Gesto

Foto de Paulo Gondim

Magia

MAGIA
Paulo Gondim
06/11/2009

O infinito é meu desejo
Num voar alegre, sem medo
Um toque delicado, um gesto simples
No que sinto e no que vejo

Assim te vejo e te sinto no meu sonho
Como lembrança que não se perde
No cantar suave da brisa
No sopro generoso do vento

E minh’álma sossega em calmaria
Num êxtase de pura magia
Num mergulho em doce devaneio
Que é pensar em ti

E o impossível se realiza
O infinito nem é tão vasto
Fica ali, bem pertinho,
E todas as distâncias se encurtam
Num leve pensar em teu carinho

Assim, meu coração voa
Desliza leve pelos campos
Como criança inocente
Que só vê beleza em sua frente
E me convida a sentir a paz desse momento
Na certeza de teu amor, para meu contentamento

Foto de Sonia Delsin

CARIDADE

CARIDADE

Nós podemos mudar o mundo...
Me perguntarias: Como?
E o que eu diria?
Diria: Podemos.
Se cada um ajudar um pouquinho.
Se cada se dedicar um tiquinho.
Um tiquinho que seja.
Há quem queira colaborar.
Mas não sabe por onde começar.
É simples.
Precisamos entregar.
Amor, carinho.
Afeto.
Preparar o doce predileto.
Sim, preparar o doce predileto e levar a alguém que muito esteja desejando.
Ou quem sabe só uma palavra ele esteja esperando.
Um afago, um gesto.
Sabes do que estou falando?
É na caridade que encontramos paz.
E mais.
Na caridade encontramos razões de estarmos aqui neste planeta.
Somos todos irmãos...
Por que não estendemos as mãos?

Foto de Joaninhavoa

JÁ NÃO HÁ PRANTO!

*
JÁ NÃO HÁ PRANTO!
*

«Já não há pranto por mais triste qu`água
corra! Num deslize
Desfile e relinche deste corpo de rédeas
cortadas
Vigora agora o resfolgo dorido a lês
imóvel
Um pranto, um rio doces névoas
esbranquiçadas

E em seu recanto o impossível
descanso! Descaso de um acaso
manso
Há naquela praça da redonda lua
Um conto que foi sonho
E hoje é teoria.

No pranto das águas os peixes
sem canto
Estreitam as margens na avulsa
dor, sem mar revolto
Num gesto a réstia de pegar um búzio
e ouvir seu marulhar
Azar! Só ouviu silêncio
Um tal de matar.»

Joaninhavoa
(helenafarias)
31/10/2009

Foto de pctrindade

VELHOS TEMPOS

Houve um tempo, em que os anjos brincavam neste quintal, ao olhar des-preocupado de Deus, pois não havia maldade. Eram anjos de todas as cores, sem raça definida, mesmo porque não existia um conceito que definisse a palavra raça. Eram anjos de aparência diferente, porém iguais.
Era possível encontra-los em qualquer lugar, pois viviam entre nós também que já pertencíamos a uma hierarquia mais antiga e nossa missão era fazê-los sentirem bem.
Houve um tempo em que o sol sabia controlar a medida certa de seu calor e dividir fraternalmente seu domínio com a chuva e o vent
Houve um tempo em que as estrelas não escondiam mistérios, e o papel da lua era apenas embelezar, sem a responsabilidade do domínio de rios e mares.
Houve um tempo em que não era preciso compor canções, pois todas elas pairavam de maneira etérea, ao alcance de qualquer ouvido e a poesia, estava configurada na alma e expressa no olhar.
Houve um tempo em que não existia saudade, e a maior distância conhecida era o tempo de fechar os olhos sonhar e acordar longe.
Era o tempo da felicidade que palavras seriam impossíveis de descrever mesmo ao mais arguto sábio.
Mas um dia, Deus sentado em sua varanda celestial, ao olhar seus anjos brincando, entediou-se, mas não por seus poderes supremos, e sim por estar cansado de ser mantenedor da harmonia e então resolveu repartir sua supremacia delegando
poderes e individualidades. Criou o livre arbítrio num estalar de dedos.
Os animais que antes enfeitavam seu quintal, notaram as diferenças entre si, o mesmo acontecendo com os anjos que passaram a olharem-se estranhando fisionomias, cores e vozes. O Criador instituiu raça e sexos.
Agora, novamente na varanda, Deus chora baixinho ,olhando seu quintal vazio, sombrio e silencioso .
Fecha seus olhos e vê seus anjos desentendidos, dispersos e morrendo em batalhas, ansiosos por tomarem seu lugar.
Adeus hierarquia
Abre os olhos novamente, olha para o alto e vê a lua que, já não cheia como criou, preocupada também em estender seus domínios.
Num gesto de desespero, usa seu infinito poder, conclamando o vento para transportá-lo às estrelas longínquas, onde restabelecerá suas forças, e de lá governará esse universo obscuro longe de nossos olhos.
Mas engana-se quem pensa estar Ele sentado em algum trono. Não,Ele adora simplicidade, e continua sentado numa varanda, só que agora cósmica, e tem à sua frente um vasto quintal também cósmico, onde brincam poucos anjos, todos resgatados de nosso quintal terreno.

*

Foto de Athayde

O Machucado e o Moleque

Proponho um novo ponto de vista...
Esqueça cheiro,credo,amor ou sangue...
Pense que a água é terra,
Que o ouro é mangue...

Lhes direi um gesto nobre...
Nem rei,nem herói...
Mas uma infecção que comove...

O pus resplandece nas canelas de um menino,
Raquítico,feio,pobre...lindo!
O futebol é mesclado de suor e barro,
O “caminho” abre a ferida,
E envolve ambos num pacto bizarro,

Que a cicatriz nunca chegarás!
Pus ,sangue e machucado,
Na canela sempre estarás!
Menino...bola...fome...
Fome de gol!?...sangue,terra...
Machucado...canela!

A ferida se engrandece com o sorriso da criança...
Abertas estarás...é a nossa aliança.
O machucado é um poeta...
Beija os ossos da perna,
Abraça os glóbulos da carne,
E dança valsa com a excreta...

Menino e machucado,
Que união mais injusta...
Um extravasa sangue e o outro na usura ...

O sorriso do moleque é desdentado,
Cativa...magoado..usado!
A consciência do machucado pesa...
Por dentre as entranhas da ferida,
Nasce a solidão despida...

Vou secar!Cicatrizar!
Acalentar minha alma,
O sorriso do garoto me acalma...
Gesto nobre para simplório ferimento,
Provocar a inexistência por um menino virulento...

Vou secar!Cicatrizar!
Estou secando...
O sangue que batiza minha alma,
Não refresca mais a poesia...

Pele,casca,pele...
Cura...Cura...
Sorriso da falsa desventura...

Epiderme...verme que não devora-me
Escuridão...veias...corrente sanguínea...
O tambor dos deuses julga minha sina...

Tum ...Tum...Tum...
Vôo com o menino ...cada batida é um ensino...
O machucado ganhou seu galardão...
O menino está curado...
E ele chegou ao coração.

Foto de Carmen Lúcia

Pátria amada!

Quisera eu trancar a voz ...Silenciar!
Não ter no sangue o arrojo... e me calar...
Acovardar-me às injustiças que poluem o ar,
desencantando a vida, erradicando o verbo amar.
Mas me ficou de herança esse impulso que aflora
de rebelar, ter esperança, a toda hora...Agora!
Reativando o brado que um dia foi bradado
e no entanto jaz em terra que ainda chora.

Grito incontido, potente alarido,
lamúria triste de um povo sofrido...
Sem encontrar um eco e nada transformar...
E a lei do mais forte é a que se faz vingar...
Lágrima furtiva que rola condoída
como a pedir desculpa à pátria tão querida,
que em berço esplêndido privou de se deitar...
Tão linda e altaneira...injuriada e ultrajada,
onde o cantar do sabiá é um pátrio lamento
e as verdes palmeiras se curvam à voz do vento...

O que fazer senão extravasar o peito
e arrancar palavras que livres circulem
(já que o livre arbítrio é poder aceito...)
em versos e poemas, mágoas que se difundem
bradando a honestidade em gesto varonil,
país de liberdade de um povo servil!

(Carmen Lúcia)

Carmen Lúcia Carvalho de Souza
27/08/2008

Foto de DeusaII

Esta ansiedade...

Esta ansiedade louca
Que me inebria a mente,
Que entorpece todos os meus sentidos,
Tornam meus desejos mais sensíveis
Ao teu toque que arrepia-me a pele.
Esta ansiedade quase desmedida
Joga-me para esta alegria quase delirante
De querer ver-te.... de querer olhar-te
E sentir todo o fogo, toda a
Paixão que deles emana.
Ah, meu amor...
Se soubesses como me trocas os sentimentos
Como minha alma se transforma a cada gesto teu,
A cada respirar do teu peito...
Como me sinto criança mimada,
Junto aos teus afectos.
Por isso, esta minha ansiedade
Que quase me mata
Me transforma em tudo o que sou e desejo ser....
Quando estou do teu lado.

Foto de Paulo Master

Magia do amor!

O amor, uma cama e um casal apaixonado, um sonho de felicidade, uma verdade que não quer cessar e o fascínio de se entregar, uma linda canção, toques de sedução com temperos de paixão, suspiros dobrados, beijos molhados, tabus quebrados, uma viagem maluca sem direção o amor em plena ascensão, no embalo do romantismo o amor reina imponente, domina o casal, faz valer cada minuto, cada gesto e pode ser visto até no olhar, a magia do momento não deixa dúvidas do quanto o amor é divino e encantador, nos dá direção sem ter controle e arranca gemidos sem sentir dor.

Foto de Paulo Master

Auto-Retrato

Da janela vejo o homem escrevendo ansioso, ocioso e melancólico, sua face guarda um semblante embaçado e sem nexo, sem face seu brilho não existe no universo, as mãos cada vez mais trêmulas, parece que existe uma tragédia por trás dessa folha de papel, sua escrita é serena e seu gesto parece ter odor, cor e forma, mais e mais vai se aproximando do seu objetivo e mais triste vai ficando aquele homem, ainda consigo perceber um suspiro mais profundo, é como a chegada de um choro, seu momento é tênue, por alguns instantes ele pára e pensa, olha para o horizonte, um olhar perdido, talvez num passado muito distante, depois volta a rabiscar seu papel, através da sombra que se faz à meia luz consigo ver a silhueta de sua mão a escrever, agora mais calma e mais serena, como se estivesse tecendo cada verbo, cada canto de sua escrita, talvez nem estivesse pensando no que escrevia, apenas rabiscando e vivendo seu momento, eu me ponho a pensar que momento seria vivido por ele agora.
Então calmamente o homem se levanta, olha para frente e pensa por alguns instantes, dá alguns passos, pára novamente, olha para trás, olha para sua escrita, por alguns momentos ele fica estático, depois se vira e vai ao oposto de onde estava, segue seu caminho em passos calmos e sem pressa.
Com tremenda sensação de curiosidade não resisto ao que para mim é mais forte que tudo nesse instante, então calmamente vou à sua mesa e vejo o pedaço de papel com o desenho de um homem muito triste, e em baixo escrito: "eis me aqui, assim me sinto no momento".

Foto de Paulo Master

Melhor pai do mundo.

Pai, obrigado por todas as broncas, elas me ensinaram a ser mais humano, mais amigo e dar valor a vida, ao meu próximo e a respeitar o mundo à minha volta, obrigado pai por todo amor dedicado, o senhor foi perfeito, o seu amor me mostrou que vale à pena ser gentil com as pessoas e valorizar a cada gesto de carinho.
Se hoje sou uma pessoa de caráter é por que o senhor me ensinou isso e ou copiei o seu jeito de ser, você sempre foi um homem de bem, a prova disso sou eu que sempre segui os seus ensinamentos, e nesse dia eu queria te dizer que não existe no mundo um pai melhor que o senhor e dizer que para sempre serei grato por tudo o que você foi para mim e sempre será, enquanto existir.
Eu te amo!

Domingo, 9 de agosto de 2009-Dia dos Pais.

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