Propriedade

Foto de lua sem mar

"Mestres de mim"

"Mestres de mim"

Escondo-me nos teus olhos,
Em teu lindo olhar terno,
Refugio-me na tua boca,
Em tuas doces palavras.
Declarações e apelos a mim,
Como num sonho estivera,
Numa madrugada sorridente.
Na pele morena e macia,
Com toque suave de bebé.

Aprecio tuas mãos que me aquecem,
Me deixam longe e fora de mim,
Como se de um homem falara,
Um mestre e,
Um senhor para mim!
Madrugada que me acolhes,
Me ouves delirar para a lua,
Com versos e prosas,
Mas de alma nua!

“Com amor te apelo,
Oh mar de grandeza,
Volta, corre para mim,
É meu espírito que reza.”

“Oh senhor, meu mestre de sabedoria!
Meu corpo e paixão,
Já não são propriedade minha.
Me sorri como Rei de outrora,
És tu que minha alma devora…”

Quatro badaladas de um sino,
Onde meu corpo não aguenta,
Mas meu coração faz a prece:

“Oh senhor,
Deus de nós!
Acalmai minha dor,
Deste meu coração feroz,
Fazei-me feliz,
A pequenina sorridente,
Como menina contente.
Olhai para mim Senhor!
Tão apaixonada e magoada,
Pela dor provocada.”

Meu pai que já partira,
Ouço tua voz,
Quando ensonada,
Tuas historias me embalavam,
E meu cabelo tocavas,
Era eu uma criança,
Feliz e muito amada.
Hoje sinto-me só,
Mas muito apaixonada.
Como nos teus contos de fada,
Rainha, princesa,
Era eu abençoada…
jnh

Foto de Edevânio

A VERDADEIRA LOUCURA DE CHAPEUZINHO.

SÉRIE PLACEBO
Episódio Um
A Verdadeira Loucura de Chapeuzinho
Edevânio Francisconi Arceno

Dias atrás, estávamos passando pela sala quando ouvimos uma chamada de um filme na televisão: “Deu a Louca na Chapeuzinho”.Achei curioso, é claro que hoje em dia é muito comum retornar à moda coisas antigas , com uma roupagem totalmente moderna e as vezes até surreal, mas até contos infantis? Então resolvemos assistir. O Filme não tinha nada a ver com a versão antiga, até a história foi mudada. A chapeuzinho era a suspeita número um de estar trapaceando para obter vantagens em cima dos deliciosos docinhos que ela transportava em meio a floresta. Apesar da dinâmica surpreendente do filme, a crítica achou que ele retirava o brilho e a inocência da história, que por décadas vem alimentando nossas crianças e até mesmo nossas ex-crianças. Porém, isso não é nada comparado à verdadeira e triste saga da menina Chapeuzinho Vermelho. Preparem-se e entendam que apesar de ignorarmos certos problemas e mazelas sociais, eles existem, estão lá e depois deste relato, você poderá até fazer de conta que é só um conto, mas no fundo você sabe que tudo pode ser real!

A Chapeuzinho como vocês bem sabem, era uma linda garotinha que incansavelmente todos os dias levava docinhos para a vovó, e no trajeto vivia mil e uma aventuras.Acontece que as idas até a casa da vovó foi diminuindo, não por uma razão especifica, mas várias. A primeira delas é levar para a vovó o que? Sua mãe teve que trabalhar para ajudar a suprir as necessidades do lar, pois seu marido estava muito doente. Sim, o pai de chapeuzinho era um homem muito doente, se é que um alcoólatra pode ser designado assim. E como todo alcoólatra, uma das primeiras coisas que perdeu, foi o senso de responsabilidade. Responsabilidade com a família, com o trabalho e por fim com a sociedade. Diante disto, a mãe de chapeuzinho não teve mais como fazer docinhos para a vovó, pois começou a trabalhar dia e noite, muito mais a noite.

Cada vez que sua mãe se preparava para trabalhar, Chapeuzinho a abraçava como se fosse a última vez. Depois que a mãe saia, Chapeuzinho ouvia a voz de seu algoz, que se disfarçava de pai e culpava a bebida por seus crimes: ___ Filhinha vem com o papai, vem. Chapeuzinho então mais uma vez se submetia a perversão do seu inescrupuloso pai, que vinha abusando da pequena e indefesa filha a muito tempo. Mesmo ainda quando entregava docinhos para a vovó, era estuprada e obrigada a sair correndo pela floresta dizendo que havia sido vítima de um grande lobo. Você deve estar se perguntando, porque ela não denunciou este monstro. Acontece que o monstro morava com ela e dormia com a mãe dela e as ameaçava dizendo que mataria ambas se falasse. Depois que sua mãe começou a trabalhar a situação ficou insuportável. Chapeuzinho decidiu dar um basta, tinha que fazer algo para minimizar seu sofrimento, então conheceu o mundo das drogas e logo ficou viciada em “Crak”, uma droga de fácil acesso e extremamente destrutiva. Ela agora se submetia aos desejos criminosos de seu pai, completamente drogada, para proteger a si mesmo e sua mãe. Também começou a se prostituir em meio aos arbustos da floresta, com os caçadores infiéis, tudo isto, para manter o seu vício. Sempre orientada que se por ventura chegasse alguém, ela deveria sair gritando é lobo é o lobo, pois a maioria dos caçadores eram casados e não ficaria bem serem vistos com uma prostituta viciada.

E o caçador herói, onde anda? Cansado de pagar propina aos guardas florestais e entidades governamentais responsáveis pela prevenção das florestas, resolveu fazer um concurso e entrar para este seleto grupo, e logo também se tornou um corrupto. Agora não paga mais propina, apenas recebe! Da prostituição de Chapeuzinho e de muitas outras crianças viciadas, ele apenas cobrava em serviços, nada além de um delicioso...! Quanto aos caçadores, a prostituição também fazia parte de um pacote, com demais itens: podia cortar árvores, caçar, pescar, enfim pagando bem, mal não tem, pelo menos na ótica dele. Chapeuzinho agora estava em um degradante círculo vicioso, se drogava para prostituir, e se prostituía para se drogar.

Em uma de suas viagens alucinantes, lembrou-se do tempo que ainda podia visitar sua Vovó e levar-lhe os docinhos, bons tempos aqueles! Agora existe uma ordem judicial, que a impede de chegar a duzentos metros da residência da vovó, pois segundo o ministério publico, Chapeuzinho tentou culpar um animal conhecido como Lobo, pelos hematomas deixados na Vovó e por furtos misteriosos em sua propriedade. A Justiça não acreditou e chegou à conclusão de que Chapeuzinho era uma ameaça à integridade da Vovó. Ainda bem que temos justiça!

Agora gostaríamos de pedir sua autorização e começar a narrar, na primeira pessoa, pois gostaria de fazer algumas considerações pessoais sobre esta história, da qual fui testemunha e vítima. Primeiramente acredito que as violências sofridas pela menina Chapeuzinho, cujo autor foi aquele que se diz pai, no princípio eram cometidas sem o conhecimento da mãe, mas posteriormente ela soube, porque ela não denunciou? Talvez por medo de ser assassinada por ele, que cada vez mais se entregava ao álcool, ou talvez por medo e vergonha de admitir que o seu trabalho noturno, é tão imoral quanto o modo que Chapeuzinho conseguia dinheiro para se drogar. No contexto dessa inculpabilidade por atitudes erradas e criminosas na qual Chapeuzinho cresceu, tirou dela a possibilidade de valorar o que é moral, ético, certo, errado, justo, verdadeiro, falso, bom, mau, enfim muitos outros atributos disseminados pela sociedade como normas de conduta, ou seja, como ela podia achar que é errado prostituir-se para se drogar , quando era prostituía por seu “pai” , para preservar a vida. Quem culpar? Podemos simplesmente culpar o Estado, sim o Estado, afinal o guarda florestal representa a autoridade do Estado, se ele tivesse cumprindo suas obrigações e evitado que os caçadores se prostituíssem com jovens e crianças, escravizados pelo uso das drogas, o círculo vicioso se romperia e talvez a Chapeuzinho tivesse uma oportunidade. E a vovó, bem a vovó não tem nada a ver com isso, a única coisa que fez foi pedir para Chapeuzinho entregar umas encomendas na cidade, algumas pedras de Crak e alguns papelotes de cocaína. Talvez você não soubesse, mas a “boca de fumo da Vovó” era a mais freqüentada pelos usuários da cidade, e de vez em quando, Chapeuzinho era chamada para entregar droga a domicílio, em troca de alguns míseros trocados. Mas logo a vovó descobriu que Chapeuzinho estava viciada, desde então a menina que gentilmente levava docinhos para a vovó, perdeu sua serventia.

Bem, podemos também isentá-los da culpa e fazer como eles, vamos culpar o “Lobo”, afinal ele é um animal. Ele ameaça seus filhotes e parceiras e às vezes até come as suas crias. Também se escondem em arbustos para atacar e comer crianças desavisadas e depois desculpar-se dizendo que estava apenas caçando. Agride velhinhas inocentes, que não fazem mal algum e ainda rouba a inocência dela. Vocês podem também ignorar toda esta história e simplesmente dizer que tudo não passa de um faz de conta, que isto não é real. Pois não existem pais que estupram filhas, que não existem mães que se prostituem para manter a família, que não existem vovós que aliciam netinhas a se tornarem traficantes, que não existem homens que dizem vou caçar ou pescar e fomentam o mercado da prostituição infantil, não existem autoridades que são coniventes com todo o tipo de crime por dinheiro. E também que neste momento não existem milhares de crianças e jovens se prostituindo para manter o vício. Claro que se por ventura você se convencer de que isto não é um simples faz de conta, e que estas coisas podem existir realmente, não faça como eles, que apenas se preocupam em achar um culpado. Mas se esta história não fez você refletir, reavaliar seus conceitos e ainda quiser um culpado, aceite minha sugestão, culpe o Lobo!

Atenciosamente: Ass. Lobo.

Foto de Registros do Site

Statuto do Site - Postagem de Vídeos

"A Assessoria do Site hoje esta representada na colaboradora Fernanda Queiroz"

Poemas de Amor, site de propriedade de Miguel da Cunha Duarte, na administração de Fernanda Queiroz, vem através deste manifesto, editar as normas para a postagem de Vídeos (Multimídia) a todos os usuários.

Poemas de Amor é um site voltado para a literatura, classificado junto ao MEC ( Ministério da Educação e Cultura ), como um dos melhores sites da internet, leito de promissores escritores.

Divulgado no Portal de Lisboa, como uma oportunidade vigente que desponta e aponta o poeta aos editores.

Poemas de Amor, tem projetos para 2009, em realizar, a edição de Livros Coletâneas, e lançamento de poetas, aproximando cada vez mais dos ideais que todos os poetas buscam, ideais que vão de encontro aos princípios de solidariedade e busca de oportunidades para todos, que prima no caráter de teu proprietário, Miguel da Cunha Duarte

Poemas de Amor tem como ideal, a expressa personalidade de teu proprietário, que é contribuir com a cultura, e o resgate, fazendo de um espaço de registro privado, uma oportunidade de todos em deixar em tuas páginas teu trabalho, tuas inspirações, tua poesia, tua integração, tua colaboração, em poesias, respeito e união.

A categoria Multimídia foi criada com o objetivo de que os usuários postassem ocasionalmente vídeos de tua preferência, porém muitos poetas sabem fazer vídeos e esta categoria hoje se destina quase que exclusivamente aos vídeos de poesias dos usuários, mantendo assim nosso tradicional principio, em sermos poesias, cartas, mensagens, noticias, reflexão e não uma segunda versão de um site com especialidade em vídeos.

Quaisquer vídeos postados serão analisados pela moderação do site os que vierem a denegrir a imagem do site, com imagens de caráter abusivas, serão eliminados e teus editores receberão por e-mails o motivo que se fizer presente, juntamente a uma advertência, qualquer reincidência acarretará a exclusão do usuário, sem nenhuma prévia, ou contato da parte da direção.

Quando menciono acima a palavra “quase”, é porque toda regra tem exceção, ficando qualquer outra que se difere da cita acima, passível de liberação pós consulta a administração do site, pela página de contato, de Miguel Duarte, ou Fernanda Queiroz.

Este é um statuto de normas, que visa manter a ordem e o principio ético, não um tópico de sondagem de preferências, quaisquer divergências só serão, aceitas por contato de e-mails com a direção já cita.

Obrigada
Fernanda Queiroz

Foto de POETAREMOS

A bóia

*
*
*

A entrega dos fatos
Ao capricho da mente
Cria uma ciranda de voltas
Dentro da real chance
De abrir as portas
E fugir desta armadilha
Que criamos ao ´pensar
Na fixa idéia de propriedade
Do que mais queremos
Que não corresponde
A uma virgula da vida
Só o banho da chuva
Pode indicar o caminho
Que todo rio segue
Em profundo silêncio
Até sem o querer
Ele chega ao mar.

Manoel Freitas de Oliveira

Foto de Shyko Ventura

"O Tempo "

O TEMPO...
..."Faz com que o mais profundo corte, cicatrize e feche suas feridas;
... Acompanha o nascer , que influi no desenvolver e que assiste o morrer;
... Que se imperializa sobre tudo e todos;
... Que estipula os momentos e instantes;
... Que prefere atrapalhar nos atrasos;
... Ora a favor, ora contra, mas que mantém as rédeas sob seu comando;
... Faz com que a flôr que morre dê vida a outra, e até mais bela;
O Tempo, o mesmo Tempo, imponente a tudo e que assiste a tudo
com seu domínio absoluto sobre toda a matéria, perde a sua propriedade
sagaz quanto ao amar, pois de todos os tempos que já passaram e que de muitos
esquecí,
O Tempo não faz, esquecer de Você!!"
____________________________________by Shyko11708

Foto de Sonia Delsin

ERGUI UM CASTELO PRO MEU REI

ERGUI UM CASTELO PRO MEU REI

Ergui numa noite um castelo.
Tão belo.
Tão belo.
Caprichei nos vitrais.
Como nas catedrais.
Tão louca fui que pedi tapetes vermelhos.
Pra tu pisares.
E pedi cadeiras lindíssimas pra tu sentares.
Caprichei nos jardins, nos pomares.
A propriedade toda era de um esmero.
Tu me dizias...
Te quero, te quero.
Construí um castelo pro meu rei.
Das ruínas deles o que fiz?
Nem eu sei.

Foto de Sonia Delsin

A CASA MISTERIOSA

A CASA MISTERIOSA

Aquela casa a assustava. Diziam que era assombrada.
Ela dormia no quarto do meio e ele era imenso àquela hora e tão frio. A casa estava gelada.
Tantas lembranças ela guardara daquela casa e agora estava lá. Quem diria que um dia voltaria?
Na parede os quadros ainda eram os mesmos de sua meninice. Os vasos agora vazios estiveram cheios outrora sobre móveis escuros e tristes. Pesadas cortinas também foram conservadas.
O tempo parara ali?
Precisava levantar-se um pouco.
Em dois tempos ganhava o corredor. O longo corredor onde corria com seu irmãozinho Marcos e Paulina, a prima que vivia com eles.
Lentamente Clarice descia as escadas. Degrau a degrau e respirava fundo.
A sala guardaria aquele aconchego? Poderia ainda acender a lareira?
Tropeçou num degrau e respirou ainda mais profundamente.
Um barulho no andar superior fez seu coração disparar.
Sabia que estava só. Seria o vento? Mas a noite parecia tão quieta lá fora.
Lentamente colocou o pé noutro degrau e a tabua rangeu.
Nada demais. O cunhado sempre dizia que casas antigas são cheias de sons.
Ela perdera Bruno numa noite tão chuvosa. Treze longos anos tinham se passado. Exatamente treze anos.
Parecia ter o seu lindo sorriso ali à sua frente. Bruno fora um esposo maravilhoso. O homem que toda mulher deseja encontrar. E ela o encontrara num daqueles bailes de fazenda que se promoviam por ali. Será que ainda existiam aqueles bailes?
Não tiveram filhos. Pena. Se tivessem tido poderia ter o sorriso do pai.
Quando colocou o pé no penúltimo degrau viu uma sombra na parede. Seria uma ilusão de óptica?
Poderia estar impressionada por estar sozinha naquela casa onde vivera toda sua infância e parte da mocidade.
Estalou outra madeira.
Não devia se impressionar já que pretendia passar uns dez dias naquela casa.
O irmão desejava vender a propriedade e ela era contra. Oferecera-se para comprar sua parte e se instalara na casa.
Uma mulher cuidaria da limpeza e das refeições. Florinda não podia passar a noite ali e ela a dispensara disso.
-- Não vejo necessidade. Desta vez vou ficar só uns dias aqui. Ainda vou pensar se vou me instalar de vez neste lugar. Então sim pensarei no assunto.
-- Se a senhora desejar posso encontrar alguém da vila para lhe fazer companhia. Penso que não lhe fará bem ficar aqui sozinha.
-- Não se preocupe. Ficarei bem. Obrigada.
A sala guardava ainda o ar de aconchego, mas estava tão gelada. A lareira apagada e completamente abandonada. Não era usada há anos.
Ela poderia pedir que alguém a reativasse no dia seguinte.
Sentiu uns arrepios quando se aproximou da poltrona azul. Era ali que o pai se sentava.
Olhou na parede o quadro do avô. O avô com seus bigodes retorcidos e os olhos que recordavam Paulina.
Punha-se a pensar em Paulina. Paulina menina.
Correndo pela casa e aprontando das suas.
Paulina no caixão. Tão linda e pálida na imobilidade absoluta dos mortos. A inquieta Paulina só assim pararia e não completara ainda dezesseis anos. Fora velada naquela mesma sala.
Marco chorava tanto e ela se escabelara. A mãe dizia que a prima querida fora encontrar os pais. Por que tinham todos que partir? Os pais de Paulina a queriam?
Ela não entendia ainda a morte. Ia completar quatorze anos.
Marco dizia que a casa ficaria sempre triste sem a linda prima e ficara mesmo.
Ela fora estudar na cidade e morar com uma tia. Acontece que nas férias, num dos passeios à casa dos pais conhecera Bruno. Casaram-se, mudaram-se para o Rio de Janeiro e viajavam muito para o exterior. Ela pouco visitara a casa naqueles anos todos já que os pais morreram alguns anos após seu casamento e Marco se mudara para o Paraná com a esposa. A casa ficara aos cuidados de uma senhora que agora estava velha demais para cuidar dela e o irmão lhe ligara dizendo que seria melhor que vendessem. Ela era contra a venda e por esta razão é que estava ali.
Os arrepios se intensificavam. Parecia ouvir o riso de Paulina, do pai. As zangas da mãe e os gritos de Marco. Marco estava vivo e por isso concluía que estava se deixando levar pela imaginação. Não havia nada ali.
Uma porta bateu forte no andar de cima e ela estremeceu. Um gato desceu correndo as escadas.
Esfregando uma mão na outra ela foi abrir a porta para o bichano.
Estivera fantasiando coisas.
Foi até a cozinha e saboreou lentamente um copo de água. Era deliciosa sempre a água daquele lugar.
Arrastando as chinelas foi subindo a escadaria.
Que tola! Era só um gato. Quando subia a escadaria o barulho recomeçava no andar de cima e isto a assustava. Arrependia-se de ter dito a dona Florinda que ficaria bem sozinha.
Com o coração aos pulos chegou ao quarto e descobriu que as janelas estavam abertas e ela estava certa que as fechara muito bem. Foi fechá-las e pensou que era melhor esquecer aquela estória de comprar a parte do irmão. No dia seguinte partiria para o Rio e colocariam a casa à venda.

Foto de Registros do Site

Normas de Participação - Poemas de Amor

Normas de Participação

Reeditando as normas que estavam postadas em artigos.
Para que esta seja do mais amplo conhecimento e respeito.
A liberdade de se expressar, consiste exatamente em participar, exercendo o respeito comunitário.

Conteúdos gerados por usuários Domingo, 27/01/2008 - 19:37
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Foto de Chuva Heavy

Teimosia

Teimosia
Minha teimosia me espanta!
o que me desencanta é a minha memória
que de hora em hora vem ao meu chamado
está fincado na minha cabeça
sem deixar que eu me esqueça dos sonhos
não realizados...
tantos ...sonhos sem esperança e
o que mais me espanta é minha teimosia
que dia após dia me persegue e
segue em meu encalço
me embaraço ao teimar
em quem sabe,um dia,lhe encontrar...
sim!não...não quero teimar
o mar....
o borbulhar das ondas me encanta,
e o que me espanta é esse vai e vem
que não se contém,que têm a propriedade
de teimar...

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

♣♣ O ARRAIÁ DA CECI CONVITE A TODOS ULTIMA CHAMADA♣♣

***
**
Minha gente vamos correndo átrás vem gente.
Vamos agora sem demora a festa da Ceci vai começar
As nove horas. Vamo fazer um anarriê sem demora....
Os noivo tão pra la de bonito, não quero perder ,
esse casório,o padri Dirceu ta la de olho em nós.
É farta de ducação chegar dispos do noivu.

Não podemos demorar, se não vamos pegar os noivos no artar....
Mocinhas cadê vocês, ainda tenho pra vender saia Godê.
Ja comprei a minha so falta vos micês.Não pode ser curta, o padri da
paraquia Dirceu..esta de olho em nós.Ele disse que ia me vigiar,
vender sai godê curtinha....mas não faço isso, não! só...
Sou uma flor cumpurtadinha por demais, só...

Nessa festa vamo nos acabar, dançar até o sol raiá.
tomar um tal de enérgico pra animar..pois a festa da Cumadi
Ceci , não tem hora pra acabar....e vai no'tro dia continua.
Haja folêgo nesse arraiá!!!!inté os noivu vão se acabar de tanto
dançar...lua de mel, fica pra outra hora...terão tempo de sobra...aff!!

Vai te barraquinha de beijos, de minha propriedade.
Arrecadar uns conto, para uma comunidade.
Minha barraca e descênte beijos, de flores convincente.
Nada de marmanjos indecente querendo desta flor,beijos
indecente. Minha madrinha Sinhá Lu Lena...bota pra correr
Aqueles cavalheiros que não respeitar a barraca da Anna-beijos.

O Anúncio ta dado, e aqui ficado. Não deixe de levar os parentes.
Quanto mais gente nesse arraiá, melhor a festa vai ficar.
A Cumadi Ceci estará linda como uma princesa...vamos fazer de sua
Festa uma belezura de candura.
Ah! quem quiser compre comigo rapadura, feita das canas,
Mineiras,aqui de minha terra...pra quem gosta de uma boa pinga.
Tamém, levo a de primeira...

Oh! ..trem bão!!! Essa festa,tão esperada. Mas vamos pessoar
Comprar os rojão..festa sem rojão, não tem graça, não!
Festa com balão, so com muita atenção, pra não correr o risco
de cair nas matas ao redor da Fazenda da Cumadi Ceci.
Mas terá muita diversão. Quero pegar o buquê grandão da noiva.
E ai Fernandinha.....Jogue teu buquê ,pra esta flor.
Pessoar então vamos nos preparar, para cair na festa da Cumadi Ceci.
Minha barraca tem Beijinhos de pé-de-moleque..quentão..vinho quente..e por ai vai...
Cheirinhos de baile na roça e muito arrastapé....

Anna flor...
Querida Ceci...este é em homengem a você, e seu arraial.
Só não repare, não sou boa em caipires...

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