Mar

Um mar chora dentro de mim
lagos de lágrimas
como se a dor fosse a única estrada
por onde meus olhos viajassem.

Minhas palavras ofuscam idas
e a melhor despedida é ficar
e de novo amar sorrindo
como se o nosso amor...
fosse o maior amor do mundo.

Meu sorriso se escondeu da vida
e por trás de tantas despedidas
resolveu aninhar-se
onde ninguém morasse
e eu, só, vivesse triste.

O amor é a cultura dos analfabetos e oprimidos
Educado por uma criança
Obstinada
Sem dono nem estrada
Sátira do odeio e ressentimento
Secretaria da constituição vermelha ética
Difusão do sangue de Cristo
Assusta quando é mostrado liquidamente.
O barquinho das piscinas no pingo do mar
Que acumula ao tempo quanto na intensidade
E ao inspirar o tornado
Espira a transparência a compatriota do mentor das varandas do recife.
E o menino some nessas crenças
Pela esperança não constituir sua maturidade.

Macro - o garotinho "

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Não sou mais um oceano extenso
Que vagueia em todas as direcções
Para lugar nenhum.
Não sou mais que uma estrela do mar
Que se prende ao seu destino.
Não sou mais que uma rocha,
Que vai de encontro às ondas alteradas,
Sem nada sentir.
Sou o que sou,
Apenas um ente,
Um espírito num corpo inerte,
Que persegue seus sonhos sem os sonhar.
Sou um estado de alma incompleto
Que não terminou sua transformação nesta vida,
Preso dentro de algo medroso e pegajoso.
Sou uma fachada de mim própria,
Coberta por uma máscara que já não sai.
Coberta por um medo disfarçado de pânico.
Sou um pequeno desenvolvimento
Que não cresce com o tempo.
Sou a tua história mal contada,
A tua atrocidade já mórbida,
Que o tempo apagou..
Sou a tua sombra mais obscura,
Que não encontrou saída
No teu manto de mentiras.
Sou a tua consciência que pesa-te nas memórias
De tempos idos e jamais voltados.
Sou o jardim dos teus mais sombrios pesadelos,
Que te perseguem em noites frias.
Sou tudo... e não sou nada!

O amor horizontal deixa as entranhas em brasa
Tira a lucidez e traz à tona a insensatez
Revira os olhos...cenas embriagantes
Sangra o momento.
Petrifica a razão, encena outra linguagem
Insana, profana, devassa
Encontro de desejos alucinados
Na horizontal é combustível da luxuria
Colisão de corpos num mar sem ondas
Gemidos sobrenaturais
Cascata jorrando prazer. Cálice transbordante
O amor horizontal deixa vestígios
Perpetua marcas em lençóis
Respiração desordenada
Aula de anatomia. Desvenda geografia!
O amor na horizontal desvenda mistérios
Cala bocas, invade pensamentos
Conjuga prazeres,invade intimidade
Anestesia a mente.
Ato consumado!