Ondas

Foto de Remisson

Os dançarinos

Melancólica e sonolenta, eis a Lua,
Flutuando sobre as águas do oceano.
Alheio a tudo, imerso na noite e no mundo
Meu pensar também vaga neste plano.

Ei-la, imagem erradia na pista do mar,
Entrando, dançando, bailando nas ondas vadias...
Minha imagem também entra, dança, baila
Embalada pela aquátil melodia.

Qual casal de dançarinos da esperança,
Vestidos de amor e de alegria
Deslizamos sobre as águas nessa dança.

Já desperta e alvacenta, eis a Lua,
Causadora dessa bela fantasia
Que nos tira do real e nos flutua.

Foto de Carmen Vervloet

Exaltando Vitória em Capixabês

E lá vou eu,
CAPIXABANDO,
pelas ruas de Vitória,
POCANDO sonhos,
colhendo ilusões!
CATO do mar
a força e a energia
e ESBURRO alegria,
nesta minha ilha
que é toda magia.
Se o dia está meio SEM DOCE,
aguço o paladar
com nossa MOQUECA,
(O resto é peixada)!
que desperta em mim
a menina sapeca,
capixaba da breca
que sente GASTURA,
que voa nas alturas,
que salta das nuvens,
nestes céus de ferrugem,
navega em seus mares,
respira em seus ares
minério de ferro
e grita IÁ!
E nestas suas ondas
eu pego uma PONGA
e qual TARUÍRA,
amputo minhas mágoas
e nestas suas águas,
navego sem rumo,
buscando o sumo
nas partículas
de grumo
que formam suas praias
e grito te amo
rodando minha saia!

Foto de Marilene Anacleto

Mãe

Esparge, a lua, sua luz em raios,
No anoitecer de outono, em dança,
Ilumina as ondas em pequenos fachos,
E a mãe ora por sua sempre criança.

No movimento da onda, a lua
Penetra mais fundo na água.
A oração vem banhar o semblante
Enquanto ilumina a minha alma.

Entre suspiros e palpitar de coração,
Crescente, nova, minguante e cheia,
Há sempre um consolo ou um perdão.
Traz-me as bênçãos das manhãs serenas.

E no encontro depois de tempos,
Enquanto a lua faz dia no despido céu
Paira o anjo, de leve em meus ombros:
Beijo de mãe, saudade transformada em festa.

Foto de SATURNNO

Na beira do cais

É devagar que as ondas batiam na beira do cais.

É devagar que gaivotas e guarás

Voavam por sobre ilhas e manguezais,

E devagar atracavam os barcos coloniais.

E devagar eu caminhava de volta, pachorrento,

Para o fim de mais um dia lento.

E nesse tempo sem tempo contar,

Onde era possível até o vento escutar,

Eu vivi no infante alento da aurora garrida,

Da minha inocência querida,

Carregada pelos ventos da vida,

Que os tempos não trazem mais.

E devagar eu via as ondas batendo na beira do cais.

João F..R. 30/04/2012

Foto de Francisca Lucas

Sozinho

Sozinho
Francisca Lucas

Depois que tu partiste...
Eu vivo tão triste,
Sozinho e cabisbaixo.
A vida só me reservou o vai e vem dessas ondas,
Ondas deste grande mar de incertezas,
Que muitas vezes só me trazem o lixo,
Sim, o lixo das lembranças,
Lembranças de ti e do que vivemos juntos!...

Hoje aqui, sentado neste banco,
Oro e imploro,
Que, um dia eu possa ser libertado desta grande tristeza,
E vir a morrer em paz!

... - ...

Foto de Marilene Anacleto

Ouro e Prata Sobre o Mar

Chega a lua cheia dourada,
Em rasgos doces, dançantes,
Quando o vazio do crepúsculo
Torna cinza os corpos andantes.

Paro para sentir
O homem e seu silêncio
A fotografar, extasiado,
Cabelos bailando ao vento.

Calmamente o tempo passa,
A lua devagar se ergue.
O veludo do mar vira prata,
Enquanto o céu escurece.

O povo, aos poucos, se vai,
Ondas nos meus pés a tocar,
Momento de sentir e ouvir
A orquestra de cristais do mar.

Foto de luzJr

escrever

(INCOMPLETO)
Para escrever....

Para escrever basta um lápis, papel, um pensamento....
talvez um giz e um guadro;
um canivete afiado na casca de uma árvore;
um pincel, tinta e tela...
só se precisa ter algo a dizer.

Para escrever basta uma caneta e um guardanapo...
um dedo no ar contornado...
a vontade de se fazer entender.

Para escrever só se precisa pela areia da praia deslizar e as ondas vão tudo depois apagar.

Para escrever bastar um sentir que em palavra falada não se consegue expressar.

Para eu escreve basta você.

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No silêncio das letras se conforma uma bela poesia, o segredo, uma alegria...

Foto de von buchman

SE UM DIA EU TE PERDER !!!

Sei que um dia irei perder-te.
Pois sei que muitas coisas na vida acontecem...
Mais bem saiba meu amor!
Você é única e dona perpetua do meu coração,
Ele estará sempre com você
E para te amar...

Se um dia vier te perder na carne,
Bem sei onde te encontra em espírito!
Te encontrar-rei onde existir amor...

Nos lugares mais lindos e puro,
Onde tenha muitas flores,
Muita paz e um gostoso sonhar,
Pois lá estará seu coração
Seu amor e o seu desejar...

Procurar-te-ei em lugares mui
Abençoados e calmos,
Com muito silêncio,
Ou com muita alegria...

No cantar dos pássaros...
Nos bosques ou na mata virgem...
No orvalho na revoa da madrugada,
Na lua admirada pelas estrelas...
No mar que lança sua ondas sobre a areia,
É só parar fechar os olhos
E poderei sentir a sua presença,
Ali ficarei, meditarei em cada detalhe seu,
Saciando meus desejos em sonhos e fantasias,
Desfrutado do seu mui gostoso amar...

Nas noites de brisa calma do mar
Que sopra e toca minha pele
Ali estarei a esperar por você.
No despertar das manhãs,
No raiar do sol que me trará
A esperança de poder te encontrar,
Poder renascer meus desejos
E o nosso amar..

Procurar-te-ei em lugares ímpares
Longes ou pertos, fácies e difíceis,
Mais em um pequeno detalhe
Saberei te encontrar...

Procurar-te-ei onde as sereias cantam
Onde as águas se encontram.
Até ali, saberei te encontrar...

Bem sei que estarás sempre
Onde houver muita paz...
Num sorriso de uma criança,
Numa lágrima de um ancião
Em uma mão estendida.
Num por de sol,
Num despertar da manhã
Numa pétala de rosa
Numa orquídea em um penhasco
Mesmo ali, saberei que irei te encontrar...

Procurar-te-ei em lugares
Puros e belos, serenos
E se não te encontrar,
Pararei e fecharei meus olhos,
Respirarei mui profundo,
Sentirei lágrimas rolarem em minha face
A paz e a tranqüilidade reinam em mim,
Confirmando a coisa mais gostosa do meu ser,
Você já esta dentro do meu coração...

Fecho meus olhos e já posso ver
Teu sorriso angelical...
Respiro fundo e sinto teu doce perfume..
Que me embriaga levando-me a delirar...
Abro minha mão e sinto tua suave pele
Que é mui delicada como uma pétala
De uma flor do amor perfeito...

Aconteça o que acontecer..
Longe ou perto você!
Você É!
Foi!
E Será meu eterno bem querer...
A eterna rainha do meu viver...
O real sonho do meu desejar,
És a minha mui linda e
Bela musa do meu inspirar...

Te amo eternamente minha CET,
Sem você não sei viver,
Não vivo só vegeto...

És a essência das essências do mais puro amor
E da mais ousada e ardente paixão..

Foto de Carmen Vervloet

De Mulher para Mulher

Tu és amiga... Companheira...
No mar bravio da vida, marinheira
destemida a navegar
sobre as ondas oscilantes deste mar...

Comandas teu frágil barquinho...
Vais vencendo de mansinho
as turbulentas águas da lida,
onde fostes inserida pela vida...

Corpo delicado... Mão forte...
Indicas o rumo... Mudas a sorte...
Nesta tua tripla jornada
de provedora, mãe, mulher
que tão bem sabe o que quer!...

Acordas quando a lua adormece...
Dormes quando o tempo acontece...
Sem hora... Sem previsão...
Quando deixam de solicitar tua atenção!...

Nem sempre compreendida, valorizada,
carregas dentro de ti guardada
a tua inquestionável intuição...
Seta que te dá a direção!...

Da vida, em torno de ti girando,
tudo esperas...
Como uma pequena esfera
envolves o mundo
com teu amor profundo!...

Semeias a paz... Sábia e audaz...
Com teu jeito eficaz
deixas brotar a emoção
que sai do teu terno coração!...

Mulher... tu és o amor-perfeito...
Sem medos ou preconceitos
deste multicolorido jardim
de amor sem fim!...

E mereces de mim
esta homenagem
de mulher para mulher...
Por ser mulher
e entender tão bem
tudo o que desejas
e realizas na vida
com tenacidade e fé!

Foto de Carmen Lúcia

Apelo

Tanta riqueza nos foi dada
E por ser tanta, o homem se perdeu...
Desrespeitou o dom de Deus,
Esbanjou a natureza, desperdiçou a beleza
E a vida que era simples, complicou.

A mente humana se superou,
A tecnologia avançou...
O ápice da ganância alcançou,
Máquinas avassaladoras transitam a humanidade,
Comandam o poder, o ter, a desumanidade,
Trocando coração por epicentro de destruição.

O sol das manhãs amanhece embaçado,
Espera pelo entardecer pra se esconder, acuado...
Enquanto que o céu, outrora, azul tão claro,
Mostra-se pesado, azul-acinzentado.

Fumaças e nuvens se (con)fundem,
Chuvas plúmbeas pela terra se difundem,
Como armas plutônicas da devastação
Ante o olhar platônico da civilização.

Mas, nunca é tarde, não se acovarde,
Deus é Amor e perdoa
A quem se empenha ao embate,
A quem desafia tempestade,
A quem se arrepende e se doa...

E antes que tudo se consuma,
Que o homem seu erro assuma...
E traga de volta “...A vida, manso lago azul,
...sem ondas, sem espumas...”(Júlio Salusse)

(Carmen Lúcia)

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