Jardim

Foto de betimartins

Caminhos sem paz

Na laje do pátio do meu vizinho
Esta apenas dormindo o sem abrigo
No jardim da bela igreja vejo
Homens consumindo drogas
Acendo a TV e vejo as notícias
Mais cenas de cruel brutalidade
Mulheres submissas e expostas
A violência do homem maldito
Outras foram violentadas
E as que escaparam da morte
Hoje eu sinto que estou presa
Dentro da minha própria casa
Tenho até medo de sair
Para as minhas tarefas fazer
Vejo mortes premeditadas
Mortes apenas por vontades
Jovens que escolheram armas
Em vez de jogos de bolas
E nos convívios e brincadeiras
Todos buscam a forma mais fácil
De ganhar dinheiro sem nada fazer
A custa das nossas vidas humanas
Estamos apagar o nosso mundo
O preço esta sendo caro a todos
Pela falta de educação dos filhos
Ninguém quer perder minutos na vida
E a vida se vai num segundo
É urgente mudar nossos hábitos
De ser submissos ao terror
Meu mundo eu não quero mais assim
Apenas quero que seja de paz
E a paz começa apenas dentro de ti
Senão vivemos na guerra do dia a dia
È urgente trazer a tua paz aqui
Ao mundo que esta em lamentações
Precisando da verdadeira paz...

Foto de Marilene Anacleto

Meu Jardim

*
*
*
*

Flores dançam cirandas,
Formam grandes espirais
E, em tempos de vento calmo
Põem-se quietas, a observar.

Em mandalas coloridas,
No jardim bem arrumado,
São um bálsamo para a alma
Os perfumes que exalam.

Contemplação instantânea
Solta a mente e dá-me asas.
O melhor lugar para ser,
É o jardim da minha casa.

O tempo que já passou,
O tempo que ainda virá
Estão presentes no agora,
Que a liberdade me dá.

Marilene Anacleto

Foto de Diario de uma bruxa

Beija-flor

Flores em meu jardim vou cultivar
Para o beija-flor aqui vim pousar
E do mel vim provar

Ele traz alegria ao ambiente
Faz do meu jardim
Um lugar atraente

Não tenho muitas flores
Apenas jasmim e rosas
Mas o beija-flor não se importa
Todos os dias ele volta

Quando anoitece ele entristece
Não gosta de ver o jardim se apagar
Mas quando amanhece a alegria o aquece
Ao ver o jardim novamente brilhar

Não quero ser otimista
Sei que aqui ele sempre ira pairar
Não há jardim mais belo
Que o fará mudar

Poema as Bruxas

Foto de Siby

As flores do meu jardim

Muitas vezes fico a admirar
As flores do meu jardim,
Elas crescem sempre assim
Em um constante florear.

A rosa sempre quer reinar
Sendo a rainha do jardim,
Lá está o suave jasmim
Ele também tem o seu lugar.

Os girassóis são de encantar
Parecem ter vida sem fim,
Sempre retornam ao jardim
Suas sementes voltam a brotar.

E a rosa sempre a perfumar
Sua beleza enfeita o jardim,
Lembra lábios cor de carmim
Sorrindo, alegrando este lugar.

Foto de fisko

Deixa lá...

Naquele fim de tarde éramos eu e tu, personagens centrais de um embrulho 8mm desconfiados das suas cenas finais… abraçados ao relento de um pôr-do-sol às 17:00h, frio e repleto de timidez que se desvanece como que um fumo de um cigarro. Eu tinha ido recarregar um vício de bolso, o mesmo que me unia, a cada dia, à tua presença transparente e omnipotente por me saudares dia e noite, por daquela forma prestares cuidados pontuais, como mais ninguém, porque ninguém se importara com a falta da minha presença como tu. Ainda me lembro da roupa que usara na altura: o cachecol ainda o uso por vezes; a camisola ofereci-a à minha irmã – olha, ainda anteontem, dia 20, usou-a e eu recordei até o cheiro do teu cabelo naquela pequena lembrança – lembro-me até do calçado: sapatilhas brancas largas, daquelas que servem pouco para jogar à bola; as calças, dei-as entretanto no meio da nossa história, a um instituto qualquer de caridade por já não me servirem, já no fim do nosso primeiro round. E olha, foi assim que começou e eu lembro-me.
Estava eu na aula de geometria, já mais recentemente, e, mais uma vez, agarrei aquele vício de bolso que nos unia em presenças transparentes; olhei e tinha uma mensagem: “Amor, saí da aula. Vou ao centro comercial trocar umas coisas e depois apanho o autocarro para tua casa”. Faço agora um fast forward à memória e vejo-me a chegar a casa… estavas já tu a caminho e eu, entretanto, agarrei a fome e dei-lhe um prato de massa com carne, aquecido no micro-ondas por pouco tempo… tu chegas, abraças-me e beijas-me a face e os lábios. Usufruo de mais um genial fast forward para chegar ao quarto. “Olha vês, fui eu que pintei” e contemplavas o azul das paredes de marfim da minha morada. Usaste uma camisola roxa, com um lenço castanho e um casaco de lã quentinho, castanho claro. O soutien era preto, com linhas demarcadas pretas, sem qualquer ornamento complexo, justamente preto e só isso, embalando os teus seios únicos e macios, janela de um prazer que se sentia até nas pontas dos pés, máquina de movimento que me acompanhou por dois anos.
Acordas sempre com uma fome de mundo, com doses repentinas de libido masculino, vingando-te no pequeno-almoço, dilacerando pedaços de pão com manteiga e café. Lembro-me que me irrita a tua boa disposição matinal, enquanto eu, do outro lado do concelho, rasgo-me apenas mais um bocado de mim próprio por não ser mais treta nenhuma, por já não me colocares do outro lado da balança do teu ser. A tua refeição, colorida e delicada… enquanto me voltavas a chatear pela merda do colesterol, abrindo mãos ao chocolate que guardas na gaveta da cozinha, colocando a compota de morango nas torradas do lanche, bebendo sumos plásticos em conversas igualmente plásticas sobre planos para a noite de sexta-feira. E eu ali, sentado no sofá da sala, perdendo tempo a ver filmes estúpidos e sem nexo nenhum enquanto tu, com frases repetidas na cabeça como “amor, gosto muito de ti e quero-te aos Domingos” – “amor, dá-me a tua vida sempre” – “amor, não dá mais porque não consigo mais pôr-te na minha vida” e nada isto te tirar o sono a meio da noite, como a mim. Enquanto estudo para os exames da faculdade num qualquer café da avenida, constantemente mais importado em ver se apareces do que propriamente com o estudo, acomodas-te a um rapaz diferente, a um rapaz que não eu, a um rapaz repentino e quase em fase mixada de pessoas entre eu, tu e ele. Que raio…

Naquela noite, depois dos nossos corpos se saciarem, depois de toda a loucura de um sentimento exposto em duas horas de prazer, pediste-me para ficar ali a vida toda.

Passei o resto da noite a magicar entre ter-te e perder-te novamente, dois pratos de uma balança que tende ceder para o lado que menos desejo.
É forte demais tudo isto para se comover e, logo peguei numa folha de papel, seria nesta onde me iria despedir. Sem força, sem coragem, com todas aquelas coisas do politicamente correcto e clichés e envergaduras, sem vergonha, com plano de fundo todos os “não tarda vais encontrar uma pessoa que te faça feliz, vais ver”, “mereces mais que uma carcaça velha” e até mesmo um “não és tu, sou eu”… as razões eram todas e nenhuma. Já fui, em tempos, pragmático com estas coisas. Tu é que és mais “há que desaparecer, não arrastar”, “sofre-se o que tem que se sofrer e passa-se para outra”. Não se gosta por obrigação, amor…
Arranquei a tampa da caneta de tinta azul, mal sabia que iria tempos depois arrancar o que sinto por ti, sem qualquer medo nem enredo, tornar-me-ia mais homem justo à merda que o mundo me tem dado. Aliás, ao que o teu mundo me tem dado… ligo a máquina do café gostoso e barato, tiro um café e sento-o ao meu lado, por cima da mesa que aguentava o peso das palavras que eu ia explodindo numa página em branco. Vou escrevendo o teu nome... quão me arrepia escrever o teu nome, pintura em palavras de uma paisagem mista, ora tristonha, ora humorística… O fôlego vai-se perdendo aos poucos ornamentos que vou dando á folha… Hesitação? Dúvidas?... e logo consigo louvar-me de letras justapostas, precisamente justas ao fado que quiseste assumir à nossa história. Estou tão acarinhado pela folha, agora rabiscada e inútil a qualquer Fernando Pessoa, que quase deambulo, acompanhando apenas a existência do meu tempo e do tic-tac do meu relógio de pulso. Não me esqueço dos “caramba amor”, verso mais sublime a um expulsar más vibrações causadas por ti. Lembro-me do jardim onde trocávamos corpos celestes, carícias, toques pessoais e lhes atribuíamos o nome “prazer/amor”. Estou confuso e longe do mundo, fechando-me apenas na folha rabiscada com uma frase marcante no começo “Querida XXXXXX,”… e abraço agora o café, já frio, e bebo-o e sinto-o alterar-me estados interiores. Lembro-me de um “NÃO!” a caminho da tijoleira, onde a chávena já estaria estilhaçada…
Levantei-me algum tempo depois. Foste tu que me encontraste ali espatifado, a contemplar o tecto que não pintei, contemplando-o de olhos cintilantes… na carta que ainda estava por cima da mesa leste:

“Querida XXXXXX, tens sido o melhor que alguma vez tive. Os tempos que passamos juntos são os que etiqueto “úteis”, por sentir que não dou valor ao que tenho quando partes. Nunca consegui viver para ninguém senão para ti. Todas as outras são desnecessárias, produtos escusados e de nenhum interesse. Ainda quero mesmo que me abraces aos Domingos, dias úteis, feriados e dias inventados no nosso calendário. M…”

Quis o meu fado que aquele "M" permanecesse isolado, sem o "as" que o completaria... e quis uma coincidência que o dia seguinte fosse 24 de Março... e eis como uma carta de despedida, que sem o "Mas", se transformou ali, para mim e para sempre, numa carta precisamente um mês após me teres sacrificado todo aquele sentimento nosso.
Ela nunca me esqueceu... não voltou a namorar como fizemos... e ainda hoje, quando ouço os seus passos aproximarem-se do meu eterno palácio de papel onde me vem chorar, ainda que morto, o meu coração sangra de dor...

Foto de giogomes

A Rosa e o Tigre XXXII - Reencontro

Um novo dia, uma nova caminhada.
Uma nova vida, uma nova estrada.

Queria que isto fosse verdade,
assim não sentiria tanta saudade.

Agora a Rosa tinha o seu próprio jardim.
Tinha o seu lugar, o seu canto enfim.

O Jardineiro era o seu companheiro,
cuidaria dela e de todo o canteiro.

Teria que apenas se concentrar,
na sua família e no seu bem-estar.

Sua semente em pouco tempo brotaria,
traria a sua vida muita alegria.

Entraria no caminho da realidade,
onde existe também tristeza e maldade.

Sobrou pouco de sua vida de fantasia,
onde sonhar com o verdadeiro amor poderia.

O Tigre e a sua paixão,
faziam ainda mais falta nos momentos de solidão.

Mandaria o recado por um pássaro,
pedindo que se apressasse pois o tempo era escasso.

Queria ver o Tigre novamente.
Sentir a sua paixão e o seu corpo quente.

Em um momento no qual finalmente,
poderia deitar sobre sua pele confortavelmente.

Entenderia que a sua jaula era o jardim.
Isto poderia decretar, desta relação o fim.

Mesmo não podendo beijá-lo como queria,
abraçá-lo pelas grades poderia.

Então simplesmente o abraçou,
não se importaria se dissessem que o mundo acabou.

Foto de Marilene Anacleto

Ressacas e Chuvas

Ressacas e chuvas fracas
Levam muros, descem casas,
Deixam sem corpos as almas,
Tornam-se rios, longas praias.

Famílias perdem os filhos,
Há filhos que ficam sem pais,
Comunidades sem casas
Despencam suspiros e ais.

O tão colorido jardim
De formas e vôos vivazes,
Agora são tênues e pálidas.

A lama que tudo leva
Num instante me perplexa:
A vida humana não é perpétua.

Marilene Anacleto
27/05/10
Publicado em 2 02Europe/Berlin junho 02Europe/Berlin 2010 por maryany3

Foto de giogomes

O Tigre e a Rosa XXXI - Casamento

O Tigre disse que não iria.
Afirmou que no casamento não estaria.

Mudou de idéia quando imaginou
se alguma coragem ainda lhe restou.

Sempre afirmou que a amava.
Que fosse então, testemunha de sua caminhada.

Correu afobado contra o tempo,
para poder chegar ao casamento.

Alcançou a entrada do jardim,
onde o enlace seria concluído enfim.

Parou e pensou na possibilidade,
de gerar problemas e infelicidade.

Não conseguiria disfarçar,
toda a vontade de ao seu lado estar.

Queria poder pelo menos imaginar,
que no lugar do Jardineiro poderia ficar.

Recuou de seu intento,
de longe abençoou o casamento.

Tigre: "- Meu amor, seu caminho foi você que escolheu !"
"- Se alguém for atrapalhar, que não seja eu !"

Tigre: "- Te amo demais para querer interferir na sua vida !"
"- Que seja eu, que esteja daqui de partida !"

Tigre: "- Você agora terá sua família,
dê a ela o seu melhor, a sua alegria !"

Tigre: "- Viva o melhor que puder !"
"- Prometa que será feliz quando quiser !"

Tigre: "- A maior prova de amor que posso te dar agora,
é a mais difícil que é simplesmente ir embora !"

O Tigre saiu correndo,
derramando suas lágrimas contra o vento.

Foto de Zoom onyx sthakklowsky kachelovsky kacetovisk

...

Vou dormir em meu jardim sob a sombra do meu pé de sonhos.

Foto de Arnault L. D.

Para um Beija Flor

Se soltar a sua mão
você não irá cair.
Deixa a alma voar,
livre o seu coração,
porque, todo partir
também gera um chegar.

Liberte do seu amar,
o que toma em própria mão.
Se prender vai escapar...
Não há como segurar.
Se quiser ficar, ou não.
Você não pode forçar...

Faça seu jardim florido,
para que o “beija flor”
fique sempre junto a ele.
Seja por ele querido...
Mesmo assim é o amor,
faça o querer, vir dele.

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