Seios

Foto de tchejoao

Insegurança

Ah, estou Triste! Tão Triste!
Porque não viste o navio
Carregado de dor que navegava
Em meus olhos!

Ó, homem cruel,
Que gasta os dias em devaneios,
Implicando com a erupção,
Pelo decote, dos meus seios!
Não percebeste, então, meu coração
Solto no espaço ao teu redor...
Batendo tão, tão, tão só?

Ah, homem do espaço,
Homem de vida ao léu,
Quando verás que tua estrela
Caminha contigo,
E não no distante e inalcançável céu?

Amor, meu, meu amor amado!
Quando verás que só brilho, encantada,
Porque estou ao teu lado,
Translucidamente iluminada?

Foto de Ednaschneider

Louco Amor

Você! Com esse sorriso que me alucina.
Quando me chama de “menina”.
Você! Que me deseja!
Quando me beija.
Você! Que me quer.
Que venera meu jeito mulher.
Você! Que me deixa louca.
Quando me beija a boca,
E sem receios
Busca meus seios.
Invade-me, me toma,
Quando me chama.

Você! Que eleva meu ego.
Quando me entrego
Com tanto prazer
Começo a gemer.
Você! Ama-me loucamente.
E sente;
A paixão aflorar,
Começa a gritar.
Nesta paixão,
É tanta união
Que somos um só corpo que se fundem
E que nossas mentes até confundem.
Não sabemos quem é quem.

Você sou eu ou vice-versa
O que importa? Venha! Estou com pressa.
Eu vou gritar! A hora é essa.
Você no mesmo ritmo derrama
O teu amor.Eu fico insana
E em alguns segundos, eu fico em chamas!

Cansada estou.
Também estás?
Que louco amor!
Quero sempre mais.

23 de maio de 2007-Joana Darc Brasil

(Este poema é registrado. Copyright: Todos os direitos reservados à autora dos mesmos, não devendo ser reproduzido total ou parcialmente sem a prévia permissão da respectiva autora, estando protegido pela lei, ao abrigo do Código dos Direitos Autorais

Foto de TrabisDeMentia

Onze da noite

Onze da noite. Soava a campainha. “Aposto que ele estava à espera que a hora chegasse” pensei enquanto me dirigia à porta atando meu robe. Ajeitei os cabelos ainda húmidos e espreitei pelo orifício enquanto levava uma mão à maçaneta. Do lado de fora aguardava um indivíduo cabisbaixo. Não era ninguém que eu não esperasse! Corri o trinco e cumprimentei-o com um sorriso! “Entre”, Ordenei em tom de pedido e estendendo a minha mão à sala de estar. “Sente-se ali por favor, no sofá”. Não era um jovem bonito, mas era contudo interessante. Musculado o suficiente para me despertar a curiosidade e abastado de masculinidade se bem me quis parecer. Fiquei observando-o caminhar enquanto fechava lentamente a porta. “Sim, sem dúvida o que eu estou precisando”. Dei duas voltas à chave como sempre faço quando tenho visitas. Se por um lado transmite segurança a quem vem por bem, por outro lado transmite desconfiança a quem vem por mal. E eu gosto sempre de saber em que terreno estou pisando antes de partir para a caça. Aproximei-me do jovem contornando o sofá pela esquerda e me debruçando sobre as costas deste. “E vai querer beber alguma coisa?” Ele se virou e num instante desviou seus olhos para o meu robe propositadamente entreaberto. Antes que ele se engasgasse ao me responder eu continuei - “Não tenho nada com álcool, mas tenho sumo, água...Tenho chá preto fresco, quer?”
“Pode ser chá então se não se importar” disse ele retomando a posição. Atravessei a sala lentamente em direcção à cozinha. Pelo ruído quis-me parecer que ele estava se ajeitando por entre as calças. E concerteza que estava me observando. Assim é que eu gosto, de deixar meus convidados bem esfomeados antes da refeição! De mostrar à presa quem é o predador!

Não demorei mais que dois minutos. O jovem estava debruçado sobre a mesa de vidro com um ar de expectativa. “Espero que não se importe, preparei para si também!”. Não pude evitar o meu ar de surpresa. Afinal não é todos os dias que me deparo com um espectáculo destes! “Não! De jeito nenhum! Hoje vamo-nos divertir imenso!” - disse eu enquanto me ajoelhava e descortinava o porquê dos ruídos! Com um cartão de crédito ele ajeitava o risco de pó branco na minha direcção. Me estendeu uma nota de vinte enrolada sobre si mesma e me convidou. “Não! Você primeiro” retorqui lhe devolvendo a mão! Não se fez rogado! E na mesma sofreguidão que inspirou o pó se recostou no sofá! “Agora eu!”. Levei a nota á narina e limpei o que restava na mesa! Ele olhava para mim com um rasgo ofegante nos lábios e eu... Que saudades que eu tinha disto! Me sentia como que... Viva! Do meu coração partia uma sensação que se espalhava até ao formigueiro na ponta dos dedos! Fitava o jovem com meus dentes serrados, lábios entreabertos, olhar de desejo! Gatinhei até ele e me encaixei entre as suas pernas! “Era assim que me querias?” - falei sem esperar resposta. Puxei a sua camisa branca para fora das jeans e comecei pelo botão de baixo, escalando em direcção ao seu peito, ao seu pescoço. Ele me pegou nos cabelos e deixou que eu levasse minha língua até os seus lábios. Trepei para cima dele, e deixei que ele me desatasse. Sentia ele pulsando sob mim, pulsando a um ritmo louco. Como que implorando pelo meu toque ele se esfregava. Mas é assim que eu gosto, é assim que eu gosto! “Vem cá” disse eu lhe mostrando o caminho com a minha mão! “Vê como eu estou!” - O jovem não cabia em si com tanta loucura, tanto tesão. Tomou meus seios como se fossem dele e se vingou. Queria que eu devolvesse a ele o prazer que ele me estava a dar. “Mas eu devolvo, eu devolvo” -pensei. “Tira as calças” -mandei. Ele num ápice as chegou aos joelhos. Mostrava-se abastado, como eu já esperava pela firmeza das investidas. O tomei em minha mão e me apressei em aconchegá-lo em mim! A sua falta de ar estava, a cada batida, mais apercebida. Ele me olhava boquiaberto com ar de deslumbramento. Eu retorquia com movimentos mansos... Sob as minhas mãos palpitava um coração descontrolado. Cravei as unhas e demarquei meu espaço na sua boca. Sua língua me procurava numa ânsia louca. Demasiado louca para se conter num só lugar. Demasiado grande para caber num só sofá. Agarrou em mim e sem se permitir afastar me jogou no chão. Cruzei minhas pernas sobre as suas costas enquanto ele me ganhava centímetro a centímetro, enquanto palmo a palmo me arrastava pela sala. “Quero mais que isso, muito mais que isso” - eu avisava, mas ele já nem me ouvia de tão surdo que estava. Todo o seu ser se resumia num único ponto e com um único objectivo: me vencer no prazer. Encurralou-me num canto... Uma mão sob mim, outra na parede. Nada poderia ser mais perfeito. “Queres saber o que é prazer?" - Ameacei. Seus movimentos cada vez mais frenéticos eram já de um comboio descarrilado. “Queres?” - E no momento em que ele se enterrou em mim, eu me enterrei nele. Cruzei forte as minhas pernas e não lhe permiti nem mais um movimento.
Sob os meus lábios o quente sabor do prazer. Sob os meus lábios, em cada vez que ele compulsava, o doce sabor do sangue, impregnado de toxinas, me levava ao êxtase. Como leoa esperei pela morte incrédula da caça. Ali naquele canto, me satisfiz!

Foto de jairokour

Beijo Para Flor

Ela não me saía da cabeça. Se entranhara tanto em mim que por mais que eu tentasse, não conseguia tirá-la de meus pensamentos.
Sonhava com ela, imaginava milhares de situações, sentia uma vontade louca de ouvir sua voz, ver seu sorriso, estar junto dela, tocá-la, sentir sua pele.
Eu me controlava, mas era evidente que eu a queria demais, que morria de tesão por ela. Apesar de tudo que vivêramos, tinha dúvidas se ainda era correspondido, mantinha-me então discreto e evitava avançar o sinal.
Certo dia por um motivo qualquer, estive em sua casa. Na hora de ir embora, ficamos conversando no portão. Estávamos sozinhos. Ao despedir-me, beijei-lhe o rosto como de costume. Segurava sua mão e senti que ela apertou a minha retendo-a na sua, como se não quisesse que eu fosse. Isso me deu coragem. Puxei-a para dentro e fechando o portão, venci a timidez inicial e toquei seus lábios com os meus. Um lampejo de resistência e espanto apareceu em seu olhar, que logo foi substituído por um brilho intenso e senti sua boca macia pressionando a minha, correspondendo e provocando em mim imediata reação, excitando-me, deixando meus sentidos à flor da pele.
Perdi o medo e com minha boca colada à dela, envolvemo-nos num beijo intenso, quente, úmido, cheio de lascívia e paixão. Adorava a pressão de seus lábios contra os meus, enquanto nossas línguas se encontravam e se enroscavam, lutando frenéticas, procurando cada uma absorver da outra toda carga de luxúria reprimida em nós até aquele momento, buscando desvendar nossos segredos, revelando os mistérios de nossos corações, fazendo aflorar todo desejo contido, enclausurado.
Ah, o beijo. Mais que o sexo, o beijo é a demonstração e a procura dos anseios mais recônditos. É a entrega perfeita, sincera. O sexo é instinto animal, o beijo é o desnudar da alma. O sexo é o prato que nos sacia a fome, o beijo é o alimento que nos revigora a alma. Mostramos no beijo todos os nossos sentimentos. O sexo é gozo efêmero, rápido, o beijo, gozo eterno. O beijo faz o sexo e é o sexo. Sexo é físico, beijo é alma. Revelamos nele toda a nossa fragilidade frente aos sentimentos que nos assolam e toda nossa força criada pela paixão. O beijo agasalha nosso frio, livra-nos de nossas amarras, liberta-nos de nossas vergonhas, estimula nossas emoções e provoca o toque. E o toque, num círculo vicioso, excita o beijo. Mais uma vez eu tomava consciência do porque as cortesãs oferecem o sexo e recusam o beijo. Sexo pode existir entre corpos desconhecidos, beijo verdadeiro e sincero, só entre corações que se querem.
Ao beijá-la sentia meu sangue fervilhar, minha pulsação disparar e todas as minhas sensações concentrarem-se em nossas bocas. Meu coração almejava querer e ser querido. O contato de seus lábios com os meus variavam de intensidade conforme o fluir das emoções, ora suave feito brisa de outono, provocando leves arrepios, ora intempestivo como furacão, provocando tremor, nos deixando ofegantes. Nossas línguas viajavam de encontro ao céu de nossas bocas, acariciavam-se, descobriam-se e completavam-se. Ao comando do beijo nossas mãos nos procuravam, respondendo com afagos de amor. Nossos corpos se entregavam ao contato da paixão e à chama do desejo que se avolumava e se intensificava.
Afastei-me, tomei fôlego e segurando suas mãos a conduzi para dentro de casa, procurando um lugar mais confortável.
Sentados no sofá, Flor, procurando a minha, ofereceu-me novamente sua boca sôfrega. Aceitei-a, ávido de mais carinhos e beijei-a arrebatadamente como sempre desejei, como sempre sonhei. Guiado pelo desejo fiz com que minha boca percorresse seu pescoço, seu colo, sua orelha. Pousasse em sua nuca beijando-a suavemente, provocando suspiros e arrepios de excitação. Minhas mãos descobriam seu corpo em suaves, mas decididos toques. Ela retribuía beijando meus olhos, mordiscando meu queixo, meu pescoço, acariciando meu rosto. Voltava, procurando o agasalho de minha boca, o abraço da minha língua. Prendia meu lábio inferior entre os seus, mordia levemente e deixava sua língua tatear pelos cantos de minha boca provocando-me e levando-me ao paraíso. Por cima do tecido de sua blusa, meus dedos atrevidos encontraram seu mamilo rígido e minha mão apertou suavemente seu seio, arrancando dela um gemido de prazer. Procurei os botões e a soltei. Deixando minha boca deslizar ao encontro daqueles mamilos maravilhosos, rodeei-os com minha língua, sugando-os delicadamente, depositando neles beijos úmidos e calorosos. Flor contorcia-se de excitação. Encorajado por suas reações tirei completamente sua roupa. Contemplei extasiado aquele corpo celeste. Ah, como descrever aquela visão de beleza exuberante? Ela nua, recostada no sofá, olhos semicerrados esperando ansiosa pelo meu próximo toque, adivinhando meu próximo beijo, se oferecendo, se entregando inteiramente a mim.
Decidi naquele instante que meu prazer, meu gozo, seria o dela. Resoluto distribui delicada e demoradamente centenas de beijos em seu colo, em seu ventre maravilhoso e, ousado, explorador, percorri seu corpo com minha boca, beijando, lambendo, sentindo a suavidade e o sabor de sua pele. Voltei aos seios, refiz o caminho de sua boca, mordisquei a pele de seu ombro, beijei seus pés. Partindo da parte de trás dos joelhos deslizei a ponta da língua alternadamente pelo interior de suas pernas, e subindo, guiado pelos seus murmúrios de aprovação, aproximei-me atrevido e pousei meus lábios nas pétalas macias daquela flor maravilhosa, sentindo sua suavidade, seu sabor divino, néctar propagado dos deuses. Deliciado, entre seus tremores e gemidos ouvia os murmurantes sinais inequívocos de seu delírio, que me orientavam e conduziam: “assim..., mais..., continue...”.
Beijava-a agora com a delicadeza do amor mesclada com a fúria da paixão. Flor respondia com movimentos ondulantes de seus quadris, suas pernas pressionando minha cabeça, fundindo-nos no mais íntimo contato. Minha boca e minha língua, como se estivessem em um parque de diversões, beijavam e brincavam loucamente, saltitando de um ponto a outro, alimentando seu prazer, amplificando seus sons, tonificando suas sensações. Estendi os braços e toquei novamente seus seios, brincando com seus mamilos, navegando por suas curvas, escalando suas colinas. Busquei sua boca e senti meus dedos, qual sorvete sabor prazer, sendo lambidos e sugados, umedecidos e envolvidos por sua língua. Continuei, distribuindo por onde minhas mãos alcançassem, as carícias que fluíam das pontas de meus dedos, descobrindo seus pontos de loucura, ligando chaves do seu prazer, desvendando as trilhas da sua paixão.
Sentindo o aumentar do ritmo dos seus movimentos, a frequência de seus ais, o balanço do seu ventre coordenado com a intensidade de meus beijos e o pulsar de minha língua, pressionei suas nádegas de encontro a mim, mantendo aquele cálice preso à minha boca, evitando sua fuga. Com as mãos crispadas no tecido do sofá, Flor aumentou a pressão de seu corpo sobre meu rosto, permitindo que eu sorvesse a intensidade de suas sensações, o mel dos amantes, querendo que seu prazer também fosse meu, e desmanchou-se com um tremor vigoroso na melodia fluida do gozo profundo, num êxtase sem fim, trêmulo, intenso, sonoro.
Segurando minha cabeça, manteve-me ali, preso por instantes em seu pulsar, compartilhando e transmitindo-me seus impulsos, suas delícias, agraciando-me com uma parcela de seu céu, me fazendo morrer de paixão e de felicidade. Acalmada, levou meu rosto junto ao seu e beijou minha boca suave e demoradamente. Acomodou minha face em seu colo, para que eu ouvisse, nas batidas de seu coração, os acordes de seu amor.
Sorridente, saciada, satisfeita, sem proferir uma palavra sequer, me fez feliz por tê-la feito feliz.

Foto de CarolComPoesia

Só Mulher

A menina cresceu,
a vida ensinou-lhe coisas,
mostrou-lhe dores,
produziu tristezas,
surpresas,
saudades,

A menina fez-se mulher,
ultrapassou barreiras,
levantou bandeiras,
defendeu-se da vida pronta,
vestiu-se de afronta
e encarou,

A mulher descobriu-se,
fêmea absoluta,
na pele ávida de toque,
nos olhos vorazes de desejos,
no corpo ardente de vontades,
na boca,
de puras verdades,

A menina repousa ainda,
na mulher de anseios,
acalantada entre os seios,
menina-mulher
em dicotomia,
vivem em sintonia,
num só corpo, numa cabeça
que pensa,
que brinca,
que seduz e ama,
no sorriso menina
da mulher na cama.

(Carol)

Foto de Anandini

visita noturna

Meu amor...
A noite passada,sentí sua presença em mim...
Senti o calor de seu corpo,quando se aproximou;
exalando o cheiro do prazer...
e aos poucos e bem devagarinho
vieste para me possuir.
Chegaste com tanta paixão,que
imediatamente me entreguei
e me abandonei em suas mãos...
Suas mãos com suavidade buscaram com
toque inebriante cada parte de meu corpo.
Delirei com sua lingua passeando em minhas curvas.
Sentí-lo respirar ofegante,
elevou-me as alturas
e dali somente desceria
após concluido o ato
que de fato,nos consumiria
Entregue a tí,meu tesão foi crescendo
Me fez buscar sua pele, suada e quente
e meus labios com voracidade foram de encontro
a seu sexo delicioso ,sentindo ali,
o prazer de devora-lo com perfeição
ouvindo-o gemer,e quase
soltar seu liquido quente
em minha boca,em minhas mãos...
Meus seios rijos passearam pelo seu corpo
e com seus lábios macios os sorveste
como o mais doce mel, que já experimentaste.
Alimentando sua sede de possuir-me completamente
A cada momento nosso prazer aumentou
e,tornou-se especial
quando senti,penetrar-me
com destreza sem igual
fazendo-me chegar
ao êxtase total
num vai e vem tão compassado
que qualquer ser mortal
desejaria estar ali .
E neste vai e vem aluscinado,
e com explosões de tesão
com plena satifação
visitamos outras galáxias
transcendentes a este mundo
extasiados,e completos
concluimos nosso ato
num gozo delicioso
e descansamos abraçados
até o amanhecer...

Foto de Andrea Lucia

Excitação... (Andrea Lucia)

Excitação... (Andrea Lucia)

A quantos loucos devaneios
Entrego-me sem receios
Sonhando serem sugados
Admirados e devorados
Meus bicos rosados dos seios
Mordidos sem medidas,
Sem pudores, nem freios
De um modo tarado
Totalmente acalorado
Nada convencional
Bastante passional
A me deixar excitada
Devota e encantada
Despertando meus desejos
Liberando loucos lampejos
De querer mais e mais
De não parar jamais
Esse momento de entrega
Sem qualquer trégua
Momento de emoção
De pura excitação
Que vem do peito
Feito com carinho e jeito
E o desfecho é em baixo
Difícil conter meu facho!

Foto de Andrea Lucia

Meu Corpo Clama...(Andrea Lucia)

Meu Corpo Clama...(Andrea Lucia)

Hoje meu corpo clamou pelo seu
Não pude tê-lo, você não foi meu
Uma tola represaria à noite passada
Faz-me aqui sozinha, na madrugada

O desejo ainda é forte e premente
Minha vontade é grande e ardente
Meu corpo ainda clama e reclama
Querendo seu cheiro, a sua chama

Meu corpo se arrepia só de lembrar
Suas mãos incansáveis a me acarinhar
Deslizo minhas mãos sobre meus seios
Tentando aplacar meus insanos anseios

Queria ser só sua, sua puta, sua dama
Queria você deitado na minha cama
Mas, inutilmente, faço carinhos em mim
Meu corpo sabe de quem ele é afim

Seu cheiro, sua pele, seu toque e sua voz
Únicos a me despertarem um desejo atroz
Se ainda estou aqui louca a lhe relembrar
Que me resta, senão amanhã lhe aguardar?

Pois fique certo que estarei ainda sedenta
Só sua seiva me completa e me alimenta
Ficarei divagando sozinha na madrugada
Almejando amanhã, por você ser tocada!

Foto de Andrea Lucia

Noites com Sol sob o lençol...(Andréa Lucia)

Noites com Sol sob o lençol...(Andréa Lucia)

As noites que passo com você
São noites ensolaradas
Noites acaloradas
Despudoradas
Escancaradas
Passamos juntos sob o lençol
Onde você é meu sol
Que me aquece e me ilumina
Me enlouquece e me ensina
Me alegra e me contamina
De amores e ardores
De fantasias e fervores
Me preenche, me causa dores
Me enfeitiça e me conduz
Me esquenta e me dá luz
Acende a minha chama
Me aprisiona na cama
O lençol é nosso algoz
Somos, juntos, fonte e foz
Escuto, atenta, sua voz
Entre sussurros e gemidos
Urros e grunhidos.
As noites com sol
Que passamos sob o lençol
São noites quentes,
Envolventes
Ferventes
De sexos ardentes
De seios salientes
De mãos levadas
Bocas salivadas
Beijos molhados
Carinhos safados
Gozos demorados
Desejos incontrolados
Prazeres inconfessáveis
Momentos inenarráveis.
As noites que passo com você
São noites de prazer
As noites com você sob o lençol
São noites de sol!

Foto de Enise

entre

Entre abraços
vidas
entrelaçadas
Entre idas
voltas
entre vindas
Entre portas
pernas
entreabertas
Entre seios
suores
entremeios
Entre noites
dias
entreatos
Entre dores
amores
fatos
Entre o sim
ou não
entre em mim!

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