Renúncia

Foto de POETAREMOS

Rosa morena

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Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de ERIKO ALVYM

eu vim te amar

luz & trevas
saturno espelhado no lago
o cavalo rasga a fêmea
posse & afago
o mago abre a porta do sonho
nas mãos a chave do canil
e a moeda do passado

música tão longe
a cartomante enxergou o sangue
escorrendo das senhas
o solitário não é!
mergulhou na esperança
encontrado de olhos sonhados
exalava música

o que deseja o monge?
ouço vozes
o que é feito do anjo
se a fome é presente?

o que deseja o monge?
as portas trancadas
indicam
: o amor é pontualidade
e renúncia

ficar triste é escorregar
no vazio
se a rainha se foi
durmo na ruina

qual a carta
que levou meus olhos?
a cartomante mente
eu só tenho cor
da face p'ra dentro

eu vim te amar
vim pelas estradas sem eco
vestido apenas com a indicação
e o desprezo
o guarda copiou o pedido do condenado

resta amar
encontrar na solidão
o motivo para
esquecer na essência
a condição

Foto de Paulo Gondim

Perdas e danos

PERDAS E DANOS
Paulo Gondim
14/12/2008

Despi-me de tudo, na vida, por amor a ti
Censurei meu ego, esqueci a vaidade
Abdiquei de meus desejos, um a um
Só para satisfazer tua vontade

Ofereci-me em sacrifícios profanos
Em altares pagãos, de tua luxúria
Reduzi-me a pó na tua insensatez
Cego, diante de ti, na minha incúria

Padeci os horrores da subserviência
Movido pela paixão inconseqüente
Como cão, lambi tuas feridas
Aceitei tudo pacientemente

Cheguei ao fim dessa viagem, só.
Perdi-te na primeira encruzilhada
Toda uma vida de renúncia
Para acabar, assim, sem nada...?

Foto de regeane

Era Uma Vez

Era uma vez uma menina... Uma menina que sonhava em crescer e ser adulta...
Uma menina cheia de sonhos e desejos... Simplesmente uma menina...
O tempo passou e aquela menina cheia de sonhos e desejos cresceu... Ela descobriu o mundo... Descobriu o amor... Sofreu chorou... Foi feliz e infeliz... Apaixonou-se novamente e de novo sofreu e chorou... Lembrou-se então de todos os contos infantis que sempre terminavam com final feliz...
Era uma vez uma mulher... Uma mulher cheia de feridas e cicatrizes... Uma mulher que descobriu que ninguém é totalmente bom ou ruim, uma mulher que já não acredita mais que o amor existe, o amor é cruel. Uma mulher que dúvida que esse sentimento de posse possa ser chamado de amor... Amor é renúncia? Essa mulher nunca conheceu alguém que já amou e renunciou... Seria tão bom se pudéssemos viver sozinhos sem amor... Sem a maldita dor a machucar-nos...
Era vez uma mulher adulta cheia de magoas e sonhos perdidos...
Era uma vez uma mulher que sonhava em ser menina novamente...

...FIM...

Foto de Sirlei Passolongo

Um amor especial

Um amor especial

Deve ter afinidade
cumplicidade
compreensão
adrenalina
tesão...

Deve ser renovado
a cada amanhecer
possuir carícias
admiração

olhares que falam
bocas que calam
a saudade,
mãos
que desvendam
toda intimidade.

Um amor especial

Não possui vícios
possui cio
ritmo
renúncia
elogios...

Não faz sofrer
é pleno de vida...

Um amor especial
é feito nosso amor
fonte do meu viver.

(Sirlei L. Passolongo)

Direitos Reservados a autora

Foto de Carmen Vervloet

Pelo dia das Mães

ANSEIO DE MÃE

Mãe... que oferece
o seio, alimenta...
Mãe... que oferece
colo, acalenta...
Mãe... que diz não
mesmo que doa
e não se perdoa
se com seu fácil sim
desvirtua e modifica assim
sua árdua missão de educadora,
passa a simples defensora
de momentos
que se perdem no tempo
deformando personalidades,
que no amanhã,
inquestionável verdade,
transforma seres humanos,
seus filhos, em mundanos
vorazes de ilícitos atos,
que de fato
deturpam os valores,
usurpam as cores
da vida
na sua ambição incontida!...

Mãe... que oferece seu amor
por longo caminho
de carícias, de carinho...
De lutas e labutas...
Afeto, ternura, cuidado...
Braços que se abrem
e acolhem...
Renúncia e bem-querer...
Não se importa em morrer
um pouco a cada dia
e com ousadia
oferece sua vasta experiência...
Oferece sua essência
ao filho que por amor gerou,
no anseio
de entregá-lo ao mundo
como homem de bem...
Enxergando além
do visível!...
Incorruptível!...
Árvore forte, enraizada,
dando bons frutos
na sinuosa estrada
da vida!...

Carmen vervloet
Todos os direitos reservados à autora.

Foto de Carmen Lúcia

Uma Maria entre tantas...(homenagem à Mulher)

Na favela era ela
Que descia a ladeira
A semana inteira,
Uma trouxa na mão...
E lavava contente
As roupas com sabão
Na bica, de contramão;
Em seu ventre levava
O filho que esperava
O que mais desejava
E a fazia sorrir...

Sentiu dores...
Chegara a hora
De seu filho nascer...
Deitou-se num colchãozinho
Num cantinho, no chão.
Ajeitou-se sozinha...
Enfim, era Maria,
Nada tinha a temer
E sim agradecer
Pelo sonho realizado...

E os anos passaram...
A criança cresceu...
Os trabalhos dobraram...
Pra ver o filho criado
Tinha que haver sacrifício
Renúncia e dedicação...
E assim ela o fez...
Revirou-se ao avesso
Pra lhe dar educação...

Mas como toda Maria
Traz consigo triste sina...
O pior aconteceu...
Na favela anoitecia,
(ou seria em todo lugar?)
Hora da Ave- Maria!
Trouxeram seu filho querido
Num lençol branco manchado
De seu sangue derramado,
Onde jazia, sem vida,
Vítima de bala perdida
Que achou seu coração...

Hoje Maria ainda chora
A saudade jamais vai embora,
E em seu peito mora...
Ah! Saudade!
“É o revés do parto...
é arrumar o quarto,
pro filho que já morreu...”
E espera que chegue a hora
De tê-lo de novo em seus braços...
Sonho que nunca descreu.

*trecho de Chico Buarque

(Carmen Lúcia)

Foto de Docesam

GRANDES SIGNIFICADOS...

Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança
para acontecer de novo e não consegue.

Lembrança é quando, mesmo sem autorização,
seu pensamento reapresenta um capítulo.

Autorização é quando a coisa é tão importante que só dizer “eu deixo” é pouco.

Pouco é menos da metade.

Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.

Desespero são dez milhões de fogareiros acesos dentro de sua cabeça.

Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.

Agonia é quando o maestro de você se perde completamente.

Preocupação é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu
sair de seu pensamento.

Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer
mas acha que devia querer outra coisa.

Certeza é quando a idéia cansa de procurar e pára.

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.

Pressentimento é quando passa em você o trailer de um filme
que pode ser que nem exista.

Renúncia é um não que não queria ser ele.

Sucesso é quando você faz o que sempre fez só que todo mundo percebe.

Vaidade é um espelho onisciente, onipotente e onipresente.

Vergonha é um pano preto que você quer pra se cobrir naquela hora.

Orgulho é uma guarita entre você e o da frente.

Ansiedade é quando sempre faltam 5 minutos para o que quer que seja.

Indiferença é quando os minutos não se interessam por nada em especial.

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.

Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.

Raiva é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.

Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.

Alegria é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro…

Felicidade é um agora que não tem pressa nenhuma.

Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta pros outros.

Decepção é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.

Desilusão é quando anoitece em você contra a vontade do dia.

Culpa é quando você cisma que podia ter feito diferente,
mas, geralmente, não podia.

Perdão é quando o Natal acontece em outra ápoca do ano.

Desculpa é uma frase que pretende ser um beijo.

Excitação é quando os beijos estão desatinados pra sair de sua boca depressa.

Desatino é um desataque de prudência.

Prudência é um buraco de fechadura na porta do tempo.

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário.

Razão é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo
e assume o mandato.

Emoção é um tango que ainda não foi feito.

Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.

Vontade é um desejo que cisma que você é a casa dele.

Desejo é uma boca com sede.

Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo chega e entra.

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não.
Amor é um exagero… também não. É um “desadoro”… Uma batelada?
Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero,
um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez porque não tivesse sentido, talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor não sei explicar nao ....

Foto de Milla Duarte

Naquele encontro.

Naquele encontro senti um suave vento bater
no meu rosto.
Senti um calafrio.
Você ali na minha frente.
Naquele momento veio apenas uma palavra na minha mente..
"é agora".
Aqueles segundos pareciam uma eternidade.
E na minha mente a palavra soava mais e mais forte.
Eu pensei em desistir.
Mas,a palavra se negou a renúncia.

Camilla Duarte

Foto de Marta Peres

Escolha Torta

Nada tenho além de você
Queria ter a certeza
mas vivo na incerteza
de ter você!

Estou sofrendo pela renúncia
acho as vezes que é loucura
mas preciso de alguém que valorize
o que sou, não o que posso ter...

Que me veja como ser humano
como pessoa completa, que abusa
dos bons sentimentos
repleta de desejos.

Não brinque com meus sentimentos
são puros,com eles cresço,
não queira que eu mude
mas que seja sempre a mesma!

Se não pode oferecer o que preciso
solto as amarras, deixo-o partir
seguir o caminho torto que
por si, escolheu!
Marta Peres

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