AS MAIORES RIQUEZAS
Pascoalzinho (nascido Alcides Alves da Silva) em Machado-MG, em 1952 é muito conhecido por sua alegria e pelo amor às antigas tradições. O apelido veio do avô, o Sr. José Lourenço da Silva. Aos seis anos perdeu sua mãe – Rita Alves da Silva – sendo criado por sua madrasta. Do pai herdou a profissão de pedreiro e a arte de consertar relógios e sanfonas.
Seu pai lhe deu de presente uma “pé de bode” – antigo modelo de sanfona. Aliás, foi graças ao irmão Dionísio – lassallista que lecionou no Colégio São José – que Pascoalzinho aprendeu a dominar este e outros instrumentos. “Meu pai não teve estudo; aprendeu tudo de ouvido: na escola da vida”, e completou: ”Na minha infância a gente caçava rãs, saracuras, onde hoje é o campo do Guarani. Tinha leite à vontade, vendido em carroça e hoje, praticamente, não se vê mais isso.”
Nos anos 60 foi carroceiro e, juntamente com alguns amigos dragava a areia do leito do rio Machado com tração de muares. Em 1968 um triste episódio abalou a cidade: seu amigo Marcelo estava atravessando o rio com uma tropa, quando inesperadamente todos foram arrastados pela correnteza. Seu corpo foi encontrado cinco dias depois...
Casado com Pedrina de Fátima Moura da Silva e pai de quatro filhos, Pascoalzinho vem se dedicando à montagem artesanal de cata-ventos, birutas; instrumentos de percussão e carros-de-boi feito de madeira. O amor e a dedicação pelas tradições folclóricas o levaram a fazer parte – como sanfoneiro – na Companhia de Reis do Jamil.
Fonte: Fanzine Episódio Cultural