Santos

Foto de Zepoeta.com

O templo.

O templo.
De: José dos reis santos.

Eu agora sou um templo,
Que nas paredes brancas,
Impregnadas da textura da tez,
E da cor de tua pele.
Forma nos meus olhos imagens dos teus,
Que, como estrelas, reluzem na minha alma.

O ouro que cobre os corrimões das escadas,
O lustre do mais fino cristal
Que ostenta exuberância, o mármore puro,
Tem as formas de teus carinhos.
Não há como me deixar, o templo é teu retrato,
Cheios das essências de seus sentidos...

Agora sou um templo, vazio e cheio.
Sou sem ti, mas por ti é que vivo.
Como templo, romperei todos os tempos,
Transgredirei a memória, ficarei na história,
Minhas paredes não sumirão o branco,
E teus passos, meu coração jamais esquecerá...
**********

Foto de Zepoeta.com

Oração do ano novo

Oração do ano novo.
De: José dos reis Santos.
(Poeta procópense)

Chegou ao fim o ano de 2006.
2007 já desponta como o sol!
O caminho foi longo, mas passou
Como relâmpago no céu.
O plano Divino para a humanidade
Está acelerado.
Neste novo ano, não pedirei a Jesus,
Um pedaço de pão.
Não suplicarei a Buda, a paz.
Não rogarei a Maomé, intercessão.
Não apelarei ao papa, que faça oração.

Quero também ser exemplo,
Luther king, Mahatma Gandhi,
Sukuinushisama, Madre Tereza de Calcutá,
E o que quero me tornar, é ser merecedor,
Não mendigo das benesses do senhor.
Quero ter gratidão, agradecer por tudo,
Ter compreensão, esparramar muito amor...

Que possamos ser,
O melhor dos exemplos em 2007!
Seja feliz, beijos do poeta!

Foto de Mel Santos

QUANDO SENTIRES

Quando sentires que a tristeza está chegando
Senti meu toque de carinho no seu rosto
Quando sentires frio, e que nada da certo.
Senti o aconchego do meu abraço
Quando sentires que viver não vale apena
Senti que vivo com o teu viver
Quando nada disso te fizer feliz
É por que já não vivo dentro de você
Então nesse momento, de tanto sofrimento.
Não poderei mais te socorrer.

Mel Santos
20/01/07

Foto de Mel Santos

AMANDO-ME FEITO LOUCO!!!

Quanto sinto que estás perto
Meu corpo se arma, perde a calma...
O coração dispara, minha boca se cala.
Minha pele arrepia, as mãos ficam frias.
Quando sinto que estás perto
O meu corpo te chama, se inflama.
Entro em combustão, de desejo de tesão...
Desejo-te e imploro por um beijo
Quanto sinto que estás perto
Sinto dentro de mim o calor do deserto
És o oásis que me alucina, e me fascina.
Quando sinto que estás perto
Desejo que apague meu o fogo, me tire o fôlego.
Desarme meu corpo, beijando minha boca.
Amando-me feito louco.

Mel Santos
20/01/07

Foto de Jorgejb

Por Ela

Olhei-a de soslaio, sem deixar entender meus olhos fitados nela. A sua beleza descrevia o entardecer magnífico de um qualquer campo de trigo amarelo, amadurecido no pincel de um qualquer Van Gogh. Derramava dela a brutal incompreensão do absoluto, um mar de solstício de Setembro, forte e rude, belo e vital.
A presença dela, inundava a luz das coisas em que tocava, inventando áureas mágicas, texturas forradas a prazer, entregando-se nos gestos que compunha – banais – como se fossem momentos únicos, actos solenes, deíficos, imaginando (eu) que seus beijos fossem obras de autor, ternos consolos de quem se sentia um Cesário perdido nos braços da sua amada.
Foi então, sim foi então que a desejei. Desejei-a como se deseja no íntimo de cada alma, ansiando a plenitude, resgatando gestos, olhares, pedindo os cabelos, as pernas, as mãos, os seus seios. E fui então o maior dos poetas, compus oitavas de génio, falando de amor e solidão, incontornável veste de poeta, da muita solidão – e falei de todas as ruas onde a queria levar. Pintei o seu nu com a arte que se arroja e a decência inocente dos anjos. Cantei o madrigal mais terno e leve que se deseja cantar, quando o seu rosto por fim repousar no meu ombro.
Parei. E o meu peito arfava. Havia tecnicamente, como que a impossibilidade de respirar. Num esgar, o meu rosto contraiu-se, os olhos humedecidos pedindo – como qualquer pedinte que se verga a pedir do desespero de nada ter. Decidido, ergui-me. Ergui-me, como qualquer homem se ergue no meio da noite do leito da sua amante, arrefecendo no caminho os pés que o levarão de volta à cama conjugal, sempre quente.
Olhei-a uma última vez, na doçura de um quadro pintado pelo melhor dos artistas, lembrou-me uma bailarina de Degas.
A história chegava assustadoramente a um eminente fim, quase possível, evidentemente clássico. Os meus passos transportavam o sorriso dos conformados, ébria virtude de quem sofre da mais profunda imaginação, e se perdoa diante dos santos, que riem de todas as preces com a mesma terna e impassível candura.
É agora que se inventa um final feliz. Logo ela virá correndo, quem sabe, perguntando as horas, um endereço. Depois, porque não, conversaremos, marcaremos o encontro no café, que será o de todas as vésperas, e o amor, o que move e desenha palavras, nascerá perene e doce, até ao fim deste conto. Ela, será forçosamente a razão do sonho de um homem, a razão, de sempre se perder a razão – por uma paixão.

Foto de Gabriel Luís

Palavra (...)

Palavra

Ingênuo e apaixonado ponho-te em pedestal,
Com grafia, transmites sedutora mensagem,
O real por ti modelado, assoma-se miragem,
Atabalhoado ser entre letras: meu eu fractal,

És guerreira soberba, manejas muitas armas,
Seduzes ao incauto sob o deleite das metáforas,
Cobres de vinho até do paradoxo as ânforas,
Deusa, vestes de pormenor inexoráveis carmas,

Minha sagrada ideologia pervertes, alma poética,
Lânguida suavidade exala o teu charmoso toque,
Este carrancudo iludes, a alimentar meu fogo coque,
Lambuza-me tua tinta e sabor, cara união profética,

Dos teus pés sou pegadas, nascendo sob tua lavra,
Em palatável tez, és minha bronzeada refeição,
Sobra-me hipálage a definir no texto nobre feição,
Tomas a mim como teu inebriado cativo: palavra.

Gabriel Luís de A. Santos

Foto de Gabriel Luís

Feliz Natal

Leio esse poema com a expectativa de que um dia a dedicatória constante no mesmo perca o sentido.
Um feliz Natal a todos.

O RIBOMBAR DE UMA NOVA AURORA

Dedico este poema a todos os oprimidos,
Estejam estes no agora ou perdidos em tempos idos,
Àqueles que padecem com o horror da guerra,
Aos que estão à procura de um pedaço de terra,

Àqueles que almejam alçar vôo em direção à liberdade,
E têm esta negada desde a mais tenra idade,
Àqueles que em sonho clamam por igualdade,
E se descobrem confusos sob o olhar da piedade,

Àqueles cuja companheira é a solidão,
Aos que ao redor enxergam eterna prisão,
Àqueles que recorrem à fé e se refugiam no carma,
Aos que não podem ler, ouvir ou escrever um poema,

Àqueles que por entre o deslizar da lágrima,
A duras penas conservam serena a alma,
Ao marginalizado por questões relativas a sexo, crença ou cor da pele,
Por mais humanidade que dos seus poros exale,

Àqueles para quem se tornou insuportável a podridão das injustiças,
Aos que pela escuridão arrastam calados suas carcaças,
Àquele homem cujo nome é Jesus Cristo,
E ao sem-nome que suplica faminto,

Àquele que sente o peso de ser rotulado de deficiente,
Gritando aos quatro ventos: eu sou gente!
Aos que encontram razão de existir na ganância,
E aos que estão condenados ao abismo da ignorância,

Desejo que estas humildes palavras inspirem coragem,
A todos que ficam à espera da futura carruagem,
Construída a partir do aprendizado advindo dos erros de outrora,
A qual nos guiará rumo ao ribombar de uma nova aurora.

GABRIEL LUÍS DE ALMEIDA SANTOS

Foto de Gabriel Luís

Entre Versos e Vícios (Soneto)?

Fernanda Queiroz: espero ter correspondido ao desafio. Ao que parece, esse é o primeiro soneto que fiz na vida. Igualmente, o primeiro poema em que falo de amor após 13 anos.
Fer.Car: não preciso dizer que seu poema sobre esse sentimento complexo ajudou bastante.
Izaura: de certa forma, você também foi mãe desse soneto.

Também agradeço aos demais poetas: vocês estão fazendo com que meu sentir poético saia do coma. Obrigado.

Entre Versos e Vícios

Quão estranhas são estas palavras a fazerem minha mente cintilar,
Penetra em sussurros a angústia: sigo as notas de clamor profundo,
Sentimento complexo meu peito inunda, vejo em papel sinuoso burilar,
Violino em frenesi: cansado queda-se o espírito, a abandonar moribundo,

Em minha profícua solitude, parto ao encontro da letra indolente,
Do âmago deste ser surge tímida estrofe: sofrível descortinar,
Debalde, está linguagem a descrever algo com o qual a razão não assente,
Suor, batidas descompassadas de um coração: tortura antes do guilhotinar,

Íris minha com aquilo a captar não esconde esperneante fascínio,
Com vagar, verbo e letra anunciam da arte o nascimento,
A cada linha desfiro facadas, vislumbro do símio em mim assassínio,

Enfrento mudez: dela não ouso falar, embora ouça seus auspícios,
Toca-me o candor do amor, êxtase a findar com incômodo tormento,
Num átimo o poeta deixa o recinto: suspiros entre versos e vícios.

Gabriel Luís de Almeida Santos

Foto de Gabriel Luís

O Perfume da Rosa

O PERFUME DA ROSA

Alguns se dizem homens, mas não ousam tocar em uma rosa,
Outros, tocam-na com tanta rudeza que terminam por se cortarem em seus espinhos,
E há aqueles poucos cujo toque produz nesta um segundo desabrochar,
É então que a beleza e o perfume da rosa os acompanham por toda a vida.

Gabriel Luís de Almeida Santos

Foto de Gabriel Luís

Prometeu

Esse eu fiz há quase dois anos, após a leitura de Michel Foucault - Vigiar e Punir.

Abraço.

A DAMA E O PROMETEU

Prometeu... Prometeu... Onde foi meter-se o brilho teu?
Surrupiar ousaste o fogo sagrado do Olimpo,
Ferrenha ira sobre teus ombros se abateu,
O semblante nunca mais conservarás limpo,

Rompeste do pacto social o lacre através de tua conduta,
Acima do corpo teu ergueu-se espada cortante,
Temerário és: traíste da justiça a mente astuta,
Encontraste dela a lâmina a te infligir suplício aberrante,

Espatifada jaz em meio a teus pés a desalinhada balança,
Sob o frio das mãos tuas aninhada e com a caixa está a bela Pandora,
Esbaforida começa a se retirar do recinto a sempre fiel esperança,
Que horrível destino a ti revela o implacável Cronos nesta hora?

Acaso pensas ser da dignidade bendita luz a invadir teus olhos?
Muitas são as faixas a encobrir no final do arco-íris o pote de ouro,
Tola retina, distante tesouro: a águia recolhe do teu fígado os retalhos,
Se não guardas contigo a luminescência libertária das moedas - mau agouro,

Infeliz larápio... Cercado estás pelo Código-Esfinge,
Saiba: assim como as cabeças da Hidra de Lerna são as leis,
Ao decapitar de uma, segue-se o nascer de outras seis!
Pena: digo a ti jamais cessar a sanção com a qual a dama cega te cinge!

GABRIEL LUÍS DE ALMEIDA SANTOS

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