Primavera

Foto de Paulo Master

Hoje sonhei com você!

Hoje sonhei com você, sonhei com sua volta e com ela o seu amor, senti no meu peito algo voltar a bater, talvez seja meu coração que por telepatia sentiu sua chegada, coitado, ele vai ter um susto danado quando perceber que tudo foi apenas um sonho e nada mais.
Talvez você volte de verdade, não sei, quem sabe sua volta seja breve ou eterna ou ela nem aconteça, e você nem volte mais pra mim, talvez você venha com o frescor das manhãs de setembro, talvez você volte com o frescor da primavera, quem sabe se a primavera venha e você não.
Mas se vir traga consigo meus sonhos de volta, minha vida que levou embora, meu sabor de viver, de sonhar, sonhar com você, sonhar ao seu lado, fazer amor com você outra vez, suspirar no seu seio e contar meus segredos, falar dos meus medos, meu medo de te perder.
O amor nos dá poderes, nos sentimos poderosos quando estamos amando, sentimos uma energia especial com o amor da pessoa amada, e a vida passa a ser o ápice do momento maior, o instante magistral da felicidade eterna que se torna passageira e eterna com a despedida.
Se voltar saiba que nosso cantinho continua aqui, ele ainda é seu, meu coração também, minha vida e a esperança da sua volta, tudo isso te pertence, o sentimento de saudade e a expectativa da sua chegada, essas coisas me dividem de você e me fazem sonhar, sonhar com você!

Foto de Carmen Lúcia

Entre dois mundos...

Eu sei que chegarei
e que estás a minha espera...
Nem mesmo o frio do inverno
ou o adeus da primavera
enfraquecerão as minhas pernas...

Eu sei que chegarei
pois me esperam os teus braços...
Num tempo que alcançarei
de um mundo distante,
pra me acolher em teus abraços...

Eu sei que chegarei
e por isso estou caminhando...
Enfrentando duras quedas,
levantando-me, teu nome gritando
até que se abalem as fronteiras
e se desmoronem as barreiras...

Eu sei que chegarei
Não existe mais o longe...
E o quando não importa a mim.
Nosso amor me levará a ti...
onde não existe morte ou fim...
e a vida há de nos sorrir, por fim...

(Carmen Lúcia)

Foto de Diario de uma bruxa

Seus olhos

SEUS OLHOS

Seus lindos olhos verdes
que são como a grama no inicio da primavera

Seus lindos olhos azuis
que são como o céu ao amanhecer de um dia ensolarado

Seus lindos olhos castanhos
que são como entardecer mais com um brilho especial ao inicio de crepusculo

Seus lindos olhos negros
que são como a noite onde durmo vivo e sonho com você.

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Lúcia

Em busca da primavera...

Caminhei sobre pedras
e estradas de chão,
direcionando meus planos
à mais bela estação...

Em busca da primavera
vi cair folhas de outono,
algumas levando alguns sonhos...
invernos congelando quimeras,
sem nunca desistir da espera.

Apostei nas que sobraram,
as que fielmente ficaram
apesar dos outonos tristonhos,
dos invernos fechados
prolongando a chegada,
recuando meus passos,
coibindo espaços
pra me fazer desistir...
... nas vezes em que me sentei nas estradas
com as pernas cansadas
sem saber pra onde ir...
...nas vezes em me senti sozinha,
sem saber o que fazer
e quase retroceder...

Foram muitos recomeços,
desenganos, tropeços;
lágrimas, suores, dores,
decepções, desamores...

Os amores que julguei me amarem
aos poucos se foram, sem eu nem entender...
Dos amigos que me abraçavam,
poucos restaram;
os que eu posso crer...

E hoje comigo deslumbram
a beleza, o perfume, a cor,
o desabrochar da primeira flor
ao terminar a longa espera,
com a chegada da primavera.

(Carmen Lúcia)

Foto de Diario de uma bruxa

Seus olhos

Poema
SEUS OLHOS

Seus lindos olhos verdes
que são como a grama no inicio da primavera

Seus lindos olhos azuis
que são como o céu ao amanhecer de um dia ensolarado

Seus lindos olhos castanhos
que são como entardecer mais com um brilho especial ao inicio de crepusculo

Seus lindos olhos negros
que são como a noite onde durmo vivo e sonho com você.

Poema as Bruxas

Foto de Dennel

Desejos íntimos

Quero viajar em teus devaneios
Pousar meus lábios em doces seios
Quero desfrutar das tuas caricias
Em abraços loucos, mil fantasias

Quero sentir teu perfume inebriante
Rosto no teu colo perfumado
Instante mágico, alegria esfuziante
Quero sentir que por ti sou adorado

Quero lavar teus pés com meus cabelos
Ungir tua alma com os meus desejos
Quero pousar em teus lábios o néctar sagrado
Quero na eternidade ser teu namorado

Quero as cores brilhantes da primavera
Em nosso leito de amor florido
Quero que me jure deveras
Que encontrei o paraíso perdido

Juraci Rocha da Silva - Copyright (c) 2009 All Rights Reserved

Foto de J.

Futuro?

Com todo esse fogo que queima meu corpo
Me arrebata e leva à você
Eu danço, canto, vibro de paixão
Com sede de ar.
Sou sua e somente sua...
Brindo aos nossos beijos
Declamo nossas juras
Sussurro nossas promessas
Folhas verdes da primavera
O cheiro do mato nos excita
Assim nos amamos
Entre uvas, madeiras, músicas
Essa festa se mistura à natureza
De nossos corpos
Somos um entre muitos
Dois seres unidos por uma força maior
E indissolúvel
Nos encontramos por acaso
O acaso nos mantém...
E agora construímos uma história
Única e singular
O futuro?
Prefiro não pensar nisso...

J.

Foto de DAVI CARTES ALVES

YUMI, UMA LINDA IKEBANA DE SENSAÇÕES N'ALMA

Aquele tímido sorriso iluminava minha alma, poucas palavras, discrição, o olhar pensativo, distante entre as pedras e formigas do caminho, um silêncio que amava compartilhar, pausas longas, quebrada pelas folhas secas que eram pisoteadas, enquanto caminhávamos no Parque São Lourenço

Yumi tinha um que de Fernandinha Takai, puerilmente menor, quão delicada, ao cingi-la nos braços, sentia a leveza de um feixe de tulipas frescas, cabelos amiúde colhidos sob maria –chiquinhas com as cores da bandeira japonesa.

A linda boquinha modelada por buril divino, avessa a brilho labial, fonte melíflua cujos beijos me transportavam, ao ápice de vertiginosos Satoris.

Família, esse era um refrão nos lábios nacarados de Yumi, trabalhava com os pais num quiosque de ikebanas no Mercado Municipal. A noite cursava Sistemas e Redes, quando a conheci na fila da reprografia.

Que flores são essas Yumi, que imitam pássaros de fogo?

Assim a tirava do seu sagrado ritual, enquanto confeccionava com suavidade nos gestos, ternura e habilidade na alma e nos dedos, arranjos tão sublimes.
Me olhava com afeto, uma pausa, um sorriso, envolvia um olhar maternal novamente no arranjo: essas são estrelicías, lembram não só pássaros de fogo, como origamis de luz, aquelas coloridas são gérberas, estas aqui que imitam grandes sinos tingidos são lírios. Que tal ficou este?
Belíssimo Yumi, quanta harmonia entre flores, cores e formas !

Foi um dia memorável, aquele em que fomos ao restaurante Nakaba ali na Rua Nunes Machado, não, não paguei mico, financiei gorilas em 36 vezes!!

Ela me apresentou os hashis, e com as mãozinhas tão meigas, me conduzia no manuseio dos
“ gravetinhos polidos”, mas ficou tudo mais fácil com aqueles de elastiquinho para iniciantes e comedores compulsivos de feijoada.

Nunca tinha comido tanto e me sentido tão leve, já no prato de Yumi, dava pra contar apenas alguns “enroladinhos”, a medida que iam sendo servidos, e ela ia me ensinando os nomes dos pratos tão marcantes, realçados pelo shoyo.
Esse você já conhece, é o sushi, aqui temos o tempurá, e que tal o yakissoba?
Yumi, gostei do rolinho primavera com este risoto. Também adoro, este risoto é uma especialidade da casa, chama-se Yakimeshi.
Arrgghh , já estas ostras frescas podem levar!
Ó quem fala mocinho, costumado a comer suan de porco!
Explosão de gargalhadas!

Sabe Yumi, eu sempre tive uma grande admiração pela cultura japonesa, que em você transformou-se em fascínio.

Admiro tanto a disciplina de vocês, a aplicação nos estudos no trabalho, a reverência a família e aos valores, é elogiável! Não que aqui isto não seja relevante, mas, por exemplo, eu nunca presenciei no dia a dia, em lugares públicos, japoneses discutindo alto, casais brigando , não vejo em nosso país, japoneses em matérias relacionada a prisão e a cadeias, e eles estão ocupados em “ papar” vagas nos vestibulares, concursos públicos, lá no Tribunal onde trabalho como terceiro, tem tantos japoneses, umas japinhas tão lindas...
ai, ai, desculpa, brincadeirinha...

Vocês realmente se destacam nos concursos públicos, nas áreas de tecnologia, ao passo que, com todo respeito a essa profissão, eu nunca vi um japonês pedreiro, é engenheiro civil pra cima, entende Yumi, quão intensa torna-se a a minha admiração a vocês ao refletir nisso.

E como aumenta o meu encanto por esse nenê de colo muito fofo, gut, gut, vem aqui, anjo lindo , me da um abraço.

Aquela gélida noite de junho, como esquecer?

Comíamos um cachorro quente em frente a faculdade, e percebi que Yumi estava muito mais introspectiva, muito distante, diferente, evitando o meu olhar.
Esta tudo bem?
Tudo.
Você ta tão quieta.

Ué você já me conhece tanto e...
Por isso mesmo Yumi
E por causa da exposição de Ikebanas no hall de entrada da Biblioteca Publica?
Não, isso ficou para o mês que vem, com outro quiosque de amigos e familiares.
Longa pausa,
Uma só mordida no cachorro quente abandonado
C ta muito estranha nenê?
Impressão sua, respondeu-me, mas com os olhos marejados
Por favor Yumi, o que foi que houve meu amor
Silencio sob a pequena e perene lua vermelha do oriente.
Ai estas suas pausas Yumi, fala!!

Me abraçou tão forte entre soluços incontidos
Um beijo longo com gosto de lágrimas
Outro olhar demorado dentro d’alma:

Minha família vai voltar pra Maringa

E a estrelicia perdeu a cor,
e o frio de junho confeccionou tanta,
mas tanta dor
E começou a garoar n’alma,
Fel & torpor

Compreendi ainda melhor, que família , não éra só um refrão nos lindos lábios nacarados de Yumi, era de fato uma instituição vitalícia, que a globalização e o diabo a quatro, como ocorre por essas paragens, jamais iam dissolver.
Até porque, ela recebeu inumeros convites das colegas de curso para permanecer em Curitiba.

Sim, a família estava acima de tudo, doa a quem doer.
E pra nos separar daquele ultimo abraço no Aeroporto do Bacacheri, só mesmo com um pé de cabra.

Na faculdade, os olhos duradouramente vermelhos e pisoteados, trouxeram inquietação dos amigos:
C ta cheirando um beg né?
Mas só pode ta encomendando de jamanta?!!

Ah Yumi, a saudade é uma doce melancolia
Enquanto você rouba meu pensamento
Acho que beijar esse rostinho, se vive mais cem anos
Por isso queria tanto, viver eternamente
do seu lado Yumi.

Ao lado de Yumi, usufrui experiências e sensações tão díspares, e sob matizes tão perenes, uma brisa para os sentidos.
Tudo oferecido com a mesma suavidade, leveza e brandura, do cisne ao atravessar o lago, no Parque São Lourenço.

Hoje aqui no Parque , sob céu de lama e cinzas, salpicando fina garoa,
imagino Yumi
vir correndo, de lá do outro lado do lago, com aquela graciosidade, encanto e leveza que devorava a minha alma.

Yumi se foi,
Mas deixou pra sempre, indelével
Uma linda & perene
Ikebana de sensações n’alma.

poesiasegirassois.blogspot.com

Foto de DAVI CARTES ALVES

LITERATURA fragmentos d'ouro

“ Ler é desequilibrar-se, é fazer do desequilíbrio, uma espécie de dança...
A vida não é como ela é, mas simplesmente como nós a vivemos.”

Jose Castello – Escritor e Jornalista

“Eu sei que um poema é bom, pela extensão do silêncio de quem o lê”

Fabrício Carpinejar - Poeta

“ Se o tempo provoca o esquecimento, o poema seria a arte da memória, e cita Ossip Mandelstam, que acredita que os cantos de Dante, são dirigidos a contemporaneidade, pois “ são mísseis para capturar o futuro”

Lúcia Bettencourt – Rascunho

“ A morte é o silêncio privado do olhar ”

Luiz Horácio - Rascunho

“ ... ele escreveu A Estepe, um conto aromático, leve e tão russo em sua melancolia contemplativa. Um conto para si mesmo.”

“ A douradura gastar-se-á, e o couro de porco permanecerá.”

Máximo Gorki - Escritor Russo

“ A fábula é uma pintura, onde podemos encontrar o nosso próprio retrato”

La Fontaine - Escritor Francês

“... Porém o que é preciso notar é que a chamada sociedade da informação acabou gerando uma falsa onipotência, em relação aos domínios dos vastos territórios do saber. Se por um lado, passamos a conviver com um amplo espectro de novidades de toda ordem, que convocam todos os sentidos, no universo da espetacularização bem descrito por Guy Debord, por outro, é como se o excesso de luzes do grande show ofuscasse nossa capacidade de discernimento e de escolha. Daí porque Fuentes, acertadamente, evoca Baudrillard, ao acusar que essa “ explosão de informação” corresponde a uma inevitável “ implosão do significado”.

Maria Célia Martinari -

Em resenha para o Rascunho de: Geografia do Romance - Carlos Fuentes - Escritor Mexicano

“ Noventa por cento do que escrevo é invenção,
o resto é mentira”

“ Quando as rãs falam com as pedras, e as aves falam com as flores:
é de poesia que estão falando.”
Manoel de Barros

“ Aprendi com a primavera a me deixar cortar, e a voltar sempre inteira”

“ Sou entre flor e nuvem,
Por quê havemos de ser, unicamente humanos? ”

Cecília Meireles

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Foto de Rosinéri

HÁ-DE-SER

Há-de haver um tempo e um espaço só para nós
Há-de ser o vento a trazer-nos a emoção
Há-de ser o Mar a chamar-nos para o Amor
Há-de ser o arco-íris a canção de um trovador

Há-de ser o Sonho a segredar-nos o Pôr-do-Sol
Há-de ser o céu azul a violeta que seduz
Há-de ser a flor do jardim do coração
A mais bela prenda que cultivei só para ti

Hão-de ser as praças e os passeios da cidade
A brilhar meus olhos de encanto e de saudade
Hão-de ser castelos e os telhados destas casas
Os berços de ouro que embalam o Sol poente

Hão-de ser os sinos a juntar-nos num só fogo
E as andorinhas a indicarem os caminhos
Há-de ser o Sol a sorriso destas flores
A fazer nascer a Primavera em todos nós

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