Horas

Foto de diny

NOS GRANDES MARES DO IMPOSSÍVEL

NOS GRANDES MARES DO IMPOSSÍVEL

Nos grandes mares do impossível,
sonhos são perdidos,
sem consolo e sem alívio
em dor inamovível
pálidos vagueiam entre lágrimas,
soluçantes, exaustos, agoniados,
sufocados,
por silèncio insensível,
sob o caos sem sentido,
da ausência de um amor
que nessa vida não cabe,
é impraticavel,
e não existe,
-não existe?!

Ah...
Na calada da vida,
a adorável face desse amor,
perdida entre brumas,
nas espumas dos pés-no-chão,
e a lassidão tão sofrida,
das horas secas e tristes,
dessa ausência que me doi; habita,
e essa distância que insiste,
com devoração à inocular-me desesperânça.
Anjo meu; que se me amasses,
não suportarias, meu coração sem asas,
pesado e cansado,
dessa vida sem ti.

Mas alçar vôo e seguir-te:
-sem chances!
não fazes caso nenhum...
E a alma se me rasga
em gritos dentro de mim,
gritos que tateiam gritos
que dizem:Mas, meu amor é uma ilha
perdido e louco,na amplidão de um mar-sol
onde o sol-pôr,
não mdeixa marcas,
porque brilha infinitamente.
E irresistível fascinio exerce,
espargindo luz suavemente.
É meu Anjo que sorrir,
e meu amor cresce em amplidões azuis,
qualquer coisa indizível,
feita de ânsia e alma!

Diny Souto

Foto de Sonia Delsin

COMO ESQUECER?

COMO ESQUECER?

Como vou esquecer daquelas deliciosas mãos no meu corpo correndo?
De uns lábios que iam docemente meus caminhos percorrendo...
Como seus sussurros esquecer?
Parecia que eu ia morrer...
De prazer.
Como esquecer?
O homem que me deu mais alegria...
Para ele eu construí milhares de poesia.
O chamei para o meu caminho.
Entre nós tanto carinho.
Sempre.
Como vou esquecer todas as palavras ditas?
Nossas horas tão bonitas.
Algo forte nos aproximou.
Nossa vida marcou.
Como vou esquecer?
Nem quero.
Que louca não sou.

Foto de Martorano Bathke

Hoje? Hoje não.

Hoje? Hoje não.
Hoje eu queria escrever um poema, mas não posso.
Seis horas da manhã, estou chegando em casa. Saí no começo da noite, fui confraternizar com amigos, bebi minhas cervejas, e por curiosidade resolvi esticar a noite, fui a muitos lugares da época em que em que saía para paquerar.
O choque de início é gradual, fui filmado e marcado com tintas cintilantes, entrando o choque é corpo a corpo sou chamado de tio, até aí tudo bem.
Depois sou eletrocutado, tio paga uma cerveja, tio dá um dinheiro para eu fumar, tio dá um dinheiro para eu cheirar, tio quanto vale o meu corpo, tio transo contigo se me deres um dinheiro.
Volto a minha mente para o dia anterior e lembro que fui visitar e abracei a minha mãe de noventa anos. Olho para a minha filha de doze anos, que está dormindo, e choro, choro as lágrimas da incerteza.
Ronald Martoraro Bathke.
*Publicação permitida: desde que conste o nome e e-mail do autor.

Foto de Dirceu Marcelino

RESPINGOS DE PAIXÕES XVI - CARRILHÕES DE BEIJOS - Cap II

*
* CARRILHÕES DE BEIJOS II
*

Adormeci satisfeito,
Mas depois de algumas horas,
Acordo daquele jeito...
Com o peito inflado e todo intumescido
E o que faço agora,
Sob o som de uma melodia
“Melodia de amor”
Que, automaticamente,
Reiniciava-se com o raiar
Do dia.

Vejo-te ao meu lado,
Adormecida e seminua,
Coberta por um lençol de cetim
Com tuas curvas graciosas
Tuas ancas voluptuosas
E te passo o braço
Direito na cintura
E te acaricio
Suave
E vagarosamente,
Sussurro baixinho em teu ouvido
“_ Eu te quero, outra vez”
E tu me respondes roucamente:
“_Yo también mi querido”
Então, te beijo
Apaixonadamente,
No início levemente e
Ao ver teu olhar brilhar.
Atiçando-me um fogo
Com os raios de tua íris estelar.

Então, me perco, nesse olhar,
Recomeço lascivamente a te beijar,
Busco o céu e o mel em tua boca
E em tua saliva o sal
Do mar.

Alvoroço-me,
Cheiro-te e suspiro em teus poros.
Sinto o perfume feminino
Que exalas e roço
Com a boca
Teus seios.
Meus pelos,
Escovam-te e tu explodes
Em ondas de gozo espumante
Em borbulhas embranquecidas pela
Volúpia de tuas ondas de amor.
E arrepia, mas, te sacias,
Mas sempre, queres mais
São verdadeiras ondas do mar,
Ou de amar...

Num balanço sensual de um sobe e desce
Enleva-me no mais alto do horizonte
E de lá do alto mostras-me tua face corada
Reluzente e brilhante
Como o carmim,
E demonstras que se entregas,
Eternamente
Para mim,
Neste mar
De cetim,
Em tua
Cama.

Foto de Henrique Fernandes

BEM-VINDA Á MINHA CAMA

.
.
.

Aconchego-me e aqueço a alma
Na temperatura agradável do teu corpo
Ao entrares na minha cama com convites
Que sugerem a minha entrega ao fim do mundo
Porque tudo lá fora deixa de existir
Na minha cama aquecida pela nossa volúpia
E os lençóis deixam de ser lençóis para serem nuvens
De paixão onde sonhamos ajustados
Ao prazer que se transforma num corpo de amor
De dois corpos largados pelas suas almas
Que de estrela em estrela ao som de um violino
Dançam pela galáxia numa bússola romântica
E nossos corpos ali fundidos em matéria física
Homenageiam os sentidos de quem ama
Olhando a sensualidade com o charme de ambos
Que nos enche os olhos com fogo de artificio
De fantasias expostas no tecto do meu quarto
Ouvindo a delicadeza do som ao beijarmo-nos
Que no bom nosso silêncio soa como sinos
Batendo as horas que confirmam a nossa união
Sentindo o tacto ao pormenor do nosso toque
Honrando cada curva dos nossos corpos adormecidos
Na primavera hilariante dos sentimentos fieis
Que partilhamos nesta entrega sem pudores
Saboreando o néctar da vida nas nossas salivas
Contempladas em nossas línguas desejosas
De mais e mais querer saborear gulosamente
Mortalmente pecando a gula do nosso amor
E satisfeitos respiramos o sopro dos suspiros
Soltos na minha cama onde és bem-vinda meu amor

Foto de Melissa.Mateo

Doce vergonha, suave loucura...

Doce vergonha, suave loucura...
Como a brisa em meus cabelos, é seu sorriso...
Como o vento em meu rosto, seu olhar...
Como o tempo que voa, sua voz...
Como a neve branca na grama verde, suas verdades....

Doce vergonha, suave loucura...

Este frio que não passa, nessa manha tão desmaiada,
Será que tudo isso é verdade...

Talvez leve um milhão de anos para saber...
Doce vergonha, suave loucura...

E as horas se tornam perenes, e os medos talvez vão se
Tornar realidade...
Doce vergonha, suave loucura...

Cair de cabeça em um abismo de desatentos,
Com um só objetivo, encontrar o inimaginável...
Doce vergonha, suave loucura...

Em apenas um desenho me mostra sua vida,
Mas tão desatento meu amigo, esqueça tudo que já sabe,
E me deixe mostrar-lhe novamente a vida...

Doce vergonha, suave loucura...
Doce vergonha, suave loucura...

Foto de Sonia Delsin

O FANTASMA DA SALA

O FANTASMA DA SALA

Quando menina eu sempre ficava com minha mãe na sala aguardando a chegada de papai. Ele saía todas as noites, fizesse tempo bom ou ruim. Era um hábito que tinha, e do qual só se livrou quando eu já estava com quinze anos de idade.

Ficávamos um tanto inseguras na casa sem uma presença masculina, porque morávamos numa chácara.

Minha mãe era uma mulher corajosa e depois de ter trabalhado o dia inteiro ainda contava lindas estórias para nos distrair, todas as noites. Hoje eu me pergunto onde ela conseguia tanta força para suportar tudo o que suportou.

Ouvíamos o nosso velho rádio. As radionovelas... mas a minha paixão eram as estórias de fadas, princesas, príncipes encantados. Eu poderia ouvir mil vezes Cinderela (morria de pena da borralheira e vibrava com o final da estória) e ainda assim queria ouvir de novo. E "Joaninho Pequenino"!... Esta meus irmãos queriam ouvir mais e mais.

Eu nunca ia dormir antes papai chegasse. Minha mãe embalava um a um até que dormisse e eu ficava "firmona". Aguardava-o porque ele sempre trazia doces e também porque o amava tanto e queria vê-lo ainda uma vez antes de pegar no sono.

Enquanto o aguardávamos ficávamos as duas na sala, minha mãe e eu, e foram as melhores horas de minha vida (aquelas horas tão nossas).

Não sei depois de tantos anos se estávamos sugestionadas pelo ambiente, ou se pela ausência de papai, pelas nossas cabeças tão capazes de fantasiar... mas o fato é que minha mãe e eu víamos um fantasma.

Verdade mesmo! Ele se esgueirava rente a parede da sala e adentrava pela porta semi-fechada do quarto da nona. Usava um chapéu na cabeça e logo que ele entrava no quarto a impressão que tínhamos era que a noninha conversava com alguém.

No outro dia ela dizia: O "Queco" veio me visitar de novo esta noite.

Cresci assim, com aquele fantasma passando rente a parede e nem o estranhava mais. Ele fazia parte das nossas noites. Nem nos assustava.

Confesso que sentia mais medo quando as folhas das bananeiras balançavam-se com o vento do que com aquela figura que lentamente passava por nós.

Não conheci pessoalmente este meu avô, pois que faleceu bem antes de meu nascimento. Mas o vi, o senti, ou sei lá o quê. Ele fez parte de minha infância. Não foi um fantasma assustador, foi uma presença fluídica que ficou entre as tantas e tantas incógnitas que não decifrei em minha vida.

Foto de Raiblue

Saliv(ando)...

.
Nas noites brancas
De sua pele
Me dis traio
Guardo Dostoiéwisk
Num canto do quarto...
Nos olhos
O ópio prolongando
Colóquios do tato
Con textos e texturas
Da língua
Corroendo tédios
Catando cacos
Cactos na superfície
Da carne árida ...
Arranhando as horas
Sangrando os minutos
Dissolvendo dores
Anti-corrosiva língua...
Sal e saliva
Lambendo as feridas
Fechando cortes
Subcutâneos labirintos
Na sanha da linguagem
Esquecida no tempo
O toque...
Palavras diluídas no suor
Poesia líquida
Numa noite dis traída...
Na pausa da razão
No dança dos sentidos...

(Raiblue)

Foto de diana sad

extremos

É tanta confusão na minha cabeça
Minhas virtudes tão frustrantes
Meus pecados sempre são fascinantes.
E passo horas na frente do espelho tentando engolir na força bruta
Meus pensamentos pervertidos e libidinosos.

O que é o bem?
O que é o mal?
Que vivem contidos num ser humano normal?

Eu cansei de tantas promessas...
Cadê a hora certa?
Qual a verdade eterna?

O mundo ta cheio promessas inquietas:
O amor infinito, um prato recheado de salvação.
A riqueza feito dote da pura sorte e frutos de compaixão.

O que é o bem?
O que é o mal?
Que caminham livremente nos extremos de cada um?

Quem me ensinou a ver maldade na pureza da cidade?
Quem me ensinou a traduzir medo como generosidade?
Eu também não sei
Não sei!

Todos os direitos reservados*

Foto de Bruna matias

TE DESEJAR

NOS DIAS EM QUE ACORDAMOS
E NOS DEPARAMOS COM UM COMPLETO NADA,
PERMITINDO QUE SUA IMAGEM
TOME CONTA DO AMBIENTE,
COM SEU JEITO MAIS ENVOLVENTE
DEMOSTRANDO O QUE SEU INTERIOR TANTO PEDE...

E COM UM DESEJO INCONTROLÁVEL
DESVENDA EM MEUS OLHOS
QUE SEU DESEJO TAMBÉM É MEU.

E ASSIM COM DELICADEZA
ME AMPARA EM SEUS BRAÇOS,
E ME PROMETE AMAR COMO JAMAIS AMOU...

A NOITE CORRE DEVAGAR...
E ASSIM COM ELA,
NOSSO AMOR...

OS ESPAÇOS EM NOSSA VOLTA SÃO POUCOS...
AS HORAS SÃO CURTAS...
AS CARICIAS SÃO MUITAS...

E O MUNDO LA FORA,
JÁ NÃO NOS PERTENCE.

E É COM UM SIMPLES PENSAMENTO
QUE ACORDO DE MANHA,
SENTINDO SEU CHEIRO.
TE SINTO POR TODAS AS PARTES,
PRINCIPALMENTE EM MEU CORPO...

POIS TUDO NÃO PASSOU DE UM SONHO.
COM A MAIS REPLETA LOUCURA,
DE TE POSSUIR EM MEUS BRAÇOS...
QUE DURANTE DIAS,
SONHO POR TE DESEJAR...

E PARA TODO SEMPRE LHE AMAR...

TODOS OS DIAS INTENSAMENTE...

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