Manhã

Foto de Ayslan

Feliz Aniversário Priscila!!!

Gostaria de escrever-te algo único e diferente do que já te escrevi e falei... Escrever palavras do coração, esse coração que só aprendeu a dizer uma única frase “Eu te amo Priscila”
E ao te ouvir falar quero te dizer sem responder suas perguntas, sem saber o que vai me dizer... Em seguida depois de você falar qualquer coisa, quero sempre dizer - “Eu te amo Priscila” Esse é um simples presente “minha linda” Resolvi dar-te algo que ninguém mais pode te dar, cartões são repetitivos e outras pessoas podem tê-los mais meu amor não cabe em um cartão e esse presente que quero te dar espero que goste é o que tenho de mais precioso um pedaço de me que por sorte é seu o meu coração. Neste instante quero te agradecer não te parabenizar... Agradecer por amar você... Por ter te conhecido... Você lembra-se do nosso primeiro momento inesquecível por que a cada beijo você me faz voltar àquela noite mágica... Bom mais não é esse momento que quero deixar registrado... Temos muitas coisas lindas muitas emoções que já vivemos e hoje o alvo é agradecer a Deus por você neste dia nascer e hoje fazer parte da minha vida...
Então O que de tão especial tenho para te oferecer... Algo que é eterno... Que não cabe nas minhas palavras... Que não acaba amanhã e todos os dias o seu lado é sempre especial... Hoje meu amor... eu renovo o mais puro dos meus sentimentos... O que você despertou em me... Renovo e quero compartilhá-lo com você toda alegria que só seu amor me trás... E não é apenas hoje que quero te presentear e sim todos os dias no despertar de cada manhã... Receba então meu imenso amor... Gigantesco... Minha dedicação... Minha compreensão... Minha amizade... Meu abraço apertado e carinhoso, e muitos beijos gostosos e apaixonados...
Parabéns pelo seu dia meu grande e eterno amor
Feliz Aniversário Priscila!!!

Para: Priscila

Foto de Tuela Lima

OLHAR LUZENTE

Mergulho nesse olhar luzente
Com carinho navego em teu mundo
Vejo um caminho de luz ardente
Sou tomada num sentimento profundo

Que avassala o meu coração
Na manhã escuto tua melodia
Sol que atravessa o pavilhão
Noite que guarda segredo na coxia

Atmosfera vibrante perfume reinante
Numa loucura te faço feliz em um segundo
Entre a lua e as estrelas sou amante
Afogo-me no teu orbe fecundo

Neste silêncio que na alma flutua
No orvalho com a tua fragrância, uma saudade
O amor ancorado no peito continua
Sonho viver esse sentimento até a eternidade

Foto de André Toledo

O que ficou do olhar...

Quando as pérolas mais raras
Encontrarem o que procuram
E o orvalho na manhã cobri-las
Com o reflexo da imagem de quem foi;
Como jabuticabas que caíram
ao sabor do vento.
Assim, a dor daquele momento
Que a sinceridade causadora
do lamento expôs
em sua face o tormento.
O nome da vida
Em seguida a firmeza
Acompanhada de tanta doçura e beleza.
Nada disso podemos perder
Quando a dor não quizer se render
Ainda há algo a perceber
Mesmo que das jabuticabas
a vida tenha roubado o sumo
com doçura e carinho
apenas das cascas se produz um nobre licor...

Foto de DENISE SEVERGNINI

Uma brisa de sonhos felizes

*
*
*
*
Tal brisa leve da manhã, vaporosa
Que a tudo transforma em calmaria
Refrescante, ali imersa no jardim da rosa
Assim fui eu na minha viagem de magia

Palavra- vento vinha e com prazer sorria
Naquela manhã suave, onde a poesia formosa
Tecia teias de prazer, sonho e imens’ alegria
Conjugando o verso da ilusão temporosa

Turbilhões de amor, gotas de leveza pura ...
Fadas coloridas povoavam sonos na madrugada...
Tentei segurar a onda doce de ternura...
Deixei-a ir, rapidamente, à pessoa mui amada

Lágrimas de felicidade caíram dos meus olhos
A brisa fresca transportou-me ao amor
Os versos livres que compus em sonhos
Foram presentes do tempo,mestre e senhor

Foto de Elias Akhenaton

BORBOLETA ROSA RUBRA

Caminhando pela manhã entre os jardins
Floridos com suas flores perfumadas,
Minh’Alma levitou com o alquímico perfume no ar
Quando percebi uma Rosa Rubra ainda molhada
Pelo divino orvalho da madrugada...

Aproximei-me de tão rara beleza
Encantado com suas pétalas suaves
Envolta n’alguns pingos de orvalho.
Oh quão linda e fascinante é a natureza!

Uma cena indelével ao meu pensamento,
Admirado pela singeleza da mística Rosa Rubra
Que graciosa exalava seu perfume com alegria
Contagiando-me com nobres sentimentos
Como nesta terna poesia...

Para completar tão linda realeza da natureza
Aproximou-se delicadamente uma borboleta
Com suas asas coloridas e posou suavemente
Em cima da Rosa numa magia de cores inigualáveis...

Certamente uma imagem que ficará gravada
Eternamente e misticamente em minha memória.
Uma Borboleta símbolo fecundo de transformação,
Que representa os ciclos de renascimentos
E a Rosa Rubra símbolo de consagração ao Amor.

Metamorfoseadas em suavidade, delicadeza
E pura singeleza
Em uma só imagem
Numa só unicidade.
Simplesmente, Borboleta Rosa Rubra.

Elias Akhenaton

Foto de Ayslan

fica comigo

Nesta manhã onde as nuvens brancas escondem o sol percebi que não sonhei que não preciso mais sonhar e arco-íris não nascem sobre o luar... Sabe por quê? - por que te amo e tenho seu amor aqui junto de mim... As palavras se negam a dizer... Hoje quero sair andar de mãos dadas desligar o celular, esquecer o relógio em casa ficar sorrindo ti olhando, ser careta e ti pergunta de um e um minuto se já ti disse o quanto te amo hoje... Quero hoje não precisar escrever, vou improvisar vou usar o que não pode ser escrito. Meu amor se um dia essa vontade de está juntos já não existir se o coração não mais acelerar ao me beijar... E se por acaso pensar que o amor pode está por acabar... Quero apenas pedir antes destes dias chegarem...
– fica comigo

Para: Priscila

Foto de Lucíola

Reencontro

Era uma linda manhã de verão. O sol iluminava a paisagem, enquanto Celina caminhava lentamente pelas ruas da cidade em busca do seu destino.
A vida lhe reservara sempre grandes surpresas, pois Celina acostumara-se a esperar o oposto do que queria. Isto facilitava nas decepções e propiciava alegrias inesperadas. Resolveu então pensar que aquele era um dia comum, com pessoas comuns ao seu redor e que seus passos comumente lentos a levariam tão somente na direção do mar.
Chegou, finalmente. Seu destino estava ali traçado naquele calçadão. Em seu peito, a ânsia da incerteza atravessada no coração feito faca afiada que corta a carne ainda viva. Não podia mais recuar. Não tinha forças. Restava apenas esperar até que tudo terminasse. Queria apenas encontrar uma última chance de poder falar o que realmente sentia.
Pensou então em buscar as palavras que usaria para dizer tudo o que desejava tanto. Mas as palavras sumiram instantaneamente de sua cabeça. Como num passe de mágica, tudo ficou branco, por um momento, tudo parou.
Celina, então, simplesmente ouviu:
- Oi, bom dia!
Foi difícil acreditar naquela voz ao seu ouvido. Desejou por um momento o fracasso de uma longa espera sem esperança. Seria então esta uma grande surpresa, ou uma decepção? Não sabia explicar.
Seu coração bateu tão forte que teve medo que todos pudessem ouvir. Não conseguia se mover. Não sabia como. Como conseguiu chegar então até ali? Precisava criar coragem. E após uma longa pausa, enfim, respondeu:
- Bom dia.
Seus olhos de repente alcançaram a plenitude nos olhos dele. Naquele momento, as palavras já não eram mais necessárias. Tudo estava tão profundamente explicado que o mundo parou um instante para ver aquelas almas se tocarem silenciosamente, imaterialmente, irracionalmente, num momento pleno de amor.
- Pensei que você não viesse. - Disse ela com a voz trêmula, rompendo o grande silêncio e trazendo o mundo ao seu devido lugar.
- Eu disse que vinha. – Respondeu ele com certa impaciência.
Era estranho imaginar que aquele ser tão próximo, tão conhecido seu, de certa forma, em algum momento, denunciava-se tão estranho. Mas se o peso dos anos tinha a força de mudar tudo de lugar, como então poderia explicar aquela sensação de estar revivendo um passado tão distante? A circunstância permitia mesmo sensações ambíguas. O momento era tenso. O sentimento, intenso. O tempo seguramente não pudera remover ou mudar o amor contidamente existente nas almas daquelas duas pessoas.
Como nos tempos idos, os olhos dos dois falavam mais do que as palavras. Não se importaram sequer em identificar as marcas do tempo em seus rostos. Parecia que nada havia mudado - nada. Até mesmo as dúvidas e receios eram os mesmos de antes. Apenas a ansiedade dera lugar à serenidade daqueles que verdadeiramente se amam para além dos tempos e da própria existência terrestre.
- Eu não acredito que estamos aqui, agora. – Disse Celina, com um largo sorriso no rosto e um brilho nos olhos inconfundível.
- Por quê? – Perguntou ele, mesmo sentindo no peito a mesma emoção de quem racionalmente não consegue mensurar a plenitude de um momento tão raro, onde o sentimento é quem comanda cada palavra, cada gesto, cada pensamento.
- Porque imaginei que a nossa história havia terminado, mesmo que ainda inacabada, assim como uma criança que morre em tenra idade, de qualquer mal súbito, ou por qualquer fatalidade. Então, dessa criança, restam apenas as doces recordações e a lembrança do seu sofrimento, de sua dor e de seu triste fim.
Em seu coração, Celina temia ouvir duas palavras: sinto muito. Estas palavras quando ditas em certas ocasiões produziam conseqüências quase que letais para quem as ouvia. Ouvira uma só vez em sua vida, o suficiente para lhe trazer noites intermináveis de angústia, pelo peso de um amor fracassado.
O momento de êxtase agora dera lugar a uma inquietação, daquelas que trazem ardor à alma e a insatisfação antecipada de quem imagina agora tudo perdido, sem conserto mesmo.
- Você disse que me esperaria... E eu acreditei. Você não só não me esperou, mas também me esqueceu. Seu amor por mim foi tão sincero e tão verdadeiro como um feriado que cai no domingo. – Respondeu ele, visivelmente perturbado. Naquele momento, por um instante, arrependeu-se de estar ali entregando tudo o que de mais profundo carregara durante todos aqueles anos. Arrependeu-se. Aborrecido, achava-se um tolo. Não suportaria aquela situação por mais tempo.
Celina sentiu o mundo sobre suas costas, temia profundamente aquela reação. Desejava que tudo fosse mais fácil. Mas a inocência dos velhos tempos de juventude havia perecido. Agora não havia mais tempo. Tudo deveria ser esclarecido. Tudo. Não poderia hesitar nem um só minuto. Precisava sinceramente falar para ser compreendida e desejava mais do que tudo que ele soubesse que o seu amor, um feriado num dia de domingo, foi, era e sempre seria um domingo sem fim.
Então, ela retrucou:
- O domingo, o sétimo dia ou o primeiro dia da semana, é o dia do descanso. A semana vai passando e ele lá, inerte, parado. Ou ele espera por você ou você espera por ele. Feriado ou não feriado, de uma forma ou de outra, inevitavelmente ele está lá. Seja você feliz ou triste. Durante um passeio, ou uma viagem, numa festa ou no sofá da sua sala, é domingo. Eu sei, você sabe, todos sabem. É domingo. Às vezes temos sono, às vezes não. Às vezes queremos que a segunda-feira venha nos salvar, ou que o domingo seja o único dia da semana, se estamos cansados. Mas se eu estiver feliz é porque você não só está em mim, mas eu também estou com você verdadeiramente. É por isso que eu quero que você saiba, independentemente de tudo e de todos, eu te amo. E nada nesse mundo poderá mudar essa triste realidade que me corrói a alma e me faz viver sempre esperando a realização desse amor, que eu sei, não tem mais futuro, apenas passado. Não pense em como tudo aconteceu, pois não há racionalidade para as coisas do amor. Eu apenas amo e nem sei como. Eu amo tão simplesmente que até parece complicado. Meu amor por você está além de onde se pode ir. Vive e revive a cada dia que se passa, com maior intensidade. Eu sei disso porque quando encontro você é tudo tão inexplicavelmente mágico! O tempo parece não ter passado. O dia não parece dia, as pessoas parecem não estarem lá, a vida parece ganhar outra dimensão. A partir daqui, eu sei, tudo vai mudar. A magia será enfim explicada e então perderá o encantamento. Mas o amor, esse sentimento que carrego dentro de mim e que só eu sei o quanto é puro e verdadeiro, esse não mudará. Eu sim, não serei mais a mesma. Imagino que deixarei de sonhar com você, meu grande e eterno amor. Mas saiba, eu te amo, te amo, sinceramente...
Depois dessas palavras, não havia mais o que ser dito. Todas as dúvidas não podiam ali ser esclarecidas. O amor e sua verdadeira face envolveram de tal sorte aquele homem e aquela mulher, que eles, do magnetismo do momento, não puderam mais fugir. Arrebatadoramente, abraçaram-se, em corpo e alma. Beijaram-se e, na mais completa plenitude, enfim, compreenderam que não há explicação para o amor. Ama-se e fim.

Foto de Carmen Vervloet

Porto de Tubarão - Um Grito Solitário

Acordo nesta ensolarada manhã de segunda feira que teria todos os motivos para ser mais uma agradável manhã de verão. Moro no bairro mais nobre de Vitória, a Praia do Canto. Uma belíssima vista para o mar, hoje calmo e azul. Da minha janela vislumbro uma paisagem capaz de inspirar os mais lindos versos de amor e devoção à natureza. Mas não. O que grita dentro de mim é a revolta de ver minha cidade coberta por nuvens negras vindas do Porto de Tubarão. Nuvens que poluem minha cidade e trazem em suas garras graves problemas de saúde à população. É o nosso “famoso” pó de minério, um pó preto que cobre os pisos, os móveis, as cortinas das nossas residências. Que as invade sem dó nem piedade. Que chega ao sopro do vento nordeste. Entra por portas, janelas, passa por entre frestas e causa danos irreparáveis a nossa saúde. Pobre coitado do nosso aparelho respiratório! Ele já não suporta mais tanto pó! Mas esse pó preto não é apenas sinônimo de luto. Ele também faz com que algumas pessoas fiquem cada vez mais ricas. Ah!... E como ficam... Pessoas envolvidas no processo de camuflagem dessa devastadora poluição. Basta passar a mão sobre qualquer canto da casa e a mão fica negra do maldito pó. É um negro que nos remonta a triste morte e ao luto dos nossos corações face ao descaso de tantas “autoridades” envolvidas em altíssimos jogos de interesse. A imprensa fala superficialmente sobre o assunto. Ela tem na Companhia Vale do Rio Doce um de seus maiores anunciantes e precisa de anúncio para sobreviver. E então a quem recorrer? Ao bom Deus, incomodá-lo lá no céu? Creio ser a única alternativa que nos resta. Conversando casualmente com uma funcionária de determinada Secretaria (que deveria zelar pelo meio ambiente) disse-me ela que apenas em véspera de eleição é que o referido órgão “abre os olhos” numa campanha eleitoreira. De vez em quando, creio que quando o povo pressiona mais, durante o dia o pó é mais ou menos filtrado e a noite os filtros são desativados para que se dobre ou mais a produção. Mas daqui eu tudo observo. Nada me passa despercebido. E sofro na carne esse tormento. Falo como cidadã que paga seus impostos, que com seu voto ajudou a eleger esses dirigentes que fazem “vistas grossas.” Falo porque esta é a terra da qual tiro meu sustento e eu a respeito. Falo, sobretudo porque amo essa cidade, minha terra mãe, sempre tão calorosa e acolhedora! Vou gritar sim... E brigar pela minha querida Vitória e pelo seu povo que também é o meu. Ninguém mais agüenta respirar tanto minério de ferro. Afinal nosso pulmão não é contêiner para carregar tanto pó! O nosso grande cientista e ambientalista capixaba, conhecido internacionalmente, Augusto Ruschi, na época ainda do projeto para a construção deste Porto, foi totalmente contra a sua atual localização. Já previa todos os malefícios a que viria ocasionar a população de Vitória. Mas o jogo de interesses prevaleceu e o Porto nasceu no lugar errado. Já condenado por antecipação, pelo grande cientista. Agora é limpar a casa no mínimo duas vezes por dia e carregar nos nossos pulmões, que todos juntos já devem valer uma pequena fortuna, todo o minério de ferro que inspiramos em cada segundo das nossas cada vez mais curtas vidas. E conviver cordialmente com bronquites, rinites, sinusites e tantas outras “ites”. Hoje tenho a mais absoluta certeza de que os PODEROSOS não sentem com o coração e nem pensam com a cabeça. Pensam apenas com a conta bancária ou quem sabe com a BUNDA que se instala na poltrona do PODER e fica viciada e defeca sobre a cabeça do povo.

Carmen Vervloet

Foto de Carlos Henrique Costa

Circulação do coração

Amor da minha vida inteira tu será!
No despertar de uma manhã afora,
No raiar de uma nova e celeste aurora,
Na magia de conhecer o eterno amar.

Simples há de ser como nesta hora,
Em que hás de ler com sincero pensar,
E então com riso sereno me beijar,
Na maestria do amanhã ou do agora.

Ardente calor que sufoca a mente,
Mas consciente em tudo que se tateia,
E provoca os estímulos do que sente.

Evidentemente não é quem me odeia,
Mas é quem o coração constantemente...
Pulsa em amor, da artéria até a veia.

Foto de Carlos Henrique Costa

Deslumbrando o coração para Deus

Riso largo em peito brando espairece,
Estremece a nua imagem na fria face,
O mesmo céu, numa nova manhã nasce,
Em desbravar o adormecido que cresce.

Uma nova aurora no tempo floresce,
Mexe a estação, embora tudo se passe!
Mas todavia, o amor sempre renasce,
Para sarar o coração doído em sua prece.

Esquece! Nunca sentirá se não acreditar,
A escuridão na tua alma permanece,
Se ainda em teu viver, Deus não aceitar.

Ele é a única esperança que nos tece,
Reveste a nossa alma com seu amar,
E salvará aquele que seu nome enaltece.

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