Razão

Foto de POETAREMOS

Rosa morena

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Rosa morena

Ao vender diamantes
Morenice dos risos
Feito sereia de asas
Não depende do mar
Muito antes da saudade
Amarelo era o lugar
De cantos de encantos
Chegadas e idas
Flores e cravos de espelhos
Influências no balcão
Um olhar vale o perigo
De silenciar a razão
E partir ao nada
Rumo à loucura sem freio
A testemunhar no jardim
Os passos sincronizados
Com aval das deixas
A sereia muito após
Longas passadas de sol
Bateu na fonte do ciúme
Com finalização de unhas
Deslizaram na pele em uso
Com respiração ofegante
O olhar marcou datas
De encontros de lua
Um convite rasgou o tempo
Mais uma vez o olhar
De uma situação de deixas
Abonada pelo destino
Os segundos apadrinhou
Os fatos desta cena
De tão real ao sonho
É proibido tocar
Bastou mais a noite
Mais calor nos atos
Já no jardim dos encontros
A curiosidade e o cio
De uma entrega plena
Ignorando os presentes
Rumar ao bel prazer
A renúncia desta opção
Clara demais aos surdos
Nesta cegueira de permissão
Sem somar nada ao nada
A porta destrancada
Anunciava o convite molhado
Já elaborado muito antes
E deste que por capricho
A sereia morena de presente
Embalada na casa quimera
O prazer selvagem em espera
Fez render contradições
No jardim a rosa
Pode valer menos.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Chácara Sales

VIDA

"Tudo o que aqui se vive
Tem fundamento e razão,
Basta entender-se a vida
Pra não cair numa eterna solidão".

*Autor: Chácara Sales

Foto de Thyta2000

Dias tristes sem você

Dias tristes sem você
By Thyta

Dia longo sem você,
Tudo escuro, sombrio...
Espantosamente triste.
Nem consigo entender
Como posso amar tanto
Deixar a razão fugir
Elevando-me ao pranto.

Grito com a alma
Mas não estas a me ouvir,
Olho para todo canto
Não há ninguém aqui!

Preso no peito, um soluço.
Nem consigo chorar,
A dor me castiga
Como se quisesse me devorar.
A luz que um dia
Pra mim sorria,
Hoje só me faz calar,
Nem o espelho amigo,
Esta a me engraçar.

Meu coração não pode comandar
Nem impedir-me de te amar,
Porem como eu poderia saber,
Que por você,
Somente por você
Ele pulsaria como louco
Tentando me enlouquecer?

Diz-me o que faço agora,
Na calada da noite sombria,
Em que são tristes...
Muito tristes os meus dias...

Foto de Thyta2000

Sou fogo em mulher

Sou fogo em mulher
By Thyta

Sou mulher
Lua quente
Maça carnal
Espesso aroma de flor

Meu beijo percorre o infinito
Em fogo eloqüente na leveza de um vôo
Acende e inevitavelmente
Nossos corpos se unem num só mel.

Meu amar é uma viagem
Onde a noite esplendida
Aflora os sentidos
Ar opresso pelo caminho do sangue
Onde sou fogo
Você a razão...

Foto de Sonia Delsin

OS DEDOS DO DESTINO

OS DEDOS DO DESTINO

Tínhamos que nos encontrar.
Os dedos do destino tracejavam.
Nas cortinas do infinito rabiscavam.
Nossos nomes juntinhos.
Uma vivência?
Um tempo?
Uma experiência?
Que posso dizer de nós?
Que somos lindos?
Que estamos prontos?
Posso dizer que nos encontramos.
Que caminhamos...
Talvez buscando uma estrela longínqua.
E o brilho dela está sendo a razão de nossos dias...

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

DESERTO INABITÁVEL

DESERTO INABITÁVEL

Calmo, insuportável e monótono pensar...
Onde se faz noite meu entardecer
Onde reconheço este meu pesar
Dor incalculável do meu ser
Meu corpo não sei bem certo
Ferido, desprovido de desejos incorretos...
Deserto inabitável de segredos e lar perverso
Tenho tamanha admiração e tristeza no coração
Qual estrada comprida e abrigo no sótão
São tantos chãos e mares sem razão
Não se pode descrever nem explicar a solidão
Sangue derramado nas areias da dor
Ironias desta vida desencontros do amor
Deveras estas dunas tivessem sentimentos
Mas sois corpos minúsculos, vulneráveis e ventos...
Pobres areais sois injurias e lamentos
Não podeis conhecer o final desta estrada
São avenidas de veias sofridas
Nem o sol nem o mar é maior que o desengano
Então por que fazermos planos
Todos caminhos são inversos de compaixão
Recordar talvez seria plantarmos uma flor
No deserto inabitável deste nosso coração.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Julho de 2002 no dia 21
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Caroline PereiraCorrêa

O Enamorado Amante

O Enamorado amante

Uma bela moça Pastorela;
Morrera de amor, em coro de amore,
Pelo desgosto de amar e ser abandonada,
Por um belo formoso que partiu pra entregar-lhe de corpo e alma a uma dama.
Pastorela duma paixão incorrespondida,
Vivera sofrer da ausência do amigo amante.
Pastorela por ironia do destino, encontrara um boêmio que fizera juras de amor.
Um boêmio lhe tinha uma afeição quão grande,
Declamava seu amor e encantamento.
Pastorela entrega-se de corpo e alma a este boêmio apaixonado.
Vivera um grande amor de primavera, chegando o inverno sombriu, num dia chuvoso o belo formoso o avistou,
Pastorela perdoe-me, senti o quão grande o amor que me tinhas,
Percebi o quanto o seu amor tinha duma importância em minha vida.
Ó quão desprezo senti em minha alma por ti.
Estou infinitamente enamorada pelo boêmio sentimento mais profundo de contemplação de minha alma não há primavera mais bela que vivera.
Amor avassalador que perdi minha razão, minha alma.
Você profano, inútil dizer, não há compreenderas, meu Senhor a este amor de minha própria alma.
Desgraçadamente não viverás.

Autoria: Caroline Pereira Corrêa

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CONVIVER COM A SOLIDÃO

CONVIVER COM A SOLIDÃO

Há quem me dera saudade
Não sofresse por ti, e...
Despojasse de minha carne
Tudo aquilo que senti;
Quem me dera...
Pergunto sem interrogação,
Pois quem me ouve
Jamais sentiu algo assim,
Se ti absolvesse
De qualquer culpa, tal saudade...
Estaria traindo o que já vivi,
Mas já não morro
Por ti novamente
Nem te quero pra perto de mim;
Às vezes penso saudade
Que não te quero por maldade
Ao desprezar-te com razão
É que ao lembrar-me do passado
Posso ver-me condenado
A conviver com a solidão.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Agosto de 2003 no dia 16
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CLARABÉLA

CLARABÉLA

Não há mais canto de um pássaro
Não há mais canto;
Só a lembrança de um choro
De criança sem acalanto;

A solitária prisão de uma gaiola
Amanheceu gritando de saudade
Do canto majestoso que se foi
Recebendo de presente à liberdade;

Como carta desprezível de alforria
Assinada e concebida pelo tempo
Desapareceste nesta tua valentia
Na incumbência de um falso juramento;

Predestinada pela fria natureza
Cumpriste com brio a tua obrigação
Teu canto sofrido de uma rara beleza
Calou-se pra sempre me trazendo à solidão;

Onde repousas pequena Clarabela
Meu ouvido reclama o teu canto
Diga-me e juntarei as tuas cinzas
E de min’halma extirparei meu pranto;

Pudera fosse eu o Criador
E não partirias do meu lar sem razão
E arrancaria do peito tamanha dor
Trazendo de volta teu canto em meu coração.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2002 no dia 14
Itaquaquecetuba (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

CHALEIRA NA MÃO

CHALEIRA NA MÃO

Lá vem Gesmar
Com a chaleira na mão
Após um trago de cigarro
Lá vem Gesmar...
Com a toalha e sabão.

Lá vem Gesmar
Com a chaleira na mão
E o olhar desconfiado
Meio que contrariado
Tomar banho de calção.

Lá vem Gesmar
Água fervendo no fogão
Discutindo com a Dita
E o caçula que irrita
Assim vem o tar Gesmar...
Com a chaleira em sua mão.

Lá vem Gesmar
Com a chaleira vazia
Depois do banho bem tomado
De caneca e bacia
Lá vem Gesmar
Todo cheio de razão
Com a chaleira em sua mão.

Homenagem a Gesmar José da Silva

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Novembro de 2002 no dia 21
Itaquaquecetuba (sp)

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