Blog de POETAREMOS

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... de Oliveira

... de Oliveira

A manhã morenou

Com perfume

Um sorriso do bom viver

Uma visita tão rara

Mede o tempo e espaço

O conhecer dentro e fora

Deste casulo morenice

A suavidade da brisa no olhar

A direção do vento

Seja a favor ou não

Mira no grande querer

Onde o caminho

Não é escolha

Apenas aceitação.

Manoel Freitas de Oliveira

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Rosa morena

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Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

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O engano no olhar

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Em momento singular
Contato de brisa
Olhos que enganam
Contorcendo o real
Fazendo crer
Na possibilidade da ter
Mesmo por minutos
A presença da deusa
Movendo os fatos
Para a realidade do querer

Manoel Freitas de oliveira

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Exclarecimento

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Há um grande engano
Na origem da poesia
E quem a escreve
Uma gigantesca distância
Separa as energias
Flui do instante zero
A fera selvagem
Onde poucos tem audacia
De desvendar na íntegra
A forma de chegada
É onde entra em cena
O "gênio" de todos
Que na verdade não passa
De um tolo das letras
Uma Maria vai com as outras
Demênte na criatividade
Sanguessuga das circunstâncias
Palhaço sem circo...
He, beber é realmente perigoso.

Manoel Freitas de Oliveira

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A bóia

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A entrega dos fatos
Ao capricho da mente
Cria uma ciranda de voltas
Dentro da real chance
De abrir as portas
E fugir desta armadilha
Que criamos ao ´pensar
Na fixa idéia de propriedade
Do que mais queremos
Que não corresponde
A uma virgula da vida
Só o banho da chuva
Pode indicar o caminho
Que todo rio segue
Em profundo silêncio
Até sem o querer
Ele chega ao mar.

Manoel Freitas de Oliveira

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Deixar de amar

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O tempo que não tem tempo
Indica o melhor tempo
Para cercar de tempo
Um tempo para não amar
E se não tiver tempo
Faça seu tempo
Valer cada tempo de chegada
Com o tempo do espelho
É tempo ainda de seguir
Sem olhar o tempo perdido.

Manoel Freitas de Oliveira

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Promessa é dívida

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Quero o fundo do seu útero
Em nascer novamente
Quando o mundo promente
Pouco momentos de felicidade
Onde podemos voar
Em sintonia de outrem
Na caçada especial
Dos sonhos tombados
De tantas sombras do ontem
Que visita este presente
Tão particular do "`nós"
Antes do surgir por capricho
Respirar a opção
De abrir as portas do querer
Com chave de ouro
Em cada fato de passagem
Contar aos chegados
O grito do adeus arde pouco
Monitorado de perto
Com carinhos de apoio
O não estar só
Nesta empreitada
De superar os efeitos do amor.

Manoel Freitas de Oliveira

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Ida

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É na lista de espera
Navegamos sem leme
Qualquer brisa
Provoca rodamoinhos
Que devoram o presente
Aos chegados, na visão
Partem ao nada
O elo é quebrado
Se perde o calor
De sangue e amizades
Onde o crer na paz
De um novo mundo.

Manoel Freitas de Oliveira

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A cor do pecado

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É na pele morenar
A tentação da cor
Das partes quentes
O centro do prazer
Com segundos de espera
A deixa maior
Tirado do plano da vida
É contar com o acaso
Ter em posse plena
No leito pequeno demais
Suor e atos insanos
Explorar a totalidade
Sexualidade em morenar.

Manoel Freitas de Oliveira

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O nada no adeus

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O nada neste mundo se acaba
Falta uma visão
Apurada dos fatos
Onde a visão
Muito pouco pode atingir
O pensar tão menor
Às maravilhas do existir
As partidas planos especiais
Nova visão
Onde o real confuso
Mostra a fraqueza humana.

Mnaoel Freitas de Oliveira

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