Primeiros

Foto de Clemilson Resende Santana

Ode ao Prisioneiro

Minha mente se transforma numa prisão
Nos primeiros segundos, ao despertar
Tento fugir, eis que chega a escuridão
Tua imagem insiste em comigo deitar

Quem sabe perdendo a memória, talvez
Liberto-me rápido, no ato, sem rodeios
Peço ajuda para uma tal de lucidez
“Nem sempre os fins justificam os meios”

Tirando o amigo chamado “solidão”
Restam-me tijolos, cruel conselheiro
As mesmas paredes que me dão proteção
Fazem de mim seu fiel prisioneiro

Fui castigado a um eterno tormento
Tua imagem presente, ao dormir e acordar
Condenado fui, antes do julgamento
Perpétua, presumo, minha pena será

Foto de Fadlo

M Ã E

M Ã E

Ah, quanto já se escreveu e, quanto já se fez em homenagem ao anjo tutelar que nos trouxe à vida neste planeta. Que nos abrigou em seu ventre durante nosso período de formação e, que desde o alvorecer de nossos dias, até o findar de sua própria existência, nos tem a conta de infantes queridos ao seu coração abnegado, não medindo esforços ao nosso bem, nos conduzindo com amor através de alegrias, sempre ocultando seus sofrimentos, rindo nos nossos risos e chorando nos nossos prantos. Sempre orando por seus filhos ao Senhor da Vida, sempre perdoando nossos erros e nossas faltas e, sempre a nos chamar carinhosamente ao abrigo de suas asas protetoras.
Mãe, tu és esse anjo abnegado, por cuja missão sublime nos encontramos aqui e, a quem num preito de gratidão, genuflexos a teus pés, osculamos respeitosamente tuas mãos queridas e tua face, encanecida pelo passar dos anos, a retratar contudo, a vitória conquistada no desempenho da missão maternal, a ti carinhosamente confiada pelo Senhor da Vida.
Mãe, és digna de admiração e louvor, e em ti homenageamos todas as mulheres do mundo, neste dia a ti dedicado, embora teus, sejam todos os dias de todos os anos.
Todos os dias sois mãe, pois todos os dias nascem os teus filhos, quer nas mansardas suntuosas onde a vida flui no luxo e na opulência, quer nos barracos eivados da mais abjeta miséria. E sempre mãe, não te importa a condição social, pois és mãe, e a ti importa apenas o bem estar de teus rebentos, a quem outorgas todos os teus sacrifícios e teu amor incondicional.

Admiro-te mãe pequena, quando nos primeiros albores de tua vida, albergavas carinhosamente em teu pequenino seio aquela boneca de pano, inconsciente de que neste gesto eras sutilmente preparada para o glorioso porvir de tua existência, quando um dia, apertarás em teus braços o fruto de tuas entranhas, cujos vagidos serão música para teus ouvido, cujo riso lenitivo para tuas dores, e a quem orgulhosamente chamarás: meu filho.

Admiro-te, oh mãe, quando em festiva alegria, percebes que o primeiro balbucio de teu filho é a palavra mãe, muito embora, colocando-se em segundo plano, ensinava-o a dizer papai.

Admiro-te, oh mãe, nos momentos de abnegação quando a doença rondava teu pequenino filho, e insone te quedavas a cabeceira de seu berço em cuidadoso desvelo, a cuidar de seu restabelecimento, sem que de ti se ouvisse a mínima queixa.

Admiro-te, oh mãe, quando te desvelas a ensinar à teus filhos as primeiras letras, e te alegras como se fosse tua primeira vitória, o som da voz de teu filho a identificar as letras do alfabeto.

Admiro-te, oh mãe, quando ao despontar da estrela vespertina, e tangerem os sinos das igrejas, anunciando a hora do angelus, momento de melancolia e reflexão, em que carinhosamente juntas as mãozinhas de teu filho, e com ele oras a Ave Maria.

Admiro-te, oh mãe na tua sabedoria e humildade, quando em todos os momentos da vida de teus filhos, buscas orienta-los à uma vida correta e digna, nunca os abandonando mesmo quando, ao resvalar pelos escabrosos caminhos da marginalidade, tornam-se detentos nas penitenciárias, em cujas portas, muitas vezes te encontramos em prantos, a velar, sempre temerosa de que algo pior possa acontecer ao filho prisioneiro.

Admiro-te, oh mãe, quando não tendo frutos de tua própria carne, acalentas ao seio os filhos do abandono, dando-lhes carinho e proteção, como se de ti tivessem nascido.

Admiro-te, oh mãe, quando de coração partido, eras mãe em Esparta, e enviavas teus filhos à guerra em defesa da pátria, mesmo sabendo que não mais os tornaria a ver; ou quando em Cartago, cortavas os próprios cabelos à confeccionar arcos, para defender teus filhos do assédio da soldadesca romana.

Mas, onde mais te admiro, oh mãe, foi quando, Maria de Nazaré, conduziste teu divino filho ao sacrifício do calvário. Entre lágrimas e tendo o coração partido pelo sofrimento, aceitaste a missão de ser a mãe da humanidade, e te tornaste exemplo para todas as gerações, da mãe, cujo amor transcendeu os acanhados limites do egoismo humano, perdoando aos algozes do próprio filho, e se tornando na terra, operosa serva de Deus, a difundir os princípios básicos da nascente doutrina cristã.

A todas as mães, nosso preito de gratidão, e nossas felicitações por este dia tão seu.

Fadlo Dualibi Neto.

Foto de Osmar Fernandes

O sinal de Caim

Caim é um personagem do Antigo Testamento da Bíblia, filho primogênito de Adão e Eva. Era lavrador. Em hebraico, Caim significa lança, sendo que a sua transliteração seria Qayin. Este nome também é associado a uma outra forma verbal, "Qanah", que pode significar "obter" ou "provocar ciúme". Algumas obras associam o nome com a expressão "algo produzido".

Segundo a Bíblia, Caim teria sido um dos primeiros (não exclusivamente o primeiro) homem nascido de gravidez normal na terra, resultado das relações sexuais de Adão e Eva. Gênesis 4:1 esclarece: O homem conheceu Eva, sua mulher; ela concebeu e deu à luz Caim, e disse: ‘Adquiri um varão com a ajuda de “Deus, o Senhor” (Bíblia de Jerusalém).

Caim e Abel

Possuído por ciúmes, Caim armou uma emboscada para seu irmão. Sugeriu a Abel que ambos fossem ao campo e, lá chegando, Caim matou seu irmão; este teria sido o primeiro homicídio da história da humanidade.

Os descendentes de Caim

Após ter matado Abel, Caim teria partido para a "terra da Fuga (Nod ou Node), ao leste do Éden", levando consigo a sua esposa, cujo nome não é mencionado na Bíblia. Após o nascimento de seu filho, Henoc (Enoque), Caim empenhou-se em construir uma cidade, dando-lhe o nome do seu filho.

Os descendentes de Caim são alistados em parte, e incluem homens que se distinguiram pela pecuária nómada, por tocarem instrumentos musicais, por forjarem ferramentas de metal, bem como alguns conhecidos por praticarem a poligamia e a violência. (Gênesis 4:17-24) Segundo a Bíblia, a descendência de Caim terminou com o Dilúvio dos dias de Noé.
O texto bíblico de Gênesis deixa implícito que Caim poderia ter sido assassinado por seu descendente Lameque, quando fala sobre o castigo que este enfrentaria: E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o mei duto: porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar. Porque sete vezes Caim será vingado; mas Lameque, setenta vezes sete. (Gênesis4:23-24)

Outras informações não-bíblicas

Semente da serpente

Para alguns, o ato da sua concepção mantém-se um enigma, uma vez que defendem o fato de Caim ser o resultado do relacionamento de Eva com a serpente.

Livro dos Jubileus

Segundo o Livro dos Jubileus, Caim nasceu na terceira semana do segundo jubileu, Abel na quarta semana, e Avan (Awan) na quinta. Caim matou Abel no primeiro ano do terceiro jubileu. Na sexta semana do quarto jubileu, Caim tomou sua irmã Avan como esposa, e desta união nasceu, no final do quarto jubileu, Enoque. No primeiro ano da primeira semana do quinto jubileu, casas foram construídas e Caim fundou a primeira cidade com o mesmo nome de seu filho Enoque. No sétimo ano da sétima semana do décimo nono jubileu Caim morreu, quando a sua casa desabou em cima dele; ele morreu por uma pedra, pois tinha assassinado Abel com uma pedra.

Cronografia de Bar Hebraeus

Bar Hebraeus, em sua Cronografia, citando Anianus, que se baseou no Livro de Enoque, diz que Caim nasceu setenta anos após a explusão do paraíso, Abel sete (ou setenta) anos apóis Caim e Abel foi morto com cinquenta e três anos[5]. Citando Methodius, Caim e sua irmã Klymia nasceram trinta (ou três) anos após a expulsão do paraíso, Abel e sua irmã Labhudha trinta anos após Caim e Abel foi morto quando Adão tinha cento e trinta anos

Sinal de Caim

Há várias especulações sobre qual seria a marca de Caim. Segundo textos mórmons, esta marca estaria relacionada à cor da pele de Caim (relatado em Pérola de Grande Valor), e que tenha sido ele o pai da raça negra africana.

Na ficção de Vampiro: A Máscara, a marca de Caim é o vampirismo.

Caim na cultura popular e literatura

No Universo do jogo de RPG Vampiro: A Máscara, Caim é o primeiro vampiro. No RPG, é explicada a linhagem dos vampiros tendo Caim como o "Pai dos Vampiros". Quanto mais distante for a descendência, mais fraco é o sangue de Caim nos novos vampiros. Esse fato é descrito RPG como "Time Of Thin Blood", que precede ao Gehenna, algo como o fim do mundo para os vampiros.
O livro de José Saramago, "Caim", apresenta o Antigo Testamento sob o ponto de vista de Caim.
A banda Avenged Sevenfold (em português, "vingado sete vezes") faz referência a Caim em seu nome.

Referências
↑ Jubileus, 4:1
↑ Jubileus, 4:2
↑ a b Jubileus, 4:9
↑ Jubileus, 4:31
↑ Anianus, citado por Bar Hebraeus, Cronografia, Os Patriarcas, de Adão a Moisés, A primeira série de gerações, que começou com os Patriarcas', 1.3.2'
↑ Methodius, citado por Bar Hebraeus, Cronografia, Os Patriarcas, de Adão a Moisés, A primeira série de gerações, que começou com os Patriarcas, 1.3.3
↑ Livro de Moisés 7:22
↑ Saramago volta-se a Caim, no Yahoo! Noticias]

Referências Bíblicas
↑ Gênesis 4:5
↑ Gênesis 4:8
Gênesis 4:1-17.
Mateus 23:35
Hebreus 11:4.
1 João 3:12.
Judas 1:11.

O SINAL DE CAIM

* Mário Renato Castanheira Fanton.

Em Gênesis, capítulo 4 há a descrição do pecado de Caim, ou seja, aquele em que ele matou Abel, devido à aceitação de Deus à oferta de seu irmão e rejeição da sua. Em virtude desse pecado houve uma conseqüência, qual foi: "Agora maldito és desde a terra, que abriu sua boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão. Quando lavrares o solo, não te dará mais a sua força: fugitivo e errante serás pela terra.… O Senhor, porém lhe disse: Portanto qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse" (Gênesis 4:11,12e15).
Agora, passaremos a analisar qual seria esse sinal: Quando a Bíblia, antes de começar a falar de Noé no capítulo 6 de Gênesis, relata um fato interessante e misterioso, que "os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram formosas, e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não permanecerá o meu Espírito para sempre com o homem, pois este é mortal; os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias, gigantes na terra, e também, depois, quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos. Estes foram valentes, os homens de renome que houvera na antiguidade".
Duas teorias têm surgido para explicar o fato supra mencionado, porém somente a segunda parece-nos coerente, o que pretenderemos mostrar a seguir: A primeira diz serem filhos de Deus, anjos, é isso mesmo, seres celestiais, baseados no texto de Jó 1:6. Os que assim o fazem, pensam que, porque o texto se refere a filhos de Deus apresentando-se perante o Senhor e logo em seguida aparece também Satanás(anjo caído). Os filhos aqui nesse caso, têm que ser igual a Satanás em espécie, o que não é verdade. Porque esses não poderiam ser aqueles que já morreram e que terão que comparecer perante o tribunal de Cristo? A Bíblia é omissa e não apresenta nenhuma margem para tal interpretação, o que torna perigoso uma análise do tipo. Esses que assim pensam, fundamentam-se também no texto de Judas 1:6 combinado com Apocalipse 9:14. (JD 1:6) "E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia;" (AP 9:14) "A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates." Esses anjos, referidos nos textos mencionados, não precisam ser os mesmos de Gênesis 6, mas sim aqueles que se rebelaram juntamente com Lúcifer. Nessa rebelião, somou-se 1/3 dos anjos do céu. Todos nós sabemos que anjo é o gênero da qual existem muitas espécies (querubim, Serafim, arcanjo, etc.). Esses, referidos em Ap. 9:14, com certeza possuem diferente espécie da grande maioria, possuem graus diferentes de poder. Por isso, pelo fato de possuírem grandes poderes é que estão presos em cadeias, para que Deus os libertando façam todo o mal previsto em Apocalipse. Mas o que derruba por terra esta teoria é o que Jesus disse a respeito de anjos nos textos de Mt 22:30; Mc12:25 e Lc 20:35. Disse que no céu, todos nós seremos iguais aos anjos, não nos casaremos, nem seremos dados em casamento, ou seja, não haverá a hipótese, dentre outras, de podermos relacionar sexualmente.
Quanto à segunda teoria, bem mais coerente do ponto de vista Bíblico e também será um ponto de apoio de nosso estudo, fundamenta-se nos seguintes argumentos: Gênesis 4:25 descreve que Adão teve um outro filho com Eva, Sete. Este veio substituir Abel, seu irmão que houvera morrido. No versículo 26 do capítulo 4, continua a dizer que Sete teve um filho, a qual pôs o nome de Enos, e foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor. Em Atos 2:21 diz que todo aquele que invocar o Senhor será salvo. Portanto, sabemos que quem é salvo, conseqüentemente, se torna filho de Deus. Já que é assim , esses seres mencionados em Gênesis, por analogia ao versículo de Atos, são considerados filhos de Deus.
Após o pecado de Caim e sua punição por parte de Deus, ele se retirou da presença do Senhor e foi habitar numa terra ao Oriente do Éden, cujo nome era Node. Lá ele teve filhos, e a partir do versículo 18 até o 24, do capítulo 4 de Gênesis, fala da descendência de Caim. Em seguida, no capítulo 5 descreve a descendência de Sete, filho de Adão, sendo que no final dessa última descrição há uma observação importante de que esse é o tempo em que os homens começaram a buscar a Deus.
O capítulo 6 inicia falando sobre o relacionamento entre os filhos dos homens e os filhos de Deus. O interessante é que Deus no versículo 16, capítulo 34 do livro de Êxodo diz para Moisés alertar o povo de Israel que quando eles viessem a possuir a terra prometida, seus filhos não tomassem por mulheres das suas filhas, para não se prostituírem após outros deuses. O que mais chama a atenção é que Deus usa o mesmo termo de Gênesis 6, seus filhos (filhos de Deus pois era povo de Deus) e suas filhas (filhas dos homens, pois eram do mundo e adoravam outros deuses). O que vem a reforçar a idéia acima é o fato de que, após o relato inicial em Gênesis 6, o texto mostra a ira de Deus contra a corrupção humana nos versículos 6 e 7 resultando na destruição da raça humana com o dilúvio e a salvação apenas da família de Noé, porque este era justo e temente a Deus, não tendo se corrompido como os demais (Hb 11:7). Mas, como Deus destruiu a todos, exceto Noé, o que aconteceu com aquele povo de Gênesis 4:26 que começara a invocar o nome do Senhor? Com certeza se corrompeu, pois se não o tivesse, Deus os teria preservado como fez com Noé. Como se corromperam? Conforme descreve Gênesis 6:2, ou seja, tendo visto os filhos de Deus (aqueles que invocavam o nome do Senhor) que as filhas dos homens (descendência de Caim. Pecadores que se retiraram da presença do Senhor) eram formosas e tomaram mulheres para si de todas as que escolheram.
Fatos semelhantes a esse aconteceram também com: Sansão que, pelo fato de ter buscado uma mulher dentre os filisteus, Dalila, se corrompeu (Juízes 14:1 a 3. Note que nesse caso, que o vers. 1 emprega o termo: "filhas dos Filisteus". Poderia ter-se dito "gentios", mas não foi); Salomão (1 Reis 11:3). O que aconteceu com Salomão e Sansão também aconteceu com esses filhos de Deus, expressão essa, usada apenas para diferenciar o povo de Deus dos gentios, e não anjos como muitos, erroneamente, pensam. O que acontece no versículo 1 de Gênesis é uma justificativa do castigo previsto no versículo 3, como também, acontece nos 5 e 6. Se fossem anjos, a punição deveria vir apenas para eles e não para os homens, posto que são de maior força, podendo dominar facilmente os humanos e fazerem o que quiser, como o diabo, também, muitas vezes faz com as pessoas.
Portanto, volto a afirmar que filhos dos homens são aqueles descendentes de Sete que começaram a invocar o nome do Senhor, e filhos dos homens são os descendentes de Caim que se afastaram de Deus e começaram a pecar. Agora, passaremos a analisar o mérito do assunto. Vocês devem estar pensando, porque falar sobre Gênesis 6, sendo que o sinal está no capítulo 4. Acontece que ambos estão intimamente ligados e antes de irmos ao mérito devemos esclarecer algumas coisas preliminarmente. O versículo 4 do capítulo 6 fala que: "Havia naqueles dias gigantes na terra, e também depois, de quando os filhos de Deus conheceram as filhas dos homens"…. Por que será que há essa observação, quanto a gigantes, nessa passagem? Porque isso tem tudo a ver com o contexto, é óbvio. Repare bem, como fala o texto: "Que havia naqueles dias gigantes, e também depois…". Se já havia gigantes antes da relação entre os filhos dos homens e os de Deus, da onde teriam vindo esses, sendo que Deus deveria também os ter criado, posto que Ele tudo criou? Qual seria a razão dessa criação diferente do ser humano normal? Deus não criou os gigantes a toa, tem um objetivo, o de diferenciar uma espécie de humanos de outros.
O texto acima mostra que eles já existiam na terra antes daqueles fatos descritos. Se eles já existiam foram criados, para diferenciar Caim e seus descendentes do resto da população. O sinal colocado em Caim deveria ser um que, quem o visse ficasse com medo. Todos, ao vê-lo teriam que ter medo dele, para assim, não tentar matá-lo. Deus não iria sair avisando a todos que o homem de tais características não deveria ser morto. Deus pôs algo em Caim que já amedrontaria a todos pela aparência, afinal o objetivo desse sinal era: (GN 4:14) "Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e vagabundo na terra, e será que todo aquele que me achar, me matará."(GN 4:15) "O SENHOR, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o SENHOR um sinal em Caim, para que o não ferisse qualquer que o achasse.". Tanto é verdade que quando Moisés enviou espias para Canaã, eles voltaram dizendo estar cheia de pessoas de grande estatura (Nm13:33), e no versículo 31 e 32 de Números, capítulo 13, também fala que Israel não podia atacar aquele povo, pois era mais forte, como também eram de grande estatura e a terra devorava seus moradores. Fato semelhante que ilustra essa idéia é aquele em que Golias se apresenta para guerrear contra Israel e todos ao verem o gigante, espantaram-se e temeram muito (1Sm 17:11). É evidente, portanto, que a característica de gigante era colocar medo em quem os encontrasse.
Mas, todos devem estar pensando como se explica o fato de haverem gigantes na terra após a destruição desta pelo dilúvio e preservação apenas da família de Noé. A explicação é simples. Do casamento dos filhos de Deus (descendentes de Sete) e os filhos dos homens (descendentes de Caim), saíram os homens valentes da antiguidade. Por que a Bíblia não fala exatamente que resultou dessa união, os gigantes? Porque há que se lembrar da lei da genética. Entendemos que a Bíblia diz apenas que, Deus transformou Caim em gigante e só. Seus filhos poderiam ser ou não gigante, já que sua esposa era normal. Um exemplo é o de um casal que tem filhos, cujo marido é alto e a esposa baixa, há a probabilidade de a criança ser alta como o pai, ou baixa como a mãe. Assim também aconteceu com os descendentes de Caim, nem todos seus filhos e filhas eram gigantes, mas apenas alguns. Os descendentes (homens ou mulheres) que não eram gigantes, mesmo assim possuíam em seu código genético "gens" de gigantes, podendo gerar filhos que fossem, conforme a genética atual explica possibilidades semelhantes, é obvio que se referindo as outras características. É claro que Deus ao fazer isso com Caim, não transformou apenas sua estatura, mas também lhe deu mais força, proporcional ao seu tamanho, o que quer dizer que quem, dos seus descendentes, não fosse gigante poderia possuir a força de um. Isso explica o fato da Bíblia falar em homens valentes da antiguidade. Significa que esses eram apenas homens de grande força, daí a diferenciação que o texto faz entre esses e aqueles. Com a destruição da raça humana no dilúvio e preservação da família de Noé, como se explica o surgimento dos gigantes na nova terra de Noé e sua família, já que Davi lutou contra o gigante Golias, e também Josué e os espias viram gigantes na terra prometida?
É importante estabelecermos, preliminarmente que, as pessoas que entraram na arca com Noé eram: Noé, esposa, três filhos e três noras. Foi a partir desses que surgiram os gigantes, posto que todos os demais humanos foram destruídos. Dentre os filhos de Noé não poderia haver "gen" de gigante, já que Noé foi o único justo num mundo corrompido e com certeza se assim foi, não teria ele feito como os demais e tomado mulher para si dentre aquelas dos filhos dos homens (descendentes de Caim). Se seus filhos não possuíam o "gen" de gigante, quem possuía? Com certeza, uma das esposas dos filhos de Noé. Essa esposa certamente era a de Cão, porque se formos analisar algumas coisas, chegaremos a conclusão clara disso. Vejamos: 1) No capítulo 9, versículo 20 em diante do livro de Gênesis notamos uma passagem onde o filho de Noé, Cão, tendo visto a nudez de seu pai fez algo de muito errado, que a palavra não especifica, mas na qual lhe gerou uma conseqüência muito drástica: (Gn 9:25) "E disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos." (Gn 9:26) "E disse: Bendito seja o SENHOR Deus de Sem; e seja-lhe Canaã por servo." (Gn 9:27) "Alargue Deus a Jafé, e habite nas tendas de Sem; e seja-lhe Canaã por servo." Para que Cão tenha cometido tamanho pecado, com certeza a influência da convivência com sua esposa (descendente dos filhos de Caim) o tenha levado a isso. 2) Outra evidência clara é que, se formos reparar a partir do versículo 6, do capítulo 10 de Gênesis, a Bíblia começa a descrever os descendentes de Cão. O interessante, a princípio, é de se observar que um dos filhos de Cão se chama Canaã. Se vocês se lembrarem, quando Deus chama a Abrão para ir para a terra prometida, a terra é a de Canaã (GN 12:5-"E tomou Abrão a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as almas que lhe acresceram em Harã; e saíram para irem à terra de Canaã; e chegaram à terra de Canaã."). Naquela época, quando a terra era desabitada e alguém a possuísse primeiramente, colocava-se o nome do conquistador ou de seu povo àquela terra. Exemplo claro disso encontra-se em Gênesis 4:17, onde Caim tem um filho e dá o mesmo nome da criança a uma cidade que acabara de edificar. Era costume de Caim, que passou a seus descendentes dar nome às cidades, semelhantes aos dos filhos, o que também se fez com Canaã. Ela inicialmente foi habitada pelo filho de Noé, Canaã, daí advém seu nome. E como defendemos ser a mulher de Cão uma descendente dele, nada mais óbvio, seus descendentes fazerem como faziam os ascendentes no passado. Era algo que se aprendeu com os antepassados.
Mas, o que isso tem a ver com o tema em análise? Tem tudo a ver. Quando Josué foi espiar a terra prometida, a terra era a de Canaã, e lá eles avistaram os gigantes (Nm 13:28,33). Agora, como se explica o fato de haverem gigantes na terra de Canaã? Então, diante de tudo que falamos, concluímos que esses encontrados naquela região eram os descendentes de Cão, filho de Noé, cuja esposa era descendente de Caim e também, talvez, podia não ser gigante, mas carregava em seu código genético o "gen" deles. O versículo 19 do capítulo 10 de Gênesis confirma tudo que foi dito, porque fala que o termo dos cananeus foi desde Sidom, em direção a Gerar, até Gaza; em direção a Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Laza. A terra de Sodoma e Gomorra é exatamente a planície que os espias avistaram e percorreram, ou seja, é o local da terra prometida. 3) Se observarmos ainda na genealogia de Cão em Gênesis, capítulo 10, versículo 14, encontramos que dentre os descendentes de Cão havia Patrusim, Casluim (donde saíram os filisteus). Agora, se verificarmos em 1Sm 17:4, a Bíblia se refere à passagem onde Israel iria guerrear contra os filisteus, até que surge no meio do povo dos filisteus um gigante, Golias, este que futuramente foi morto por Davi. O interessante é que no primeiro texto mencionado há a referência à origem do povo filisteu, que advieram dentre os descendentes de Cão. Outro ponto que merece destaque é que no versículo 11 do capítulo 17 se 1Sm observamos que a reação do povo de Israel ao ver o Gigante foi de espanto e temor, exatamente o que Caim precisava para não ser morto quando alguém lhe encontrasse (Gn 4:15). Diante de todo exposto, concluímos que o sinal posto em Caim foi transformá-lo num gigante, para que todos ao vê-lo ficassem atemorizados e com medo, não tentando, dessa forma matá-lo.

O Livro de Enoque

http://www.geocities.com/havengarwp/dss/comenoch.htm

Na primavera de 1947, um pastor árabe, deixou cair um objeto acidentalmente por uma fenda, próximo das ruínas do Qumrán. Ao descer para recuperar o artefato, o pastor ficou surpreso ao perceber que havia naquela câmara 20 vasos, a arma tinha quebrado um dos vasos ao cair encima, ele notou que dentro do vaso havia uma bolsa de couro revestido com uma espécie de piche, dentro dessa bolsa haviam vários pergaminhos. Foram descobertas várias câmaras iguais àquela, todas contendo vasos com rolos de escritura. Os rolos continham vários livros de escrituras muito bem conservadas, os textos em Hebraico antigo desconhecido, foram traduzidos por um perito (encontrado por um milagre) nesse tipo de caracteres.
Ver Lista dos Papiros do Mar Morto, grande parte dos manuscritos tratava a respeito de uma sociedade judaica até então desconhecida, os Essênios, haviam vários registros contendo relatos sobre os seus rituais e sobre sua cultura, eles estavam muito familiarizados e amigados com Jesus Cristo e guardavam consigo o evangelho escrito por seus apóstolos, alias, evangelhos que não foram incluídos em nossa Bíblia, como o "Evangelho de Felipe" (amigo de infância de Jesus), textos conservados em sua pureza para a nossa alegria. Um dos Livros, incrivelmente interessante, e já traduzido para o nosso idioma foi o Livro de Enoque. Ele foi montado e dividido em 5 partes Resumo: Book I (The Book of Watchers) -"Livro dos observadores" -Enoque é ordenado um profeta por Deus -A Terra é povoada por homens e anjos. - Os anjos são enviados por Deus para ensinar as leis que regem o universo aos homens. - Alguns anjos se apaixonam pelas filhas dos homens e se acasalam com elas - Da união anjos com as mulheres terrenas surgem aberrações, os gigantes nefilins (ver: Gênesis 6:4 e números 13:33) ferozes que matam e devoram humanos. - Deus se enfurece pela iniqüidade desses anjos e os castiga lançando-os num lugar de trevas. -Enoque prega arrependimento ao povo que estava corrompido por causa da iniqüidade dos anjos.

O Nascimento de Noé:

- Enoque conta a Lameque (seu neto) sobre a visão em que via seu bisneto nascer, seu nome deveria ser Noé, seria um profeta, e ele verá a humanidade ser destruída, recomeçando novamente com ele.
- Noé nasce - ao abrir seus olhos pela primeira vez a sala se enche de luz e começa a profetizar diante de sua família.
- A história de Noé e sua família - Viagem de Enoque através do céu (em visão) - Uma curiosa conversa de Enoque com o anjo que guarda a entrada que leva à "Árvore da Vida" no "Jardim do Éden". Book II (The Book of Parables) - Livro de parábolas Book III (The Astronomical Book) - Visão dos portais do céu. - Os mistérios do amanhecer e do entardecer do dia. - Descrição do lugar onde Deus vive. Book IV (The Book of Dreams) - Sonhos e profecias sobre o grande dilúvio. Book V (The Epistle of Enoch) - Sábios conselhos de Enoque ao seu filho.

Se tiver outras informações poste-as em comentários...

Osmar Soares Fernandes

Foto de Nilton da costa

O amor

“O AMOR”

Um menino inocente de tudo e de todos, nasceu num dia sem sol mais com um brilho especial e no qual foi chamado de amor.

Foi crescendo e passou-se a chamar de felicidade. Com este nome passou a deixar felicidade espalhada por todos os lugares em que passava. Foi o menino mais comentado por toda cidade.

Quando completou 8 anos de vida passou-se a chamar de destino. Com este nome uniu as pessoas e deu a essas pessoas os seus três nomes.

O amor para que sentissem algo forte.
A felicidade para dar vida ao amor.
Destino para estarem sempre juntos.

Depois de alguns anos passou-se a chamar de eternidade. Com este nome fortaleceu os três nomes anteriores. A vida tinha um único sentido e direcção. Vivia-se num mundo sem dor. Porque o amor não permitia que a dor vivesse em nós.

Quando tinha 28 anos teve os seus primeiros filhos que foram gémeos. Que passaram a chamar de amizade e amor.

O amor seguiu o mesmo caminho do pai. E a amizade um caminho totalmente diferente.

A amizade fez com que as pessoas sentissem mais afecto uma para com outra e ajudou a fortalecer o caminho do amor.

O seu pai com 85 anos foi se tornando velho. Com este nome as pessoas passaram a ver o mundo de um modo diferente. Começou a vê desigualdade nos sentimentos e no modo de pensar das pessoas.

Até que um dia o amor morre e as pessoa ficaram tristes por um bom tempo até que o filho do amor que também se chamava amor resolveu fazer as pessoas viverem tempos atrás na era do seu pai e as coisas mudaram.

A amizade nada fez porque estava esperando pela altura certa.
O amor foi ficando velho e depois também morreu. O mundo manteve-se na mesma sem amor, felicidade, eternidade e destino.

Até que um dia a amizade resolveu ajudar as pessoas e lhes fez entender que o amor é passageiro e amizade é eterna. Prova concreta é que tenho a mesma idade que o amor, mais continuo sempre viva e fresca.

Desde aquele momento as pessoas notaram que o amor é passageiro e amizade é eterna.

Depois de algum tempo vivendo com a amizade sentiram que existe um amor eterno na vida de todos, este levou um grande sábio a dizer que para amar é necessário primeiro ser amigo.

Foto de Luiz Islo Nantes Teixeira

SOMENTE OS TOLOS

SOMENTE OS TOLOS
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Somente os tolos comemoram a velhice
A companheira implacavel de seus primeiros anos
A mesma que te sauda no seu primeiro respirar
A mesma que te surpreende no seu primeiro olhar
E a mesma que testemunha seus primeiros desenganos

Somente os tolos comemoram a velhice
A verdade definitiva de todos seres humanos
A mesma que envelhece os rostos mais bonitos
A mesma que enfraquece os brutos, os mansos e os aflitos
Os mendigos , os ricos, os orgulhosos e os mundanos

Somente os tolos comemoram a velhice
E baten palmas e fazem as festas e fazem ceias
Para esta companheira que nao se importa um segundo
Que nao lhe da treguas em nenhum lugar do mundo
E te retribue com as rugas mais fundas e feias

Somente os tolos comemoram a velhice
Que todos temem e ao mesmo tempo cantam
A mesma que dobra os nossos joelhos
A mesma que reflete o que somos e seremos nos espelhos
Mas nao envelhece o amor dos que nos amam

Somente os tolos comemoram a velhice
A companheira implacavel que suga todas suas energias
Como suga das criancas, dos jovens ,dos adultos e dos velhos
Ate sugaram daqueles que viveram mais segundo os evangelhos
Porque numerados estao os nossos mais lindos dias
© 2010 Islo Nantes Music

Foto de Carmen Lúcia

Despedida

Hoje me despeço do que sou...
Dos meus sonhos amarelados, enroscados
em teias tecidas por desencantos,
desencadeando planos inacabados,
esboçados pela falta de ânimo,
que se perderam no tempo
por nunca surtirem efeito,
lançados ao contratempo,
descorados, imperfeitos,
perdidamente desfeitos.

Despeço-me das dores,
das ausências e dos amores,
daquelas que mais senti,
daqueles que mais amei
e pelas estradas ficaram
(ou se foram?)
sem uma razão qualquer.
Coisas que ninguém sabe explicar...
E eu criança, menina, mulher,
sozinha a recomeçar...

Despeço-me das feridas
que lembram o passado
que um dia vai passar...

Recomeço nova fase...
Desponto com a aurora,
sob a luz de um novo brilho
que me guia e revigora,
a luzir o despontar
de meus primeiros cabelos brancos,
marcando nova estação
e de meu sorriso franco,
ao lado de velhos amigos, novos amores,
que comigo, entre essências e flores,
também envelhecerão.

_Carmen Lúcia_

Foto de raziasantos

Uma carta para Deus.

Uma carta para Deus!
Eu estou aqui nesse momento iniciando a minha jornada.
Esse amor que é o ar puro que eu respiro todas as manhãs.
Senhor Deus hoje de manhã ao abrir a janela do meu quarto
Fui surpreendida, com uma mãe que aos prantos arrastava seu filho de mais ou menos uns
Doze anos pelos braços, a criança estava visivelmente drogada:
A pobre mãe desconsolada senta-se na calçada em frente ao meu portão
Com muito custo ele consegue fazer que o filho se sentasse,ao seu lado:
Á mãe com voz doce conversa com o filho sua voz embaraça belos soluços de seu choro...
___ Meu filho você sabe o quanto eu te amo, sabe as lutas que passamos para te criar,
Somos pobres, mas nunca eu e teu pai deixamos faltar-te nada.
Aceita ir para o centro de recuperação pelo amor de Deus!
Enquanto á mãe falava o menino permaneceu calado.
Eu na minha janela me senti tão incapaz, olhei para o céu nublado coberto por nuvens cinza, e imaginei se a chuva, o sol, as arvores, é o milagre da natureza nos também somos então senhor resolvi escrever esta carta.
Nós nos emocionamos com todos os fenômenos da natureza, á chuva, os trovões,
Os primeiros raios de sol, as cores do arco Iris.
Por que o homes se emociona tanto com a beleza da natureza, e se esquecem
Das nossas crianças e adolescestes que se perdem neste mundo vil...
Onde esta o amor?
Este amor tão pregado, tão falado. Que amor é este que não se vive?
Enquanto no silencio e na intimidade dos meus pensamentos.
Emociono-me com os anjos de rua que mesmo recebendo os primeiros raios de sol
Perambulam na escuridão.
Serão estes os homens de amanhã?
O que nos reservas a dureza dos corações humanos...
Sei que esperamos demais para fazer o tem que ser feito.
Lamentamos que á vida e curta e agimos como se tivéssemos
Um estoque inesgotável de tempo...
Mas sabemos chegara o dia que a vida ira nos deixar, para um futuro incerto
Entregar-nos.
E essas crianças e adolescentes que hoje o mundo despreza.
Delas o que será?
Anjos de rua entre á miséria, drogas, perversidade de uma sociedade?
Ou destino?
Haveria em teu templo algo escrito e pré- julgado que desse miserável
Inocentes, serão as mascotes das cidades...
Senhor Deus esperamos demais nos bastidores quando a vida tem um papel para apresentar nos palcos.
Esperamos demais para dizer a palavra certa.
Palavra de amor, gratidão, perdão e paz...
Ou melhor, esperamos de mais para colocarmos em pratica todas
Estas palavras ditam com a boca e longe do coração.
Neste abismo oculto, nos entregamos às falsas promessas, deixamos
Enganar-nos, e acreditamos que como o sol contínuo a brilhar:
A vida de todos pode alcançar.
Mas nós nos esquecemos de para o mundo esse amor declarar.
Não apenas com palavras, mas com gestos e atitudes.
Por isso Deus está aqui para lhe pedir que mude nossas vidas.
Que possamos viver o seu tempo e amarmos de verdade aqueles que necessitam de amor.
Um sorriso amigo, um abraço, um prato de comida quente, e muito amor:
Seja quem for.
Abençoe senhor os anjos das ruas, não deixem que eles terminem seu tempo
Em uma pedra fria de um necrotério, ou por trás das grades do inferno.
OLHA meu Deus por esses anjos da rua.
Muda nosso coração, tira as pedras, da insensibilidade, e nos faz amarmos de verdade.
Perdoa senhor as nossas fraquezas, e nosso egoísmo, nosso desamor.
E dê-o meu PAI um mundo diferente, devolva o Deus as nossas crianças sua inocência,
Perdida neste tempo de guerra onde se predomina a dor e á maldade.
Guerras do nosso interior, sem propósitos por falta de amor.

Foto de raziasantos

Em busca do sol.

Pelos vales e desertos caminhei.
Em busca do sol de minha vida.
Encontrei muitas pedras, desertos, áridos...
Deixe que as folhas secas cobrissem o meu caminho.
E na eternidade das palavras, me perdi.
Apanhada pela chuva na estrada sem saber o caminho de casa.
Quando o frio ia congelar minha alma.
Abri os olhos moribundos e deixei que as flores cobrissem meus caminhos.
O vento da primavera sobra toda a desilusão.
Surge além das montanhas o tímido sol seus primeiros raios brilham e deixam o céu cor de rosa.
Agora caminho na chuva fina ainda está triste.
Espero o arco Iris, para me mostrar o caminho para casa.
Pois me perdi á procura do meu sol.
Quero voltar e viver, colher as lindas flores, do meu jardim
Sem tristeza nem dor.
Quero voltar para meu lar, mesmo sem meu sol encontrar.
Ali te esperarei no meu canto de amor.

Foto de Eveline Andrade

Nossos raios de sol.

Me faço segura pra dizer
que foi de você meu amor
que recebi o melhor presente
da minha vida.

Me senti a mulher mais amada
do mundo, quando dedicou a mim
os primeiros raios de sol do ano,
a beira mar e logo após
o ato de amor maravilhoso
que só é possível entre agente.

No aconchego dos teus braços,
ao ver aquele nascer do sol
incandescente, senti uma paz
tão grande, a felicidade me
tomou devastadora.

Você me fez começar o ano feliz,
feliz por ser tua amiga, cúmplice,
mulher, namorada, companheira
e Bua e ter a honra, a felicidade
e a sorte de viver ao lado teu meu amor.

Evelyne Andrade

Foto de Alexsandra Carneiro

MINHA VIDA NO HOSPITAL

MINHA VIDA NO HOSPITAL

No Hospital
Fui internado
Para tratar de uma doença
que fui contaminado.

Nos primeiros dias
fiquei um pouco aborrecido
Pois, no hospital
não tinha nem um conhecido.

Os dias foram passando
Muitos colegas fui conquistando
De acordo com os medicamentos
A minha saúde foi melhorando.

Com esta coisas
Deve se acostumar
Eu nunca esperava internar
Para esta doença tratar.

Ao amanhecer o dia
Os pássaros cantavam alegremente
Os verdes campos deste lugar
Aumentava a saudade de minha gente.

Já trabalhei muito
para alguma coisa arrumar
Não esperava que minha vitória
Estava próxima a chegar.

Seria num hospital internar
para tratar de uma doença
Que nunca passou por minha conciência
Ter que enfrentar.

Hospital é muito bom
Para quem ali vai a visitar
Pois, rogo a Deus para ninguém
Nunca dele precisar.

Quantas mães vem aqui
para poder internar
Deixando seus filhos lá fora
Sem deles poder cuidar.

Hoje não sou o que queria
Queria estar lá fora
Defendendo o pão de cada dia
Por este mundo afora.

Mas, assim o destina decidiu
Que no meio da minha idade
Um doença sofreria
Para minha infelicidade.

Como é o nosso destino
Aceitei com humildde e alegria
Todo aquele sofrimento
No leito de uma enfermaria.

Autor: Geraldo Fernandes Carneiro

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