Percorrendo minha estrada
Percebo a tua importância
Passa o tempo e a memória
Não desiste da lembrança
Teus pés pequenininhos
Tuas mãos, teus dedinhos
Tua boquinha, teus olhinhos
Teu corpo, teu cheirinho
Eras tão frágil
Eras tão importante
Eras tão meu
Era tudo empolgante
Tua maneira de respirar
Teu jeito de se mexer
Tudo era motivo
Pra eu te atender
Você...
Que transformou a minha vida
Em arco–íris cintilante
Que apesar de tão frágil
Foi magnífico e dominante...
Deu-me cor, me deu luz
Transformou-me, me conduziu
Sonhei contigo, amorzinho
Nos tons de azul e rosa
Embalando-te no colo
Tornando-me poderosa
Felicidade foi ter você
Nos braços, feito um botão
Vendo desabrochar tua vida
Aqui na minha mão...
Felicidade é ter você
Meu filho, meu anjo
Sorrir com teu sorriso
Como sorri um arcanjo
Flutuar no céu, é o que sinto
Ao ver meu fruto sagrado
Abençoado por Deus
Nesta hora ser homenageado
Se não fosse você, anjinho
Não saberia descrever
O que sente uma mãe
A maravilha de um filho ter...
Enviado por Ana Botelho em Qui, 08/05/2008 - 16:04
PARA AS MÃES (TODOS OS DIAS SÃO SEUS)
Na véspera, adormeci com um desejo no pensamento:
Vou abraçá-la amanhã, mas que presente eu lhe daria...
Os sonhos foram chegando e para longe me arrastaram,
Idéias mil, todas preciosas, só para enfeitar o seu dia
Viajei por milhas entre nuvens, planetas e espaços
Toquei à maciez da lua, mas foi então que percebi
Que esta jamais estaria à altura de tanta delicadeza
E novamente, busquei desesperada, nesta viagem segui
Pensei em trazer-lhe o sol, astro rei do dia inteiro
Mas mãe, eu constatei o calor e o brilho da sua lida
Têm luz muito mais intensa do que qualquer outra fonte,
Oh, rainha das noites-em-claro de todas as nossas vidas.
Nem pedras, metais e essências, ou canções de querubins
Chegaram de longe aos seus pés e terão o meu interesse.
Que o meu Deus em tanta bondade possa dilatar-me os sentidos
Eu pedia, que eu pudesse achar algo, que enfim a merecesse.
Voltei dessa longa jornada, com as mãos tristemente vazias
E enquanto as horas corriam, fui ao jardim da minha alma
Ali, com carinho eu colhi tudo o que ela havia plantado:
Um ramo de amor, fé raciocinada e belas flores da calma
Juntei o que pude e amarrei com os laços da minha saudade
Não lhe faltaram adereços e um lindo arranjo mesclado, eu fiz
Ficou enorme, cheio de emoções,que tratei de entregá-lo depressa:
"Eis aqui o que você me ensinou, agradeço por tudo,sou muito feliz ."
É a te que o filho corre
Na horas cruéis de dor.
Porque MÃE, o teu amor
É algo que nunca morre.
Você, ao filho recorre
Com um conselho agradável,
E mostra o quanto é amável
O pondo num bom caminho.
MÃE, querida o teu carinho
No mundo é inabalável.
Como a galinha abre as asa(s)
Pra acolher seus pintinho(s)
Você com todo carinho
Cuida dos filho e da casa.
Quando o filho se atrasa
Você lamenta dizendo:
O que está acontecendo,
Que o meu filho não vém?
Aí, só se sente bém
Quando vêlo aparecendo.
Você, MÃE, é uma cháve
Que abre as potas da vida.
Tu és no mundo a bebida
Com o sabor mais suáve.
Você diz ao filho, láve
Os seus pés nos meus conselhos,
Porque eu sou os espelhos
Que mostra onde estás errado
E o filho mal educado
A ela não doba os joelhos.
Minha conclusão é esta
MÃES, de imensos coração.
Pra mim, todas vocês são
Como um perfume de festa.
Amar-lhes é o que nos resta
No verão e no inverno,
Vocês são o melhor terno
Que cristo nos deu de graça.
O amor das jovens passa
Mas, o das mães é terno.
Quando adentro minha tapera,
Me sinto só, me sinto sem...
Amigos pra que
Se nesse mundo não sou ninguém?!
Quando nasci estava só
Foi de complicado parto pélvico
E já sabia que não seria ninguém!
Com os meus pés no chão, nasci e sou só, sou sem...
Meu anjo sujo me falou:
Vai seu bobo, à procura de alguém,
Descobrirás que só terás teu dezembro ou janeiro
Pois nesse mundo tu és fadado a ser só, ser sem...
Se insisto em procurar companhia
É só tristeza, dissabor e agonia
A solidão me completa nos meus dias
Pois só vivo a alegria de ser só e ser sem...
Menino saltitante
Pequeno palhaçinho,
Tão veloz e irrequieto
Sai de baixo peteleco.
Menino pipoca que vive pulando
Assiste a teve com a cabeça girando
Dá salto para o alto e vira cambalhota
Ai que menino peralta
Magrinho de sorriso alarmante
Não esconde, nem desmente seu carisma gigante
Na turma crescem os olhos quando ele faz piada
E a todos contagia com as suas macacadas.
Menino que faz lembrar o maluquinho
Pés de vento que vive caindo
Por onde andam Ziraldo e seu menino?
Levem este que ele também é doidinho.
Brincadeira predileta só podia ser corrida
Em meio a tantos tombos, uma coleção de caídas.
Menino encardido precisa de um banho.
Faz birra nesta hora, como doem estas feridas!!
Menino tão risonho,
Faz arte por toda parte
Nas férias de inverno, escutem os seus berros
Nas de verão então, que situação!
Menino inteligente,
Carrega seu maior tesouro
Para a família exibir
Um boletim que vale ouro
Mais existe um tesouro mais valioso ainda
Mora dentro do peito e vibra a cada batida
Pode ser azul ou vermelho, verde ou amarelo, preto ou branco
Coração de saltimbanco!
Feliz desse artilheiro
De coração tão amigo
Entre pipas, futebol e partidas
Lá vai ele com sua chuteira colorida.
Roubaram o brilho dos meus olhos
O segredo da minha alegria
Roubaram minha vontade de amar
Minha memória está vazia.
Hoje faço parte de um todo
Mas eu não mato nem tão pouco roubo
Porém sou um número a mais
Sou órfão dos meus pais
Faço parte do cinza do céu
Do nublado da vida
Das enchentes que inundam as ruas
De uma estrada sem divisa.
Sou a prova viva da miséria
E se meus olhos já não dizem mais nada
O meu peito ainda sente a vida
Será que existe dentro de mim uma saída?
Pele castigada pelo sol
Corpo franzino de um menino
O peso da realidade sob meus ombros
E pés calejados pelo trabalho
A infância que me faz fraquejar
Meu desejo que renega onde estou
Um trabalho imposto pela fome e pelo medo da morte
Janelas abertas aprisionadas pelo medo
Carros blindados e refrigerados
Minhas palavras ignoradas, são ditas em vão
Somos os monstros da população.
Tem menino bem cuidado
Sentado do outro lado
Feliz com a vida que tem
E eu aqui nesta vida de ninguém.
Não é fácil entender esta estatística
Que nos faz personagens do lado errado da vida
Quero de volta meus chinelos
Quero agasalho para me aquecer
O coração que me arrancaram do peito
Barriga cheia para me satisfazer
E se possível, devolvam meus sonhos
Para que eu possa voltar a viver!
“Imaginava-te”? Como nessa imagem.
Morena, esbelta, elegante, altaneira.
Eu me imagino, que sou essa miragem
Sobre o mar de forma sorrateira.
Espectro a interromper tua passagem,
Uma nuvem de verão e passageira,
A envolver-te em atos de libertinagem
E carregando-a para uma alvissareira,
Noite sob o luar desta paisagem
Num colchão de ar sobre a areia
A flutuar no balanço de vai-e-vem
De teu corpo belo de sereia
A entrelaçar-me com a voragem
Da Ninfa que em mim faz uma ceia.
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O C H A L É
Hoje é segunda-feira
Mas não quero que saia
Desse belo Jardim Encantado
Em que te vejo andando
Em terras brasileiras.
Fizestes-nos ouvir
O canto dos pássaros,
Numa suave melodia
Que aqui chega em encantada
Melodia.
Fizestes-nos consigo pisar
A relva molhada e macia
Desse belo e florido jardim.
Ora enriquecido
Com a mais bela das flores.
Flor que se cheira
E deixa impregnado em nosso nariz
O perfume de jasmim.
Trazido dos jardins de Paris
Para mim.
Ainda sinto
A brisa suave que acaricia
E acariciou tua pele macia
E, ontem, despiu-a assim,
Voluptuosa
E ardentemente.
Naquele chalé encantado
Que existiu em meu sonho,
Mas que será todo o dia
Como uma verdade para mim! (Dirceu Marcelino)
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RETORNO DA TARDE
No silêncio da tarde, regressei ao lindo jardim encantado..
Senti a brisa fresca sob meu rosto,
A doce sensação da relva sob meus pés nus,
O embriagante perfume de jasmim
Banhando meu corpo em sua sensualidade...
E no ardor dos meus olhos,
Avistei o chalé que antes não havia notado...
Em seu pleno
ardor. (Marisa Dinis )
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T U A A U S Ê N C I A
"O amor nem sempre vale a pena ser falado,
Uma palavra ofegante em sua mera verdade,
Mas em toda liberdade, o mais intenso verbo
No livro da humanidade e infinito do tempo...
Me perguntais se há mais bela aposta na vida
Eu eu vos respondo... que a vida sem amor
É um mero vazio repleto de profundo desilusão
Todos não somos mais que corpos sem condição
É muito fácil falar sobre amor por ser muitas vezes
Por ser o mais belo escape para o nosso desanimo,
Por ser a bela resposta a uma vida repleta de vazio
Mas uma situação temporária e uma queda abrupta
Difícil é ter que esperar por a embriagante junção,
De duas almas predestinas a ser um além do corpo,
Na perfeita e pura harmonia daquele amor merecido
Que nos faz vacilar na mais profunda e doce melodia"
Enviado por Carmen Lúcia em Sáb, 26/04/2008 - 16:51
Já naveguei em alto mar,
Meu corpo a me transportar,
A remar, a procurar, a buscar...
Mergulhei no abismo do infinito,
Atravessei fronteiras distantes,
Eletrizadas...Eletrizantes...
Pisei em terras minadas
Onde bandeiras fincadas
Simbolizam a lei do poder...
Sentimentos atravancados
Dominando o ter e o ser...
Quis apreender, entender, crer...
Meus braços alcançaram espaços
Inalcançáveis ...
Meus pés andaram por lugares
Intransitáveis...
Ultrapassei limites
Além de que o sonho permite...
Transpassei minhas finitudes,
Minhas altitudes e latitudes...
Estes chegares da ciência e do avanço,
Que avançam mais do que posso e alcanço...
Nada encontrei além das longitudes que desbravei.
Perguntas com respostas não contundentes...
Respostas evasivas, não convincentes...
Ou nada de respostas!
Evasivas...Somente!
Só mentem...