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Foto de Gaivota

* QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA....MINI-CONTO

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QUANDO ABRI A BORDA DA CONCHA

Possuo amigos.. algo de bom, deveras bom.. ser escutado é uma parcela da existência rota e vagabunda de todo escritor. Por um lado amado e por outro amaldiçoado...ou será alma dissociado.? Eternamente mal encarado.. Descarado!
Foi assim.. resolvi sair do casulo onde guardava a mente estúpida entre dedos ao molho campanha e decidi: É agora ou nunca. Não tenho papas na língua e vomito prazeres ou delírios, não guardo pensamentos em vão.
Jogo na vida, nas páginas pretas que passeiam virtualmente a espera de manchetes sangrentas que o povo aguarda roendo unhas.... Onde estão as notícias trágicas? Quem morreu? Onde aconteceu o tiroteio da última avenida manchada de sangue onde moscas e bactérias transitam em fome absoluta?
Saído do lar em perfeita harmonia aconchegante, onde a boca enorme mamava azul ondas deslizantes de dias coloridos abraçado a mãe natureza. Eu pérola expelida.
Caminhei arrastando dedos estúpidos no ritmo da maré e cheguei ao asfalto onde percebi o primeiro tiroteio..
Era a maré! Não..! Não a minha onda que sobe e desce em ritmo cardíaco... era sangue desfeito em pólvora.
Era o cheiro fétido da morte alisando minha cabeça. Era a gosma que sobrou.. era a dor.
Perfurada alma docemente azul que dentro de mim criou-se, vi com estes olhos que comem estrelas sorridentes, corpos estendidos na poça da vida... Na fome, na miséria humana... nas mãos armadas.. nos ratos que passeavam por entre vísceras e fuzis....
Vi que o mundo não parecia o lar-pérola azul-negritude....
O lar era a briga de gangues, era a necessidade de poder, eram notas e notas de dinheiro ensangüentado, era o desejo mórbido de comer algum pedaço de coração humano..era o pseudo existir nas línguas do fogo cruzado. Era matar! Matar! Matar..
Engoli a lágrima escorrida, lambi meu beiço na voracidade do desejo...desceram lágrimas sal doce aportando a garganta e fizemos sexo... Eu, a lágrima e a cama desfeita de meu ser. Ali no silêncio da garganta entrei em transe....nossos corações batendo no desespero selvagem dos prazeres...

RJ- 08/11/2006
** Gaivota **

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Foto de Agamenon Troyan

Nayara

Nayara

De: Agamenon Troyan

Meus sentidos não fazem sentido
Estou a vagar em um barco sem leme
A cada dia levado pelas ondas.

Uma voz me desperta...
Fecho os olhos e vejo você.

Cada palavra dita,
Cada sílaba articulada,
Conduz o meu barco para além do horizonte.
Não me atrevo em abrir os olhos,
Pois não quero ficar órfão dessa doce ilusão.

Sinto as horas tocarem-me os olhos,
Tentando de qualquer maneira despertar-me.
Vivo travando esse longo duelo
O qual, por você, luto a cada instante...

A solidão articula sua última cartada:
Oferece-me palavras vis, blasfêmicas e ofensivas.
Desperto-me envolvido numa bruma de desespero
Grito o seu nome... Nayara!
Mas sua voz não responde.

A lembrança de sua ausência me assombra
Ao mar, dediquei o sal do meu pranto,
Aos sonhos, ofereci um banquete de incertezas
Ao vento, lancei esse poema
Para que todos saibam o seu nome...

Foto de Junior A.

Perdoas

Perdoas o que te fez o mal
Ainda que ao mal, chamas de amor
Doas ao melífluo, mesmo tendo sal
Para que não te entorpeças
Com esta nígua chamada dor
Perdoas, e para que tenhas calma
Veja-o como os despojos, reputeis,
Debelas o que te furta a alma
Ah não vês? Realças dor,
reluz ao ser desgraça
Quando acometes da maldita mágoa
Perdoas, para que ainda haja um raiar
Mesmo não dignando-se do infortúnio
O ser impiedoso que te fez chorar
Entregando-te ermo após latrocínio
Ao roubar-te, um mesquinho, mas amado, amar

Faças da dor a sirga, ante a proa
Ensinas, os que não se apercebem
Que amando ao poucochinho de verdade,
Aprende-se na maldade, e se perdoa...

Foto de Francisca Lucas

"Gotas De Amor"

No suor
Do teu rosto
Bebo teu amor
Em gotas...

Gotas que às vezes
Transforma-se
Em lágrimas,
Sal e açucar
Do teu corpo.

Soro salvador,
Que hidrata
Esse sentimento
De amor...

Amor
Que sinto
Por
Ti
E te chamarei
A cada instante,
Que de mim ficar distante!

(( Francisca Lucas ))

Foto de Helô Abreu

Quanta arrogância

Quanta arrogância a minha
querer da noite e do amor saber
dos perfumes e da paz que arde,
quando vibrávamos de prazer
Querer saber que de ti tudo sei
e que conhecia a fundo o teu ser
quando deitado na penumbra sobre mim
no cair caliente do entardecer
dizias palavras de amor sem fim.
Quanta arrogância a minha
querer saber das estrelas
que vigiavam as nossas noites de amor,
enciumar-me do suave sopro do vento
que nos refrescavas nestes momentos de calor
Quanta arrogância hoje ainda a minha,
por tentar deter a lágrima que sulca minha face
a dor que dilacera a minh'alma
porque distante de ti estou
Quanta arrogância a minha
querer prender em mim a última palavra
que deixastes suspensa numa estela quando partistes
Quanta arrogância a minha
querer amar a lágrima que cruelmente me maltrada
por não sentir mais o sal da tua pele.
nem o sabor de mel dos lábios teus
que loucamente me embriagavam
e saía do teu corpo como água quente,
e claras de um rio transparente
de águas doces e radiosas
que me iluminavam a mente
e me agitava a pele
no clamor divino
do meu imensurável amor por ti
Quanto arrogância a minha
não querer entender que te perdi!!!!!!!!
Helô Abreu

Foto de Anandini

Menino magia...

Ah!! sabia que te conhecia...
Descobri em seu olhar!
Um olhar pisciano,carente...
descrente...
daquilo chamado AMOR?
Sim!!
Você é fruto da poesia
Asas de passaro,livre...
Caminho incerto,
onda,
poesia...
O azul do ceu,o sal do mar
Me dizem que você,
É menino , magia...
Doce sorriso,olhar mistificado...
Que prende ,que conquista...
o que não era para ser fisgado...
Sua ternura me leva a caminhos...
Seu corpo me clama ,
me pede...carinhos...
E de repente ,encontra...
o que não pode ser...
Conquista,corpos proibidos.
Faz que o pensamento,vagueie,sonhe,deseje...
Estar ao lado,do não pode ser conquistado.
Mas já não adianta,está acorrentado...
Está preso,neste sorriso leve...que
outrora me destes...Menino amado...
Te quero,mas não posso,o que faço?
Com esse doce olhar,que agora me prendeu?

Foto de M.Veríssimo

Viagem de Veludo

Lambo-te os seios, redondos, intumescidos…
muito lentamente passeio neles,
avidamente minha língua viaja
entre os montes e vales
da tua pele suave, aveludada…
sinto os teus pelos,
apaixonadamente eriçados,
excitantemente macios,
saboreio-te…
o sal dos teus poros
agride-me docemente
o paladar…!
Desço a zonas proibidas,
quentes, prometedoras…
suavemente provo-as…
chupo a pequena esfera,
que se abre em prazer,
gineceu latejante na corola viva
da tua flor agreste, cheirosa,
imaculada…
bebo o néctar gotejante,
doce veneno destilado
em ti que me sacia,
receptáculo da minha luz,
da vida que te ofereço,
da vida que me ofereces.

Foto de M.Veríssimo

Lágrimas

Vejo-me em teus olhos como grandes gotas,
escorrendo-te pela face num triste bailado...
exaurido de forças e extremamente cansado
acaricio-te lentamente em lágrimas soltas...

Acompanho-te desde sempre, sem que o saibas,
nessa doce tristeza...nesse triste chorar,
saio de teus olhos para a tua boca beijar,
mau grado o meu, com a língua me esmagas...

O sal de meu corpo, em delicias de sabor
derrete em tua boca, não resistindo ao calor
deste meu caminhar em teu sofrer.

E embora me doa, não sinto a dor...
pois alegra-me esta forma de morrer...
por esse beijo fugaz de prazer...!

Foto de M.Veríssimo

Quero o teu Corpo

Quero o teu corpo
Beijá-lo
Do principio ao fim
Na ânsia do momento
Pleno…imaterial
Derrubar muros
Sacros

Quero o teu corpo
Afagá-lo
Tenho saudades do cetim
De me escorrer lento
Perfumado de sal
Ébrio de odores puros
Sacros

Quero o teu corpo
Amá-lo
Sobre a mortalha de carmim
Mordê-lo, sedento
De voracidade animal
Em prazeres seguros
Sacros

Quero o teu corpo
Animá-lo
Enchê-lo de vida por fim
Oferecer-lhe um rebento
Fragilidade de cristal
De corpos imaturos
Sacros

Foto de Anjinhainlove

Se voasse daqui

Se voasse daqui
E pisasse toda a hipocrisia.
Se fosse para onde me amam
E não permanecesse onde sou invisível.
Se voltasse a ter contacto humano
Longe dos gigantes de pedra,
No meio do mar verde
Onde criaturas de Deus pastam
E o ar é transparente.
Se, novamente, conseguisse sorrir,
Se ao acordar pudesse sentir
O aveludado aroma do sal
E os meus olhos pudessem contemplar
O infinito horizonte.
Se conseguisse voltar a proferir
Palavras aos ventos
E fosse ouvida pelos corações
Das estrelas da minha vida.
Se pudesse adormecer
E sentir-me segura,
Certamente, no seio dos meus.
Se conseguisse fugir
De todos estes rostos pálidos
E sem expressão.
Libertaria as suas almas
Que gritam por atenção.
As suas peles que gritam por emoção
Aprisionadas pela razão,
Corroídas pelas núvens negras
Do cinzento gelado.
Se voasse daqui,
Talvez, numa esperança imortal,
Voltasse a ser feliz.

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