Pedras

Foto de Sérgio Carapeto

Tu que em paz ficaste

João

I

Hoje perdi um grande amigo,
Mas os pais….
Esses perderam um filho.

Apesar de tudo…
Sei que estás comigo.
Apesar de tudo…
Sei que ainda estás vivo.

Agora habitas o céu sem fim,
Esse maravilhoso jardim,
De rosas floridas,
E pedras preciosas,
Onde tu passas sonhador e distraído,
Pelas mãos majestosas,
Dessa Deusa vagabunda,
Que a tua passagem,
Todos, destrói e inunda.

II

Apesar da dor que é não te ter,
Eu sinto em meu ser,
Que tu nos olhas lá do céu,
E a todos os que te amaram,
Cobres com o teu véu.

Espero que estejas num lugar melhor,
Do que esta terra maldita,
Impregnada de dor,
A tua alma seja bendita!

Mas o muito sofrimento,
Que momento a momento,
Nos consome e destrói,
E a vida já era,
E o amor já se foi.
E a saudade palpita e bate,
Até que a dor nos mate.

III
Tenho pena da tua família,
Aquilo que estão a sofrer,
Mas tu desse paraíso…
Hás-de ver…
O quanto choram por não te ter.

A tua mãe grita loucamente,
E chama por ti,
O seu olhar é triste e descontente,
E cravado de lágrimas,
E tudo o quanto existe,
É doloroso e triste.

O teu irmão nem consegue acreditar,
Como foi possível,
Que tu o pudesses abandonar?

Ele chora,
Mas não grita,
Deixou de falar,
A tua morte é fogo,
Que nos queima,
E não se pode apagar,
Volta por favor!
Deixa-nos te amar.

IV
As saudades são imensas,
E a vidas estão suspensas.
Se não voltas…
O que havemos de fazer?
A vida é tão curta,
E depressa pode perecer.

Será que vale a pena viver?

V

Tu eras uma vida cheia de esperança,
Agora és cadáver sem memória,
Triste o olhar dessa criança,
Que me conta a tua história.

Se vives,
É graças a nossa recordação,
Que trazemos de ti,
Aberta a ferida no coração,
Não se fecha e deixa sangrar,
Não morremos mas queremos,
Estar perto de ti,
Todos sofrem,
Mas ninguém sofre o que eu sofri.

Ninguém lamenta mais que eu,
O abraço que não te dei,
Mas ninguém sente o que eu senti.
Por isso morro,
Desde que te vi
Levado pela brandura da morte,
Que semeia a vida e agora te colhe.
Sem pedir licença.
VI

O teu funeral é tão triste,
Todos te choram,
E gritam por ti,
Apesar de tudo o que já vivi,
Esta dor eu nunca senti.

Agora sabes,
A tua morte é a nossa morte,
Sei que já não há volta,
Mas tento ser forte.

Todos se abraçam e choram,
Pedem e não são atendidos!
Os seus pedidos,
São simples palavras,
Levadas pelo vento agreste,
A dor todos visita e veste.

Até as arvores e as montanhas,
Clamam o teu nome,
Os riachos e as fontes choram,
E te procuram em vão,
Tu bem sabes,
Quem te amou com o coração.

VII

Desde a tua funesta casa,
Até ao teu sepulcro,
Todos caminham ao teu lado,
E o Deus mal amado,
Vivo!
Mas destroçado,
Chora a tua ida,

Triste partida.
Deste mundo para o outro,
Nem mesmo morto,
Te deixamos de amar.

Foto de Sérgio Carapeto

Tu que em paz ficaste

João

I

Hoje perdi um grande amigo,
Mas os pais….
Esses perderam um filho.

Apesar de tudo…
Sei que estás comigo.
Apesar de tudo…
Sei que ainda estás vivo.

Agora habitas o céu sem fim,
Esse maravilhoso jardim,
De rosas floridas,
E pedras preciosas,
Onde tu passas sonhador e distraído,
Pelas mãos majestosas,
Dessa Deusa vagabunda,
Que a tua passagem,
Todos, destrói e inunda.

II

Apesar da dor que é não te ter,
Eu sinto em meu ser,
Que tu nos olhas lá do céu,
E a todos os que te amaram,
Cobres com o teu véu.

Espero que estejas num lugar melhor,
Do que esta terra maldita,
Impregnada de dor,
A tua alma seja bendita!

Mas o muito sofrimento,
Que momento a momento,
Nos consome e destrói,
E a vida já era,
E o amor já se foi.
E a saudade palpita e bate,
Até que a dor nos mate.

III
Tenho pena da tua família,
Aquilo que estão a sofrer,
Mas tu desse paraíso…
Hás-de ver…
O quanto choram por não te ter.

A tua mãe grita loucamente,
E chama por ti,
O seu olhar é triste e descontente,
E cravado de lágrimas,
E tudo o quanto existe,
É doloroso e triste.

O teu irmão nem consegue acreditar,
Como foi possível,
Que tu o pudesses abandonar?

Ele chora,
Mas não grita,
Deixou de falar,
A tua morte é fogo,
Que nos queima,
E não se pode apagar,
Volta por favor!
Deixa-nos te amar.

IV
As saudades são imensas,
E a vidas estão suspensas.
Se não voltas…
O que havemos de fazer?
A vida é tão curta,
E depressa pode perecer.

Será que vale a pena viver?

V

Tu eras uma vida cheia de esperança,
Agora és cadáver sem memória,
Triste o olhar dessa criança,
Que me conta a tua história.

Se vives,
É graças a nossa recordação,
Que trazemos de ti,
Aberta a ferida no coração,
Não se fecha e deixa sangrar,
Não morremos mas queremos,
Estar perto de ti,
Todos sofrem,
Mas ninguém sofre o que eu sofri.

Ninguém lamenta mais que eu,
O abraço que não te dei,
Mas ninguém sente o que eu senti.
Por isso morro,
Desde que te vi
Levado pela brandura da morte,
Que semeia a vida e agora te colhe.
Sem pedir licença.
VI

O teu funeral é tão triste,
Todos te choram,
E gritam por ti,
Apesar de tudo o que já vivi,
Esta dor eu nunca senti.

Agora sabes,
A tua morte é a nossa morte,
Sei que já não há volta,
Mas tento ser forte.

Todos se abraçam e choram,
Pedem e não são atendidos!
Os seus pedidos,
São simples palavras,
Levadas pelo vento agreste,
A dor todos visita e veste.

Até as arvores e as montanhas,
Clamam o teu nome,
Os riachos e as fontes choram,
E te procuram em vão,
Tu bem sabes,
Quem te amou com o coração.

VII

Desde a tua funesta casa,
Até ao teu sepulcro,
Todos caminham ao teu lado,
E o Deus mal amado,
Vivo!
Mas destroçado,
Chora a tua ida,

Triste partida.
Deste mundo para o outro,
Nem mesmo morto,
Te deixamos de amar.

Foto de Sérgio Carapeto

Tenho no meu peito

Tenho no meu peito,
Algo tão inútil e imperfeito,
Que só bate por te amar!

Um amor que para mim é tão cruel,
Como os Deuses a quem fui infiel!

Um amor sem perdão,
Porque não posso controlar o coração!

Essa é a crueldade do destino,
Pelo qual fujo,
E minto,
Tudo aquilo que te digo,
E sinto.

Apesar de te querer e amar,
Os meus sentimentos não consegui controlar,
Ai… se eu pudesse arrancar,
O coração que me bate no peito,
Tudo seria perfeito.

Seria como uma pedra na calçada,
No passeio parada,
Por que passariam despercebida.
Seria nada mais que uma pedra…
Na calçada esquecida.

Mas para minha desgraça,
Devaneio e ameaça,
Tenho no meio peito,
Um coração que bate imperfeito…
Por ti!

Desde o primeiro momento,
Em que te vi,
Como parados no tempo,
(Inesquecível momento)
De loucura em pensamento!

E nesse momento eu me perdi,
E jamais me encontrei,
Só sei que me perdi,
E só me reencontrei em ti,
Apesar de vivo,
Parece que morri!

Amei e sofri,
Pedi e morri,
Naufragado nesse maré verde e agreste,
Que o teu olhar veste.

E os teus cabelos doirados,
Fios de ouro imaculados,
Que os anjos tecem,
Eu amo,
Como as rosas dos jardins de Adónis,
Por quem eu clamo!

E os teus lábios,
Pecados de anjo,
Que eu esbanjo,
Eu amo,
E desejo possuir,
Como o Deus que eu chamo,
E não me consegue ouvir.

Mas a minha maior desgraça,
É pior do que te amar,
É pior do que te querer,
É pior do que te amar,
E não te ter.

É o teu rosto angelical,
Que sem compaixão me atrai e seduz,
Como uma borboleta…
Seduzida pela luz.

Esse rosto que me fere mortalmente,
Com a sua beleza e esplendor,
É simplesmente,
O meu coração que bate por amor!

E o teu corpo,
Que eu desejo possuir,
Como a oiro e diamantes,
É nada mais que pétalas de rosas,
(Desejos tão amantes)
Como pedras preciosas.
Majestosas!

Sopradas pelo vento da manhã,
Que me liberta nesta fria manhã,
Com os seus raios de sol,
Que me aquece nesta noite tão fria,
O teu corpo era o sol que me aquecia!

Foto de Carmen Lúcia

Antes de ir...

Antes de ir...
removeste pedras cravadas em meu caminho,
fertilizaste o solo orvalhando amor onde reinava a dor,
plantaste em cada parte de meu ser, semente tua
e teus raios de sol iluminaram minh’ alma nua...

Antes de ir...
traçaste rotas para eu seguir sozinha,
suavizaste a aridez do chão pra não me sangrar espinhos,
poetizaste vazios, fundos buracos frios
e no lugar de vácuos , versos construíram ninhos.

Antes de ir...
compuseste a nossa canção...
e me pego a dançar contigo, plena de emoção,
rendo-me a um louco desejo por ti...
que mesmo não estando, sei que estás aqui.

Antes de ir...
ensinaste-me a viver...
fizeste-me crer que o amor não se acaba com a morte,
preparaste-me para inexplicáveis despedidas,
que a partida é o recomeço da chegada
e o que parece fim é o início de uma nova vida.

Carmen Lúcia

Foto de onil

REGRESSO Á ALDEIA

AO REGRESSO Á MINHA ALDEIA
VEIO-ME LOGO Á IDEIA
LENÇOS BRANCOS DA DESPEDIDA
QUE TROUXERAM AOS OLHOS MEUS
LÁGRIMAS DE UM GRANDE ADEUS
NA HORA DA MINHA PARTIDA

VER AGORA ROSTOS CHOROSOS
LEMBRA-ME OS BEIJOS SAUDOSOS
QUE TROQUEI NA DESPEDIDA
DEIXEI A ALDEIA COM SAUDADE
VIM PARA A GRANDE CIDADE
CONQUISTAR A MINHA VIDA

AGORA NO MEU REGRESSO
EM TI ALDEIA EU CONFESSO
A RAZÃO DA MINHA VINDA
RECORDEI A MOCIDADE
QUE ME TROUXE ESTA SAUDADE
SAUDADE QUE AGORA FINDA

PORQUE REGRESSO Á MINHA TERRA
SINTO JÁ O AR DA SERRA
FUSTIGAR OS MEUS CABELOS
ONDE EU DEI OS PASSOS PRIMEIROS
POR ENTRE VERDES PINHEIROS
COMO É BOM VOLTAR A VÊ-LOS

CASAS DE BRANCO CAIADAS
RUAS DE PEDRAS CALCETADAS
A MINHA ALDEIA É ASSIM
CAMPOS FLÓREOS, VERDEJANTES
SERRAS VALES E NASCENTES
MAIS BELO QUE UM JARDIM

DESDE O DIA QUE EU PARTI
EM MEUS SONHOS SÓ EU VI
NUMA SAUDADE TÃO SENTIDA
NUNCA MAIS SENTIR O GOSTO
DESSE PRANTO NO MEU ROSTO
NEM VER LENÇOS DA PARTIDA.

ONIL

Foto de Arnault L. D.

Para rimar com amor

Campo vazio e vasto
relva baixa e capim
nasce um broto, traço um rasto
frágil e jovem jardim

Aos pouco se alfombra
e as folhas tomam forma
e a desolação assombra
enquanto se transforma

Já se vê que é uma flor
já se nota um botão
se apressando em primor
a elevar-se do chão

Logo ela se abriu
a mais linda e bela
sob um céu de anil
fez-se espetáculo vê-la

Depois da flor, as sementes
se lançaram a procura
da eternidade jazente
na terra calma e pura

mas só pedras alcançaram
nova flor não germinou
e as sementes secaram
mas, a historia não findou

Pois, na lembrança aquela flor
sempre viva permanece
um “amor perfeito” , um amor
nunca morre, nunca se esquece

Foto de carlosmustang

RESTOL

Xutei algumas pedras em meu caminho
Apenas porque queria viver
Mesmo chorando lamentando-se
Meus joelhos sangrando

E eu, sem saber de nada
Só de algum suposto carinho
Que poderia me abondara a qualquer
Correndo atras de você

Me encontro através de você
Para uma realização, uma parada
Somente sós!

E se alguma. Realização desejável
A qual me deito em algum colo
E repouso finalmente em Paz.

Foto de jessebarbosadeoliveira27

ODE AO ITABIRANO CARLOS

Poetar mineiramente
Poetar com a simplicidade eloquente
Poetar de pensamento solto
Poetar parindo a ROSA DO POVO.

Poetar o estar no mundo
Poetar reverenciando O ADORÁVEL VAGABUNDO
Poetar fazendo verso com o substantivo próprio RAIMUNDO.

Poetar AS MÃOS DADAS
Poetar A ROSA E A NÁUSEA
Poetar o quão é funda a angústia
Poetar a consciência de que a vida
Anda em contínua fuga.

Poetar a supernova prematura do leiteiro
Poetar o encontro com as pedras no CAMINHO
Poetar o ensimesmar criativo.

Poetar Itabira
Poetar a saudade de uma ERA perdida
Poetar como é BESTA a VIDA.

Poetar a perda de identidade
Poetar o amor maduro e a desumanidade
Poetar sutil e de fogo alto é o poetar de CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

http://www.myspace.com/nirvanapoetico
• http://twitter.com/jessebarbosa27

Foto de Sonia Delsin

DOIS LOUCOS

DOIS LOUCOS

Loucos.
Jogaram confete para o alto.
Jogaram pedras no vale.
Apedrejaram a imagem da felicidade.
O sorriso.
A bondade.
Esmagaram as asas da borboleta.
Cortaram as veias, sangraram...
Ensanguetados, doloridos.
Dois perdidos.
Madrugada afora.
Foi tudo embora.
Dois loucos...
Nada mais agora.

Foto de marylife

AS PEDRAS DO SEU SAPATO...

Na imensidão do seu olhar imesuravelmente imerso é como
o vento que passa pela nossa roupa envolve todo o nosso corpo mexe
com toda a paisagem, quando chega o momento ele vai embora.
Na devastação de seu sorriso favor e feérico dentro do seu exaltar.
Ainda pode ser que tenha muito de si.A profundidade de sua alma
nebulosa necedade, como o lago são profundos mas na superfície permanecem
parada.No mergulhar do seu sentimento é como a água correndo segue
seu caminho e nos deixa para trás. No navegar dos seus pensamentos é
como se eu fosse uma parada a cada viagem sua.O breu do seu coração
age por impulso, é como uma vela que acende derrepente... queima.
A tempestade do seu sentimento age com grande violência sem se
importar quem esta pela frente.Seus gestos desumanos surgem nas
sobras dos meus pensamentos igual as Frutas estragadas no pomar.
Suas promessas bruscamente romperam o elo que nos unia pelas
diferenças do que cada um sentia.As pedras dos seus sapatos
serviram como medalhas para as minhas conquistas
para o meu recomeço.

marylife

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