Chega a lua cheia dourada,
Em rasgos doces, dançantes,
Quando o vazio do crepúsculo
Torna cinza os corpos andantes.
Paro para sentir
O homem e seu silêncio
A fotografar, extasiado,
Cabelos bailando ao vento.
Calmamente o tempo passa,
A lua devagar se ergue.
O veludo do mar vira prata,
Enquanto o céu escurece.
O povo, aos poucos, se vai,
Ondas nos meus pés a tocar,
Momento de sentir e ouvir
A orquestra de cristais do mar.