Relógios

Foto de Carmen Lúcia

Síndrome do ninho vazio...

Estou viva!
Respiro, caminho, enxergo...
O ar permite-me viver...
O caminhar, a me locomover
através das pernas que vão e vêm,
como pêndulos de relógios antigos
que na verdade só vão... Nunca vêm.
Ando por caminhos complicados
sem encontrar começo, nem mesmo o fim.
Escolhas feitas por mim...
Sou assim!
Um tanto quanto embaraçada...
E me atropelo, me exaspero,
saio sempre machucada...
Fisicamente estou bem;
mas a alma, cheia de chagas.
“Quem vê cara não vê coração!”
Que pulsa sem emoção.
O tesão pela vida apagou-se, acabou-se,
(quem soprou aquela chama?)
e a esperança rodou pelo ralo imundo...do mundo.
Oh, mundo! Pra onde levou meus sonhos profundos?
Em que atalho nos extraviamos
e não mais nos encontramos?
Nunca mais foi como antes...
Eu até sorria! Vivia poesia...
Dançava com o sol e a lua...
E amava...Transparente...Nua!
Agora caminho feito errante;
perambulo, vagueio, vou sempre avante,
na incerteza de me reencontrar...
Vendo o belo sem o enxergar,
pisando flores sem perceber as cores,
deixando o arco-íris se apagar,
fechando-me pra não me mostrar.

Estou viva!
Respiro, enxergo, caminho...
E volto para o vazio do ninho.

Carmen Lúcia

Foto de Paulo Zamora

Vários Temas (Paulo Zamora 2009- Três Lagoas MS)

Veredas
Veredas são atalhos apresentados como momentos em nossas vidas. Quando simplesmente nos perdemos em nossos pensamentos revemos antigos momentos, como que recapitulamos e vemos o que antes não era possível; tal qual a mente que se retrocede; a imperfeição quer mostrar culpas e caminhos que naqueles instantes eram impossíveis de serem seguidos; mas que agora nos encara a possibilidade que teria sido melhor; mas é um engano gerado pela falsidade da imperfeição.
Quem é você? Quais são suas veredas? Firme o pensamento nas coisas lógicas e sensatas; por exemplo; que não mandamos no tempo, que jamais concordaremos com a saudade existente; e no entanto devemos ter a certeza de que os próximos momentos são puras responsabilidades nossa. O que fará ou como agir, vamos supor que você seja uma pluma, leve, sorrateira sendo levada pelo vento; mas que sabe pousar...
De tempo em tempo você quer entender o tempo, e como saber o porque de ter acontecido momentos tristes, perdas, e outros fatos conseqüentes; mas por que bate em você instantes de loucura; não se prenda ao impossível, não se olhe como que perpetuando sofrimentos; você não precisa; você ainda sabe sonhar e precisa disso.
O que você sempre acreditou jamais poderá perder o valor; porque a fé não contradiz realidades; é pura.
Percorrendo seus melhores momentos, seus melhores pensamentos, seus possíveis sonhos, enfim; a passagem significativa da vida; encontrará sempre mais uma razão, console o coração que pranteia em silêncio, talvez esperando um sorriso seu, capaz de afetar tal emoção e mudar o cenário existente nesse perplexo contraditório local em que uma emoção sabe a maneira de mudar tudo; inclusive colocar os pensamentos em seus respectivos lugares; recusar abertamente pensamentos e atitudes enganadoras. Volte a ser você mesmo...
Compreenda o melhor motivo, desfrute do ar que respira seguido de um coração que suspira; onde você está? Continue, as veredas são apenas atalhos para se chegar ao tão esperado lugar sonhado; uma luz acompanhará você diante de uma escuridão onde poucos irão notar as complexidades, e você usando o dom da fé saberá onde pisar, onde retribuir, onde concluir caminhos almejados.
As veredas existem; e agora esses atalhos em formas de momentos estão diante de você como simplesmente uma ponte; para ser atravessada. Não procure compreender as angústias, elas não precisam.
Olhe atentamente e veja as veredas à sua volta, dando sinais importantes; reclamando muitas vezes da sua falta de visão e mesmo assim não se afasta de você por qualquer motivo; a saber; você gera também um fruto que jamais viu; você tem causado boas impressões, tem ajudado nas belas mensagens, tem sonhado e levado seu sonhos a outros; isso é incomparável.
Por que se sentir sozinho? Por que pensar que jogar tudo para o alto vai ser melhor? Você vence todo dia, você soletra a vida calmamente e nem percebe quão grande é esta satisfação. Eu não sei se você entendeu tudo isso, minhas palavras, minhas formas filosóficas de pensar, mas de algo eu sei; que as veredas se apresentaram a você e mais ainda; você é o próximo campeão da vida.
(Escrito por Paulo Zamora em 29 de Março de 2009)

Vencendo com humildade
Ocasionado à falta de paz é algo interno, provocado pela própria pessoa, na maioria dos casos, acho interessante como o Escritor e Psiquiatra Augusto Cury trata as pessoas de acordo com seus livros, sempre deixa com maior clareza que deveríamos construir prédios nos terrenos dos sentimentos; vejo dessa forma, fala da tecnologia existente hoje, embora as pessoas estão investindo menos, cada vez menos nos assuntos e comportamentos mais importantes de uma vida. Hoje, lendo uma revista famosa encontrei uma entrevista com esse grande profissional dos sentimentos, homem que desvenda grandes sentidos e razões para levarmos uma vida saudável emocionalmente, sabe o que mais me chamou a atenção? Ele disse que prefere o anonimato, por assim dizer, leva seu conteúdo a outros na forma escrita, tenta ajudar de muitas maneiras e não se importa em mostrar sua imagem, ou seja, aparecer na televisão e outros meios de comunicação; o mesmo já vendeu mais de dez milhões de livros no Brasil, e essa humildade é fruto de uma pessoa realmente sábia no mundo dos sentimentos; eu também tenho me preocupado pouco em aparecer, prefiro que as pessoas conheçam meus poemas e reflexões do que a mim mesmo, amo levar a elas meu trabalho, e sei que o intuito é de alguma forma alcançar algo em seu coração, que toque e faça pensar nos conceitos e comportamentos existentes; tenho feito isso de vários modos, um deles, talvez o veículo mais importante no meu casa, A INTERNET; que têm me dado o prazer de levar a outros minhas obras, meus pensamentos, minha liberdade de expressão; quero sempre estar falando com o leitor de coisas de amor, de um novo mundo, dos frutos gerados pelos alvos e objetivos concretizados. Todo mundo muda quando quer, quando sente a necessidade de ser melhor, de ter mais qualidade no que faz e pensa; criando para sí mesmo uma longevidade, mesmo sem perceber essa realização.
Quando iremos buscar prontamente sermos diferentes? Os normais não são os gananciosos, os estúpidos, os que andam sempre correndo porque o tempo lhe é curto, podemos ser diferentes, mais verdadeiros, podemos ter momentos longe dos relógios.
Há tarefas a cumprir, eu sei, mas uma tarefa interessante é saber que o relógio foi criado pelo ser humano e não o ser humano foi criado pelo relógio, tudo deve ser no seu tempo, a profissão nunca foi e nunca será mais importante do que os sentimentos existentes em alguém. Separe o essencial do que é primordial, e saberá exatamente o que acontece quando tomamos outras medidas possíveis. Ler é saúde. Ler é encontrar solução. Ler é manter o equilíbrio. Ler é vida. Um dia vai me entender, estou certo disso.
Algumas coisas se tornam ilusões porque depositamos muito tempo a pensar ou agir de acordo, como por exemplo o sexo, algo preciso, necessário e quando mau usado gera uma cadeia mental; se torna vício e então passa a prejudicar, mas a pessoa raramente cai em sí.
É bonito ver jovens com alvos de faculdades, preocupados com seu futuro, outros ainda criando sempre novos alvos, isso faz a vida ter sentido; mas é compreensível que pessoas diferentes possuem alvos diferentes...
Os alvos dos outros não precisam ser como os seus, nem os seus como os deles. Chega dessa coisa de ficar tentando mudar as pessoas, dê apenas bons conselhos, afinal, todos arcamos com nossas responsabilidades de uma forma ou de outra; escuta conselhos quem quer, ensinar demais os outros trás um atraso impercebível, por isso todo cuidado ainda pode ser pouco; deixe de vez em quando uma reflexão de vida encima da mesa, ou perto da garrafa de café, ou as vezes deixe uma pergunta reflexiva no ar; faça as pessoas raciocinar de forma mais leviana, talvez seja possível ganhar um coração.
Como se sentir em família? É quando notamos que as pessoas apesar dos defeitos estão dispostas a compreender, quando fazemos algo juntos, quando saímos ou assistimos a bom filme, sei lá, tem coisas que não precisam ser escritas ou dificilmente desvendadas; o fato é que fazemos por onde.
Outro dia cheguei numa casa, encontrei na rede da varanda o neto de vinte anos deitado e abraçado com seu avô, aquilo que chamou a atenção, porque há idade para fazer um carinho, todo momento é propício para expressar sentimentos, dizer que ama, que a presença faz bem, que amigos verdadeiros precisam de uma amizade adulta para ter sucesso; amigos ou inimigos (Não devemos ter inimigos) começam dentro de casa, em casa aprendemos os principais comportamentos os quais compartilhamos com o mundo.
Outro dia fui a uma sorveteria e fiquei observando os comportamentos diversos, até mesmo aquele em que a pessoa vai ao balcão e pede um sorvete, todos possuindo uma educação diferente, mas poucos não cordiais, mesmo sendo pessoas que não sabemos como são em casa, mas ali usam uma forma educada para pedir o sorvete, e por que não podem ser assim sempre, criando um ritmo de vida onde a compreensão comanda e muitas vezes a misericórdia.
Se sou um pensador, poeta, escritor, sei lá como fazer outras definições, me importo em levar amor, independente de como sou chamado, saber que alguém pôde por um momento pensar sobre uma decisão que o fará uma pessoa melhor, nenhum valor financeiro paga um momento desses. As pessoas querem sempre saber se tenho um grande amor, uma grande paixão; até o presente momento minha paixão maior é pela vida, meu grande amor é para com Deus, que habita nos mais alto céu e ilumina-me nos momentos mais difíceis da minha vida; o que podemos sentir por outra pessoa vêm depois desses sentimentos citados agora.
A valentia não serve para nada. É possível pensar antes de falar ou agir. Você comanda sua personalidade, para cultivar raiva, medo ou algo assim? Pra que tentar resolver as situações sempre com posição de superioridade? Os humildes vencem mais, isso não sou eu quem estou dizendo, tente olhar ao redor, pesquise os fatos, e veja de perto o que acontece. Que tipo de pessoa você quer sempre ser?
Pessoas positivas encontram mais força nos instantes de desprazer; pois sabem que a vida é mesmo feita de lutas e conquistas, onde existem fracassos, podendo não haver derrotas. Um lindo trabalho que me chama a atenção, é o feito por um grupo chamado “POESIA NA ESCOLA”, um projeto desenvolvido por pessoas preocupadas em levar aos jovens palavras de amor e incentivos, tive o maior prazer de conhecer dois desses componentes por nome de Altair Ferreira e Gleyci Nonato, ambos poetas e escritores talentosos, pessoas com uma sensibilidade aguçada e aprovada pelos alunos por onde passam, sem contar que lendo um de seus livros percebo a participação do aluno em fotos e na escrita, realmente é um projeto marcante para um mundo nas formações atuais. O jornal do estudante trás a certeza de que falar de amor e poesia dá certo, e eles têm provado isso. (Componentes do Projeto Poesia Na Escola da cidade de Coxim MS)
Portanto, entre tantos assuntos podemos falar de amor a pessoas de mais idade, para as crianças, enfim; para todos, porque já nascemos com sentimentos e usá-los durante a vida nos fará campeões em muitos momentos importantes.
Seja humilde e aprenda a viver.
(Escrito por Paulo Zamora em 18 de abril de 2009)

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“EU QUERO TE AMAR”
(Incluindo o poema “AMOR IMPERATIVO” escrito em parceria com o amigo Alex F. Soares)
Novo Cd Com Seleção de Poemas de Paulo Zamora (2008-2009)
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Participações: João Carlos de Souza (Radialista- Band FM), Larissa Dandara, Célio de Barros (Poeta e Radialista- Rádio Difusora AM), Carlinhos Albert (Radialista- Rádio Três Lagoas FM), Jean Carlos (Radialista- Rádio Três Lagoas FM), Verena Venâncio (Poetisa e Professora), Alex Fernando Soares e outros...

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Orkut: Paulo Zamora
Orkut: Um poeta de Três Lagoas MS

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GRATO.
Paulo Zamora 2009

Foto de Agamenon Troyan

AS MAIORES RIQUEZAS

AS MAIORES RIQUEZAS

Pascoalzinho (nascido Alcides Alves da Silva) em Machado-MG, em 1952 é muito conhecido por sua alegria e pelo amor às antigas tradições. O apelido veio do avô, o Sr. José Lourenço da Silva. Aos seis anos perdeu sua mãe – Rita Alves da Silva – sendo criado por sua madrasta. Do pai herdou a profissão de pedreiro e a arte de consertar relógios e sanfonas.

Seu pai lhe deu de presente uma “pé de bode” – antigo modelo de sanfona. Aliás, foi graças ao irmão Dionísio – lassallista que lecionou no Colégio São José – que Pascoalzinho aprendeu a dominar este e outros instrumentos. “Meu pai não teve estudo; aprendeu tudo de ouvido: na escola da vida”, e completou: ”Na minha infância a gente caçava rãs, saracuras, onde hoje é o campo do Guarani. Tinha leite à vontade, vendido em carroça e hoje, praticamente, não se vê mais isso.”

Nos anos 60 foi carroceiro e, juntamente com alguns amigos dragava a areia do leito do rio Machado com tração de muares. Em 1968 um triste episódio abalou a cidade: seu amigo Marcelo estava atravessando o rio com uma tropa, quando inesperadamente todos foram arrastados pela correnteza. Seu corpo foi encontrado cinco dias depois...

Casado com Pedrina de Fátima Moura da Silva e pai de quatro filhos, Pascoalzinho vem se dedicando à montagem artesanal de cata-ventos, birutas; instrumentos de percussão e carros-de-boi feito de madeira. O amor e a dedicação pelas tradições folclóricas o levaram a fazer parte – como sanfoneiro – na Companhia de Reis do Jamil.

Fonte: Fanzine Episódio Cultural

Foto de lua sem mar

lua

“Ilha dos Amores”

Ilha dos Amores um local magico, no meio do nada.
Onde o céu não se pode pintar.
Céu cheio de estrelas com uma lua enorme a nos iluminar.
Um local magico rodeado de mar onde relógios não há, o tempo não vai passar.
Se fores como eu também lá vais querer ficar, também lá vais querer Amar.
Poderei levar-te comigo, pois contigo me sinto forte, és o meu porto seguro.
Levarte-ei comigo ao local das mil cores.
Os nossos vulcões nunca serão adormecidos, nesse local o teu vulcão incendiarei.
Meu vulcão irás despertar ou até mesmo incendiares quando perto de mim chegares.
Nesse local te quererei imensas vezes, imensos dias, pois relógio não tem.
Vem comigo há ilha dos Amores, há terra das mil cores.
Vem sentar-te há beira-mar, olhar o horizonte, vem pensar como é bom ali estar.
Vem olhar o horizonte e ver como seria bom nunca nos ausentar-mos, nunca abandonar-mos aquele local tão cheio de magia e mistério.
Vem comigo à terra das mil cores, Ilha dos Amores.
Ali vou ficar sempre a te esperar, nos teus braços me incendiar, a ti quero Amar.
Dias e noites, noites e dias sempre sem nunca me ausentar, sem nunca parar de te desejar.
Aquele será o nosso mundo, mundo onde estaremos só nós os dois, as portas serão fechadas e nós iremos lá ficar.
Nessa Ilha estará sempre tudo bem, tudo teremos para nos completar.
Na tua ilha hoje entrei, na minha ilha hoje entraste.
Vem comigo há ilha dos Amores, há terra das mil cores.
Vem comigo há terra das mil cores, Ilha dos Amores.

Deixo-te a promessa de lá voltar.
Deixo-te a promessa de lá te levar.

Foto de Lonely_Eagle

Como me tornei Executivo III

Como estava contando no episódio anterior, no final de 1979, tive de enfrentar novo desafio. Descobriu-se q a Divisão de Finanças não vinha calculando corretamente o crédito de insumos (Matérias Primas e Materiais de Embalagem) usados em Exportações.... Explicando:
Normalmente qdo uma empresa compra Mat Primas ou Embalagem,
ela se credita dos impostos q vêm inclusos na NFF, e se debita na NFF de venda do produto final. Mas, como no caso dos defensivos agricolas, o produto final não é tributado, como forma de incentivo aos agricultores, a industria não se creditava qdo da compra dos materiais, pq ela não se debitava na saida. Porém, se tratando de exportações, como não fazia sentido exportar imposto havia uma necessidade de se calcular o imposto e se creditar...
E como;
-a nossa fábrica destinava 40% da nossa produção à Exportações;
- podiamos produzir 15 000 t/ano de Fungicidas à base de Cobre!
-nossa principal mat prima, Sucata de Cobre, era comprada à vista
e paga cash, custando US3000/ t, com consumo de ca. 500 t/mês.
- e isso fora as demais Mat Primas e Embalagens....
Peço desculpas pela explicação financeira acima, mas os valores de
q estamos falando são significativos, cerca de US$ 250 a 300 mil/a em tributos. Qdo se descobriu q o pessoal de Finanças não estava calculando corretamente os valores dos créditos, imediatamente começou uma discussão de quem é q saberia e poderia fazer tais cálculos... Bom vcs já devem ter advinhado quem foi o premiado!
Foi aí q passei o meu primeiro Natal fazendo Hora Extra.. Todas as Fábricas do Complexo pararam de trabalhar, dia 20 de Dezembro. Nosso churrasco de final de ano foi no dia 22... Eu parei no dia 23
qdo passei o útimo telex para SP informando os valores corretos!
Tinha conseguido marcar um tremendo Gol (US$150 mil a mais no Resultado da Divisão daquele ano) e descobri q tinha uma linha só minha, na D R E (Demonstração de Resultados do Exercício) da cia. Me senti muito importante, principalmente pq durante o churrasco de final de ano recebi um elogio do Gerente Industrial da Fábrica... E receber elogio de suiço é uma das coisas mais dificeis, pq para os
mesmos se vc fez bem a sua tarefa, cumpriu com a sua obrigação!
Para ser elogiado e públicamente como foi o caso, vc tem q fazer o maior feito q se possa imaginar. Pra eles tudo tem q funcionar bem.
Eles são relógios perfeitos, são suiços!!!
Bom a partir dessa data, eu já tinha conseguido justificar o salário q recebia e a partir daí comecei a minha ascenção dentro da cia...
No próximo texto irei contar como foi a minha primeira reunião em SP na matriz, rsrsrs .... Foi ótima!!!
continua...

Foto de Miraene

Amanhã será diferente

Não quero que ninguém me diga o que fazer.
Amanhã não quero ser, nada do que fui ou que sou.
Hoje não quero dormir, vou amanhecer.
E de manhã farei um novo sonho.

Nada de relógios desta vez.
Não quero pensar no tempo como um inimigo.
Quero esquecer casas e nomes.
E refazer amigos.

Não quero nada do passado.
Quero fazer nascer EU.
Não quero fazer nada errado
Mas errar por acertos meus.

Não quero saber de nada.
Nem meu nome, nem minha idade.
Não quero lembrar páginas viradas.
De um livro que ainda não li.

E por fim, não quero ser diferente.
Porque de diferente, tem muitos por ai!

Foto de Gideon

Amor sem rimas

O nosso amor não tem rimas.
Um dia brigamos, outro rimos.
Uma vez amamos outra nem falamos.

O nosso amor não tem regras.
Às vezes queremos estar juntos
outras quando um quer o outro nega.

O nosso amor não tem nexo.
Inclusive esse termo tem um "x"
que dá um sentido sonoro e enfático.
É assim o nosso amor, enfático
como o "x" do nexo, que sempre desprezamos.

O nosso amor é legítimo mas roubado
de quem agora luta para recuperá-lo
uma vez que o desprezou por não aceitar
uma maneira diferente de amar.

O nosso amor não tem rimas.
Não queremos métricas nas poesias
nem que seja um simples poetrix, e lá vem o "x"
que lembra, de novo, o nexo que sempre desprezamos.

O nosso amor não tem pressa.
Prás bufas com o tempo...
Não queremos relógios e nem contra-tempos,
mas lembrei que não posso rimar
pois o nosso amor prá isso não dá tempo.

O nosso amor não tem nexo
mesmo que seja prá vitrine
para os outros apreciarem...
Que se dane o "x" enfático desta rima
querendo vir do nexo que sempre desprezamos.

A métrica do nosso amor
não vem da poesia, que não tem nexo,
e muito menos da vida de ponta-cabeça,
que queremos, quando se tratar de amar, pelo menos.

O nosso amor não tem rimas e nem melodias.
Ah, prá descontar às vezes levo um blues de dia
no sax dengoso com som meio que melodioso,
mas sempre abusando das comas
prá lembrar que é assim o nosso amor...
sem nexo, rima, sem métrica, mas com manha.

Ih, quase rimei a nossa vida
pois na estrada dos outros,
pé lá e pé cá, temos que pular
para não ficarmos quadradinhos
parecendo patricinhas e mauricinhos.

O nosso amor não tem rimas e nem piadas
prá fazer rir quando estamos nos tapas
ou quando estamos sem mesadas.
O nosso amor tem algo mais profundo
que faz as nossas vidas fundirem-se no nosso mundo.

Vejam como não tem nexo o que falamos.
Juramos nossa poesia não rimar,
mas quando se trata de amar..
haja esforço para nessa armadilha
não cair e nem tropeçar.

Foto de Sirlei Passolongo

Dê uma pausa

Dê uma pausa em sua vida...
Dê uma pausa que seja...
Uma pausa pra refletir
Uma pausa pra agradecer
Uma pausa para pedir...
Mas dê uma pausa pra você.
Uma pausa para dizer: eu te amo...
Uma pausa para olhar-se e admirar-se
Uma pausa pra sonhar e renovar-se
Dê uma pausa, esconda os relógios,
Dê uma pausa no que estiver fazendo...
E pense em tudo que tem deixado de viver
Simplesmente, pra não perder tempo.
(Sirlei L. Passolongo)

Ótimo fds! bjs

Foto de Sandra Ferreira

Joguei fora...

Chorei, chorei

Perguntado onde errei

Que pecado mortal cometi

Que não possa existir perdão, compreensão…

Deixei que o sofrimento tomasse conta de mim

Fiquei na solidão, quis sofrer, chorar,

Dar oportunidade a meu coração

De se mentalizar que os sonhos

Terminaram, não se realizaram…

Joguei fora todas as recordações

Cartas, poemas, livros, relógios

Não quero voltar a recordar

Palavras de amor

Que caíram num silencioso vazio

Fazendo me acreditar

Que tudo que ouvi e li não era verdade

Fruto talvez da imaginação

De um coração, cansado e talvez errado

Que hoje está desistindo de encontrar a felicidade….

O destino quis assim

Bonita por fora como tantas vezes referis te

Mas vazia por dentro….

Foto de Henrique Fernandes

PROVAR A NUDEZ DOS DESEJOS

.
.
.

Sem lume nem lugar esfrio num grito
Libertador de ódios entranhados no ego
Gritado num túnel sem fundo de revolta
Por não provar a nudez dos meus desejos
De prazeres que me iludem e vivo no irreal
Procurando o precioso que revele quem sou
Num momento raro que me distinga no que sou
Para que me resgate de todos os meus enganos
E desenganos por ilusões que se vão evaporando
Pelos confins ácidos dos meus ecos mudos
Uma forma de nada adoece a minha forma de ser
Meus dias passam devagar por relógios apressados
E meus gritos de raiva rebentarão noite fora
Fugindo ao terror do pouco que invade o meu olhar
Descaio desnaturado em fantasias sem retorno
Forjando a minha grandeza limitada por erros
Consumada de miudezas acumuladas numa muralha
Que sacudo com a agitação de não ter nada
Confessando ás montanhas as intenções atordoas
No meu corpo sufocado num palco desiludido
Desaprovando mentiras que arremessam para longe
A verdade simples com que a vida se desenrola
Quero ganhar o meu tempo e salvar a minha vida

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