O AÇO DA SAUDADE
Lamina cega que ao pulso cerra
O frio do teu metal confronta-lhe a face
Que ocultas sinais e tremores
O teu golpe que do frio sangue jorra
Esvaziar se faz em copos rasos
Um sorriso dispersa e atento
Inquieto espera o desferir
Não mais que o tempo o machuca
O aço da saudade que penetra
Sóbrio o corpo empilha na vala
A guia o toma como morto
Da bebida que exala pela entranha
Usurpar se faz na insensatez
Á cólera que teu rosto assola
A solidão que dispersa em pensamento
Entorpecido arremessa teus olhos ao céu
Do arrependido Deus que lhe oculta a face
Torto mendigo de esfacelados pecados
Se o inverno que à tarde trás e o congela
A lápide envelhecida em negrito o traga
Amarga e cala a voz que por vez
Outrora não só a matéria que desfaz
A maldita saudade como homem carregou.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2008 no dia 01
Arujá (sp)
Comentários
Olá, Marcelo!
Que comparação inteligente do aço com a saudade...
Nunca havia pensado desta maneira. Tens razão, a sua inspiração...
Parabéns pelo escrito!
Beijos graciosos,
Graciele Gessner.
http://www.flogvip.net/gracielegessner
Graciele Gessner.
poemas
obrigado!! graciele, é muito bom receber elogios sincéros assim como o seu
fico feliz pela sua atenção, é por pessoas assim como você que vale apena escrever, um grande abraço do poeta zacarelli.