Pés

Foto de Civana

Ao meu Filhote

Você chegou tão tranqüilo
Suas mãos tão frágeis
Seu nariz arrebitado
Seus pés delicados
Sua boca perfeita
Seus olhos...iluminados!
O médico disse para não me preocupar,
você seria enorme. (Exagerado!)
Mas agora vejo que ele viu sua alma,
meu "Pequeno Grande Homem"!

(Civana)

OBS: Postei anteriormente esse poemeto, mas hoje, mais do que nunca, quero postar novamente. É uma homenagem ao "Anjo de Luz" que Deus me enviou há dezenove (19) anos atrás. Agradeço cada minutinho com ele compartilhado, e desejo que permaneçamos amigos de caminhada por mais muitos e muitos anos. Parabéns pelo dia de hoje, filho amado!

Bjos :)

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

DIA INTERNACIONAL DA MULHER HOMENAGEM A TODAS AS MULHERES

A TODAS AS MINHAS AMIGAS DESTE BLOGUE E FORA DELE
UMA HOMENAGEM A TODAS NÓS MULHERES.

UMA DAS MÚSICAS MAIS LINDAS QUE OUVI ATÉ HOJE , FALANDO DO QUE REPRESENTAMOS NO MUNDO E PARA TODOS.

Mulher (Sexo Frágil)
Erasmo Carlos
Composição: Erasmo Carlos e Narinha

Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que mentira absurda
Eu que faço parte da rotina de uma delas
Sei que a força está com elas

Vejam como é forte a que eu conheço
Sua sapiência não tem preço
Satisfaz meu ego se fingindo submissa
Mas no fundo me enfeitiça

Quando eu chego em casa à noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas pra quem deu luz não tem mais jeito
Porque um filho quer seu peito
O outro já reclama a sua mão
E o outro quer o amor que ela tiver
Quatro homens dependentes e carentes
Da força da mulher

Mulher, mulher
Do barro de que você foi gerada
Me veio inspiração
Pra decantar você nessa canção

Mulher, mulher
Na escola em que você foi ensinada
Jamais tirei um dez
Sou forte mas não chego aos seus pés

Foto de JGMOREIRA

AINDA LEMBRAS? II

AINDA LEMBRAS? ll
RRR

Minhas desesperanças são vagos lumes
Na mata fechada sem alumiar nada
Além dos passos que dou, morta de cansada
Alpinismos milimétricos
Verminais gostos inodoros da tua saliva
Visual insípido aos teus olhos cépticos

Não sou nem o riso ou a dor
Comumente transparente em seu dorso
De suor no ato da falta de amor
O lirismo acabou?
Não incubou em teias de aranha na alma
Satanás ainda batendo palmas
Cristo se envergonha e chora
Vês? Todas as lágrimas transbordam

Não te espero mais na calçada
Não ando descalça nem sou sem graça
Policiais policiam meus fatos típicos
Feriados singulares, coincidentes
Sem reincidência, coerência, decência

Onde andamos nós que ficamos tão sós?
Velhos jovens loucos sãos e de antemão, contraceptivos
Canto mas nada entoa
Falo mas nada em ti ecoa
Grito sem orgasmo
Só doloroso espasmo de músculo contraído

Onde fugimos de nós?
O hoje se masturbou no ontem
Lançou sêmen morto no amanhã
Que nasceu à noite
Abortou a tarde
Enterrou uma manhã pálida
Do dia ofuscante já morto

Não consigo estremecer perante o medo
Nem tenho medo perante o ladrão
Não há roubo. Só roubados
Não consigo aspirar e expirar
Os hélios ou helênicos que respiras
A mim não concedo o pão do Senhor
Não prossigo que a escada encaracolou
Submergiu no teu rodamoinho

Essa vida toda contida na cabeça de alfinete
Esse teu congelo e degelo, setenta quilos
De pedra e sub sal.
Meus afagos desafogam energias nucleares
Em homens que encontro nos bares
Acordando em camas alugadas
Faço amor sem amar, dando sem entregar
Essa imaginaria guerra real se prolonga
Ao som de tambores e caças
Submarinos submergem à minha aparição
Sou o front, o desalinho da tropa dispersada
Na tua farda mal amada, branca de medo

Somos as engrenagens enferrujadas das máquinas
Gosto ácido de azia que corrói o estômago
Espinho na pata do leão; Paleótipo vazio
Puro som de grito abafado na fronha usada
A caldeira do diabo a que me atiraste
Harpa de archanjo que jamais ouvirei
Depois que meu Deus passou para o terno e gravata
Cabelo cortado, ar compenetrado, empresário de almas

Correria se tivesse pés
Falava se houvesse voz
Amaria se meu coração não estivesse partido
Fragmentado em dor atroz
Amaro amargo, Cinzano
Corte de fazenda barata
Peso perdido na balança desregulada

Acima de tudo, quero amar
Projetar-te em outro corpo
Que seja meu, meu de tudo
Para amar essa parte tua
Como nunca pude te amar
Que não deixarias
Sem mágoas nem angústia
Nem caos nem paz

Ainda te perpetuo
Teimo contigo no meu peito indeciso
Incoerente
Ainda te sinto apesar do tempo cretino
Que só sabe medir distância
Sou o nãoseioquê na tua vida
Talvez, teu olho cego, um sonho teu
Despertado
Armário de respostas que não abres
O porto seguro no qual atracas após
A deriva diária
Um vício, mania de criança
Algo em alguém destemido
A força fraca de ser valente
Encarar e debochar da vida
Chamar homens de meninos
Rir dele e fazê-lo crescer
Estacionar o trem do tempo
No garimpo do sentimento
Carregando a bateia para te achar
Ou achar uma pedra preciosa
Não mais a rosa fria, cadáver de flor
No que esse amor me tornou

Talvez, seja só meu esse amor...

Outro dia/1979

Foto de JGMOREIRA

AINDA LEMBRAS? I

AINDA LEMBRAS? l
RRR

Talvez ainda tenhas neurônios
Talvez ainda recordes, pense e sonhe...

Quem nos viu não entendeu
Quem viveu foi sepultado
Vivemos em catalepsia
Seremos fetos no formol?
Seremos um pouco de dó em si-be-mol?

Ah, realmente me concebi no teu ventre fértil
Fui algum dos espermas que ejaculas sem prazer
Faço concorrentes na tua memória áudio-visual
Serei teu encontro provocado-casual?

Ah, meu amor, os homens marcham
As guerras se abastecem de almas desvairadas
E nós? Dois bêbados lúcidos a perambular
Sem importância por qualquer lugar
A pensar, queimando os fios do cérebro
A confundir os sistemas gastos
Convencendo nossos espíritos
A convalescer de cada endemia de mágoa.

Realmente já passei dos talvez
Sou fruta madura à espera de solo com ph
Mais propício, úmido, fecundo
Já sou a anciã desgastada que foge calada
Cabeleira alvoroçada

E tu?
Rocha metamórfica
Tumulo descaverado
Alquimista falido
Engenho inacabado
Pecador sem pecado
Inseto urgente de formicida
Autômato despilhado

Eu vivo e sobrevivo
Sempre recomeço dos barrancos aos trancos
Sobre pés descalços, raros tamancos
Os homens olham, mas não me vêem
Os meus olhos olham sem enxergar
Procuro a forma simples de amar
Como amo a ti
Amo do amor mais profundo além do corpo
Para dentro da alma
Não vejo teu amor em ninguém, solto por aí
Não ouço o que diz a tua boca lacrada
Não rio seu riso em dente algum

Tanto amo que desamo
Nem sei se estou dando ou negando
Orando ou odiando
Subtraio ou multiplico
Se retrocedo ou ascendo no holocausto de espinhos

Não falo mais de coisas normais, informais
Imorais, sensuais, iguais, banais
Ando escutando sem ouvir
O astigmatismo me castra as pupilas
A miopia retrai o nervo ótico
Encurta os espelhos, já nem me vejo
Nem te vejo refletido nas poças de chuva

Ainda lembras-se das não promessas?
Dos teus adeuses solitários e burros?
Dos retornos às pressas com ar soturno
De quem lançou as últimas moedas no poço do infortúnio?

Talvez ainda recordes, sonhe e ao acordar, pense
Que sequer existimos.

Um dia/1979

Foto de paulo azevedo

ESPERO POR TI ETERNAMENTE

LOUCURA ENTRE DESEJOS E PRAZER

Sinto o teu corpo tenso com desejo de Amar.
Percorro cada parte do teu corpo
Acariciando-te da cabeça aos pés.
Passo minha língua nas tuas pernas
Deposito os teus desejos na minha boca.·
Sigo em frente e conquisto-te

Abro tuas pernas.
E lentamente vou à descoberta
Do teu prazer
Pegando-te pela cintura...
Passo minha língua no teu vulcão de paixão.
Deixando-te estremecer...

Fazendo teu corpo vibrar.
Conseguir dar te prazer.
Passando as mãos sobre os teus peitos
Sentindo-te com grande excitação.·
Ouvir-te gemer uma e outra vez.
Cheia de prazer.
Sentada em cima de mim

Com movimentos contínuos

E entre nossos corpos suados

Quentes de loucura e prazer
Explodimos beijos molhados

E vontade de nos voltar-mos a ver

Foto de diny

NOS GRANDES MARES DO IMPOSSÍVEL

NOS GRANDES MARES DO IMPOSSÍVEL

Nos grandes mares do impossível,
sonhos são perdidos,
sem consolo e sem alívio
em dor inamovível
pálidos vagueiam entre lágrimas,
soluçantes, exaustos, agoniados,
sufocados,
por silèncio insensível,
sob o caos sem sentido,
da ausência de um amor
que nessa vida não cabe,
é impraticavel,
e não existe,
-não existe?!

Ah...
Na calada da vida,
a adorável face desse amor,
perdida entre brumas,
nas espumas dos pés-no-chão,
e a lassidão tão sofrida,
das horas secas e tristes,
dessa ausência que me doi; habita,
e essa distância que insiste,
com devoração à inocular-me desesperânça.
Anjo meu; que se me amasses,
não suportarias, meu coração sem asas,
pesado e cansado,
dessa vida sem ti.

Mas alçar vôo e seguir-te:
-sem chances!
não fazes caso nenhum...
E a alma se me rasga
em gritos dentro de mim,
gritos que tateiam gritos
que dizem:Mas, meu amor é uma ilha
perdido e louco,na amplidão de um mar-sol
onde o sol-pôr,
não mdeixa marcas,
porque brilha infinitamente.
E irresistível fascinio exerce,
espargindo luz suavemente.
É meu Anjo que sorrir,
e meu amor cresce em amplidões azuis,
qualquer coisa indizível,
feita de ânsia e alma!

Diny Souto

Foto de diny

DOCE LÍRIO

DOCE LÍRIO

Nas montanhas do gozo; um lírio trêmulo
tão belo, tão mimoso, tão branquinho, tão pequeno.
Tremes?!ah...há tanto de ti nos meus suspiros!
Ai não sabes o que te amo doce lírio.

Tudo em mim te divisa pleno;
força,essência, sentimento, jeito.
Tudo me quer dentro do teu peito
Até lágrimas tercem caminhos.

Pra beber na concha de tuas mãos;
o teu amor,
o teu carinho,
e nos quer bem juntinhos, meu amor.

Então vou!
Pra amarmos um pouco, um pouquinho.
Mas meu amor;
Não me deixa ficar presa no teu olhar.

Senão posso ficar pra sempre tá?
Mas deixa-te capturar,
e fujamos por aí,
pela vastidão de nossos sonhos!

vamos caminhar,
de mão agarradas e pés descalços
pra que o rumor de nossos passos,
não assustem as borboletas nem os passarinhos

Nem se assustem meu amor
com nossos beijos, nossos abraços
nem ouçam nossos carinhos quentes
nem o farfalhar de nossas carícias.

Ah só as estrelas poderão conversar com a gente!
E só a lua poderá desaguar de nosso olhar;
Os nossos ais e suspiros,
os nossos enlevos de prazer.

Mas só o céu e a noite,
poderão ver estupefatos
a gente se amando tanto...tanto!...
Respirando só amor, até ao amanhecer.

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÃO XV *****( CARRILHÕES DE BEIJOS - Cap I )

*
*CARRILHÕES DE BEIJOS I
*

Se eu pudesse amiga.
Eu te daria além de beijos amigáveis,
Outros, inigualáveis.

O primeiro:
Um beijo invejável,
Romântico de enamorado.
Deixá-la-ia com os olhos virados
E teu coração enamorado.

Mas como não posso,
O que faço?

Sonho contigo adormecido,
Mas, também, sonho acordado.

No sonho acordado,
Dou outros:
Te beijo amiga,
Com um beijo carinhoso.
Muito afetuoso,
Em tua face!

Mas se cochilo amiga?
Desculpe-me, já não te beijo
Carinhosamente.
Sabe?
Beijo-te
Ardorosa e voluptuosamente,
Penso no poder das rosas,
Apaixonadamente!

Pois tu entras em minha mente
E me transformo,
Sensualmente.

Então,
Beijo-te
Em carrilhões,
Começo dos pés,
Subo pelas duas colunas de alabastro
Sinto-te me segurares num abraço,
Não só de braços,
........
Mas,
.......
Num entrelaço,
Das tuas pernas, das tuas coxas
E me puxas para teu regaço,
E ali eu me desfaço
E te amasso!

Beijo
Ou te sugo.
No supra-sumo
Do meu desejo e te beijo,
Lascivamente
E vejo

O teu olhar.
Esse olhar fugaz,
Que me refaz,
Torno-me
Um rapaz
Capaz
Que
Te

Satisfaz.

Foto de Sonia Delsin

ESDRAS...

ESDRAS...

É um sonho. Um louco sonho.

A estrada é de pedras. Esdras caminha só.

Esdras é um lobo solitário. Sonha amores, sonha paixão. Sonha um encontro.

Esdras é um homem que deseja adormecer nos braços de uma mulher. Descansar todo seu cansaço, sem palavras inúteis.

No sonho ele caminha em busca de emoção, e mais que isso. Busca uma maneira de amortecer a solidão.

Ele está perdido em suas lembranças, em seus anseios. Em sua estrada de pedras.

As pedras lhe doem sob os pés e Esdras sabe que o caminho é longo e ele deve encontrar um caminho só de flores um pouco à frente.

Ele confia na sua forte intuição de que tudo vai mudar, que a história vai se reverter, porque seu coração de menino lhe diz que um novo sol a cada dia trará um novo tempo.

Um céu colorido de papel crepom entra no sonho. Nuvens coloridas lhe recordam algodão doce. Algodão de tantas cores.

O pôr-do-sol do sonho possui mais que as cores do arco-íris. Milhares de cores lhe estonteiam.

Uma mulher lhe abre uma janela, uma janela dentro de um outro tempo, de uma dimensão que Esdras não compreende bem; mas lhe faz sentir tanta emoção. Ele deixa que a forte atração o leve a caminhar por caminhos antes não percorridos.

Ela o faz sentir-se vivo. Dá-lhe asas para voar ao seu lado, porque é uma mulher alada. Umas destas mulheres de outro planeta, outro tempo. Uma mulher borboleta, que voa e revoa sobre a matéria que consegue entender e viver. Sem ignorar a matéria nua e crua, ela vive num mundo particular, só seu, e leva Esdras para caminhar um pouco ao seu lado.

Ela o convida para sonhar o sonho dos mortais e dos imortais e o lobo solitário a segue, a busca.

Ele a encontra e não sabe que ela surgiu do nada... de um sonho, de uma estrada que começa dentro de um tempo que não se compreende. Só se vive e se revive... sem entender.

Foto de diana sad

"Vento novo"

A noite escurece meu peito que não adormece
Aquele menino que segurou minha mão
Trouxe mais que tudo saudade e paixão
Eu não sei aonde pôr os meus pés...

A vida que me guia
Cantando poesia, cadê o meu verso que contigo ganhou o mundo?
A voz que tenta ser minha, me acompanha sonolenta e exausta noite e dia, acontece que os dias de prece já se foram na estrada da solidão...

Menino que segurou minha mão
Entenda que eu te dei além de sorrisos e prazer
Eu dei uma parte da minha vida para você.
E não posso lamentar corri por livre vontade na tua mão
Só não estava preparada pra sofrer por paixão...

Meus discos distorcem aquilo que entorpece o juízo
E meus queridos amigos têm saído mais comigo
Eu tenho me divertido, ido ao cinema.
Comprado pipoca e rido bastante
Mais depois de você nenhum vento novo da vida
Terá o mesmo sabor de antes.

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