Poesia

Foto de Carmen Lúcia

Só quem sabe...

Só quem sentiu na carne, o espinho,
sabe expressar a beleza de uma flor...
Só quem pisou as pedras do caminho
sabe que ao chegar, supera a dor...
Só quem molhou a terra de suor
sente na chuva, gotas de frescor...

Só quem se perdeu no breu da escuridão,
vê, mais intenso, das estrelas, o clarão...
Só quem viveu o rigoroso inverno
consegue ver de perto a primavera...

Só quem sobreviveu a um fracasso
sabe do calor de um abraço...
Só quem soube realmente perdoar
revela sua capacidade de amar...

Só quem faz de seus sonhos, poesia,
sabe que tem asas pra voar...
Só quem sofreu a dor de uma partida
sabe que apesar da dor, é lei da vida...
Só quem sentiu o fogo do inferno
sabe da felicidade de se alcançar o céu...

(Carmen Lúcia)

Foto de betimartins

Eu, apenas te amo.

Eu, apenas te amo.

Desdobro-me na poesia
Em pequenos recantos
Sombrios, obscuros
Palavras, sonhadas
Apenas lavradas...

Pensativa, medito e viajo
Ao mais profundo do meu ser
Deixo as madrugadas emergir
Entre desejos inauditos, secretos
Sentir as tuas mãos fortes me guiar
Lá para as terras dos amores perdidos

Apenas tu, tu e eu mergulhamos
No amor, declarando, enaltecê-lo
E juntos morremos cansados e suados
Neste festival, na primavera da vida
Onde apenas amor, gotas de amor
Caem pelos corpos cansados...

E na nossa emoção, terno olhar, ainda o desejo
De teu mundo se fundir em meu mundo
Deixar que ar fresco do mar enchesse teus pulmões
O vento da savana afague teu rosto, radiante
Como o Sol que aquece nosso coração
Abrasando no amor, neste nosso amor
Este misterioso amor, amor sublime...

Entre lagrimas de tão grande contentamento
Entre promessas feitas, percursos traçados
Eu apenas sou uma mulher, que ama
Ama sem precedentes, sem duvidas
Sem nunca querer te mudar
Porque eu te amo...

Foto de Carmen Lúcia

Nada mudaria...

Se eu registrasse
as dores que vivi,
espinhos que colhi
encobrindo as rosas do caminho...
As decepções ingeridas,
sorrisos falseando o pranto,
desencantos, desenganos,
seria apenas mais um clichê
e nada mudaria...

O mundo continuaria a girar
trazendo a noite e o dia;
as mesmas emoções sentidas
permeariam , sob medida,
as imutáveis estações
elegantes ou mal vestidas.

As mesmas esperanças no amanhecer,
mesmos pedidos de novas chances,
recomeçar ou renascer...
Mesma nostalgia ao entardecer,
expectativa da noite para os amantes
que já não são como antes...
Não veem a lua;
perambulam pela rua crua.

Se poesia eu quisesse escrever
alguns realces poderiam surgir;
novas nuances a se expandir
pressionando o sorriso a marcar o papel...
Maquiagem irreal, trunfo ilegal .
No mais, tudo como antes...
Tema, argumentos, sentimentos,
atenuantes...

Se eu chorasse, se eu gritasse
ou implorasse...
Não faria diferença ao mundo.

Carmen Lúcia

Foto de Marilene Anacleto

Mensagem

*
*
*
*

Não sou um corpo.
Sou a mensagem
Que traz o abraço,
Espalha-se no compasso
E flexiona o aço.

Sou a brisa que traz
A luz que paira no ar,
A poesia contida na folha
Que resolveu aventurar:
Soltar-se, para voar.

E mostra a aragem
De outro viver
Noutra forma de sentir:
A que eleva
E leva a evoluir.

Marilene Anacleto
Publicado em: http://rotadaalma.spaces.live.com/
Publicado no site http://www.itajaionline.com.br/colunas/marilene/marilene.htm, em 7/11/02

Foto de Carmen Lúcia

Espero...

Espero pela alegria,
ausência da melancolia,
por dias melhores
sem dores ou algozes,
dizeres ressoados, ecoados
por vozes carinhosas,
amizades venturosas,
relações esperançosas.
Pela omissão da tristeza
que tristemente esconde a beleza.

Espero por dias felizes
vincados entre matizes
onde o belo e as cores se fundem
e se confundem com os fractais,
onde o amor transborda
por ser demais...
Espero a vida sem ausências,
não de corpos, mas de almas,
que exalam só querências
e com freqüência nos embalam.

Espero pela melodia
que hoje ainda inacabada
frustra a leveza da poesia
pesando as rimas inspiradas.
Espero...Ah, como espero...
por tudo que mais quero,
nossas mãos entrelaçadas
pelos sonhos, afagadas,
tecendo versos de vitória,
escrevendo nossa história.

_Carmen Lúcia_

Foto de Elias Akhenaton

Teu sorriso!

Eu quero o teu sorriso sincero
Irradiando o dom da alegria.
Um semblante que tanto venero,
Musa da minha terna poesia.

Tu és como os jardins floridos,
O amanhecer sadio do sertão,
Cura dum ser que estava ferido,
Hoje é alegria - amor no coração.

Estou totalmente apaixonado,
Renovado por sentir algo assim,
Quero está sempre ao teu lado,
Ter você eternamente p’ra mim.

Farei de tudo para te fazer feliz,
Pois teu sorriso é um bem precioso,
É tudo o que eu sempre quis,
Um sorriso assim; carinhoso.

-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com/

Foto de giogomes

O Tigre sem picadeiro

O que há tigre guerreiro ?
Estás sentindo falta do picadeiro ?

Não consegues ficar parado,
neste canto enjaulado ?

Sentes falta dos idos momentos,
dos aplausos, dos movimentos ?

Estás em um circo alheio.
Não há mais lugar para ti no picadeiro.

Neste local agora sem alegria,
sem desejo, sem poesia.

Há apenas um domador enciumado
que deseja que fiques confinado.

Terás apenas que observar,
este será o seu lugar.

Qual será teu papel neste show ?
Ficarás apenas pensando no que o tempo levou ?

Preso por grilhões,
rodeados por leões.

Será este o teu fim desonroso,
lutador vigoroso ?

Mas quando não havia esperança,
ela apareceu com a bonança.

Não suportava ver a ti animal imponente,
naquele estado tão deprimente.

Escondida do domador,
ela poderia demonstrar-te todo o seu amor.

Tua vida já não era massante,
ela estava ao teu lado, a cada instante.

Mesmo sem poder libertar-te de sua prisão,
todos os dias te dava atenção.

Dava-te esperança de que um dia,
a jaula se romperia.

O domador não mais o prenderia
e que ao lado dela, no picadeiro estaria.

Esperança !
Das opções da vida é o que te dá confiança.

Poderias viver de esperança,
da espera da bonança.

Quando a vida finalmente decidir,
estarás feliz com o que ela te infligir.

Saberás o quê da vida esperar, e agradecerás a Deus,
por algum dia ela ter estado lá.

Foto de Carmen Vervloet

POEMA ABORTADO

Por mais que o sentimento passeie por entre bosques antigos,
por mais que o seduzam as límpidas cascatas,
meu coração cerrado não quer lhe dar abrigo,
deixou-o ao relento sob um luar de prata.

O vento vem e bate em meus cabelos,
a melancolia paralisa meu olhar perdido...
A alma vazia não ouve o seu apelo,
o poema estagnado fica adormecido.

Mas se a alma está vazia
e a inspiração represada
por que insistir nessa poesia
tão sem encanto que nasce agoniada?

Faz tanto calor... e a rede da varanda me convida.
Talvez seja melhor o seu chamado aceitar.
A poesia jaz, sob meus escombros, desfalecida,
quem sabe amanhã ela volte a pulsar!

Carmen Vervloet.

Foto de Carmen Lúcia

Evidências...

As evidências estão por toda parte...
Sufocam o ar, penetram a solidez
de consistências impenetráveis.
Impõem a presença do ausente,
intensificam a dor que se sente.
Instalam-se, invulneráveis, na insensatez
de um coração que arde sem reagir,
na estupidez de uma razão covarde,
ilógica, permitindo tamanha invasão...
a devastação total de um ser
que escancarou a porta ao incontestável,
que sem clemência, deixou suas marcas
entranhadas, delineadas, gravadas
na vida que tento viver,
no pranto que tento reter,
no riso que já não é meu,
na poesia que tanto doeu
e se alimenta de tudo que é seu,
alienada às evidências fincadas
num amor que já morreu.

_Carmen Lúcia_

Foto de betimartins

Apenas mulher!

Apenas mulher!

Eu sou apenas uma mulher
Simples, mas sempre sonhadora
Por vezes temia ainda ser uma criança
E brinco com elas deveras feliz...

Eu sou a contadora de historias
Aquela que viaja a terra do Nunca
Que ainda dorme nas nuvens e ainda sonha
Com reinos e belas histórias de amor...

Eu sou aquela que se desdobra
Entre lagrimas, entre lutas
Apenas sorri, trabalha dobrado
E segue na frente na vida...

Eu sou na noite, a filha do amor
Em nosso quarto te faço feliz e meu rei
Não tem outra no reino, que ame o meu senhor
Tu és o meu cavaleiro, dono e senhor...

Deixo-me dormir cansada em teus braços
Sentir teus afagos e teu belo respirar
Não existe coisa igual como o nosso amor...

E escrevo aqui, nas linhas do papel
Que carreguei em meu ventre a vida
Esperei, meses, gerando apenas amor...

Amor que hoje apenas mulher, pode sentir
Nas cicatrizes geradas, na dor infligida
Apenas, deixei o choro, sufocar...

Minha alma sofrida, nos turbilhões do passado
Soltando as amarras, uma a uma, desatando
Os laços que ainda me prendiam...

E chorei! Novamente como uma criança
Deixando-me levar no teu colo do amor
Respirando a vida, apenas escrevendo a poesia...

Que em cada manha ela ainda acorda feliz
Nos teus abraços, na tua presença querida
E sorrindo, feliz, pois eu,sou a tua mulher.

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