Natureza

Foto de Marilene Anacleto

Mãe Terra, Tenho de Ir

Tenho de ir

Levo a falta

Do beijo que não recebi,
Das confissões que não ouvi,
Dos abraços que não senti.

Dos sentimentos que não confessei,
Das alegrias que não partilhei,
Dos saberes que não repassei.

Procuro a luz

Nas vivências solitárias,
Nas experiências solidárias,
Nas horas de mesa farta.

Nos encontros comigo mesma,
No meu interior, minha igreja,
Na luz divina da Mãe Natureza.

É tempo de chorar

Não sei o que fui para o que foi embora,
Nenhuma resposta ao romper da nova aurora,
Nenhum sinal de quem está comigo agora.

Todos para mim foram importantes,
Aprendi com cada qual, a cada instante.
Observando, ouvindo, analisando atentamente.

Preciso ir

Ali fora esperam-me aqueles
Que me abençoaram a vida inteira,
Com calor e sabedoria verdadeira.

Não deixo sementes, nem rastros,
Sou puxada, como quem pega a laço.
Apenas desapareço em teu regaço.

Mãe Terra, tenho que ir.

Foto de MarcosHenrique

Meneios de um Rio

Passando por aqueles campos verdes,
Contemplei a inocência.
Satisfiz-me em saciar aquelas criaturas que a mim vinham
E retornavam com seus sorrisos estampados.
Segui meu caminho, intacto.
Vi ao longe, algo como uma floresta.
Com gigantescas árvores de caules simétricos e retos,
Não vi galhos, nem folhas.
Ao invés da atmosfera nédia daqueles campos,
Fui me aproximando de uma suspensão negra, mórbida.
Na mina lhaneza, não recusei traspassá-la.
Não vi aqueles seres tranqüilos,
Que espargiam no ar a felicidade da bonança da natureza.
Só pude ver seres fechados em sua sisudez.
Laivo algum de compaixão e altruísmo encontrei.
Não sei como, mas fui me tornando negro como aquele lugar.
Olhei para trás, vi tais criaturas pungindo meu corpo,
Que corria ao longe dos campos, tralhas escusadas.
Acabrunhado, fui me afastando daquele cautério.
Andei mais um pouco.
Rejubilei-me quando vi aquele vasto tapete azul
A rutilar ao sol.
Apressei-me em alcançá-lo.
Ao chegar, fui engolfado naquela imensidão.
Aquele calor me fez lembrar daquelas criaturas radiantes.
Perguntei ao meu novo amigo
Se tinha como voltar ao derradeiro lugar.
Com grande alegria, recebi a afirmação positiva.
Aviei o que me foi proposto.
Esfacelei, aos poucos, meu corpo
E fui levado aos ares.
Apesar da dor, voltei a minha diáfana limpidez.
Caminhei com o vento ao encontro daqueles campos.
Encontrei-me em cima dos seres maviosos.
Minhas partículas foram se agregando
E em intenso júbilo,
Envolvi aquele lindo lugar.
Não havendo lugar para rancor,
A situação me levou a indulgência
Daqueles outros seres pusilânimes.
Agora só me resta aproveitar
O lacônico tempo que tenho aqui,
Pois me foi dito que passarei
Novamente por aquela floresta cinza...

Foto de Cecília Santos

PRESERVE O MEIO AMBIENTE

PRESERVE O MEIO AMBIENTE
#
#
#
Água, fonte da vida, sem ela ninguém vive,
Porque dela não cuidar!
Fonte que jorra em abundância, água fresca e límpida,
Pra sede do Planeta saciar, mas até quando???
Respeite a natureza, os pássaros as árvores.
Não corte seus troncos por ganância.
Ela é fonte de vida, pra alimentar quem tem fome.
Ela te abriga do sol, quando o cansaço for grande.
Cuide do solo, não o destrua.
Essa mesma árvore que te abriga, depende dele pra sobreviver.
Não mate, preserve... Não destrua a natureza...
Tenha consciência e pense no futuro dos filhos dos seus filhos.
Sem o meio ambiente preservado, é tudo desesperador.
E o planeta sem esse cuidado se degenera pouco a pouco!!

Cecília-SP/06/2011*

"Boa tarde amigos, hoje é dia do meio ambiente, vamos procurar fazer a diferença, se cada um de nós fizermos nossa parte por menor que ela seja fará a diferença, se juntarmos um grãozinho de areia à muitos outros grãozinhos de areia, teremos uma uma imensidão de areia, então ajude é simples, basta um pequeno gesto!!"
(Cecília)

Foto de Carmen Vervloet

O Protesto da Natureza

O universo queixa-se em profunda dor...
O céu acinzentado,
mostra seu luto na cor,
entorna lágrimas de chuva
que caem em granizos de cristal,
o vento faz seu manifesto em vendaval.
O sol se esconde atrás da nuvem pesada,
quem sabe com vergonha por tanto desamor!
As sombras deixam as flores desbotadas,
a tristeza cerra o bico do pássaro cantor.
O mar invade cidades,
tsunami de destruição,
ondas gigantes que vem e vão
levando o povo em comoção.

Por onde eu passo, freme a ambição!
Homens amputados de seus sentimentos,
cegos pelo egoísmo do momento...
A Mãe Terra em agonia,
triste, sem energia...
Vivendo seu grande tormento,
últimos suspiros
debilitando seu giro!

Antecipo um suicídio coletivo,
o planeta destroçado
pelo mais inteligente ser vivo!

Este cenário estremece minha vida...
Meus olhos embaçados por lágrimas
vêem o protesto da natureza que agoniza!

Foto de Wilson Numa

Porquê Escrevo?

Muitos escritores fazer ‘’ romances, dramas…’’ por experiências vividas, eu não, escrevo o que não vejo, não vi, não vivo nem vive, apenas escrevo.
Podem pensar que sou lunático, não, não sou. Sou apenas mais que quer sentir o Amor como o Ar, não é preciso ver ele apenas deixa ele passar, e sentiras que para falar sobre ele não precisa do passado, mas sim do presente porque é esse que nos leva ao futuro.
Escrevo ‘’ cartas, poemas, prosas…’’ sobre Amor, Dor, Desejo e mais, mas vos garanto que não os tenho em minha mente, para mim eles são apenas ‘’um texto’’ não importa qual a sua Natureza, levo a vida para onde eu quero, tenho controlo sobre ela e não ela sobre mim.
Vendo o Por do Sol, sentir a Brisa do Mar, e respirar o Ar na Floresta, sinto palavras a fluir do meu Coração para minha mente, e isso faz de mim um homem Feliz, e com todos os sentimentos disposto a partilhar.

Foto de betimartins

Hoje eu posso sonhar! Sonhar!

Hoje eu posso pegar nas tuas asas, voar
Voar, livremente, ser feliz, escutar teu canto
O canto do anjo do amor, do anjo da esperança...

Eu posso ser ave, peixe, lobo, golfinho, tudo
Tudo, apenas tudo é o meu limite do meu sonhar
E nos meus sonhos, sonho com um mundo de paz...

Um mundo repleto de amor, compreensão, amizade
Um mundo onde todos são humanos, espiritualizados
Ajudam-se, unem-se, são pacificadores e vivem no amor...

Eu posso sonhar, posso sim, sonhar num mundo sem guerras
Onde pais não espancam seus filhos, protegem e amam
Num mundo onde elas podem brincar e ser felizes no amor...

Um mundo onde amamos os nossos avôs, nós os escutamos
Cuidamos, curamos sua velhice com seriedade e amor
Na sua passagem por aqui e nos seus ensinamentos de vida...

Eu posso sonhar hoje, posso sim, eu quero sonhar, sonhos de amor
De não ver mais mortes por estupros, roubos, violências constantes
Dos que são mais fracos e não podem se defender, eu posso sonhar!

Hoje eu posso sonhar! Há como eu posso sonhar! Apenas sonhar
Num mundo belo, respeitado, na beleza da natureza, na paz
Num mundo cheio de amor, mundo onde Deus esta sempre presente....

Foto de Marilene Anacleto

Fim de Festa

$
$
$

Ondas que seguem o vento
Desenham outras na areia;
Peixes nadam sobre plantas:
Obra-prima da Natureza.

Enquanto diamantes achegam-se,
João-de-barro, a água beija.
Enquanto a andorinha voa rasante,
A plantinha, ao sol, relampeja.

Chega o verão, pessoas desconhecidas
A tagarelar, afastam a orquestra
E, pássaros vão cantar distantes,

A máquina corta a grama enraivecida:
O som é de batuques, outra festa começa,
Que bom que eu vivi minha festa a cada instante.

Marilene Anacleto

Foto de anamauer

"Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores"

*“Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores...”

“Ainda que os filhos agasalhem-se em outros amores...”
Estas palavras saltaram das páginas de um livro, percorreram cada milímetro do meu ser e se instalaram em meu coração. A saudade se fez presente, pois me transportou para um passado onde eu, mãe, bastava para agasalhar meus filhos.
Mas esse agasalho perfeito e na medida certa, aos poucos foi ficando pequeno, portanto substituído. Assim como seus pijaminhas que foram trocados por outros modelos, tamanhos e de acordo com os gostos de cada um.
Eu, como todas as mães, sonhei em estar sempre perto dos meus filhos para guiá-los e protegê-los a vida inteira. Só que contradizendo meus próprios sonhos, os ensinei a andar, comer, banharem-se sozinhos. Eu os preparei para tornarem-se cidadãos respeitáveis, cumpridores de suas responsabilidades. Eu os incentivei a terem garra e coragem para enfrentar esse nosso mundo que não é nada complacente com quem sucumbe frente desafios. Eu, a exemplo da natureza, mais precisamente da ave águia, dei-lhes (ainda que emocionalmente cheia de conflitos), o primeiro empurrão para que voassem sozinhos, pois grande era o medo que eu sentia de um dia não conseguirem sobreviver sem que eu estivesse por perto.
Filhos preparados para esse momento já esperado. E eu? Estou preparada para esse momento? As palavras “já não precisam mais de mim” soam em meus ouvidos sem tê-las ouvido. Hoje, cada qual ruma construir seu próprio ninho, “já se agasalham em outros ninhos”. Entristeço-me, como se só agora sentisse o corte do cordão umbilical e só agora me conscientizasse de que os filhos são criados realmente para viverem suas vidas.
Comigo foi assim também quando deixei a casa de meus pais para viver a minha vida. Assim como minha querida mãe enfrentou esse momento e todas as mães enfrentam, também irei enfrentar. Continuarei cumprindo a outra etapa da minha missão de mãe que é apoiá-los, incentivá-los na nova caminhada e ficar aqui orando e torcendo para que o aprendizado que tiveram comigo, faça parte do que eles serão daqui pra frente.
Quero aprender com a independência deles, ser ajuda em suas necessidades e me sentir feliz vendo-os felizes, porque “ainda que se agasalhem em outros amores” e estejam mais distantes, acredito que levarão para sempre a certeza de que, enquanto eu viver, serei a mais entusiasta aplaudindo seus sucessos, continuarei sentindo suas dores como se fossem minhas e estarei de braços abertos, em qualquer ocasião, para estreitá-los em abraços de carinho, conforto, colo e muito amor.

autoria: anamauer

*Do livro QUATRO ESTAÇÕES – Editora Adonis
(...e outras prosas – MÃE - pág. 145)
Autora Terezinha Rocha Poles

Foto de Carmen Vervloet

RECANTO DO TEMPO

RECANTO DO TEMPO

Quando pensamos que veloz caminhava o tempo
sem dó de nós, pobres e frágeis mortais,
descobrimos o seu refúgio, o seu templo,
entre árvores, córregos, flores e animais.

A natureza exuberante intocada,
pela mão que quando toca, tudo aniquila,
pássaros bailando em bandos nas revoadas
orquestrando a vida que nasce tranquila.

O silêncio, a paz, a ímpar beleza
parecem que surgem ao abrir das flores,
na alvorada pincelada com singeleza,
num arco-íres tingido por suaves cores.

Lá começamos a construir nosso ninho
que sonhamos seja de alegrias permanentes,
ciscando as alegrias, como passarinho,
sugando o néctar da felicidade, calmamente!

Carmen Vervloet

Foto de betimartins

O triste Outono do meu sentir

O triste Outono do meu sentir

Nas ruas tomba as folhinhas
Leves, soltas e livres
Voando nos ventos que adivinham
Pego nas tintas e no meu pincel
Coloco a tela no cavalete
Dou uns traços de tinta
Sinto que não sou capaz
Retratar o belo Outono
Olhos perdidos sem destino
No tempo e no espaço
Ruas cobertas de folhas mortas
Como a minha alma se sente
Despida de sentimentos
Onde nada já toca e enternece
Na réstia de uma breve esperança
Que tudo morre e renasce
Tudo se renova com mais um dia
As flores florescem e morrem
As folhas caem e servem
De leve alimento a terra
Mas sempre dando força
A terra mãe e sua natureza
Nos amores que nascem e morrem
Nas águas que correm os cursos
Sempre na sua direção do destino
Por isso pobre pintor
Tingi a tela de belas tintas
Nos tons castanhos de vários tons
Deixei imortal a minha visão
Que tudo morre e tudo renasce
Neste Outono do meu existir...

Páginas

Subscrever Natureza

anadolu yakası escort

bursa escort görükle escort bayan

bursa escort görükle escort

güvenilir bahis siteleri canlı bahis siteleri kaçak iddaa siteleri kaçak iddaa kaçak bahis siteleri perabet

görükle escort bursa eskort bayanlar bursa eskort bursa vip escort bursa elit escort escort vip escort alanya escort bayan antalya escort bayan bodrum escort

alanya transfer
alanya transfer
bursa kanalizasyon açma