Renúncia

Foto de Paulo Gondim

Renúncia

RENÚNCIA
Paulo Gondim
26/11/2014

Eu sei de teus desejos
Quando senti o sabor de teus beijos
E desvnedei teus segredos
Quando me abriu a alma
E vi que tua falta de calma
Faz a angústia de teus medos

Mas é só um coração sofrido
Por muito tempo reprimido
Que se nega ao amor
E nesse dissabor
Te tornas fugidia
E uma simples fantasia
Te causa grande dor

Quem se aproxima, espantas
Perde oportunidades tantas
De amar e ser querida
Repeles quem te dá guarida
No claustro de tua loucura
Cavas a própria sepultura
E viva, enterras tua vida.

Foto de Riva

LÁGRIMAS DE AMOR

LÁGRIMAS DE AMOR

Lágrimas frementes de uma mulher no passado.
Visão onírica que su'alma ainda em vão ostenta;
Fascínio louco que na lembrança tem guardado,
O amor-criança que seu egro coração alimenta.

Na vastidão do seu líbito vejo-o tão desgraçado,
Por nutrir esperança que julgo dúlcida tormenta,
Festival do supérfluo a conduz ao emaranhado;
Dos sentimentos heus enleados na cata sedenta.

Infernal escopo que torna o encanto profanado,
Do esbelto corpo que a Natureza a contempla
Conquista outra desfaz seu intento desesperado,
Para na memória seja a renúncia uma ementa.

E com ampla consciência absolver o condenado.
Dos tantos espinhos sejam flores a vestimenta!

Rivadavia Leite

Foto de Gabriela Bedalti

Onde está o amor?

Onde está aquele amor
que deveria existir entre os seres humanos?
Onde está aquele calor
dos abraços com que sonhamos?

Onde está o carinho
que agrega os irmãos?
Onde está aquele bom caminho
entregue em nossas mãos?

Onde está a sabedoria
Que Deus deu ao homem?
Onde está a melhoria
para que pesadelos não nos estorvem?

Onde está a renúncia
à maldade, ao preconceito?
Onde está a pronúncia
de união para um mundo direito?

Onde está a felicidade
sem as diferenças sociais?
Onde está a fraternidade?
Faz falta demais...

Onde está?
Onde colocaram?
Quem descobrirá
onde as guardaram?

Onde...onde está o amor?!...

Foto de Paulo Gondim

Renúncia

RENÚNCIA
Paulo Gondim
05/02/2012

Tua vontade não condiz com tua vida
Elas se desencontram, passam longe
Não te satisfaz, virou compromisso
Num contrato que já não pode ser cumprido

Teus desejos não se realizam
Ficam contidos, reprimidos
Como fruto que não consegue amadurecer
Abortam, nuca se tornarão vida...

Tua coragem, aos pouco se afoga
E, como teus desejos, se torna estéril
E nem tua vontade, teus desejos e tua coragem sobrevivem
São apenas cansaço, buscaram outros caminhos

E, já que não há mais vida, mas apenas mágoa
Melhor esquecer o desejo, a vontade, o querer
Cerque-se da solidão, da indolência
Da indiferença, da renúncia à vida, ao viver

Foto de Marilene Anacleto

Passeio por Minhas Vidas

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Passeio por minhas vidas,
Num ir e vir feito ondas
Procuro razões para não ser
Aquilo que me incomoda.

Em regressão consciente,
Frente à cena, próxima à dor,
As vidas logo se achegam
Com o Mestre do Amor.

O amor que ressurge
E, em vidas resiste,
Traz também suas dores
De forma imprevista.

Consciente de tudo
Nas águas, nas matas,
Em mesas de bares,
Em sexos frágeis,
Nas danças, nas facas.

A mãe, outrora irmã,
Em outra vida rival
Trago à luz esta cena
Para torná-la amor.

Depois me vem o sobrinho
Tão sozinho, tão carente,
Em outra vida bebezinho
Chorava a mãe ausente.

E aquele meu irmão,
Em outra vida, o amor,
Voltou para me encontrar
E dar-me o que não doou.

E assim vou passeando
Por algumas vidas por vez,
O Mestre de Amor, comigo,
Aceito a lição a aprender.

Tantas e tantas vidas,
Distâncias infindas,
Já não estão mais aqui,
E influenciavam a vida.

De uma vez, a conturbação acalmou,
De outra, a pasmaceira se agitou.
O trabalho com dinheiro melhorou
Volta o amor, que para trás ficou.

Minha alma compreende:
Que viver o hoje é progredir.
O que passou não se muda,
O que se viveu não se pode repetir.

Basta ver o que aconteceu
Reconhecer que foi feito uma escolha,
Como Deus nos ensinou, a melhor de todas,
Vida nova... aprender, ensinar e ser feliz,
Sem medo, sem raiva, sem culpa!

Terapeuta e amiga, de amor e renúncia,
De vidas infindas, irmã de outrora,
Não sei em quantas vidas, esperança ressuscita,
Ajuda-me a passear por muitas vidas.

Marilene Anacleto

Foto de Sandro Nadine

Esse Amor Que Me Toma

Esse amor que me toma...
É cachoeira que corre,
Água que descansa...
É céu que se amplia,
Imagem que desponta...

É córrego estreito,
Onda que avança...
É sopro que respira,
Voz que comanda...

É música que acalma,
Silêncio que abranda...
É chuva que molha,
Tempestade que assanha...

Esse amor que me toma...
É orgulho que se afoga,
Gesto que sai da lama...
É renúncia e vitória,
Aos olhos de quem ama...

(Sandro Nadine)

Foto de Izaura N. Soares

7º Concurso Literario - Um vulto que passou...

Um vulto que passou...
Izaura N. Soares

Por entre a porta aberta...
Seu vulto passou rapidamente.
Meus olhos fixaram no vão daquela porta,
Esperando sua entrada lentamente.
Empolguei-me: era apenas uma visão torta,
Era um sonho contido numa mente aberta
Que dizia:
Continuarei te amando livremente.
Mas, o que fazer quando algo foge das suas mãos?
O que fazer quando seu jeito resolve invadir
Os pensamentos de outrem deixando transparecer
Seu modo de ser, um modo que condiz com sua
Maneira de agir perturbando assim os corações alheios?
Como mudar atitudes que vem de suas raízes, de suas
Entranhas cujo nome é o amor?
Às vezes há necessidade de dizer para o mundo o que
Sentimos é uma maneira de aprendermos a nos comunicar,
Renovando o sentimento, afastando de vez o sentimento
Mesquinho de renúncia.
É triste o sentir e calar-se.
O que fazer se no meu íntimo minha alma desejosa é
Responsável por tantas mudanças?
Alegra-me saber que estou viva e que o grande amor
Que sinto dentro do peito é capaz de ajudar, de analisar,
Observar e nunca julgar.
Mesmo porque, para julgar é preciso ter o verdadeiro
Conhecimento de causa.
Sendo assim, é preferível sempre o amor, a julgar
O amor sem sentido.

Foto de Oliveira Santos

Perder-se

Temo que os flagelos da minha alma transformem-me
Que os desgostos e amarguras distorçam-me
Que a pavorosa missão de viver culmine na renúncia da vida
E num ato desvairado, desconexo e lúgubre sucumbir
Temo não suplantar meus tormentos por não saber enfrentá-los
E ser subjugado por meus próprios instintos
E ser acometido pela derradeira loucura de partir

03/07/96

Foto de vânia frança flores

ADEUS..

Este é o momento mais delicado e dificil da minha vida... dizer adeus a quem se ama,
É sempre uma tarefa onde as palavras que deviam surgir, escasseiam e os sentimentos teimam em florescer.
Mas ainda assim, eu preciso te dizer adeus... que talvez, por te amar, como tanto amo...
Talvez nunca compreendas o quanto me está doendo dar este passo .
quero vc e não posso ter. Sim porque eu te quero muito, demais mesmo, mas nem posso te dar o que mereces nem o que eu gostaria de te dar.
Não posso te dar o que sonhei pra mim e vc, pra nós dois juntos.
Não quero oferecer-te desilusões, ou tristezas, nem arrependimentos.
Vc está certa em ter dúvidas e receios de vir para ao meu encontro.
A esperança e o conforto do ombro que tanto queria te oferecer me parece inatingivel.
Mas se decidir vir, venha sim, não por mim, mas venha por vc mesma, mostre seu caracter mostre sua força..
Seja como for, eu não quero mais... cansei de esperar da vida o que ela não me dá.
Cansei de sonhar, sentirei falta de vc aqui...
... mesmo da indiferença e das horas vazias de carinho...
No entanto sei que não te esquecerei.
Deixar de te amar, impossível !!!!
Seguirá comigo, nos meus dias, como uma doce lembrança.
Amarei-te, no meu silêncio, nas minhas noites silênciosas,
E em cada lágrima de saudade, que por ti chorar.
Aceita estas verdades
Não posso mais continuar a enganar-me pensando que o meu amanhã será risonho e
vou poder continuar a amar-te. Dói-me ter que ser assim...
Mas melhor uma renúncia consciente, que uma união conturbada, cheia de arrependimentos, imcompreensões, conflitos...
Tudo pq vc merece mais do que posso te dar, vc está acima das minhas forças....

Por isso, te deixo o meu coração!
Guarda-o, porque ele pertence-te.
Mas, ainda que amando-te,
Quero dizer:
Adeus... para sempre! DJDP.

Foto de Carmen Lúcia

Uma Maria entre tantas... (Homenagem às Mulheres)

(Poesia já postada ha tempos atrás.)

"Na favela era ela
quem descia a ladeira
a semana inteira.
Uma trouxa na mão,
lavava contente
as roupas com sabão
na bica, de contramão.

Em seu ventre levava
o filho que esperava
o que mais desejava
e a fazia sorrir...

Sentiu dores...
Chegara a hora
de seu filho nascer.
Deitou-se num colchãozinho
num cantinho, no chão.
Ajeitou-se sozinha...
Enfim, era Maria,
nada tinha a temer
mas sim a agradecer
pelo sonho realizado...

E os anos se passaram,
a criança cresceu...
Os trabalhos dobraram...
Pra ver o filho criado
tinha que haver sacrifício,
renúncia e dedicação...

E assim ela o fez...

Revirou-se ao avesso
pra lhe dar educação...
Mas como toda Maria,
consigo trazia triste sina;
o pior aconteceu...

Na favela anoitecia,
(ou seria em todo lugar?)
Hora da Ave- Maria!
Trouxeram seu filho querido
num lençol branco manchado
de sangue derramado,
onde jazia, sem vida,
vítima de bala perdida
que encontrou seu coração...

Hoje Maria ainda chora...
A saudade jamais vai embora
e em seu peito mora...

Ah! Saudade!
“É o revés do parto...
é arrumar o quarto,
pro filho que já morreu...”

E espera que chegue a hora
de tê-lo de novo em seus braços...
Sonho que nunca descreu.

*trecho de Chico Buarque

(Carmen Lúcia)

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