O templo.
De: José dos reis santos.
Eu agora sou um templo,
Que nas paredes brancas,
Impregnadas da textura da tez,
E da cor de tua pele.
Forma nos meus olhos imagens dos teus,
Que, como estrelas, reluzem na minha alma.
O ouro que cobre os corrimões das escadas,
O lustre do mais fino cristal
Que ostenta exuberância, o mármore puro,
Tem as formas de teus carinhos.
Não há como me deixar, o templo é teu retrato,
Cheios das essências de seus sentidos...
Agora sou um templo, vazio e cheio.
Sou sem ti, mas por ti é que vivo.
Como templo, romperei todos os tempos,
Transgredirei a memória, ficarei na história,
Minhas paredes não sumirão o branco,
E teus passos, meu coração jamais esquecerá...
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