
Sou seus pensamentos em seu coração.
É preciso admitir, nunca fui o seu amor.
Fui apenas o seu refúgio, o seu abrigo emocional.
Jamais fui à definição de amor verdadeiro;
Sou os delírios, seus anseios ocultos;
Sou o seu desejo sexual, sensual...
Invadindo os seus autênticos sentidos.
É difícil acreditar,
Mas é a pura realidade.
Jamais fui a sua felicidade;
Você, nunca soube amar.
Entorpecedor sonho da perfeita ilusão,
em que manto assombras essa tua dor?
Diz-me qual é a canção que me destinas
e donde escondes as garras dessa prisão?
No desamor tu, sonhador no teu revelar
me dilaceras com teu olhar de doce paixão,
saciando e chamando o meu pensamento
a se revelar no síngelo do teu firmamento.
Sob as asas do vento, em ti me desfaço,
na cor límpida do absinto e do pleno ardor
deslizando como uma inebriante poesia
na mais perfeita sincronia do meu dia a dia.
Síngela e ardente emoção dessa incerteza
que plagia os meus sentidos e meu abrigo,
nessa tristeza que dilacera o meu coração,
me entregando ao encanto da tua imensidão.
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Salomé
Todos os direitos reservados ao Autor Sal/MK 2008
Hoje sou a saudade da estrela D’alva
Do que já na existência que em mim vivi
Eu próprio sou aquilo que senti
E nesta linha vertical para curva
Floresce Brumen imperatriz turva
As ervas no planeta que comi
Eu que nao sei onde ou como vivi,
Uma coisa me parece ser,
O ser entre o que sou e que vi
No sono do encoberto aparecer…
Fui assomo doirado nas artes gnômicas,
Com assoma fui Gandhi em terras temporândicas
Daquilo que aqui na vida näo me houvesse pertencido
No meu intuito com alas do meu único pomo ido
Fosse eu um símbolo de linguagem em algum livro subserviente
Dum amigo „caritatoso“ na penungem sedenta de ferrugem
Ele ergue as espadas no crepúsculo do deus doente
Na frutrica bandeiras levanta a semente no império pool demente
Prefiro ficar ignomado no meu destino preso entre eleos e palios sempre a vista
Num painel dourado de chispas de douros contornados num hino incivitas,
No meu hiperponteado de frases com soletrasapos onde o desatino póstumo atino levanta,
Cuja arremecada é um fagulho vitalino que alcanca…
E pelos meus campos ricos de ócios entrevio em mim antilhas musas orfeônicas
Através de, com palavras findando os apartados, a frênesi arte idiônica
Ela me pega de pousada fazendo acrobacias com pórticos velados
Ao sentido velo o mar que veio na noite arraiar sentidos constelados
Em constelacöes triunfosas esguiam partidas mercuriosas
em ritos estrelados
Do alto infinito!
Esta noite ...
Aconcheguei-me, fiz-te um carinho..
Beijei-te de mansinho...
Suavemente, puxei-te o cabelo, sussurrei:
Meu amor...
O teu coração disparou, tuas mãos logo vieram tocar...
Eu aqui vendo-te em mim, o corpo pede para desfrutar...
Cada pedaço de mim a tua boca vai explorando,
suavemente beijando ...
Pele escaldando...
Pedi para entrar num olhar, e num olhar me conduzis-te...
Hipnotizar, ai...
Este dançar...
Fiz-te meu, como as gaivotas a voar...
Senti-te a alma e agarrei ainda mais o teu corpo,
teu perfume... O teu jeito...
Não aguentando...
Abri o meu peito...
Enfeitiçando...
Tua boca, teu gosto, tua língua procurando...
Um cheiro... Gemidos... Sentidos... Saliva...
Corpos suados entrelaçados,
palavras murmuradas,
prolongando o prazer ao máximo a essência da alma, sentida na carne...
A cada ondulação, sussurras o meu nome..
Chamas por mim...
Hum... Hum...Hum
Gosto do teu gostar...
Ai, vou-te enfeitiçar...
Nota: o video não é de minha autoria, mas as letras tem um sabor diferente ouvido na leitura ...jinhos a todos que me visitam..
T!na
Os dias passam aos sabor da paixão
E dentro de mim uma sentimento eterno
Que perdura para além dos tempos.
Os sinais de teu corpo ainda estão presentes no meu
E a tua alma permanece colada à minha.
Minha mente divaga sobre uma noite de amor,
Onde nossas carícias e nossos beijos,
Explodiram em mil desejos,
E em cem formas de amar.
Nossos sentidos já entorpecidos,
Nunca se esgotaram,
E entrelaçados um no outro,
Vivemos momentos únicos,
De pura magia e felicidade.
Nossos gemidos surdos
Ainda ecoam em minha mente,
Como se de um sonho se tratasse,
Então a realidade vem,
Relembrando-me desses momentos,
Nossos sonhos foram realizados,
Nossas mentes satisfeitas,
E nosso amor,
Perdurará para além dos tempos,
Pois nossa vida é eterna,
E nosso amor único e verdadeiro.
Há coisas que definitivamente nos passam ao lado. Os dias vão passando, a vida sucede-se e de uma forma quase imperceptível, forças há que limam as nossas arestas de uma forma gradual e progressiva e nos fazem crescer…quem é que nos dias que correm tem tempo para olhar dentro de si próprio e perceber quando as mudanças ocorrem? Quem consegue situar o momento em que deixou de gatinhar para começar a andar, ou o momento em que deixou de ser criança para começar a ser mulher/homem? Quem se deu verdadeiramente conta quando deixou ter os brinquedos como companhia e começou a experimentar diferentes personagens na vida real até se ir lentamente descobrindo e começando uma construção que leva toda uma vida: a construção da nossa identidade?
Agimos de uma forma tão standard, na sua generalidade, que não prestamos atenção em pequenos detalhes que são tão importantes e que são o verdadeiro milagre da vida…a transformação, a adaptação, a construção…o emergir… é como vermos um pintainho sair de dentro do ovo…e dar os seus primeiros passos…
Dentro de cada um de nós está um poço de sensações e descobertas que são únicas e preciosas e quantos de nós se perdem na vida procurando por respostas e nem por um momento param para olhar para o seu interior, constatando que é lá que está a resposta…
É triste reconhecer que a grande maioria das pessoas acaba por falecer sem se conhecer verdadeiramente porque durante toda a sua vida acreditaram que eram iguais a todos os outros e nunca deixaram que a emoção, a sensibilidade fizessem parte dos seus dias, por achar que isso só atrapalharia, que demonstraria fragilidade…
A verdade é que cada um de nós é um ser único, semelhante, mas cheio de diferenças, que completam a nossa unicidade…a forma como pensamos, como vemos, como sentimos, como amamos…os significados que atribuímos a gestos, a momentos, as lembranças e recordações que guardamos dentro de nós e tantas outras coisas que são só nossas, porque não existe ninguém no mundo que as vivencie e sinta como nós…
Então, penso, afinal de contas qual é o nosso papel aqui? De que vale termos a enorme dádiva de vivermos para além da realidade, termos sonhos, ilusões, sensibilidade, 5 sentidos para absorver tudo ao nosso redor…se permanecem fechados, ignorando todas estas possibilidades?
Nascimento…ser protegido, acarinhado… aprender na escola…ser adolescente…descobrir que o coração pode bater mais forte…arranjar um trabalho…
Comprar uma casa…casar…ter filhos…viajar…ver os filhos crescer…ter netos…pertencer a uma comunidade...envelhecer…este é um modo simplista e talvez egoísta de analisar a vida, mas é assim que a maioria das pessoas passa pela vida, não vivendo, mas sobrevivendo.
É mais importante mostrar aos outros o que eles querem ver, do que nos tentarmos conhecer e afirmarmos a nossa identidade…e no fundo é tão mais fácil…
Mas se perdermos um pouco de tempo a tentar conhecermo-nos a nós mesmos iremos descobrir o que dá sentido à nossa vida e veremos o “outro” de maneira diferente, porque ao nos apercebermos do que vai dentro de nós ganhamos uma nova visão sobre aqueles que nos rodeiam. E assim a vida tem um outro sabor…pois olhar para dentro de nós próprios é conhecermos um mundo que só tem uma morada: a praceta do coração…
Invoco agora neste momento
o prazer rejeitado dos sentidos
vindos com as rosas do Outono,
onde ninguém ainda tocou
(amores virgens de outros tempos).
Cheios de néctar de nenúfares de amor
em breves possessões de desejo
que brotam o prazer em vícios
derramados nos cálices encobertos
nos Hipogeus dos egípcios!
…E são tão raros estes momentos
em que posso conhecer a suavidade
da nudez do corpo da mulher:
o vago sono das rosas do Outono
Estou realizada... Estou apaixonada!
Estou feliz, saltitante... Estou serelepe!
Estou sendo amada e retribuída!
As linhas que escrevo em forma de prosa,
Revelam o meu ser, o meu existir.
Nos antecedentes deste inusitado amor
Guardou-se o meu sublime sentimento,
Em circunferências do meu sentir.
Ah, o amor! Fez-me ser esta alegre menina!
O amor voltou a bater no meu coração;
A história está sendo escrita, com total fascinação.
A vida ganhou movimento, animação...
Em versos vou dando a sua coloração,
Um toque de minha graciosidade,
Misturado com nosso jeito de felicidade!