Matéria

Foto de ANACAROLINALOIRAMAR

A MULHER QUANDO AMA.

Homenagem a nós mulheres que temos um dom especial
quando se fala em matéria de amar.

A MULHER QUANDO AMA.
EDIÇÃO VIDEO: A FLOR DE LIS.
POESIA: A FLOR DE LIS.

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

O AÇO DA SAUDADE

O AÇO DA SAUDADE

Lamina cega que ao pulso cerra
O frio do teu metal confronta-lhe a face
Que ocultas sinais e tremores

O teu golpe que do frio sangue jorra
Esvaziar se faz em copos rasos
Um sorriso dispersa e atento

Inquieto espera o desferir
Não mais que o tempo o machuca
O aço da saudade que penetra

Sóbrio o corpo empilha na vala
A guia o toma como morto
Da bebida que exala pela entranha

Usurpar se faz na insensatez
Á cólera que teu rosto assola
A solidão que dispersa em pensamento

Entorpecido arremessa teus olhos ao céu
Do arrependido Deus que lhe oculta a face
Torto mendigo de esfacelados pecados

Se o inverno que à tarde trás e o congela
A lápide envelhecida em negrito o traga
Amarga e cala a voz que por vez
Outrora não só a matéria que desfaz
A maldita saudade como homem carregou.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2008 no dia 01
Arujá (sp)

Foto de Marcelo Henrique Zacarelli

A MATÉRIA QUE RENEGAS

A MATÉRIA QUE RENEGAS

O que mais pode me doer que a solidão?
Meus ouvidos estão cerrados
Exceto a o som estridente
Desta matéria impulsiva;
Madeira e cordas
Ombros e mãos de um angustiado;
Que ao decorar as notas
Absorveu a alma de um tal miserável;
Ao longe bem ao longe
Posso senti-la me horripilando;
Veiculadas ao ar
Como faca nos meus tímpanos;
Meus olhos vendados
Perseguem as sombras
Que se movimentam;
O que passa por mim
As meninas entorpecidas
Passam-me por despercebidas;
Meus lábios sim provaram
A sede de esquecer alguém;
Como o ribeirão profundo
Ou o mais seco dos desertos;
Porem o que restou?
Eu nunca soube ao certo
Onde pairavam meus pensamentos
Adrenalina das minhas veias
Levaram-me a caminhos
Que eu não queria ir;
Eis me aqui
Estilhaços dos meus ossos
Não mais me vês
Não estou aqui!
Exceto a matéria que renegas
Não estendas as tuas mãos em vão
Nem te apiedas deste fraco;
No coração deste instrumento
Está a esperança que me atormenta
No cansaço deste humano músico
A dor deste miserável ecoa
A solidão e a saudade
São irmãs inseparáveis
E moram aqui comigo
Desde que partiu.

Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Village Outubro de 2008 no dia 20

Foto de Carmen Lúcia

Parar para prosseguir

Parei...

Recarrego minhas forças para prosseguir,
mas com a certeza de não mais errar,
ou se errar, ter a humildade de reconhecer
para não mais ter que parar ou retroceder.

Parei...

Para ponderar sobre minha vida;
o que valeu a pena, o que me acresceu,
o que foi ilusão e se perdeu;
reconhecer a essência como matéria-prima
que faz a diferença e estava esquecida.

Parei...

Todos precisam parar um dia...
Por quanto tempo?Não sei...
Depende da lição a ser aprendida...e apreendida.
Depende da razão que nos fez parar,
por uns instantes ou por uma vida...

Refletir é o melhor caminho pra se recomeçar.

Carmen Lúcia

Foto de Zami

Plenitude

Sobre um belo corpo espiritualizado
dissolvo-me em feto
com afeto chego a concepçao
Um nascer
A matéria é leve
Excito-me à velocidade da luz
No retorno a realidade concreta.

Foto de Agamenon Troyan

JORGE BUENO DA SILVA (LAGO AZUL)

JORGE BUENO DA SILVA

( LAGO AZUL )

Jorge Bueno da Silva nasceu em 19 de setembro de1948, na zona rural de Machado-MG. A paixão pelo futebol começou quando jogava no time do São Luís. Depois ingressou no Jardim Teália, no La Salle(dos irmãos lassalistas), e no Flamengodo Divone “Carroeiro”. Aos 14 anos foi morar com os tios em Vila Ema (na capital de São Paulo). Conseguiu um emprego de serralheiro na micro empresa Elie–Pedrosian & Filhos. Fez amizade com torcedores daquele que seria para sempre o seu time de coração: o Santos Futebol Clube.

Era o ano de 1962 quando Jorge e um grupo de amigos foram ao Pacaembu para assistir a uma partida entre Santos x Botafogo, pelo antigo Torneio Rio-São Paulo. Naquela época, o Santos de (Gilmar, Pelé, Coutinho, Pepe, Zito e Mengalvo) juntamente com o Botafogo de (Zagalo, Garrincha e Nilton Santos) eram a base da Seleção Brasileira. Ao completar 19 anos, Jorge retornou a Machado. Nesse ínterim, um primo seu havia formado a equipe do Time da Prefeituraonde jogou por algum tempo.

Foi o técnico e fundador “Dica” que o chamou para jogar no Clube da Ponte. A equipe era formada por Divone, Sérgio, José Vítor, Dito, Zé Perereca, Duréia, Caveira, e Simão. A prefeitura arranjava-lhes, meias, camisas (menos chuteiras) e cedia-lhes um caminhão para transportá-los até as cidades vizinhas... Em 1984, juntamente com os Srs. Natal e Zé Garcia montaram um time de veteranos, o “Aqui e Agora”. Entretanto, no ano seguinte, decidiram montar um time jovem para dirigir. Surge então, em 1985, o Lago Azul.

O nome derivou de uma ilha artificial da cidade de Campestre-MG (Lagoa Azul). Graças ao apoio do Paulinho (Fotoamador), a equipe adquiriu uniformes para disputar os campeonatos (Rural e Municipal). Com muita determinação os garotos conquistaram todos os campeonatos de 2000. Em entrevista ao Episódio Cultural, Jorge Bueno lembrou com muita saudade dos bons tempos de uma Machado cheia de galanteios, sorrisos e pés-de-valsa, que infelizmente foi tragada pela frieza das salas de estar vazias de amizade e comunicação.

Há 31 anos trabalhando no SAAE, Jorge Bueno nunca se cansou de dedicar–se ao futebol e, principalmente, em tirar das ruas aquele menino que, através do esporte possa ocupar a sua mente com atividades positivas. Ele, assim como muitos outros que se engajam nessa luta merece os nossos respeitos.

(foto) Maria Lúcia P. Silva (esposa), a neta e Jorge Bueno

matéria do fanzine Episódio Cultural
machadocultural@gmail.com

Foto de Edson Milton Ribeiro Paes

"FRONTEIRA DA LOGICA"

“FRONTEIRA DA LÓGICA”

De um lado, as duvidas...
Do outro, a certeza...
Antes a matéria...
Depois a essência!!!

De um lado, a dor...
Do outro, o amor...
Antes, o dilema...
Depois, a redenção!!!

De um lado...
A alegria ou a tristeza exagerada...
Do outro...
A calmaria eterna...
Antes a euforia ignorante...
Depois a paz confortante!!!

De um lado, o “eu”...
Do outro, o “nós”...
Antes, só para mim...
Depois, para todos “nós”!!!

Foto de Joaninhavoa

PRESENTES OLVIDADOS!

*
PRESENTES OLVIDADOS!
*

Luzia foi uma formosa donzela de Siracusa.
Segundo reza a história surge em famosos quadros
pintados a óleo e em bandejas, verdadeiras
relíquias ezíguas.

Olhavam suas formas deliciosas
Nas chagas de óleo cores e misturas
Semicerravam os olhos para ver o pormenor
E acertar tiro ao alvo no epicentro comedor

Figura fascinante! Atraía os olhares
Das gentes a matéria e suas composições
Eram nos quadros algo pr`além de suposições
Verdadeiras obras d`arte onde rumores

Mil vezes repetidos por quem privava
Cruzava com tais presentes sacramentos
Mil e um serafins em esplenderosos reflexos

Saboreavam-na em neutras cúpulas
Seus reconditos cachos espelhados
Crucificados por pensamentos

Jamais esquecidos! Óh formosíssima
Ângulos adornados vértices onde a boca
Constrói presentes olvidados

Nunca antes conjugados.

Joaninhavoa
(helenafarias)
28 de Dezembro de 2008

Foto de Rosinéri

AULA DE FISICA

Neste físico de um Deus grego
Numa intensa relação,
Eu, pálida e bêbada, tremo
E me afogo e me sufoco
Entre a loucura e a paixão...

Quero fundir o meu corpo
No teu corpo junto ao meu,
Nos teus braços serei cega
Pra que sejas o meu guia.
Nós seremos a matéria,
Nosso amor será a energia...

Se esse amor me modifica,
Me transforma, me edifica,
Se ele afeta tanto a mim,
Também te transformará.
A energia desse amor
Afetou-nos para sempre,
E a matéria que hoje somos
Outra matéria será...

Seremos dois novos amantes
Pelo amor energizados,
Transformados
Mas em que?
Quem eras antes de mim?
Quem sou depois de você

No meu seio serás meu
Para o uso que eu quiser,
Nos teus braços me abandono,
Ao teu lado eu sou mulher...

Foto de Darsham

O Amor...Incómodos à parte

Tenho um problema com o amor, um grave problema! Ouço dizer por aí, pelas bocas do mundo, pelas letras soltas que vejo e revejo em papéis perdidos em cada canto de vida que o amor é a coisa mais bela que existe…
Chega a cansar os meus ouvidos de tanto ouvir a palavra AMOR!!!
Enaltece-se de uma forma sublime…em filmes…em palavras…em livros…em poesia…na música…Vê-se e ouve-se amor em todo lado (para os ouvidos e corações atentos, claro está) que chego a sentir-me profundamente enjoada.
Não, ao contrário do que possam pensar, eu não sou uma pessoa insensível, pragmática, vazia, distraída…Eu escrevo poesia, sou a voz do amor para quem não pode ouvir… Eu ouço Beethoven, Chopin, fado…choro ao ver uma peça de ópera, comovo-me com filmes românticos, voo para longe enquanto leio cada linha que Nicholas Sparks escreve…e tenho em mim todos os sonhos do mundo…
O que me incomoda não é a existência do amor, ou até é, não sei…é tudo muito dúbio…
Incomoda-me a banalização, o dizer por dizer, o falar por falar…e o coração? Será que ainda alguém sabe o que é amor? Amor sem razão, daquele que nos atraca o coração e nos despe a alma? Daquele que nos sacode os bolsos da sensatez…daquele que nos amarra sem cordas, nos cala a voz…daquele que nos tira a respiração e nos faz acreditar que vamos morrer por não termos espaço em nós para estacionar este avião que invadiu o nosso coração…
Será que entre a pausa para o café, e os pagamentos do mês ainda se tem tempo para reflectir sobre o amor? Será que todas as bocas que expressam a palavra amo-te atribuem o verdadeiro valor a este sentimento tão sublime e majestoso?
Incomoda-me, claro que me incomoda ver almas vazias e desprovidas de sensibilidade, que faria revirar na sepultura grandes poetas que a historia não esquece, verbalizar, assim, como se fosse uma pancadinha nas costas a palavras amo-te…amar não é só falar, é praticar, é encher-se de vida e gritar ao mundo que no peito nada cabe mais…
Incomoda-me também que não existam teses sobre o amor, em que expliquem tudo o que há a ser explicado sobre ele, para que o possamos conhecer e reconhecer, para que saibamos quando encontramos o nosso amor, o verdadeiro, a outra metade de nós, que nos completa…podemos viver toda uma vida com a pessoa errada, sem sabermos onde está a certa, ou sabermos, mas nada podermos fazer, porque o tempo já é outro e construíram-se outras histórias, das quais não fizemos parte, por termos construídos outras, paralelamente…
O amor rege a nossa existência; determina quem somos; representa-se nas nossas convicções, princípios, crenças e atitudes e descreve a sua rota nas linhas do nosso rosto, no brilho do nosso olhar, abrigando-se no nosso sorriso…à espera da noite…ou do dia…
A dualidade do amor… isto também me incomoda, de verdade, esta sombra dúbia que me chicoteia por dentro, que me finta o discernimento e me espanca a razão…tanto nos pode elevar às estrelas, como nos faz cair e bater em cheio com a cara no chão…sussurra ou grita-nos, queima-nos ou gela-nos, dá-nos o sorriso ou a lágrima, protege-nos ou abandona-nos…e aquilo que é contrário do bom, não é bom e dói…
Quando temos amor por alguém a vida fica tão mais fácil, não temos medo de nada, somos capazes de atravessar o mundo se for preciso e sorrimos muito, muito mais …se o amor parte, uma parte de nós também vai com ele e tentamos dia após dia, encontrar razões que nos façam sorrir, procurando formas de conviver com a solidão, para que não doa tanto…o coração fica apertado e lentamente vamos encontrando o nosso caminho, descobrindo novos horizontes, navegando para outras margens…renascemos numa nova vida e colocamos mais uma pedra no castelo da nossa identidade e unicidade. Encontraremos outro amor, que nos devolverá o sorriso, de uma forma espontânea e tudo faremos para que os erros que sejam cometidos nesta nova história (sim, porque os erros fazem parte de nós) tentem ser compreendidos e ultrapassados, tentando edificar estruturas sólidas em termos relacionais…
Porventura, voltará a suceder-se o mesmo e o ciclo recomeça, ou poderá realmente dar certo naquela vez, mas por mais voltas que a vida dê, por mais labirintos que percorramos, haverá sempre uma porta aberta para o amor.
O amor transporta-nos em viagens alucinantes por caminhos desconhecidos no nosso interior…já procurei mil e uma maneiras de descrever este sentimento tão…tão…indecifrável e transparente ao mesmo tempo e nunca consegui passar para as letras a magnitude, a cor, o som, a temperatura, a textura, o odor, a mistura, a mescla de coisas unas e simples que nos invadem a alma e nos descabelam a lucidez que se apossa de nós quando experimentamos o amor…
Porém, encontrei uma “definição” que até hoje me pareceu a mais perfeita e a mais simples. É uma pequena parte de uma passagem da Bíblia, que integra «1Cor.13», e é assim:
“…O amor é paciente, o amor é prestável, Não é invejoso, não é arrogante, nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.
Tudo desculpa, tudo crê. Tudo espera, tudo suporta…”

Digo que para mim esta é a definição mais perfeita do amor que já li, pela sua simplicidade e no entanto faz-me questionar e pensar tantas coisas…ou o amor entrou em vias de extinção, e as únicas espécies sobreviventes que o encarnam vivem no outro lado do globo, ou então esta pequena passagem sobre o amor, que tanto gosto, não passa de uma utopia, um discurso naif…publicidade enganosa?
O certo é que, aparte as utopias, a publicidade enganosa e os incómodos de que me queixo, o amor é o pão-nosso de cada dia, é o nosso alento, a nossa motivação, muitas vezes o perdão…sem ele, o amor, a vida é a preto e branco, o mar é só uma enorme porção de água, os dias não têm propósito, a música é só mais um barulho que chega aos nossos ouvidos, somos gelo…somos parasitas...
Incomodam-me muitas coisas no amor, mas o que me incomoda de verdade, é não amar, muito mais do que não ser amada…ao não amarmos não reconhecemos nem valorizamos o sentimento do outro, não sentimos, não somos, não se é! Porque o amor é o milagre, é o sentido, é a matéria de que somos feitos, é como que um culto a seguir…
Porque o amor é querer ser muito mais do que ter! É a harmonia entre histórias, atitudes, pessoas, credos, cores, partidos, clubes…a vassoura da diferença e indiferença, é a medida certa…qb (quanto baste) …
Prefiro amar, e só amar, ainda que nunca amada, pois de contrário não serei abençoada…
Beberei eternamente pelo cálice do amor, mesmo que sede não tenha e darei a beber de quem da secura padeça…

Depois de dar nós ao cérebro para tentar tirar o itálico do resto do texto, acabei por desistir, antes que o computador ficasse com ferimentos graves (risos). Se alguém me puder ajudar agradeço!

Beijinho
Darsham

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