Ouço o vento a soprar,
De dentro da minha janela,
Tem histórias a contar,
Nesta nova primavera.
Histórias de amor,
E muito sofrimento,
Histórias de dor,
E muito lamento.
O amor é uma cruz,
Que temos de suportar,
Às vezes até nos seduz,
Para logo nos desprezar.
Ora temos acontecimentos,
Que são de arrepiar,
Para passados momentos,
Já estarmos a chorar.
A vida é só solidão,
Angústia e melancolia,
Pobre do nosso coração,
Que canta esta melodia.
Dizem ser a primavera,
O nosso tempo de amar,
Tomara e pudera,
Eu nunca mais respirar.
Perdido nos sonhos,
De querer ser feliz,
Tenho esperança aos molhos,
Como um pequeno petiz.
Tentei desde muito cedo,
Mostrar o meu amar,
Mas muito me enredo,
Sem nunca o achar.
Assim vou confidenciar,
Confidências ao vento,
Isto de uma pessoa amar,
É muito mais um tormento.