Ressacas e chuvas fracas
Levam muros, descem casas,
Deixam sem corpos as almas,
Tornam-se rios, longas praias.
Famílias perdem os filhos,
Há filhos que ficam sem pais,
Comunidades sem casas
Despencam suspiros e ais.
O tão colorido jardim
De formas e vôos vivazes,
Agora são tênues e pálidas.
A lama que tudo leva
Num instante me perplexa:
A vida humana não é perpétua.
Marilene Anacleto
27/05/10
Publicado em 2 02Europe/Berlin junho 02Europe/Berlin 2010 por maryany3