Enviado por Sonia Delsin em Seg, 19/05/2008 - 23:08
QUALQUER HORA
Já me chamaram de pura.
Houve até quem dissesse.
Mulher que muito ama.
Boa samaritana.
Já me denominaram tantos codinomes que nem sei se mereço.
Eu me enalteço.
Me desmereço.
Me viro do avesso.
Tudo tem um preço.
Nesta vida existem ruas, avenidas, becos...
Existe de tudo um pouco.
O mundo é meio louco?
Ou loucos somos nós imaginando que vivemos sós?
Qualquer hora a gente se descobre.
Raiz enterrada na terra.
Cabeça nos altos dos céus.
Qualquer hora somos vítimas, réus.
Sobre o palco somos artistas.
Na terra turistas.
E a qualquer hora nos transformamos.
Aliás, retornamos.
Àquilo que realmente somos.
Então de tudo lembramos.
Se amamos.
Se não amamos.
E recomeçamos.
Qualquer hora é hora de ir...
Mas não somos nós a decidir.
Catou um monte de ideias
Saiu pelas ruas, viu arvores, esquinas e comercio
Muita gente em vestes
O calçamento, cores nos carros, nas casas, em tudo
Cheiro de café, de flores
Um grito, uma musica e o canto dos pássaros
Ruido de motores, uma velha varrendo a calçada, folhas secas caidas
Uma praça, uma torneira aberta
Um céu azul e nuvens brancas
Um varal com roupas ao vento
Um Sol, nem quente, nem morno
A alma e as batidas do coração
Uma oração na mente
Um sonho, uma vida em frente
Uma brisa leve
Um dia, um tempo nesse momento, na memória, na historia
Num piscar de olhos atentos
E as mãos em poesia
De sobra, só tem uns papeis que embolei
E os truques do meu coração não revelados
E as lembranças, de que um dia fui Rei nem passara perto
E não inventei, só recomecei e voltei ao inicio
Naqueles caminhos que um dia passei, e novamente passei
E se o mundo deu voltas, parei
Não encontrei, mas agora sei, e sei
Quem domina é o destino, e isso é lei
Se foram as aventuras que me entreguei
E não terminei de sofrer e de chorar pelas ruas
Já se vai o pensar de que um dia errei
E já paguei por todos os desacertos
Aqueles amores, aquelas torturas no meu andar por ai
E se ficaram algumas ranhuras, todas já colei
Adormeci e nada mais fiz,
Apenas minha alma,
Não se acalma ,por querer a matéria,
Descansar, para outra alma encontrar.
Depois do sono profundo, minha alma
Sai pelo mundo ao encontro daquela,
A outra alma que esta a me procurar.
Noite de lua cheia minha alma, vagueia
Em noite de luar para tua alma
Encontrar.
Sinto cheiro pelas ruas, não é da lua,
Mas sim da alma tua.
Que exala com o brilho da lua.
Nossas almas se encontram,
Ha! Como é poético esse momento,
Que faz de nós meras almas apaixonadas,
Que saem dos seus casulos corpos, para
Poderem se encontrar, já que com os corpos,
A distância permanece, e o corpo adormece
Para minha alma a tua poder namorar.
Nossas almas são espíritos aventureiros,
Que amam no anoitecer,e no amanhecer
Volta para seus corpos,e quem sabe, quando
Os corpos se tocarem se encontrarem,
E juntos ficarem,
Mas dos corpos estão distantes.
Por isso a alma fica vicejante
Precisamos logo ver e com o corpo
Comparecer eu e você e nossas almas,
Para juntos permanecer,e não ficarmos
Vagando pela noite esperando nossos
Corpos adormecer,para nossas almas
Se ver.
Vamos juntar o útil ao agradável,
Minha alma ao brilho da lua, todas
Ás noite encontra a tua.
Meu corpo precisa te ter, para
Minha e tua alma,não correr o risco
De uma hora se esquecer
Enviado por Chuva Heavy em Sex, 09/05/2008 - 17:26
Essas letras registram
os vestígios de mim mesma
algumas curvas vem,outras vão...
mas ainda estou aqui
resistindo as armadilhas do tempo
as armadilhas que o tempo
insiste em pregar-me.
a cada passo sinto a evolução
de cada minuto,segundo
percebo o atraso ou adiantamento
alguns dias vão...
O vestido outrora longo
cobrindo pernas trêmulas
agora revela pernas firmes pela segurança
o tempo nos prega armadilhas
poderão ser favoráveis ou perniciosas
cabe-nos decidir quais serão os seus caminhos
a cada passo o progresso
de saber que o tempo é um ilusão.
alguns amores vem outros vão
resquícios são deixados no coração
a lembrança é uma constante
uma roda gigante
rodeia-me com seu cheiro espalhado pelas ruas...
algumas lembranças vem,outras vão...
meus amigos...
éramos jovens sonhadores:
- nunca nos separaremos!
era o que dizíamos.
por um momento fecho meus olhos
e vocês ainda estão aqui;
recordo-me de nossas gargalhadas...
o tempo pregou-nos uma armadilha
separando-nos.
mas não deixarei que essa seja
mais uma armadilha que o tempo pregou
vocês muito me ensinaram
e fazem parte do que serei e do que sou
algumas idéias vem outras vão
a opinião não é mais a mesma:
- nunca! - Gritei ontem.
- talvez... - oscilo hoje.
- sim! - poderá ser dito amanhã.
quem sabe?
quem poderá jurar pelo futuro?
não há como fugir das modificações do tempo.
algumas pessoas vem outras vão
a morte faz do tempo uma zombaria
mostrando-nos que não pertecemos a ninguém
mas o tempo abocanha a morte em sua armadilha
e se transforma em antídoto contra a dor que dela provém.
alguns lugares resistem ao tempo
as casas resistem aos prédios
as praças resistem à poluição
a arquitetura resiste aos temporais
a mesma construção revela uma nova fachada
modificando a vila onde fui criada.
vestígios...
bom mesmo é ver o tempo passar
e não se culpar,não se preocupar
sentir a brisa das manhãs nos agraciar com seu doce beijo...
respirar o ar que mesmo não sendo puro nos compõe a vida.
não se preocupar.
fechar os olhos mesmo que por poucos minutos,
e sentir que está vivo!
que pode compreender
que pode aprender...
e que todo o tempo é válido.
Roubaram o brilho dos meus olhos
O segredo da minha alegria
Roubaram minha vontade de amar
Minha memória está vazia.
Hoje faço parte de um todo
Mas eu não mato nem tão pouco roubo
Porém sou um número a mais
Sou órfão dos meus pais
Faço parte do cinza do céu
Do nublado da vida
Das enchentes que inundam as ruas
De uma estrada sem divisa.
Sou a prova viva da miséria
E se meus olhos já não dizem mais nada
O meu peito ainda sente a vida
Será que existe dentro de mim uma saída?
Pele castigada pelo sol
Corpo franzino de um menino
O peso da realidade sob meus ombros
E pés calejados pelo trabalho
A infância que me faz fraquejar
Meu desejo que renega onde estou
Um trabalho imposto pela fome e pelo medo da morte
Janelas abertas aprisionadas pelo medo
Carros blindados e refrigerados
Minhas palavras ignoradas, são ditas em vão
Somos os monstros da população.
Tem menino bem cuidado
Sentado do outro lado
Feliz com a vida que tem
E eu aqui nesta vida de ninguém.
Não é fácil entender esta estatística
Que nos faz personagens do lado errado da vida
Quero de volta meus chinelos
Quero agasalho para me aquecer
O coração que me arrancaram do peito
Barriga cheia para me satisfazer
E se possível, devolvam meus sonhos
Para que eu possa voltar a viver!
RUAS PARALELAS
Somos ruas paralelas,
Como as portas e janelas,
Como a água e o azeite,
O trabalho e o deleite.
Como a vida e a morte,
Como o azar e a sorte,
Como o réu e o autor,
Como o mar e o pescador.
O mocinho e o vilão,
Como o giz e o carvão,
Como o côncavo e o convexo,
Como o amor e o sexo.
Vão dizer que não te amo...
Vão dizer que não te quero...
Vão dizer que eu sou samba,
Enquanto tu és bolero.
Vão dizer que eu sou da noite,
Enquanto tu és do dia.
Que eu prefiro a casa cheia,
Tu a preferes vazia.
Ouviremos tudo isso,
Mas provaremos a quem for
Que apesar de diferentes,
Entre nós existe A M O R .
Amar alguém sem se saber porque é estranho.
Creio que tudo começa, quando não nos damos conta,mas já pensamos demais numa só pessoa.
Demora algum tempo para que tenhamos noção de tal sentimento.Principalmente se for por alguém que mal conhecemos.
Um dia, uma pessoa totalmente estranha atravessa nosso caminho e sem se saber por que, o coração acelera.Os dias passam e você continua sem saber nada sobre esse outro alguém, mas por algum motivo ele não sai da sua cabeça.Os dias continuam a passar e você passa a sentir a falta de algo desconhecido...anda pelas ruas sempre a procura de alguém ou alguma coisa...a procura dele!!!
Nos enganamos, distraímos o coração enquanto o tempo passa e nos tornamos mais apegadas ao sentimento que temos, mas ainda sem respostas.
Daí você começa a se perguntar quando é que isso começou.
Essa loucura, essa falta, esse frio na barriga, esse coração a bater louco e desordenadamente sempre que pensa.. e quando vê perde a respiração simplesmente.
Falar você não pode ou não deve...e falar o que?Pois ainda simplesmente não se sabe o que é.
E os dias assim continuam até que você começa a se aperceber de que é recíproco. Cada olhar trocado parecem se despir, ali mesmo!!!
Começa a se aperceber que por algum motivo, seu corpo a leva de encontro ao dele. Sente a vontade de estar perto, tocar..assim..como que sem querer.
Daí vem a necessidade..fase impossível de não se viver.
Necessidade de respirar o mesmo ar que ele, de estar perto ou nos mesmos lugares.
Necessidade de sentí-lo e sentir o seu cheiro agarrado em você.
E o cheiro?Que enlouquece e nos deixa tontas... e então temos a resposta...estamos apaixonadas!
Palavras proferidas de uma boca que você deseja.
Palavras ditas diretamente ou discretamente a você e de você a ele.
Muto mais que palavras...
Desejos secretos, camuflados em coisas sem interessa algum.
Mas já não se consegue esconder os sentimentos...dos dois.
A respiração ofegante e o sorriso de orelha a orelha denunciam a paixão!
E acontece então o inevitável e tã esperado toque...o beijo!!!
Boca na boca, línguas que passeiam como se quisessem descobrir sempre algo novo.
Línguas apressadas em sentir o gosto, gosto tão bom de sentir...gosto da paixão, do desejo, das vontades...
Vontade de tirar a roupa ali mesmo, como se nada mais interessasse, nada fosse mais importante que nós.
Vontade de descobrir o corpo um do outro, cada parte, cada cantinho.
Passear os dedos em todo ele. E finalmente...sentir a paixão em plenitude, sem saber do amanhã ou sequer esperar por ele...
E agora sim, sabendo e tendo todas as respostas.
Mas nada agora importa...somos um do outro!
A noite fria me faz recordar nossos momentos
quando seu calor minha alma aquecia de forma peculiar.
Que me faz recordar as horas em que perdidas em carinhos
meu mundo era colorido e havia perfumes soltos no ar.
Talvez pelo silêncio que domina as ruas escuras e solitárias
minha alma sente esse vazio como se fosse um véu.
Que lhe tira a alegria e a esperança
deixando na boca um gosto de amargura e de fel.
Talvez seja pelo próprio silencio que tudo domina
que do fundo da alma vem a musica que nos embalou.
Hoje ela não é mais ouvida com alegria
pois ao som dela, ouvi seu adeus e isso meu peito gravou.
Na letra a melodia fala que você precisa de mim
da mesma forma como eu sempre de ti vou precisar,
que somos dois seres perdidos que se amam separados,
mas que um dia, com certeza irão se encontrar.
Mas nosso caso é diferente, eu sei.
Tivemos nossos momentos de amor e paixão.
Mas você acabou com tudo, pois não me amava,
mas isso não impediu que eu lhe entregasse meu coração.
Por isso nessa noite escura, fria e vazia
eu fico aqui a escrever poesias e versos de amor.
Tomando na taça das amarguras o licor da saudade
enquanto que de meus olhos caem, lágrimas de dor.
“Imagino-te”? Como nessa imagem.
Morena, esbelta, elegante, altaneira.
Eu me imagino, que sou essa miragem
Sobre o mar de forma sorrateira.
Espectro a interromper tua passagem,
Uma nuvem de verão e passageira,
A envolver-te em atos de libertinagem
E carregando-a para uma alvissareira,
Noite sob o luar desta paisagem
Num colchão de ar sobre a areia
A flutuar no balanço de vai-e-vem
De teu corpo belo de sereia
A entrelaçar-me com a voragem
Da Ninfa que em mim faz uma ceia.
*****
SONHOS (SUEÑOS EN ESPAÑOL Y FRANCES)
Ayer escuchei por ultimo la musica: “Te imagino”.
Dormi. Logo em seguida comecei a sonhar.
O primeiro sonho imagine. Era contigo.
Uma Ninfa, uma Mulher, que queria me amar.
Fiz-me rondar ao centro, a Avenida Corsino,
E algo me atraia p’ra ruas que não costumo rodar,
Ao passar perto do “Restaurant Portiño”
Uma linda mulher passa com uma bolsa a rolar.
Mulher muito linda e não parava de me olhar,
Demonstrava em gestos querer falar comigo
Aproximei-me, calmamente, para com ela falar,
Mas foi ela que sussurrou em meu ouvido
Como uma brisa – “Je t’aime”- em um assoprar
Suave de uma voz sedutora: “Mi Querido”!
(...Délicieusement étourdissant comme la caresse du vent sur notre corps... MK )
*****
SUSSURROS - DUETO - "Yo te quiero”
“ Je T’aime”
Meu espectro interrompe-te a passagem.
Sussurra um segredo em teu ouvido,
Fazendo-lhe na alma uma massagem
Como um homem, amante atrevido.
Palavras c’uma estimulante mensagem,
Lançadas em setas encantadas de cupido,
Acionam-lhes os órgãos com tal voragem
Preparando-a ao amor correspondido. ( Dirceu Marcelino )
“Sussurro que me causa uma vertigem,
Zune como um canto em meu ouvido,
Liberta todo desejo que me afligem,
Aflora sentimentos esquecidos,
Faz que todos meus órgãos regozijem
Num gozo voluptuoso da libido.” ( Marisa Dinis )
***
“Sussuros surgindo da espuma das ondas em frenesís dum mar em pleno tormento... amante atrevido libertando seu desejo em seu belo canto, contra meu ouvido semenando um fúria de etero líbido...” ( Marisa Dinis )
" Live for today as yesterday is gone and tomorrow is yet to come..."