Natal

Foto de Lu Lena

É NATAL...

*
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Natal... A reflexão em festa que anuncia
Vejo luzes da ribalta em minha solidão
Lembrança indolente cria raízes e fica
Lágrimas soltas inundam meu coração

No presépio arrumo a palha acolhedora
Nostalgia etérea que parece não ter fim
Contemplo inerte nazareno na manjedoura
Anjos de asas parecem sorrir para mim

Em minha memória ouço ainda a cantiga
Risos esbaforidos em algazarra pueril
Entes queridos que marcaram minha vida

Em meu peito a dor d'uma saudade febril
Adornando os presentes em laço de fitas
Para por na cruz de Jesus que a tudo resistiu.

Foto de Cabral Compositor

Meus Pés

Cada dia um dia
Um passo
Um espaço sem contar os anseios
A altura dos pés a cabeça
Da cabeça aos pés
Certos dias assim diferentes
Ardentes em calor em pleno inverno
Frios em pleno verão
Meus pés, meu chão
Um na certeza de ir
Outro voltando em mim
Cada sol, cada lua, cada coisa em posições
Um dia anormal
Tendências morais e duvidosas
Cada coisa no seu qual
Dia, noite
Carnaval, Natal
Cada dia num canal
Sobre as lendas
Cada qual, cada dia, nesse astral

Foto de Graciele Gessner

Quem Sou Eu? (2) (Graciele_Gessner)

Dizem que sou a filha não desejada. Dizem que não fui bem-vinda ao mundo. Apesar de tudo, aqui estou. Estou bem viva!

Dizem que meus primeiros dias de vida num lugar de maior proteção, eu sofri nas mãos da pessoa que hoje amo muito.

Dizem que fui uma criança arteira, travessa, brincalhona, esperta. Dizem que fui uma menina caprichosa, estudiosa, curiosa.

Até que um dia ouvi... Eu surpreendi muitas pessoas quando retornei a minha cidade natal.

Hoje, eu sei o que sou. Sou filha de Deus. Deus traçou uma missão e estou aqui para cumprir.

Sou apenas o que sonhei ser. Tenho muitos sonhos, mas tenho os pés no chão. Queria ser maluca o bastante para enfrentar tudo e todos para conquistar o meu maior anseio. É preciso ser um pouco maluco para vencer na vida.

Por fim, entender que sou o que sou pelo que vivi e me vi obrigada a enfrentar sozinha. Sou o que sou pelas pessoas que cruzaram o meu caminho, e deixaram um pouco de suas vidas como exemplos.

Hoje, descubro um pouco mais da minha existência. Vejo minhas antigas fotografias e nelas vejo apenas traços de um pai desconhecido. Porém, comparo as minhas fotos atuais com meus descendentes maternos, e descubro que sou a descrição completa da minha mãe, da minha avó, da minha bisavó. Pois é, também fiquei surpresa!

Cada novo dia, cada sol que nasce, cada alvorecer, eu descubro como é difícil nos definir.

Quem sou eu? Algumas indefinidas e arriscadas ideias já posso declarar.

Sou a menina que cresceu achando que na vida adulta tudo seria mais fácil.

Sou a menina que se apaixonou e não esqueceu do seu grande amor.

Sou a menina que prometeu aos nove anos que mudaria de vida.

Sou a menina que chora quando está feliz e quando está triste.

Sou a menina que nasceu no momento que Deus desejou, e dirá adeus quando for à hora certa.

Sou a menina que aprendeu logo cedo como é importante viver cada minuto, cada instante.

Sou a menina que vai morrer deixando um pouco de si. Acredite!

Sou a menina que se tornou uma garota determinada e guerreira.

Sou aquela que escreve através da sua sensibilidade, mas guarda dentro de si uma brava e lutadora criatura que acredita em seus sonhos.

E ainda assim, não me defini totalmente. Estou em constante mudança, e a cada dia descubro um pouco mais de mim.

Quero agradecer a todos que acreditaram e continuam acreditando no meu potencial, nos meus sonhos, na minha persistência, na minha determinação. Obrigada!

02.11.2008

Escrito por Graciele Gessner.

* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!

Foto de Mariana-eu

Amor Verdadeiro

Amor verdadeiro

Susanne era uma mulher muito bonita, elegante, casada mas estava a
terminar um casamento de mais de 30 anos, tinha-se casado muito jovem,
sempre ligada ao marido, no entanto o marido tinha saido de casa para
ir viver com outra mulher. Susanne vivia agora sozinha, estava um
pouco abatida com alguma indefinicão do marido. Este um pouco mais
velho que ela, tinha saído de casa, mas constumava ir quase todos os
dias à casa deles. Não se decidia, ficar casado com a mulher que vivia
à mais de 30 anos e que já não havia nada entre eles à muito, ou ir
viver com uma mulher mais nova e por quem estava apaixonado.
Paulo, um jovem que se tinha cruzado com Susanne num site da net,
estava perdidamente apaixonado por ela, amava-a mais que tudo, já
a conhecia à algum tempo, ia falando com ela pelo telemovel, pela net
e pessoalmente. Ficou deslumbrado com a beleza e postura dela quando a
conheceu. Uma bela tarde de Março, ela apareceu muito bem vestida com
uma saia preta comprida mas larga que permitia ver as belas pernas que
tinha, um cabelo loiro parecia ouro que contrastava com a blusa, uns
olhos lindos de um homem se perder neles, uma verdadeira senhora.
Desde esse dia a paixão foi mutua, iam-se falando cada vez mais
frequentemente, começaram-se a encontrar com frequencia até que
combinaram passar uma noite juntos. Ambos desejavam uma noite de
amor.
Foi a melhor noite da vida de Paulo, Susanne era uma pessoa
fascinante, muito culta, mantinha uma conversa interessante e a fazer
amor, meu deus, era divinal, completava-o ao máximo, completavam-se
mutuamente. Não sei ela, mas Paulo ficou louco de paixão por ela.
Muitas outras noites passaram juntos, sempre tão intensas como a
primeira. Cada noite num quarto dum motel era uma noite louca, nem
chegavam à cama, começavam aos beijos apaixonados logo após a porta,
pareciam querer aproveitar todos os minutos como se fossem os ultimos
minutos das suas vidas.
Estes encontros foram tendo alguns contratempos, Paulo também ele
casado, já não amava a esposa, sentia na Susanne a mulher da sua vida,
mas quando existem filhos à sempre a tentativa de manter um casamento
pelos filhos. Paulo tinha pedido a Susanne que o esquecesse para dar
uma nova oportunidade ao casamento, seria dificil quer para ela quer
para ele. Nenhum conseguiu apagar o amor que existia entre eles.
Um dia Paulo decide enviar uma mensagem a Susanne queria ser amigo
dela, pelo menos amigo, uma vez que no coração dele era ela que tinha
lugar. Foi uma felicidade enorme para ele quando Susanne lhe
respondeu. Soube nesse instante que o marido de Susanne tinha saido de
casa, ele estava capaz de cometer uma loucura contra ele próprio,
tinha deixado a mulher da sua vida para continuar um casamento já mais
que falhado.
A partir dessa data as conversas e declarações de amor foram novamente
aumentando. O amor que ambos sentiam continuava mais do que vivo e
cada vez mais forte. Voltaram-se a encontrar, foi uma tarde em que
novamente se perderam de amor e veio demonstrar que continuavam-se a
amar loucamente.
No entanto passado cerca de um mês Paulo deixou a sua casa e esposa,
indo viver para casa dos pais, sabia que o marido de Susanne fôra
viver com outra mulher, deixando Susanne sozinha. Sabendo desta
situação e loucamente apaixonado por Susanne começa a ir a casa dela,
apenas à noite, pois Susanne não queria que o marido ou as vizinhas
soubesses deste seu amor proibido. Inicialmente com o intuito de a
apoiar e acarinhar pois alem de ser o amor dele ela era também uma
grande amiga.
Com o passar do tempo Paulo ia cada vez mais a casa de Susanne,
começou por estar apenas um pouco, passando a estar umas horas, a
deitarem-se na cama, a dormir lá mas tinha que sair cedo, pois havia
sempre a possibilidade do marido de Susanne aparecer.
Muitas noites eram passadas apenas em conversa como dois amigos,
outras eram passadas a fazerem amor, sempre amor. Para eles não era
mais uma noite, era uma noite com a pessoa amada, com a pessoa que dá
carinho, que apoia incondicionalmente, que nos faz viver.
Mas havia sempre o perigo do marido de Susanne aparecer numa dessas
noites. E uma noite, apareceu mesmo. Paulo e Susanne nessa noite
tinham estado a conversar e tinham ido para a cama cedo, estavam ambos
a dormir depois de terem feito amor. A determinada altura, Paulo que
tinha de ir para casa levantou-se e começou-se a vestir. Despediu-se
de Susanne com um beijinho carinhoso e ela foi o levar à porta. Quando
estava a abrir à porta, Paulo com carinho dá-lhe um beijo no pescoço,
ficando encostado às suas costas, Susanne abre a porta e solta uma
frase "Meu Deus, que situação", Paulo que tinha desviado o olhar para
a porta, viu um vulto de um homem já grisalho um pouco debruçado sobre
os sacos que estavam colocados no chão das escadas. Pensou para ele "É
o marido dela. A estás horas? O que faz ele aqui?", para não
comprometer Susanne no processo de separação, foi rapidamente para o
quarto dela. Susanne apavorada tenta saber a razão da presença do
marido em casa e aquelas horas, ele tinha-se apercebido que ela era a
mulher da sua vida, que a amava e não conseguia viver sem ela, no
entanto ela encaminhava-o para a cozinha. Susanne só tinha uma coisa
em mente, o Paulo estava no quarto dela e o marido na cozinha, como
resolver esta situação sem se comprometer com o marido.
Paulo aguardava pacientemente que o marido fosse embora ou que fosse
dormir, Susanne num momento foi falar com Paulo, o marido vinha para
ficar. Paulo confortava-a pois sabia que não era o desejo dela voltar
a fazer vida de casada com o marido, mas tinha que a apoiar naquele
momento. Ambos teriam de dar a volta à situação para que Paulo saisse
da casa sem o marido dela soubesse.
Susanne volta para a cozinha e vai conversando com o marido, este
estava muito abatido, estava completamente de rastos, não era o homem
que ela conhecia, ela não sabia o porquê desta situação, mas não podia
abandonar o marido naquela situação.
Conversaram muito, ele sempre a desculpar-se sobre a situação de ter
saido de casa, a ter deixado, ele que tinha lutado contra tudo e
contra todos para casar com ela, ela sempre a tentar que ele fosse
dormir, era a única hipotese do Paulo sair da casa sem ele saber.
Passadas algum tempo ele vai para a cama, já dormiam separados à muito
tempo, Susanne vai para junto de Paulo que estava na casa de banho do
quarto dela.
Também eles conversaram, juravam amor eterno, não era a vinda do
marido dela que ia alterar o amor deles, seriam verdadeiros amantes,
tal como já tinham sido em tempos, falaram de situação que Paulo tinha
originado por ciumes, por receio de a perder, naquele momento contou
coisas a Susanne que sabia, tentando-se desculpar ao mesmo tempo que
pedia perdão por as ter feito.
Tinha perdido Susanne anteriormente num ataque de ciumes em que a
acusou de ter estado com outro homem, tinha ficado à espera dela junto
ao seu carro para saber com quem ela tinha saido. Susanne tinha mais
que razões para deixar Paulo, pediu-lhe um tempo para pensar em tudo
sobre eles, Paulo viu que nesse momento tinha perdido Susanne. Mas o
amor quando é verdadeiro fica nos corações de quem ama, tanto Susanne
como Paulo iam falando, iam dando apoio um ao outro, Paulo que estava
destroçado por ter causado a separação deles, ela por causa da
separação com o marido e da sua constante indefenição.
Nessa madrugada e em plena casa de banho Paulo abria-se com Susanne,
não a queria voltar a perder, queria continuar a poder ama-la. Um amor
que nenhum dos dois saberá quantificar, mas pelas juras de amor que
faziam era muito grande e verdadeiro, um amor que só mesmo o fim da
vida faria acabar.
Susanne foi ver se o marido já dormia, chamou Paulo para a sala, foi
abrindo a porta e Paulo rapidamente saiu, estava o problema quase
resolvido. Faltava saber se o marido tinha ouvido e descoberto que
Paulo estava naquela casa.
Paulo estava quase a chegar à sua casa quando recebe uma mensagem, era
Susanne a dizer que o marido não tinha dado por nada e que ela estava
bem. Ambos puderam ir dormir mais descançados e sonhar um com o outro.

No dia seguinte Paulo e Susanne voltam a falar, desta vez por
telemovel, o marido dela tinha voltado à mesma vida que fazia, Susanne
tinha a certeza ele voltara para a outra mulher. Paulo tenta saber se
Susanne está bem tendo em conta esta nova situação, Susanne está
euforica mas decidida a acabar com essa situação, ou ele fica em casa
com ela ou sai de casa para ir viver com a outra, mas teria que ter a
certesa, não poderia continuar a ser a mulher para lavar a roupa ou
fazer o comer e o marido estar com outra.
Passado algum tempo ele chega a casa e decide-se iria viver com a
outra mulher, deixando Susanne livre para fazer o que ela quizesse.
Paulo e Susanne conversam entre eles "será definitivo ou por quanto
tempo?".

Quiz o destino que essa decisão fosse para sempre, Paulo e Susanne
poderam então amar-se livremente, Paulo foi viver na casa de Susanne,
começaram a passear sempre juntos com o fiel amigo de Susanne, um
cãozinho muito meigo, passeavam sempre de mãos dadas como um casal de
adolescentes apaixonados. Paulo pode então visitar a terra natal de

Foto de Lonely_Eagle

Como me tornei Executivo III

Como estava contando no episódio anterior, no final de 1979, tive de enfrentar novo desafio. Descobriu-se q a Divisão de Finanças não vinha calculando corretamente o crédito de insumos (Matérias Primas e Materiais de Embalagem) usados em Exportações.... Explicando:
Normalmente qdo uma empresa compra Mat Primas ou Embalagem,
ela se credita dos impostos q vêm inclusos na NFF, e se debita na NFF de venda do produto final. Mas, como no caso dos defensivos agricolas, o produto final não é tributado, como forma de incentivo aos agricultores, a industria não se creditava qdo da compra dos materiais, pq ela não se debitava na saida. Porém, se tratando de exportações, como não fazia sentido exportar imposto havia uma necessidade de se calcular o imposto e se creditar...
E como;
-a nossa fábrica destinava 40% da nossa produção à Exportações;
- podiamos produzir 15 000 t/ano de Fungicidas à base de Cobre!
-nossa principal mat prima, Sucata de Cobre, era comprada à vista
e paga cash, custando US3000/ t, com consumo de ca. 500 t/mês.
- e isso fora as demais Mat Primas e Embalagens....
Peço desculpas pela explicação financeira acima, mas os valores de
q estamos falando são significativos, cerca de US$ 250 a 300 mil/a em tributos. Qdo se descobriu q o pessoal de Finanças não estava calculando corretamente os valores dos créditos, imediatamente começou uma discussão de quem é q saberia e poderia fazer tais cálculos... Bom vcs já devem ter advinhado quem foi o premiado!
Foi aí q passei o meu primeiro Natal fazendo Hora Extra.. Todas as Fábricas do Complexo pararam de trabalhar, dia 20 de Dezembro. Nosso churrasco de final de ano foi no dia 22... Eu parei no dia 23
qdo passei o útimo telex para SP informando os valores corretos!
Tinha conseguido marcar um tremendo Gol (US$150 mil a mais no Resultado da Divisão daquele ano) e descobri q tinha uma linha só minha, na D R E (Demonstração de Resultados do Exercício) da cia. Me senti muito importante, principalmente pq durante o churrasco de final de ano recebi um elogio do Gerente Industrial da Fábrica... E receber elogio de suiço é uma das coisas mais dificeis, pq para os
mesmos se vc fez bem a sua tarefa, cumpriu com a sua obrigação!
Para ser elogiado e públicamente como foi o caso, vc tem q fazer o maior feito q se possa imaginar. Pra eles tudo tem q funcionar bem.
Eles são relógios perfeitos, são suiços!!!
Bom a partir dessa data, eu já tinha conseguido justificar o salário q recebia e a partir daí comecei a minha ascenção dentro da cia...
No próximo texto irei contar como foi a minha primeira reunião em SP na matriz, rsrsrs .... Foi ótima!!!
continua...

Foto de Sirlei Passolongo

Boneca de tranças

.

Quando menina
ganhei uma boneca
no Natal. Não movia
as pernas e braços.
Tinha lindos cabelos
e neles tecia tranças.
Em cada trança
colocava um sonho
e a fita de cetin,
que teimosa escorregava,
parecia zombar de mim.

e meus sonhos?

não têm fim.

(Sirlei L. Passolongo)

Foto de Teresa Cordioli

SONHO DE CRIANÇA... leiam por favor...

*
SONHO D CRIANÇA...
*


SONHO DE CRIANÇA

Quando eu era pequenina,
Nunca vi o PAPAI Noel,
Como vêem as criancinhas
Que nascem viradas para o céu...

Meu pai sempre dizia:
- “Filha, ele é um “bom velhinho”
De nenhuma criança ele se esquece,
O mais provável é ele ter “errado” o caminho...

Sua voz era límpida e calma,
Transmitia paz a todos que o ouviam,
Seu olhar desnudava minh’alma
Com tanto amor a todos convencia...

Eu, inocente chorava
Com pena do pobrezinho
Que o visualiza caminhando pelas noites
Na escuridão, tão sozinho...

A Deus até fiz uma prece
Que em minha janela não chegasse
Para que nunca soubesse
Que eu andava descalça..

Dia 15 de novembro fiz sete anos,
Ganhei meu primeiro sapatinho,
Toda feliz sai saltando,
Mostrando para os vizinhos.

Em seguida foi o Natal
Pensei: Papai Noel já pode chegar
Não vou decepcioná-lo
O sapatinho ele vai encontrar

Na janela coloquei tudo que tinha:
Sapato, capim para as renas,
Água para o bom velhinho,
Meu coração com um sonho de criança,
O de ganhar o primeiro presentinho...

Logo de manhã bem cedo,
Correndo fui abrir a janela
No coração, esperança e medo,
De se formar mais uma seqüela.

Vazio encontrei o sapatinho,
O capim, a rena comeu,
No lugar do presente, encontrei bilhetinho:
... Você nem percebeu?
O presente dormiu do teu ladinho...

Foi minha primeira e única boneca, que guardo até hoje...
O difícil foi entender: Se ele não usou o sapatinho para colocar o
presente, se o sapatinho não lhe fazia falta, se não era ele o problema,
por que até então, ele só encontrava a casa sede da fazenda, (a
30 metros da minha) onde moravam as filhas dos fazendeiros?...

Preocupo-me porque sei que ainda hoje existem muitos endereços não localizados pelo PAPAI NOEL...
Se alguém quiser me ajudar a localizá-los, me visto de PAPAI NOEL e saio por ai, fazendo o papel dele...

Pensem,se Papai Noel teve dificuldades de localizar minha casa na roça, e até hoje não conseguiu "localizar" endereços de crianças que tem endereços completos como nome de Ruas, CEPs, Bairros e tudo mais.
Imaginem nesse emaranhado de janelas sem ruas, sem CEPs... e sem dignidade humana?

Quantas crianças o aguardam descalças ainda?...
Que tal fazermos nossa parte dando o primeiro sapatinho...
Quem quer se aventurar e comigo se vestir de PAPAI NOEL fazendo sua doação?

Foto de Carlos Lucchesi

Jeep Willys 54

Tio Odilon era mecânico afamado na pequena cidade de Carvalhos, ao sul de Minas Gerais. Tia Marly que me desculpe, mas suas grandes paixões eram mesmo a pescaria de domingo, a cachaça do alambique e o velho Jeep Willys, ano 1954.

Naquele carnaval de 1998, levei um grupo de amigos para conhecer aquela cidade, minha terra natal. Éramos onze ao todo, e formavámos um bom time de futebol. Eu era o capitão e goleiro do time, e sabia mesmo como agarrar! Descobri esta vocação desde cedo, assim que arrumei minha primeira namorada.

Na quinta feira, depois do carnaval, embora já estivéssemos bem cansados pelas farras dos quatro dias; fomos desafiados, pelos rapazes do Muquém, cidade vizinha a Carvalhos, para uma partida de futebol e aceitamos prontamente. Só não nos demos conta de que estávamos nos metendo numa enrascada daquelas...

Tio Odilon logo se prontificou a nos levar no velho jipe, assim que terminasse os reparos necessários. Concordei na hora, pois chamar aquele caminho até o Muquém de estrada seria o mesmo que confundir Monique Evans com Madre Tereza de Calcutá.

Quando cheguei com a turma para ir ao tal jogo, ele ainda dava as últimas marteladas no motor pra ver se encaixava. Nem chave tinha o danado! Teria que fazer pegar mesmo no tranco, mesmo porque a bateria tava mais arriada do que calcinha em filme pornô. Os pneus dianteiros estavam tão carecas que, ele mesmo, batizou o da direita de "Ronaldinho" e o da esquerda de "Roberto Carlos". Estranhei ao ver uma ratoeira armada no assoalho do jipe. Segundo meu tio serviria para pegar alguns camundongos que se escondiam nos buracos dos bancos, mas pelo tamanho dos buracos e do queijo preso à ratoeira, suspeitei que ele havia economizado no comprimento dos bichinhos.

Foi difícil acomodar todo aquele pessoal no velho jipe. Só o Zaias, negro forte de quase dois metros de altura e centro-avante do time, ocupava metade da carroceria. Teve gente que precisou ir com os pés pra fora, e outros, mesmo com o traseiro.
Logo que saimos da cidade o "Roberto Carlos" furou. Alguém gritou: - "Pega o macaco!" Com tanta gente no jipe não havia lugar nem pra camundongo, quanto mais pra macaco! Levantamos o jipe no braço mesmo, enquanto tio Odilon trocava o "Roberto Carlos" pelo "Mike Tyson": nome que nós mesmos demos ao reserva, de tão careca que estava.

Quando tudo parecia resolvido, logo à frente, a gasolina acabou. Foi um desespero geral, mas tio Odilon, na sua sabedoria de mecânico, mandou que pegássemos cana na beira da estrada e torceu o caldo pra dentro do tanque...
E não é que o danado pegou mesmo! Funcionou tão bem que, alguns dos amigos que viajavam na parte traseira, juraram que viram sair algumas rapaduras do cano de descarga.

Logo veio a primeira subida e todo time teve que descer pra empurar o jipe morro acima. Alguém gritou: -"Liga a tração nas quatro rodas!" E quem disse que jipe 54 tem tração nas quatro rodas? Naquele tempo, ter rodas já era considerado um grande avanço tecnológico. Teve que subir mesmo na impulsão dos onze calcanhares.

Na descida seguinte, tio Odilon gritou: - "Desce pra segurar que o freio não agüenta!" No total foram vinte subidas e vinte descidas; sem contar com a que deixamos o jipe desembestar ladeira abaixo de tão cansados que estávamos.
Zaias logo gritou: - "Pisa no freio Odilon!" - "Ta querendo me gozar!", respondeu meu tio. O freio era como cachorro vira-lata: só ameaçava pegar.
O jipe desceu com tanta velocidade que o velho chapéu do meu tio foi acertar uma andorinha desavisada que passava logo acima. E, enquanto o carro descia ladeira abaixo, todos vimos ratos enormes pularem do banco pra fora do jipe e, os que ficaram, foram considerados suicidas.
Tio Odilon segurou-se firme no assento, mas como o assento não estava seguro em coisa alguma, foi jogado pro lado do carona, enquanto o volante girava mais solto e desgovernado do que bambolê em cintura de criança.
Passou com tamanha velocidade num buraco, que ninguém ficou sabendo como ele foi parar no banco de trás.
Aos seus sessenta e cinco anos de idade, achei que aquela seria sua última viagem, mas o danado parecia ter sete vidas...

Chegamos tão cansados ao local do jogo que, um engraçadinho chamou Zaias de "capa do Zorro" e ele não deu nem um tapa no sujeito.

O juiz era do tipo caipira. Alternava na boca o apito e o cigarro de palha, e era tão confuso que ora fumava o apito, ora apitava o fumo.

Ficou combinado que, ganharia a partida, quem fizesse os doze primeiros gols, e logo no primeiro minuto do jogo o juiz apitou um pênalti contra nosso time. Alegou invasão da área do adversário. Não nossa, do jipe, que havia desembestado novamente e invadido o campo.
Como capitão do time, incentivei: - Gente, vamos levantar a cabeça! Foi ai que recebi uma bolada no lugar mais temido numa partida de futebol, e pegou justamente na parte onde eu tinha acabado de incentivar.
Confesso que vi estrelas nesta hora, em pleno meio dia. A batida foi tão forte que o "atingido", da ponta esquerda foi pra direita, já pedindo substituição.
Pela enorme pontaria, percebi que só poderia ter sido coisa do batedor de pênalti do time adversário. Como não sou de levar desaforo pra casa, fui tomar satisfação e levei um tapa no pé da orelha.
Alguém gritou: - "Vai levar um tapa deste e ficar ai parado?" - Claro que não! Respondi. Corri pra bem longe do sujeito, antes que levasse o segundo.

Os adversários eram tão maiores que eu, que um deles me provocou: - "Ué, botaram o gandula pra pegar no gol?" Deixei o dito pelo não dito, quando vi o mascote do time da casa dar um pontapé no traseiro do Zaias, que, a esta altura, já se arrastava em campo.

Pra não alongar mais a conversa, basta dizer que com vinte minutos de jogo, estávamos perdendo de dez a zero e decidi deixar as duas últimas bolas passarem, pra acabar logo com aquele massacre.
Joguei a bola pra dentro da rede tão descaradamente que, em vez de "frangueiro", a torcida já me chamava de "Zé galinha".

Doze a zero foi o placar final e estávamos tão exaustos que nos esparramamos no campo. Mesmo assim, ainda tive forças pra questionar tio Odilon: - Que a gente viesse pra jogar, tudo bem que tava combinado, mas precisava trazer o jipe? ...E ainda tinhamos que carregar ele de volta.
Mas isso é assunto pra uma outra história...

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"SEMENCE FÉCONDE"

« SEMENCE FÈCONDE »

De Edson Milton Ribeiro Paes

Je crois à une lutte sans cesse...
D’un peuple qui sait ce qu’il veut...
Que la victoire soit constante...
Pour l’homme, et pour la femme!!!

Que l’objectif soit atteint...
Et soient tous heureux...
Que le BRESIL soit renouvelé...
Pour briller entre tous les pays!!!

Et que ce peuple n’abandonne jamais...
Pour que la lutte ne soit pas en vain...
Que l’homme se sent humaniste...
Marchant en direction la victoire!!!

Que ce peuple soit uni...
Sans s’importer avec la couleur ou âge...
Que le travail soit bénit...
Pratiquant la solidarité!!!"

C’est le BRESIL le début de tout...
Avec une proposition de tous rassembler...
Notre pays est le grenier de monde...
Et les nations ont de nous suivre!!!

Vous êtes la semence féconde...
Qui a géré cette grande espérance...
Le futur n’est pas arrivé encore...
Car encore il est un bel enfant!!!

Em 2005 resolvi assumir meu Patriotismo e fiz esta poesia, agora sou honrado com a mais bela massagem no ego que um Humilde Poeta pode receber, este trabalho esta sendo usado em uma Universidade na Belgica por um imigrante Brasileiro que lá estuda e que achou Semente Fecunda atraves da Internet, seu nome é LEONARDO JOSE BORGES e mora e estuda em BRUXELAS/BELGICA, a quem agradeço muito honrado pelo carinho.

Versão em Portugues, meu idioma natal e preferido.

SEMENTE FECUNDA

Acredito na luta incessante...
De um povo que sabe o que quer...
Que a vitória seja constante...
Para o homem, e para mulher!!!

Que o objetivo seja alcançado...
E sejamos todos felizes...
Que o BRASIL seja renovado...
Para brilhar entre todos os paises!!!

E que este povo nunca desista...
Para a luta não ser inglória...
Que o homem se sinta humanista...
Caminhando em direção a vitória!!!

Que o povo esteja irmanado...
Sem se importar com cor ou idade...
Que o trabalho seja abençoado...
Praticando a solidariedade!!!

É o BRASIL o começo de tudo...
Com a proposta de a todos unir...
Nosso País é o celeiro do mundo...
E as nações hão de nos seguir!!!

É você a semente fecunda...
Que gerou esta grande esperança...
O futuro não chegou ainda...
Pois ainda é uma bela criança!!!

VIVA O BRASIL!!!!

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"DIA DO PERDÃO"

“DIA DO PERDÃO”

Quando será este dia...
Qual será a data que deveremos comemorar...
Será de tristeza ou de pura alegria...
Quando será que vamos brindar!!!

Não espere nenhum dia especial...
Tirem dos armários todas as magoas...
Faça de conta que sempre é Natal...
Estabeleça o dia de hoje como um dia de tréguas!!!

Perdoe quem tu ofendeste...
Com a mesma alegria com quem tenha te ofendido...
Não perdoe só com quem te entendeste...
Abra teu coração até para o inimigo!!!

Seja feliz por pura diversão...
Abra um sorriso do tamanho da vida...
Tenha por costume praticar o perdão...
E sejas para todos uma pessoa querida!!!

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