Temo que os flagelos da minha alma transformem-me
Que os desgostos e amarguras distorçam-me
Que a pavorosa missão de viver culmine na renúncia da vida
E num ato desvairado, desconexo e lúgubre sucumbir
Temo não suplantar meus tormentos por não saber enfrentá-los
E ser subjugado por meus próprios instintos
E ser acometido pela derradeira loucura de partir
03/07/96