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Sem lume nem lugar esfrio num grito
Libertador de ódios entranhados no ego
Gritado num túnel sem fundo de revolta
Por não provar a nudez dos meus desejos
De prazeres que me iludem e vivo no irreal
Procurando o precioso que revele quem sou
Num momento raro que me distinga no que sou
Para que me resgate de todos os meus enganos
E desenganos por ilusões que se vão evaporando
Pelos confins ácidos dos meus ecos mudos
Uma forma de nada adoece a minha forma de ser
Meus dias passam devagar por relógios apressados
E meus gritos de raiva rebentarão noite fora
Fugindo ao terror do pouco que invade o meu olhar
Descaio desnaturado em fantasias sem retorno
Forjando a minha grandeza limitada por erros
Consumada de miudezas acumuladas numa muralha
Que sacudo com a agitação de não ter nada
Confessando ás montanhas as intenções atordoas
No meu corpo sufocado num palco desiludido
Desaprovando mentiras que arremessam para longe
A verdade simples com que a vida se desenrola
Quero ganhar o meu tempo e salvar a minha vida
Comentários
Jorge p/ Henrique
Vila Real e Algarve, Norte e Sul, dois extremos... eu diria que a sua e a minha maneira de escrever poesia não têm extremos, talvez fiquem no centro… pois identifico-me com a sua maneira de se exprimir (tirando as quadras, não as faço). Este meu comentário também é válido para todos aqueles poemas que votei e não deixei comentário… boa sorte no seu livro…
Jorge Oliveira
Jorge Oliveira
Henrique Fernandes
Intenso da primeira a última palavra...
Pega-se na alma como um acordar...
Adorei...
Abraços
~;-)
Sra. Morrison
Sra. Morrison