Pedras

Foto de Diario de uma bruxa

Sem você eu não existiria

Pra mim
Não haveria nem à noite
E nem o dia
Se não existisse você

O céu não teria cor
O mar não teria ondas
Os barcos naufragariam
Pois haveria pedras
E rasgaria todo sua popa

A grama seria escura
O verde não existiria
A lua viveria nua
Sem o brilho do sol pra lhe aquecer

Amo-te
Sem você meu mundo
Não seria nada
Seria apenas deserto
Não existira água

Seria tudo seco
Queimado e sem vida
Meu mundo seria isolado
Na verdade, sem você
Eu não existiria

Poema as Bruxas

Foto de Carmen Lúcia

Caminhos

Não fosse o pranto não avaliaria o sorriso,
não fosse a dor dispensaria o afago,
não fosse o grito calado, palavras soariam distorcidas,
não fosse a tristeza, a alegria seria camuflada,
não fossem as ausências, a simples presença seria afastada,
não fossem os nãos bradados, os sins perderiam os significados,
não fossem as pedras do caminho não me prenderia aos detalhes.
não fossem as noites escuras não me encantaria o luar,
não fosse a perseverança não me importaria a conquista,
não fosse a primavera me acomodaria o inverno,
não fosse o suor a colheita seria irrelevante,
não fosse o pecado não conheceria o perdão,
não fosse a solidão não me apegaria aos amigos,
não fossem as subidas não me deliciaria com as descidas,
não fossem os percalços nada seria tão desejado,
não fosse o fundo do túnel não veria a sua luz,
não fosse o silêncio não haveria flashes de reflexão,
não fosse a impaciência não mensuraria a compreensão,
não fosse o amor me absteria da vida,
não fosse a carência, negligenciaria o carinho, a proteção,
Não fosse a voz da alma calaria a poesia.

_Carmen Lúcia_

Foto de Camila Senna ☆

Caminhando...

Pista molhada e toda uma jornada...
Ando eu ao relento...
Encantada com a madrugada,
Que muitos dormem e não veem nada.

Olho para cima e vejo as árvores se abraçando...
Olho para o chão, parece miragem, mas não.
Vejo folhas secas e vermelhas...
Que mais parecem filosofar de tanta beleza, de tanta sutileza.
Olho para frente...
Me deparo com o farol do carro que vem vindo...
Dilatando minhas pupilas, parece até luz divina.

Vejo uma pedra e me assento nela...
Me sinto forte como uma cidadela.
Mesmo estando com lodo e esquecida, me sinto protegida!

Contei para as árvores...
Contei para as pedras....
Meus segredos, belos segredos,
Porque sei que jamais serão revelados.

Posso morrer, e minha vida um dia contada em forma de poesia...
Jamais será esquecida.
Ficará enraizada nas raízes daquelas árvores...
E esculpida nas fortalezas daquelas pedras...
Com letras que só os sensíveis de alma entenderão.

Tantos caminhos...
Precipícios para alguns.
Tantas trilhas...
Morada para muitos.
Tanto céu...
E debaixo dele muitos ao léu.
Tanto sol, farto sol...
E muitos não emprestam nem o anzol.
O amor está pouco.
E o mar? Não está muito para sonhar.

Então eu busco, incessantemente eu busco...
Um pouquinho de verão...
Verão que abrasa o bosque da minha menina...
Que tem vida corrida por suas esquinas...
Mas que anseia avenida para sua partida.
Quero me aprofundar nesse labirinto em busca da felicidade...
Meu instinto diz: você pode.
Eu digo: eu creio.

((( Camila Senna )))

Foto de Oliveira Santos

Incomparável

Tive nas mãos
A mais pura e valiosa
Das pedras
Cujo brilho
Por mais ofuscante que fosse
Jamais conseguiria
Crepuscular
Teus olhos

10/06/96

Foto de Arnault L. D.

Éden

Flor de sentimento
que floresce aos poucos aqui dentro
e todos já sabem pelo vento
que alarda o seu aroma

e as outras rosas abrem
respondendo ao chamado do éden
e os passarinhos cantam e invadem
fazem festa de bem vindo

Tudo se torna jardim
de pedras tornou-se jasmim
e tudo isso só pra mim
porque esta flor nasceu

Nasceu aqui dentro
e parece que este sentimento
faz nascer o ver encantamento
na minha vida o seu amor

Foto de Eveline Andrade

Nosso Amor

Nosso amor ele arde e incendeia;
È voraz e doce, é intimidade
por entre os póros.

O nosso amor é poesia
que deixa meu corpo, inquieto
e frenético na ânsia
de um único beijo teu.

È a forma de poesia mais bela de todas.
A poesia vivida, por dois amantes da
poesia cheios do mais puro sentimento.

Nos desejamos a todo momento,
e ao estarmos juntos os corpos
não se distanciam um só instante,
é como se nossos corações
dependessem um do outro para bater.

Nos respiramos a todo instante;
o nosso amor nos mantém
e nos faz firmes e felizes
no nosso poético caminho de pedras.

Evelyne Andrade.

Foto de Dirceu Marcelino

POEMAS DA MINHA JUVENTUDE - CANTO DA SEREIA e o UIRAPURU

O CANTO DA SEREIA

Eiaaaa! Vamos lá meu garanhão!
Eitaaa! Vamos corre voa, galopeia!
Fustiga o chão, as pedras, meu garanhão!
Vamos procurar, encontraremos na areia...

Aiii! Como pula. Aguenta meu coração!
Com certeza é por aqui que ela veraneia?
Sim! Perto do rio, em baixo desse pontilhão
Ah! Olhe lá... Ali esta a linda sereia...

Quieto ohoooo! Ouça que entonação.
Tudo se cala. Nem uma a ave gorjeia
Nem o Uirapuru canta sua bela canção

Nada. Nenhum um pássaro chilreia
Só a melodia impregna o coração.
E encanta nossa alma que devaneia...

(Dirceu Marcelino, 1970,
Em Itanhaém – SP )

Foto de Oliveira Santos

Não Sei Nadar

No alto de duas montanhas,
onde ao meio corre um rio,
no cume de cada uma delas,
tão alto de dar vertigens
estamos nós dois.

Cá em cima o vento, o ar escasso e o frio;
lá embaixo as pedras, a água do rio.

Quem me dera ser Ícaro e então ter a coragem
de tentar voar para ao outro lado chegar
(para poder te abraçar...)

Quem dera no mundo houvesse outro dilúvio
e o rio subisse até que eu te visse
refletida n'água, teu rosto, tua espádua
num brilho solar...

E então nela pular para poder te alcançar,
porém, não sei nadar.

18/07/96

Foto de Oliveira Santos

Elucubrando

Talvez você seja o início no fim das coisas,
a solução no incompreesível
ou o lógico do absurdo.
Pode ser a fome no meio da fartura,
o opaco misturado ao nítido,
a flor que surge entre as pedras.
Quem sabe o hediondo dentro da beleza,
o necessário de aparência frívola,
fruta venenosa suculenta e doce.
Ou mesmo a dor escondida no riso,
o claustro do meu universo,
o equilíbrio da minha embriaguez.
E quanto mais eu possa divagar
tanto menos posso lhe entender,
pois sei apenas que você é você.

04/11/99

Foto de Cecília Santos

DOCE ESPERA

DOCE ESPERA
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Inúmeras vidas eu vivi, esperando você chegar.
Fui mil canções de amor, pensando em ti.
Te esperei imóvel, como as pedras cravadas nas montanhas.
Como flores noturnas, esperando o orvalho ao amanhecer.
Como um sopro de vento forte, desfazendo a calmaria.
Esperando você chegar, fui os dias que se seguiram.
As noites que chegaram, as manhãs com cara de preguiça.
Eu fui a chuva caindo, o arco-íris se abrindo.
Fui as flores se abrindo, numa melíflua magia.
Fui areia solitária, esperando a maré inconstante chegar.
Fui versos de amor, em poemas que escrevi.
Fui a distancia entre nós dois.
Fui a espera, longa e interminável.
Fui eu, fui você, fui nós.
Fui muito mais que tudo isso...
Fui o tempo perfeito, esperando você chegar!

Cecília-SP-10/201*/
PS/ inspirado no poema "Canção da Espera, do livro Velho Moinho"

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